SlideShare uma empresa Scribd logo
IMUNOPATOLOGIA
DA
ESQUISTOSSOMOSE
Equipe: Ana Caroline Ribeiro
Bárbara Nazly Santos
Hemilly Rayanne Ferreira
Professora: Paula Cassilhas
Universidade de Pernambuco –
UPE
Instituto de Ciências Biológicas -
ICB
Disciplina: Imunopatologia
INTRODUÇÃO
 A esquistossomose humana e uma doença parasitaria crônica que
atinge cerca de 200 milhões de pessoas no mundo (WHO, 1998);
 No Brasil, esta infecção e causada pelo parasita Schistosoma mansoni ;
 Discute-se que o agente foi introduzido no Brasil pelo tráfico de
escravos africanos e aqui encontrou seus hospedeiros – vertebrados
(H. sapiens sapiens) e invertebrados (moluscos do gênero
Biomphalaria) – e o ambiente propício para o seu desenvolvimento;
MODO DE TRANSMISSÃO
 Os ovos são eliminados pelas fezes do
homem. Na água, esses ovos eclodem
liberando larvas ciliadas denominadas-
miracídios;
 Após quatro semanas, abandonam o
caramujo, na forma de cercárias que ficam
livres nas águas naturais;
 O contato do humano com a água que
contém cercárias é a maneira pela qual o
indivíduo adquire a esquistossomose.
CICLO DE VIDA
CICLO DE VIDA
 Durante as etapas do ciclo evolutivo do S. mansoni nos diferentes
tecidos, o helminto passa por significantes alterações morfológicas e
bioquímicas que servem como “escape” contra o sistema imunológico
do hospedeiro. Cada etapa desse processo suscita a ativação de
complexos mecanismos imunológicos.
FASE AGUDA
 Dermatite cercariana → primeira “linha de defesa” contra a infecção.
* Polimorfonucleares e Mononucleares
* Exantema maculopapular pruriginoso
 Passagem pela epiderme e derme → Hipersensibilidade do tipo
imediata (IgE) → Resposta imune inata.
 2 dias (Infiltrado de polimorfonucleares , mononucleares e células de
Largerhans , produção de quimiocinas e citocinas).
 4 – 5 dias (Influxo de linfócitos T CD4+, produção de IL-12p40, IFN-y e
IL-4).
FASE AGUDA
 Esquistossômulos → Vermes adultos (30 a 60 dias após a infecção) →
Início da fase aguda.
 Pré-patente (antes da oviposição) e pós-patente (após a oviposição).
 Fase pré-patente → Produção de IgG, IgM e IgA → Fator de necrose
tumoral (TNF) e IL-2, IL-6.
 Fase pós-patente → Hipersensibilidade granulomatosa, leucocitose,
eosinofilia e resposta imune celular e humoral.
FASE AGUDA
 Resposta imune do tipo Th1 X Resposta imune Th2.
 Citotoxidade celular dependente de anticorpo (ADCC).
 Formas mais graves X Formas menos graves
 Células T reguladoras (T reg).
 Reações granulomatosas.
 A reatividade celular aos antígenos do parasito é muito mais acentuada
na fase aguda.
FORMAÇÃO DO GRANULOMA
Fonte: www.scielo.br
FASE AGUDA
 Sintomatologia: Febre, mal-estar, diarreia, vômitos, anorexia, cefaleia,
dor abdominal, perda de peso, tosse seca e hepatoesplenomegalia,
acompanhados por eosinofilia acentuada e leucocitose.
 Variações individuais → quantidade de cercárias infectantes e
reatividade do hospedeiro.
 Pode durar de 4 a 8 semanas.
Dermatite cercariana
Fonte: jornallivre.com.br
FASE CRÔNICA
 Inicia-se 6 meses após a infecção;
 Caracterizada por alterações intestinais e hepatoesplênicas;
 Caracteriza-se pela forma:
1- Intestinal
2- Hepatointestinal
3-Hepatoesplênica
( compensada;descompensada)
FASE CRÔNICA
 Após a fase aguda da doença, o granuloma diminui de tamanho, sendo
esse processo denominado modulação (Andrade &Warren, 1964).
 Provavelmente, essa modulação da resposta imunológica e
hipossensibilidade aos antígenos do ovo ocorrem devido a modulação
de células T (Stadecker & Flores-Villaneuva, 1992; Falcao et al., 1998).
FASE CRÔNICA- FORMA INTESTINAL
 Considerada forma leve, porém quando associada a
hepatomegalia se torna a forma hepatointestinal;
 Está forma clinica é mais observada em crianças e adultos
jovens;
 Observada com maior predileção quando a banhos em águas
poluídas por cercárias;
 Modulação da resposta de células T por anticorpos anti-idiotipos;
 Participação de células T CD8+ e regulação mediada por IL-10;
 Th1 → Th2, (citocinas relacionadas a esse tipo de resposta IL-5 e
IL-10, bem como a eosinofilia e a produção de anticorpos
(Colley,1975; Pearce & Macdonald, 2002);
FASE CRÔNICA – FORMA HEPATOINTESTINAL
• São consideradas formas leves da EM e são observadas com maior
predileção entre as crianças e os adultos jovens;
• A forma hepatointestinal é a mais encontradiça na EM crônica,
representando a fase intermediária na evolução da doença para a forma
hepatoesplênica;
• A apresentação clínica é muito variada, muitas vezes com sintomas e
sinais que são difíceis de atribuir à EM. Nesta fase o diagnóstico é
habitualmente acidental, quando o médico encontra presença de ovos
viáveis de S. mansoni em um exame de fezes rotineiro.
FASE CRÔNICA - HEPATOESPLÊNICA
 Influência de fatores pertinentes ao paciente e ao metazoário.
 Forma compensada – Hipertensão porta e esplenomegalia podendo
estar correlacionadas com fenômenos hemorrágicos.
 Forma descompensada – ascite volumosa, edema de membros
inferiores, icterícia, telangectasias (aranhas vasculares), “hálitos
hepático”, eritema palmar, ginecomastia e queda de pelos (sobretudo,
torácicos, axilares e pubianos)
FASE CRÔNICA – HEPATOESPLÊNICA
 Complicações: Fibrose de Symmers, hipertensão portal e varizes no
esôfago, anemia, desnutrição e hiperesplenismo.
 Elevação dos níveis de IgG e IgM.
 Atuação dos linfócitos T
Fonte: anatpat.unicamp.br
Fonte: pt.slideshare.net
 Hipertensiva: É mais comumente observada e se caracteriza por
dispneia de esforço, palpitações, tosse seca e dor torácica constritiva.
Pode, raramente, ser encontrada na forma hepatointestinal.
 Cianótica: Possui pior prognóstico, mais observada em indivíduos do
sexo feminino e em portadores de esplenomegalias ou pacientes já
esplenectomizados. Apresenta-se com cianose geralmente discreta e
dedos em baqueta de tambor.
DISTÚRBIOS VASCULARES PULMONARES
FORMAS ECTÓPICAS
 São consideradas como aquelas nas quais a presença do elemento
parasitário – ovos ou vermes adultos – é localizada fora do sistema porto
cava.
 A neuroesquistossomose – mielorradiculopatia esquistossomótica
(MRE) é a forma ectópica da esquistossomose mais frequente e a mais
grave, sendo a manifestação mais comum da neuroesquistossomose.
 Acredita-se na existência de três mecanismos pelos quais, os ovos do
S. mansoni possam localizar-se no sistema nervoso central:
1. Embolização dos mesmos através da rede arterial, como
consequência da presença de anastomoses arteriovenosas prévias;
2. Migração de ovos através de anastomoses entre os sistemas venosos
portal e de Batson;
3. Oviposição in situ, após migração anômala dos helmintos.
FORMAS ECTÓPICAS
 Apesar da presença de ovos serem importantes para o
desencadeamento de anormalidades neurológicas, nem sempre esta
ocorrerá. O quadro clínico dependerá, obviamente, da localização dos
ovos ou helmintos.
 O diagnóstico de certeza da MRE é realizado pelo estudo
histopatológico através da biópsia.
CONCLUSÃO
 Mecanismos de “escape”:
* Anexação de antígenos do hospedeiro vertebrado à própria membrana plasmática.
* Desprendimento contínuo das porções mais exteriores do tegumento.
* Resposta Th2 (IL4): Inativação de macrófagos → Redução da resposta Th1 e maior
participação de eosinófilos.
 Determinantes no desenvolvimento das alterações mórbidas:
* Liberação de antígenos, por parte dos helmintos.
* Produção de imunocomplexos.
* Desencadeamento de reação inflamatória ao helminto, com formação de granulomas.
* Ocorrência de fibrose.
REFERÊNCIAS
 SOUZA, F.P.C; VITORINO, R.R; COSTA, A.P; JÚNIOR, F.C.F;
SANTANA, L.A; GOMES, A.P. Esquistossomose mansônica: aspectos
gerais, imunologia, patogênese e história natural. Rev Bras Clin Med.
v.9 n.4 p.300-7; São Paulo, 2011.
 MELO, A.G.S; IRMÃO, J.J.M; LAZARINI, H.; JERALDO, V.L.S. A
esquistossomose sob o olhar do infectado: percepções, conhecimento e
sintomatologia. VII CONNEPI, 2012

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Parasitologia - Giardia lamblia
Parasitologia - Giardia lambliaParasitologia - Giardia lamblia
Parasitologia - Giardia lamblia
pHrOzEn HeLL
 
Aula n° 5 plasmodium
Aula n° 5  plasmodiumAula n° 5  plasmodium
Aula n° 5 plasmodiumGildo Crispim
 
Seminário sobre Helmintos
Seminário sobre HelmintosSeminário sobre Helmintos
Seminário sobre HelmintosÁgatha Mayara
 
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Jaqueline Almeida
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
Fêe Oliveira
 
Aula n° 4 leishmaniose
Aula n° 4   leishmanioseAula n° 4   leishmaniose
Aula n° 4 leishmanioseGildo Crispim
 
Micoses sistemicas
Micoses sistemicasMicoses sistemicas
Micoses sistemicas
Jose Henrique C. De Cunto
 
Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozoosesemanuel
 
Aula 1 conceitos gerais e interação parasito-hospedeiro (2)
Aula 1   conceitos gerais e interação parasito-hospedeiro (2)Aula 1   conceitos gerais e interação parasito-hospedeiro (2)
Aula 1 conceitos gerais e interação parasito-hospedeiro (2)ApolloeGau SilvaeAlmeida
 
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris LumbricoidesAscaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
Fernanda Gomes
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaSafia Naser
 
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceralParasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
pHrOzEn HeLL
 
Aula 6 Teniase E Cisticercose
Aula 6   Teniase E CisticercoseAula 6   Teniase E Cisticercose
Aula 6 Teniase E Cisticercose
ITPAC PORTO
 

Mais procurados (20)

Doença de chagas
Doença de chagasDoença de chagas
Doença de chagas
 
Parasitas
ParasitasParasitas
Parasitas
 
Parasitologia - Giardia lamblia
Parasitologia - Giardia lambliaParasitologia - Giardia lamblia
Parasitologia - Giardia lamblia
 
Aula n° 5 plasmodium
Aula n° 5  plasmodiumAula n° 5  plasmodium
Aula n° 5 plasmodium
 
Seminário sobre Helmintos
Seminário sobre HelmintosSeminário sobre Helmintos
Seminário sobre Helmintos
 
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
Aula de Parasitologia do dia: 08.09.2016
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Aula n° 4 leishmaniose
Aula n° 4   leishmanioseAula n° 4   leishmaniose
Aula n° 4 leishmaniose
 
Micoses sistemicas
Micoses sistemicasMicoses sistemicas
Micoses sistemicas
 
Esquistossomose
Esquistossomose Esquistossomose
Esquistossomose
 
Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozooses
 
Amebíase
AmebíaseAmebíase
Amebíase
 
Esquistossomose
EsquistossomoseEsquistossomose
Esquistossomose
 
Aula 1 conceitos gerais e interação parasito-hospedeiro (2)
Aula 1   conceitos gerais e interação parasito-hospedeiro (2)Aula 1   conceitos gerais e interação parasito-hospedeiro (2)
Aula 1 conceitos gerais e interação parasito-hospedeiro (2)
 
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris LumbricoidesAscaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
Ascaridíase - Lombriga - Ascaris Lumbricoides
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a Parasitologia
 
Expressividade e penetrância
Expressividade e penetrânciaExpressividade e penetrância
Expressividade e penetrância
 
parasitoses
parasitosesparasitoses
parasitoses
 
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceralParasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
 
Aula 6 Teniase E Cisticercose
Aula 6   Teniase E CisticercoseAula 6   Teniase E Cisticercose
Aula 6 Teniase E Cisticercose
 

Semelhante a Imunopatologia da esquistossomose

Espiroquetas, micoplasmas, riquétsias, clamídias
Espiroquetas, micoplasmas, riquétsias, clamídiasEspiroquetas, micoplasmas, riquétsias, clamídias
Espiroquetas, micoplasmas, riquétsias, clamídiasnaiellyrodrigues
 
Schistosoma mansoni e esquistossomíase
Schistosoma mansoni e esquistossomíaseSchistosoma mansoni e esquistossomíase
Schistosoma mansoni e esquistossomíaseThúlio Bezerra
 
E3019d01
E3019d01E3019d01
Trabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialTrabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialguestfced19
 
Leishmaniose visceral completo
Leishmaniose visceral completoLeishmaniose visceral completo
Leishmaniose visceral completo
Elismmelo55
 
Parasitologia Toxoplasmose
Parasitologia ToxoplasmoseParasitologia Toxoplasmose
Parasitologia Toxoplasmose
Ludmila Alem
 
Manual leishmaniose
Manual leishmanioseManual leishmaniose
Manual leishmaniose
layaneholanda
 
Malária e ancilostomíase
Malária e ancilostomíaseMalária e ancilostomíase
Malária e ancilostomíase
Barbara Oliveira
 
Plasmodium,malaria
Plasmodium,malaria Plasmodium,malaria
Plasmodium,malaria
Karen Cristina Schneberger
 
Geopolítica da Covid-19.pptx
Geopolítica da Covid-19.pptxGeopolítica da Covid-19.pptx
Geopolítica da Covid-19.pptx
Kelvin Sousa
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologia
Franciskelly
 
Doenças exantemáticas em pediatria
Doenças exantemáticas em pediatriaDoenças exantemáticas em pediatria
Doenças exantemáticas em pediatria
Vicktor Soares
 
Malaria.
Malaria. Malaria.
Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita Amanda Thomé
 
Caso clínico leishmaniose visceral
Caso clínico leishmaniose visceralCaso clínico leishmaniose visceral
Caso clínico leishmaniose visceral
Professor Robson
 
HanseníAse Pronto
HanseníAse ProntoHanseníAse Pronto
HanseníAse ProntoITPAC PORTO
 

Semelhante a Imunopatologia da esquistossomose (20)

Histoplasmose
HistoplasmoseHistoplasmose
Histoplasmose
 
Espiroquetas, micoplasmas, riquétsias, clamídias
Espiroquetas, micoplasmas, riquétsias, clamídiasEspiroquetas, micoplasmas, riquétsias, clamídias
Espiroquetas, micoplasmas, riquétsias, clamídias
 
Dst
DstDst
Dst
 
Schistosoma mansoni e esquistossomíase
Schistosoma mansoni e esquistossomíaseSchistosoma mansoni e esquistossomíase
Schistosoma mansoni e esquistossomíase
 
E3019d01
E3019d01E3019d01
E3019d01
 
Trabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialTrabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficial
 
Leishmaniose visceral completo
Leishmaniose visceral completoLeishmaniose visceral completo
Leishmaniose visceral completo
 
Parasitologia Toxoplasmose
Parasitologia ToxoplasmoseParasitologia Toxoplasmose
Parasitologia Toxoplasmose
 
Manual leishmaniose
Manual leishmanioseManual leishmaniose
Manual leishmaniose
 
Ancylostomidae2
Ancylostomidae2Ancylostomidae2
Ancylostomidae2
 
PARASITOLOGIA
PARASITOLOGIA PARASITOLOGIA
PARASITOLOGIA
 
Malária e ancilostomíase
Malária e ancilostomíaseMalária e ancilostomíase
Malária e ancilostomíase
 
Plasmodium,malaria
Plasmodium,malaria Plasmodium,malaria
Plasmodium,malaria
 
Geopolítica da Covid-19.pptx
Geopolítica da Covid-19.pptxGeopolítica da Covid-19.pptx
Geopolítica da Covid-19.pptx
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologia
 
Doenças exantemáticas em pediatria
Doenças exantemáticas em pediatriaDoenças exantemáticas em pediatria
Doenças exantemáticas em pediatria
 
Malaria.
Malaria. Malaria.
Malaria.
 
Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita
 
Caso clínico leishmaniose visceral
Caso clínico leishmaniose visceralCaso clínico leishmaniose visceral
Caso clínico leishmaniose visceral
 
HanseníAse Pronto
HanseníAse ProntoHanseníAse Pronto
HanseníAse Pronto
 

Mais de Hemilly Rayanne

Plasmídeos- Genética Bacteriana
Plasmídeos- Genética BacterianaPlasmídeos- Genética Bacteriana
Plasmídeos- Genética Bacteriana
Hemilly Rayanne
 
Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2
Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2
Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2
Hemilly Rayanne
 
Imunopatologia da Esquistossomose (slide final)
Imunopatologia da Esquistossomose (slide final)Imunopatologia da Esquistossomose (slide final)
Imunopatologia da Esquistossomose (slide final)
Hemilly Rayanne
 
Tecido Sanguíneo
Tecido SanguíneoTecido Sanguíneo
Tecido Sanguíneo
Hemilly Rayanne
 
Polissonografia
Polissonografia Polissonografia
Polissonografia
Hemilly Rayanne
 
PCR- Reação em cadeia pela DNA POLIMERASE!
PCR- Reação em cadeia pela DNA POLIMERASE!PCR- Reação em cadeia pela DNA POLIMERASE!
PCR- Reação em cadeia pela DNA POLIMERASE!
Hemilly Rayanne
 
Meios de cultura e Técnicas de semeio- MICROBIOLOGIA
Meios de cultura e Técnicas de semeio- MICROBIOLOGIAMeios de cultura e Técnicas de semeio- MICROBIOLOGIA
Meios de cultura e Técnicas de semeio- MICROBIOLOGIA
Hemilly Rayanne
 
Genética do comportamento
Genética do comportamento Genética do comportamento
Genética do comportamento Hemilly Rayanne
 
Doenças fúngicas na melancia
Doenças fúngicas na melancia Doenças fúngicas na melancia
Doenças fúngicas na melancia
Hemilly Rayanne
 
Microbiologia revisão
Microbiologia revisãoMicrobiologia revisão
Microbiologia revisão
Hemilly Rayanne
 

Mais de Hemilly Rayanne (10)

Plasmídeos- Genética Bacteriana
Plasmídeos- Genética BacterianaPlasmídeos- Genética Bacteriana
Plasmídeos- Genética Bacteriana
 
Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2
Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2
Polimorfismo no gene TCF7L2 associado a Diabetes Mellitus 2
 
Imunopatologia da Esquistossomose (slide final)
Imunopatologia da Esquistossomose (slide final)Imunopatologia da Esquistossomose (slide final)
Imunopatologia da Esquistossomose (slide final)
 
Tecido Sanguíneo
Tecido SanguíneoTecido Sanguíneo
Tecido Sanguíneo
 
Polissonografia
Polissonografia Polissonografia
Polissonografia
 
PCR- Reação em cadeia pela DNA POLIMERASE!
PCR- Reação em cadeia pela DNA POLIMERASE!PCR- Reação em cadeia pela DNA POLIMERASE!
PCR- Reação em cadeia pela DNA POLIMERASE!
 
Meios de cultura e Técnicas de semeio- MICROBIOLOGIA
Meios de cultura e Técnicas de semeio- MICROBIOLOGIAMeios de cultura e Técnicas de semeio- MICROBIOLOGIA
Meios de cultura e Técnicas de semeio- MICROBIOLOGIA
 
Genética do comportamento
Genética do comportamento Genética do comportamento
Genética do comportamento
 
Doenças fúngicas na melancia
Doenças fúngicas na melancia Doenças fúngicas na melancia
Doenças fúngicas na melancia
 
Microbiologia revisão
Microbiologia revisãoMicrobiologia revisão
Microbiologia revisão
 

Último

Junho Violeta - Sugestão de Ações na Igreja
Junho Violeta - Sugestão de Ações na IgrejaJunho Violeta - Sugestão de Ações na Igreja
Junho Violeta - Sugestão de Ações na Igreja
Comando Resgatai
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Mary Alvarenga
 
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptxDIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
cleanelima11
 
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptxATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
mairaviani
 
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
cristianofiori1
 
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e CardiovascularAnatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
PatrickMuniz8
 
Slide Internet Slang ingles 9 ano f.pptx
Slide Internet Slang ingles 9 ano f.pptxSlide Internet Slang ingles 9 ano f.pptx
Slide Internet Slang ingles 9 ano f.pptx
JOYCEAlves762488
 
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTESMAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
estermidiasaldanhada
 
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
CrislaineSouzaSantos
 
Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........
Lídia Pereira Silva Souza
 
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptxMÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
Martin M Flynn
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Letras Mágicas
 
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividadeAproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Ligia Galvão
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Bibliotecas Infante D. Henrique
 
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básicoPowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
Pereira801
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
profesfrancleite
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
LeandroTelesRocha2
 
Aula 2 - Primeira Guerra Mundial. a Tríplice Entente.pdf
Aula 2 - Primeira Guerra Mundial. a Tríplice Entente.pdfAula 2 - Primeira Guerra Mundial. a Tríplice Entente.pdf
Aula 2 - Primeira Guerra Mundial. a Tríplice Entente.pdf
ElisabeteCuriel2
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
AndriaNascimento27
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
Letícia Butterfield
 

Último (20)

Junho Violeta - Sugestão de Ações na Igreja
Junho Violeta - Sugestão de Ações na IgrejaJunho Violeta - Sugestão de Ações na Igreja
Junho Violeta - Sugestão de Ações na Igreja
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
 
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptxDIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
DIFERENÇA DO INGLES BRITANICO E AMERICANO.pptx
 
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptxATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
 
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
Atividade-9-8o-ano-HIS-Os-caminhos-ate-a-independencia-do-Brasil-Brasil-Colon...
 
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e CardiovascularAnatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
Anatomia I - Aparelho Locomotor e Cardiovascular
 
Slide Internet Slang ingles 9 ano f.pptx
Slide Internet Slang ingles 9 ano f.pptxSlide Internet Slang ingles 9 ano f.pptx
Slide Internet Slang ingles 9 ano f.pptx
 
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTESMAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MAIO LARANJA EU DEFENDO AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
 
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
AULA-8-PARTE-2-MODELO-DE-SITE-EDITÁVEL-ENTREGA2-CURRICULARIZAÇÃO-DA-EXTENSÃO-...
 
Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........Capitalismo a visão de John Locke........
Capitalismo a visão de John Locke........
 
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptxMÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
MÁRTIRES DE UGANDA Convertem-se ao Cristianismo - 1885-1887.pptx
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
 
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividadeAproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
Aproveitando as ferramentas do Tableau para criatividade e produtividade
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
 
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básicoPowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
 
Aula 2 - Primeira Guerra Mundial. a Tríplice Entente.pdf
Aula 2 - Primeira Guerra Mundial. a Tríplice Entente.pdfAula 2 - Primeira Guerra Mundial. a Tríplice Entente.pdf
Aula 2 - Primeira Guerra Mundial. a Tríplice Entente.pdf
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
 

Imunopatologia da esquistossomose

  • 1. IMUNOPATOLOGIA DA ESQUISTOSSOMOSE Equipe: Ana Caroline Ribeiro Bárbara Nazly Santos Hemilly Rayanne Ferreira Professora: Paula Cassilhas Universidade de Pernambuco – UPE Instituto de Ciências Biológicas - ICB Disciplina: Imunopatologia
  • 2.
  • 3. INTRODUÇÃO  A esquistossomose humana e uma doença parasitaria crônica que atinge cerca de 200 milhões de pessoas no mundo (WHO, 1998);  No Brasil, esta infecção e causada pelo parasita Schistosoma mansoni ;  Discute-se que o agente foi introduzido no Brasil pelo tráfico de escravos africanos e aqui encontrou seus hospedeiros – vertebrados (H. sapiens sapiens) e invertebrados (moluscos do gênero Biomphalaria) – e o ambiente propício para o seu desenvolvimento;
  • 4. MODO DE TRANSMISSÃO  Os ovos são eliminados pelas fezes do homem. Na água, esses ovos eclodem liberando larvas ciliadas denominadas- miracídios;  Após quatro semanas, abandonam o caramujo, na forma de cercárias que ficam livres nas águas naturais;  O contato do humano com a água que contém cercárias é a maneira pela qual o indivíduo adquire a esquistossomose.
  • 6. CICLO DE VIDA  Durante as etapas do ciclo evolutivo do S. mansoni nos diferentes tecidos, o helminto passa por significantes alterações morfológicas e bioquímicas que servem como “escape” contra o sistema imunológico do hospedeiro. Cada etapa desse processo suscita a ativação de complexos mecanismos imunológicos.
  • 7. FASE AGUDA  Dermatite cercariana → primeira “linha de defesa” contra a infecção. * Polimorfonucleares e Mononucleares * Exantema maculopapular pruriginoso  Passagem pela epiderme e derme → Hipersensibilidade do tipo imediata (IgE) → Resposta imune inata.  2 dias (Infiltrado de polimorfonucleares , mononucleares e células de Largerhans , produção de quimiocinas e citocinas).  4 – 5 dias (Influxo de linfócitos T CD4+, produção de IL-12p40, IFN-y e IL-4).
  • 8. FASE AGUDA  Esquistossômulos → Vermes adultos (30 a 60 dias após a infecção) → Início da fase aguda.  Pré-patente (antes da oviposição) e pós-patente (após a oviposição).  Fase pré-patente → Produção de IgG, IgM e IgA → Fator de necrose tumoral (TNF) e IL-2, IL-6.  Fase pós-patente → Hipersensibilidade granulomatosa, leucocitose, eosinofilia e resposta imune celular e humoral.
  • 9. FASE AGUDA  Resposta imune do tipo Th1 X Resposta imune Th2.  Citotoxidade celular dependente de anticorpo (ADCC).  Formas mais graves X Formas menos graves  Células T reguladoras (T reg).  Reações granulomatosas.  A reatividade celular aos antígenos do parasito é muito mais acentuada na fase aguda.
  • 11. FASE AGUDA  Sintomatologia: Febre, mal-estar, diarreia, vômitos, anorexia, cefaleia, dor abdominal, perda de peso, tosse seca e hepatoesplenomegalia, acompanhados por eosinofilia acentuada e leucocitose.  Variações individuais → quantidade de cercárias infectantes e reatividade do hospedeiro.  Pode durar de 4 a 8 semanas. Dermatite cercariana Fonte: jornallivre.com.br
  • 12. FASE CRÔNICA  Inicia-se 6 meses após a infecção;  Caracterizada por alterações intestinais e hepatoesplênicas;  Caracteriza-se pela forma: 1- Intestinal 2- Hepatointestinal 3-Hepatoesplênica ( compensada;descompensada)
  • 13. FASE CRÔNICA  Após a fase aguda da doença, o granuloma diminui de tamanho, sendo esse processo denominado modulação (Andrade &Warren, 1964).  Provavelmente, essa modulação da resposta imunológica e hipossensibilidade aos antígenos do ovo ocorrem devido a modulação de células T (Stadecker & Flores-Villaneuva, 1992; Falcao et al., 1998).
  • 14. FASE CRÔNICA- FORMA INTESTINAL  Considerada forma leve, porém quando associada a hepatomegalia se torna a forma hepatointestinal;  Está forma clinica é mais observada em crianças e adultos jovens;  Observada com maior predileção quando a banhos em águas poluídas por cercárias;  Modulação da resposta de células T por anticorpos anti-idiotipos;  Participação de células T CD8+ e regulação mediada por IL-10;  Th1 → Th2, (citocinas relacionadas a esse tipo de resposta IL-5 e IL-10, bem como a eosinofilia e a produção de anticorpos (Colley,1975; Pearce & Macdonald, 2002);
  • 15. FASE CRÔNICA – FORMA HEPATOINTESTINAL • São consideradas formas leves da EM e são observadas com maior predileção entre as crianças e os adultos jovens; • A forma hepatointestinal é a mais encontradiça na EM crônica, representando a fase intermediária na evolução da doença para a forma hepatoesplênica; • A apresentação clínica é muito variada, muitas vezes com sintomas e sinais que são difíceis de atribuir à EM. Nesta fase o diagnóstico é habitualmente acidental, quando o médico encontra presença de ovos viáveis de S. mansoni em um exame de fezes rotineiro.
  • 16. FASE CRÔNICA - HEPATOESPLÊNICA  Influência de fatores pertinentes ao paciente e ao metazoário.  Forma compensada – Hipertensão porta e esplenomegalia podendo estar correlacionadas com fenômenos hemorrágicos.  Forma descompensada – ascite volumosa, edema de membros inferiores, icterícia, telangectasias (aranhas vasculares), “hálitos hepático”, eritema palmar, ginecomastia e queda de pelos (sobretudo, torácicos, axilares e pubianos)
  • 17. FASE CRÔNICA – HEPATOESPLÊNICA  Complicações: Fibrose de Symmers, hipertensão portal e varizes no esôfago, anemia, desnutrição e hiperesplenismo.  Elevação dos níveis de IgG e IgM.  Atuação dos linfócitos T Fonte: anatpat.unicamp.br
  • 19.  Hipertensiva: É mais comumente observada e se caracteriza por dispneia de esforço, palpitações, tosse seca e dor torácica constritiva. Pode, raramente, ser encontrada na forma hepatointestinal.  Cianótica: Possui pior prognóstico, mais observada em indivíduos do sexo feminino e em portadores de esplenomegalias ou pacientes já esplenectomizados. Apresenta-se com cianose geralmente discreta e dedos em baqueta de tambor. DISTÚRBIOS VASCULARES PULMONARES
  • 20. FORMAS ECTÓPICAS  São consideradas como aquelas nas quais a presença do elemento parasitário – ovos ou vermes adultos – é localizada fora do sistema porto cava.  A neuroesquistossomose – mielorradiculopatia esquistossomótica (MRE) é a forma ectópica da esquistossomose mais frequente e a mais grave, sendo a manifestação mais comum da neuroesquistossomose.  Acredita-se na existência de três mecanismos pelos quais, os ovos do S. mansoni possam localizar-se no sistema nervoso central: 1. Embolização dos mesmos através da rede arterial, como consequência da presença de anastomoses arteriovenosas prévias; 2. Migração de ovos através de anastomoses entre os sistemas venosos portal e de Batson; 3. Oviposição in situ, após migração anômala dos helmintos.
  • 21. FORMAS ECTÓPICAS  Apesar da presença de ovos serem importantes para o desencadeamento de anormalidades neurológicas, nem sempre esta ocorrerá. O quadro clínico dependerá, obviamente, da localização dos ovos ou helmintos.  O diagnóstico de certeza da MRE é realizado pelo estudo histopatológico através da biópsia.
  • 22. CONCLUSÃO  Mecanismos de “escape”: * Anexação de antígenos do hospedeiro vertebrado à própria membrana plasmática. * Desprendimento contínuo das porções mais exteriores do tegumento. * Resposta Th2 (IL4): Inativação de macrófagos → Redução da resposta Th1 e maior participação de eosinófilos.  Determinantes no desenvolvimento das alterações mórbidas: * Liberação de antígenos, por parte dos helmintos. * Produção de imunocomplexos. * Desencadeamento de reação inflamatória ao helminto, com formação de granulomas. * Ocorrência de fibrose.
  • 23. REFERÊNCIAS  SOUZA, F.P.C; VITORINO, R.R; COSTA, A.P; JÚNIOR, F.C.F; SANTANA, L.A; GOMES, A.P. Esquistossomose mansônica: aspectos gerais, imunologia, patogênese e história natural. Rev Bras Clin Med. v.9 n.4 p.300-7; São Paulo, 2011.  MELO, A.G.S; IRMÃO, J.J.M; LAZARINI, H.; JERALDO, V.L.S. A esquistossomose sob o olhar do infectado: percepções, conhecimento e sintomatologia. VII CONNEPI, 2012