Reflexão sobre as modalidades epecíficas de educação consignadas no Decreto Lei 3/2008 enquanto base de um modelo organizacional na área da Educação Especial. Pressupostos teóricos e implicações na prática.
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
MODALIDADES ESPECÍFICAS DE EDUCAÇÃO: INCLUSÃO OU INTEGRAÇÃO?
1. IX Ciclo de Sábados – Falando Com Quem Faz.
Associação Nacional de Docentes de Educação Especial
Miranda do Corvo 9 de Janeiro de 2016
Modalidades Específicas de Educação:
Inclusão ou Integração?
Joaquim Colôa
joaquim.coloa@gmail.com
2. joaquim.coloa@gmail.com
Modelo Tradicional Modelo Inclusivo
Alguns alunos não estão
em sala de aula.
Todos os alunos estão
em sala de aula.
Os alunos são agrupados
por níveis de
competências.
Os alunos são agrupados
respeitando-se a
heterogeneidade.
O processo de ensino
dirige-se ao aluno médio.
O processo de ensino
considera as diferenças.
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Modelo Tradicional Modelo Inclusivo
A colocação do aluno no ano de
escolaridade corresponde ao
conteúdo curricular desse ano.
A colocação do aluno num ano de
escolaridade e a estrutura
curricular utilizada são
independentes.
Os alunos são avaliados
utilizando sobretudo dispositivos
normalizados.
Os alunos são avaliados
utilizando dispositivos
diferenciados.
O sucesso dos alunos é avaliado
considerando fundamentalmente
os objetivos curriculares
normalizados.
A avaliação do sucesso é
considerado também os objetivos
do grupo de cada aluno.
7. Um modelo prático que
orienta e se organiza para a
INTEGRAÇÃO.
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A lógica das Escolas de Referência
DO MODELO ORGANIZACIONAL
Referência a categorias
de deficiência?
Referência a respostas e
recursos específicos e
diferenciados/especializados?
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9. Artigo 23.º
Educação bilingue de alunos surdos
Artigo 24.º
Educação de alunos
cegos e com baixa
visão
DO MODELO ORGANIZACIONAL
Artigo 27.º
Intervenção precoce
na infância
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Imagem retirada
Imagem retirada
10. Artigo 25.º
Unidades de ensino
estruturado para a educação
de alunos com perturbações
do espectro do autismo
Artigo 26.º
Unidades de apoio
especializado para a
educação de alunos
com multideficiência e
surdo cegueira congénita
DO MODELO ORGANIZACIONAL
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Imagem retirada
11. A integração física consistiria na
criação de condições para a
existência da maior aproximação
física possível entre crianças sem
NEE e crianças com NEE.
Modelos que Acentuam a
Integração Física
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12. Modelos que Acentuam a
Integração Física
Modelos que enfatizam a primazia do
contexto físico para provocar a
integração, de que o modelo de
«Cascata de Serviços de Deno» seria
um exemplo.
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13. Modelo de Atendimento em Cascata
Instrução em
contexto interno
Serviço não educativo (cuidado
médico beneficente)
Crianças em classes regulares incluindo os portadores de NEE capazes de
desenvolver a sua actividade em condições na classe regular com ou sem terapia de
apoio.
Assistência à classe regular com serviço de instrução complementar.
Casa
Escola Especial
Classe Especial
Classe Especial parte do tempo
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
Nível 6
Nível 7
Programas para pacientes
residentes (colocação de
crianças em ambientes sob
autoridades de saúde e
beneficência)
Programas para
pacientes
externos
(colocação de
alunos sob a
autoridade do
sistema escolar)
Evelyn Deno; 1970
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14. Sistemas de Apoios a
Tempo Parcial
Consiste em quatro modalidades
de repartição do tempo e do
espaço escolar (20 a 25% do
tempo) em programas de apoio, de
alcance limitado.
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15. 1) aula especial, com currículo
alternativo;
2) programas parcialmente específicos,
com possibilidade de convívio com os
alunos normais em certas atividades extra
curriculares, como os recreios e serviços
complementares;
Sistemas de Apoios a
Tempo Parcial
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16. 3) integração combinada, com um
currículo alternativo;
4) apoio a tempo parcial, com integração
total na classe regular, mas com apoio
especializado, nos tempos livres.
Sistemas de Apoios a
Tempo Parcial
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17. 159 180 186
470
1035
312
249 255
331
534
< 20% ≥ 20% e < 40% ≥ 40% e < 60% ≥ 60% e < 80% ≥ 80%
UAM UEE
Percentagem de tempo de apoio
semanal em unidades – 2013/2014
Em muitos países é proibida a permanência
por mais de metade da componente letiva
diária.
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18. As modalidades de apoio (unidades – salas de
recursos como são denominadas em alguns
países) têm na sua génese modelos e práticas
eminentemente centradas nas condições de
deficiência. O racional teórico e a perspetiva é
nitidamente o da integração.
São espaços diferenciados de ensino e
constituem-se numa perspetiva redutora (muitas
vezes denominada de funcionalista) das
possibilidades de aprendizagem.
DO MODELO ORGANIZACIONAL
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20. O QUE (NÃO) É
Algumas práticas recomendadas
segundo a literatura internacional
Destina-se a alunos com NEE que
frequentam uma turma do ensino regular e
que necessitam durante parte da
componente letiva, individualmente ou em
pequeno grupo, de instrução suplementar
especializada em determinadas áreas
curriculares e/ou do desenvolvimento.
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21. O QUE (NÃO) É
Quando é necessário o aluno pode
ter apoio adicional com base em
programas externos à unidade e
mesmo à escola.
Algumas práticas recomendadas
segundo a literatura internacional
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22. O QUE (NÃO) É
Após deixarem a unidade os alunos
são monitorizados de modo a terem
sucesso no contexto da turma.
Algumas práticas recomendadas
segundo a literatura internacional
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23. O QUE (NÃO) É
A avaliação deve incluir testes
padronizados, procedimentos informais,
portefólios, observação, entrevistas,
etc..
Algumas práticas recomendadas
segundo a literatura internacional
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24. O QUE (NÃO) É
A “Educação Especial” (não) é um lugar de
colocação de alunos nem um qualquer programa
pré formatado.
Ao invés de uma escola de referência, de uma
turma de CEI, de uma unidade específica ou de
uma instituição de educação especial; a Educação
Especial deve ser um SERVIÇO FLEXÍVEL E
DIFERENCIADO DISPONÍVEL PARA TODOS OS
ALUNOS QUE NECESSITEM.
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25. O QUE (NÃO) É
O Meio Menos
Restritivo Possível é a
SALA DE AULA
Keith; McDonald; DeLong, Nutter, 2011
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26. O QUE (NÃO) É
As salas de aula inclusivas são o
contexto ideal para o desenvolvimento
de intervenções ao nível da interação
social e do comportamento porque
existe a disponibilidade dos pares para
intergir com base num contexto natural.
(Ingersoll , Schreibman , 2006 e Williams, Johnson , Sukhodolsky, 2005)
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27. O QUE (NÃO) É
A escola é bem sucedida quando as
intervenções com os alunos com
necessidades especificas assentam
nas numerosas ocasiões para estes
intergirem com os seus pares.
Keith; McDonald; DeLong, Nutter, 2011
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28. É possível fazermos mais e
melhor pela equidade nas
aprendizagens e direitos dos
cidadãos com NEE?
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