SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Baixar para ler offline
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Programas de inserción a la docência
INFORMES DE INVESTIGACIÓN
CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA
ATUAÇÃO DE DOIS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Fernanda Lahtermaher Oliveira
felahter@gmail.com
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Giseli Barreto da Cruz
giselicruz@ufrj.br
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Resumo
O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre os diferenciais do
Programa de iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Pedagogia, de uma universidade
pública federal localizada no Rio de Janeiro/BR, na atuação de dois professores da
Educação Básica. Analisa os saberes docentes mobilizados pelos investigados no seu
cotidiano escolar, compreendendo quais estratégias de ensino-aprendizagem se baseiam
para ensinar e relacionando-as com suas concepções de ensino. A pesquisa foi
construída segundo a fundamentação teórica de Tardif (2002), e de Cochran-Smith &
Lytle (1999). Metodologicamente, trabalhou-se com os recursos da entrevista
semiestruturada visando compreender as razões pelas quais os professores ensinam da
forma que ensinam e da análise de documentos, como fotos e registros de campo do ano
de 2013, fase em que os professores investigados estavam no PIBID. O estudo revela
que a participação no PIBID proporcionou uma maior segurança em sala de aula;
autonomia para buscar novos conhecimentos; estratégias de ensino-aprendizagem
desenvolvidas em parceria com os alunos nas escolas; pensamento crítico sobre as
concepções de ensino e, deste modo, os depoimentos ratificam uma racionalidade,
demonstrando que esses professores sabem as razões de suas práticas pedagógicas.
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Palavras-chave: Pedagogia – Didática - Formação de Professores - Educação Básica –
Iniciação à Docência
Introdução
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID - é uma
iniciativa importante do governo brasileiro que, embora tenha um impacto parcial, pois
não atende a toda demanda da formação inicial, tem possibilitado resultados positivos no
que tange a iniciação à docência. Ao oferecer bolsas para os licenciandos atuarem no
contexto das escolas públicas ao mesmo tempo em que são orientados por professores
supervisores nas escolas e professores coordenadores na universidade, o programa
estimula uma parceria entre as duas instituições formadoras. Essa parceria corrobora
com a ideia de que teoria e prática são indissociáveis e os saberes produzidos pela
universidade, assim como pela escola, contribuem para uma formação teórico-prática
contextualizada com as realidades locais.
Por conseguinte, o PIBID se configura como uma importante iniciativa de
mudança nas licenciaturas no que se refere a própria visão que os futuros professores
têm da sua profissão, já que encaram a realidade escolar com profundidade, elaborando
materiais didáticos, acompanhando o professor e analisando seu planejamento, conforme
apontam as pesquisas e avaliações na área (GATTI, 2013).
O presente trabalho tem como objetivo expor os resultados de uma investigação
que apresenta os diferenciais da formação através do PIBID, subprojeto Pedagogia, na
atuação de dois professores da Educação Básica. Para isso, são analisados os saberes
docentes que mobilizam com mais recorrência no cotidiano escolar, suas estratégias de
ensino-aprendizagem e concepções de ensino. Afinal, quais são os conhecimentos que
os professores investigados mobilizam cotidianamente nas salas de aula?
Aspectos teóricos
Adota-se como referencial teórico Tardif (2002), que situa os saberes docentes a
partir da origem social dos saberes, entendendo que são próprios dos professores,
fazendo-se necessário levar em consideração o que dizem a respeito da sua prática e a
relação com o campo de atuação; e Cochran-Smith & Lytle (1999), que auxiliam no
entendimento do que significa ensinar no contexto da prática.
Tardif nos ajuda a entender que o saber do professor não se separa das outras
dimensões do ensino, nem como do trabalho que realiza diariamente. Portanto, o saber é
inserido em um sentido mais amplo da profissão docente, que também está situada em
um contexto histórico e social. Segundo Tardif (2002, p.11) “o saber é sempre o saber de
alguém que trabalha alguma coisa no intuito de realizar um objetivo qualquer”. Deste
modo, falar em saber dos professores é legitimar um saber que é próprio deles, que está
relacionado com a sua identidade, trajetória de vida e experiências pessoais e
profissionais.
Para o autor podemos denominar este saber como social, já que é compartilhado
por um grupo de professores que, apesar de possuírem a mesma categoria profissional,
tem trajetórias de formação e atuação diferentes. Além disso, os produtos dos seus
saberes são coletivamente discutidos e definidos, como currículos, planos de ensino, o
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
que deve ser ensinado, etc. De modo que a legitimação também é social e se distancia
de afirmações unicamente cognitivas ou epistemológicas.
O professor trabalha com práticas sociais já que ensina a sujeitos que estão
inseridos em um contexto político e que, portanto, atuam diretamente nele, sendo
influenciados e influenciando o mundo a sua volta, o que revela que o saber não é algo
estático, está em constante mudança e adaptação. É possível perceber que a própria
importância que é dada a determinados saberes é diferente de outros em determinados
momentos históricos.
Tardif (2002) afirma:
Noutras palavras, a Pedagogia, a Didática, a Aprendizagem e o
Ensino são construções sociais cujos conteúdos, formas e
modalidades dependem intimamente da história de uma
sociedade, de sua cultura legítima e de suas culturas (técnicas,
humanistas, científicas, populares, etc.), de seus poderes e
contrapoderes, das hierarquias que predominam na educação
formal e informal, etc. (TARDIF, 2002. p.14).
Portanto, o saber dos professores é sempre situado, pois está em constante
relação com sujeitos, sejam os alunos, diretores, pais, de uma instituição de ensino e em
uma relação de trabalho que exige tarefas complexas, tendo em vista que ensinar
depende de uma série de artifícios. Além disso, exige tempo, pois o saber do professor
irá se modificar ao longo da sua carreira, suas experiências e vivências de modo que a
cada mudança (seja de escola, turma, bairro) haja novos aprendizados.
No entendimento que o saber do professor é próprio, mas ao mesmo tempo
social, temporal e situado faz-se necessário pontuar que esse conhecimento advém da
sua prática de ensino. Assim, os saberes são mobilizados a partir da, na e para a prática,
como apontam as autoras Cochran-Smith & Lytle (1999).
Segundo essas autoras, é através da ação docente que de fato é possível
perceber como manifestam seus conhecimentos. É possível inferir que o conhecimento
para a prática é aquele que ocorre no contexto das instituições formais de ensino, ou
seja, é o “conhecimento formal”, como as teorias gerais e pesquisas na área da
educação. Nesta perspectiva, esses conhecimentos servirão como base para os saberes
docentes.
O conhecimento na prática é o conhecimento em ação, o que os professores
sabem e refletem no contexto da prática, mas que ocorre no momento em que é
expressado ou articulado os seus saberes docentes. Nesse sentido, o conhecimento é
entendido como situado e incerto, pois acontece por meio das particularidades cotidianas
da sala de aula.
Aspectos metodológicos
O interesse neste estudo envolve a problemática dos saberes docentes
mobilizados com mais recorrência por professores egressos do PIBID que atualmente
atuam na Educação Básica e o que eles pensam e fazem para ensinar. Para isso,
buscou-se compreender de que forma o PIBID contribuiu para serem os professores que
são hoje. Para atender a essas questões foram realizadas entrevistas semiestruturadas,
análise de documentos, imagens e planos de aula, para uma posterior análise de
conteúdo. Os dados se referem tanto ao período de participação dos sujeitos no PIBID,
quanto ao posterior a este em que começam a carreira docente.
No âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, a
Universidade Federal do Rio de Janeiro atendeu a chamada pública de dezembro de
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
2007, apresentada conjuntamente pelos Ministério da Educação - MEC, Fundação
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, e Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.
A pedagogia é inserida como subprojeto conforme edital nº 11/2012. Foi através
da ampliação deste edital que o subprojeto deu início as suas atividades, tendo como
foco os anos iniciais do Ensino Fundamental. No edital seguinte, de 2013, foi também
incorporada a área de educação infantil. Deste modo, o PIBID UFRJ Pedagogia passou a
ter duas coordenadoras de área com dois grupos diferenciados de bolsistas, escolas e
professores supervisores. O presente trabalho se detém a investigar somente a área dos
anos iniciais do Ensino Fundamental.
O primeiro projeto contou com a parceria do CAp UFRJ, colégio de aplicação da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, e coube aos estudantes acompanhar, subsidiar
e refletir sobre o trabalho desenvolvido nesta escola. Iniciou com uma professora
coordenadora, uma professora supervisora e cinco estudantes. As reuniões semanais do
grupo ocorriam, majoritariamente, na Faculdade de Educação, com mais um encontro na
escola onde os estudantes realizavam a observação participante.
Tendo em vista que o PIBID Pedagogia contemplado neste estudo iniciou em
2013 e desde então, dois licenciandos do grupo se graduaram e exercem a docência
profissionalmente, a atual pesquisa abarca 100% dos casos elegíveis para análise.
Nesse sentido, a investigação abarca 100% dos egressos até o presente momento,
proporcionando possibilidades exequíveis de análise para o entendimento dos saberes
docentes que estes professores vêm mobilizando com mais recorrência em sala de aula.
Os dados são apresentados trazendo os relatos desses dois professores,
apresentando sua visão sobre a participação enquanto integrantes de um projeto PIBID e
suas argumentações referentes às práticas em sala de aula. Deste modo, nos interessa
saber quais estratégias os professores investigados mobilizam em suas práticas
docentes e a partir de quais concepções de ensino. Entende-se que a partir dessas
questões será possível perceber os saberes que têm movimentado com mais recorrência
de modo que seja possível refletir sobre os diferenciais do PIBID na formação desses
sujeitos.
Três características se destacam na ação pedagógica atual desses dois
professores: uma visão crítica sobre as concepções de ensino; a importância de escutar
os alunos; e autonomia pedagógica. Neste trabalho, nos deteremos somente na análise
da racionalidade discursiva dos investigados, como aponta TARDIF (2002). Acredita-se
que ao evidenciar a racionalidade dos professores através dos seus discursos reflexivos,
onde se coloquem a disposição para pensar, falar, retomar as ideias, é possível
reconhecer seus saberes, tornando possível a constituição de um repertório de
conhecimentos para o ensino, pois eles sabem por que os dizem e o que fazem. Os
nomes dos professores foram trocados e suas falas apresentam a codificação da primeira
letra do nome fictício mais a indicação do material e a ordem.
Os diferencias do PIBID na docência de dois professores da escola-básica
O PIBID Pedagogia do qual os sujeitos investigados participaram, se caracteriza
como um projeto que visa a inserção do estudante em um contexto profissional e, neste
caso, no primeiro ano do ensino fundamental, pois o projeto tem como foco a
alfabetização. Essa parceria entre escola e universidade facilita que o estudante conheça
a realidade que irá enfrentar, contextualizando seus saberes docentes, criticando o
contexto escolar e vivenciando dilemas reais do cotidiano docente.
Sendo assim, não é um projeto de pesquisa, porém se inspira nos estudos
etnográficos para realizar suas atividades. Estratégias como os diários de campo,
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
registros etnográficos, observação participante são utilizadas para favorecer essa
imersão.
Os professores acompanhados neste estudo participaram do PIBID até 2013 e
hoje atuam como docentes em escolas do Rio de Janeiro. João trabalha em uma escola
no centro do Rio com os primeiros anos do Ensino Fundamental, enquanto Thamara atua
em duas escolas públicas de educação infantil. São jovens recém-inseridos no campo
profissional e que ao mesmo tempo em que possuem uma trajetória profissional muito
parecida, passaram por experiências diversificadas ao longo das suas vidas.
Os dois professores sinalizam aspectos parecidos ao longo da sua trajetória no
que se refere a escolha pelo magistério e as dúvidas que antecederam seu interesse ao
ingressar no PIBID, e as razões pelas quais ficaram, mas, principalmente, aproximam-se
quando justificam as suas ações em sala de aula. Thamara e João relatam que hoje se
sentem mais seguros na escola, tentam ao máximo ouvir os alunos, realizando atividades
que vão ao encontro dos seus interesses. Apresentam uma visão crítica sobre as
concepções de ensino e as estratégias que devem escolher em sala de aula.
Ao relatar sua experiência no PIBID, João afirma que
O PIBID era um sonho para mim. (...). Eu poder fazer a faculdade
e ter um auxílio de orientação e financeiro para poder me
empenhar na atividade de prática ensino. Começar numa escola
como aprendiz, observando o dia-a-dia em sala de aula, vendo um
profissional experiente atuando, e depois dialogar com ele,
interagir com as crianças, ter essa aproximação, ainda mais eu
que não vinha de um ambiente com crianças. Então, esse contato
para mim era necessário. Desenvolver isso para conhecer melhor
as crianças, saber como chegar, desenvolver uma linguagem
adequada a compreensão (J. E1).
João disserta que a contribuição financeira foi de grande ajuda e reforça a
necessidade de aproximação entre escola e universidade, já que coloca o estudante em
uma posição de ter de refletir sobre o desenvolvimento infantil, uma linguagem e
comportamento próprios a essa idade.
Atualmente, ele é professor em uma escola que trabalha na perspectiva
Montessoriana e valoriza muito a autonomia dos alunos. O professor disserta com
segurança sobre a concepção de ensino da escola, sobre a necessidade de escutar os
alunos, a boa relação que estabeleceu com eles e como se sente preparado para
ensinar, mesmo entendendo que precisará sempre contar com a ajuda de outros
profissionais e materiais. Ele atribui boa parcela do que aprendeu no PIBID à sua prática
docente atual, quando diz:
A gente estudou sobre o estudo etnográfico que foi fundamental
para esse sistema Montessoriano que eu faço parte atualmente
(...) As semelhanças do que a Montessori fala sobre a observação
da criança, porque como você vai proporcionar uma
aprendizagem para alguém que você não sabe como é, que tipos
de conhecimento possuí, etc. Então você precisa ter um bom
espírito observador, analisar as informações e saber o que fazer,
como tratá-las para desenvolver práticas mais satisfatórias para
aprendizagem daquela pessoa (J. E1).
Já Thamara, ao falar sobre sua experiência no PIBID, relata que este
complementou o conhecimento desenvolvido através das disciplinas da universidade e
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
também aponta que a aproximação entre escola e universidade favoreceu uma melhor
compreensão da realidade escolar, como no trecho:
Desde que nos inserimos como bolsistas no Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID UFRJ
Pedagogia), percebemos, assim como os demais acadêmicos
bolsistas, que fazer parte do Programa solidifica os estudos
realizados nas disciplinas do curso de Pedagogia (T. TR1).
As estratégias e ações cotidianas do contexto do trabalho desses professores
aparecem de modo a revelar seus saberes e compondo um repertório próprio de
conhecimentos profissionais. Percebem-se através de suas falas que os professores são
atores que possuem seus próprios saber-fazer (GIDDEND, 1987 apud TARDIF, 2002).
Com relação as suas ações em sala de aula, João se define numa perspectiva
humanista da educação, apostando na empatia para com os seus alunos e acreditando
que estes devem ser os protagonistas do aprendizado. Sobre a sua prática, ele afirma:
Tento identificar a linguagem que seja mais familiar aquela pessoa
e identificar qual o nível de conhecimento que ela está, e o que ela
precisa trabalhar mais, o que ela tem de talentos, conhecimentos,
habilidades que eu possa aproveitar e incentivá-la naquilo, e
também para ela se apropriar de outros conhecimentos, de outros
saberes (J. E1).
O relato dos professores aponta para a reflexão acerca das concepções de ensino
de ambos. As suas compreensões sobre as práticas pedagógicas são mobilizadas por
um discurso que é permeado de saberes docentes, indicando o que deve ser ensinado.
As vivências de ambos revelam que, enquanto estudantes, passaram por escolas que
marcaram a sua trajetória e certamente influenciaram as suas práticas enquanto
professores.
Entende-se que os saberes dos professores são temporais, como aponta Tardif
(2002), pois são adquiridos ao longo do tempo. Muito do que sabem hoje, sobre o papel
do professor, como ensinar e a melhor concepção de ensino advêm da sua própria
história de vida, especialmente, da sua história de vida escolar.
Portanto, para o professor iniciante, planejar uma aula é pensar as
potencialidades de cada aluno, preservando a autonomia de cada um. Na escola, eles
têm a liberdade de pegar materiais nas estantes, observar, analisar, fazer pesquisas e é
a partir dali que o conhecimento será estimulado, já que o aluno poderá fazer suas
próprias inferências sobre os objetos, tirar dúvidas e pesquisar sobre as suas
curiosidades.
Essa estratégia revela o quanto Thamara e João sabem a respeito do seu
trabalho. Como aponta Tardif (2002) a respeito dos saberes docente serem sobre seres
humanos, e, por consequência, os seus saberes carregarem marcas profundas do ser
humano. Quando professores reconhecem a importância do ato de ensinar àqueles que
aprendem percebem a dupla transitividade que está implícita neste processo.
Thamara ao contar sua rotina, expõe diversos momentos em que senta em roda
com os alunos e pergunta o que eles querem fazer. Também revela que considera
essencial explorar todos os espaços da escola, como o parquinho, para que brinquem
com diferentes objetos. Além disso, sempre dispõe de um horário livre de modo que as
crianças tenham autonomia e possam fazer o que desejarem. Thamara atua numa escola
de educação infantil Montessoriana, assim como João ela também atua em uma escola
cuja concepção de educação se baseia nos princípios montessorianos.
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Atualmente ela trabalha em duas escolas de educação infantil, um espaço de
desenvolvimento infantil – EDI e um CIEP. Nesta segunda, tais práticas já ocorrem no
momento em que vas crianças vão às estantes escolher brinquedos livremente, como
conta nas duas passagens:
A atividade é planejada sempre junto com alguma proposta de um
projeto e, como é uma escola Montessoriana, também se reserva
um tempo para que eles peguem as atividades que estão
expostas nas prateleiras e que são da altura deles e assim eles
podem fazer. Então as atividades que são jogos, eles pegam,
fazem as atividades, colocam na prateleira de novo e se agora
querem desenhar eles pegam o papel desenham e então eles
ficam em torno de uma hora e meia fazendo essas atividades de
livre escolha (T. E1, grifo nosso).
Eu acho que é essa proposta também de ir para fora de sala e de
muita escuta deles. Eles chegam e falam: “Vamos lá para fora”. E
por que a gente acha que este é um espaço onde eles vão
aprender, não é só entro da sala e ir para fora, pegar uma corda,
uma bola, um bambolê, esquematizar um circuito e deixar eles
livres muitas vezes tem mais significado do que deixar eles
sentados (ibdem).
Por meio dessas falas, é possível perceber como esses professores aparentam
saber as razões das suas práticas de ensino. Thamara justifica sua ida para outros
espaços da escola porque sabe que neles as crianças também vão aprender, às vezes,
até mais do que dentro de sala de aula. Também explica que por mais que os alunos
tenham tempo livre e explorem os brinquedos de forma espontânea, as atividades estão
relacionadas a um projeto de trabalho, e, portanto, têm uma razão para acontecer
naquele momento e daquela forma. Também demonstra uma sensibilidade ao
reconhecer seus próprios conhecimentos e investimentos, como aponta Tardif (2002) “a
aquisição da sensibilidade exige do professor um investimento contínuo e a longuíssimo
prazo, assim como a disposição de estar constantemente revisando o repertorio de
saberes adquiridos por meio da experiência” (p.267).
No que se refere ao conhecimento que adquiriram sobre as suas próprias práticas
docentes e consequentemente sobre si, Thamara e João apontam que se sentem
seguros e confiantes para ensinar. As experiências que vivenciaram ao longo da sua vida
e da formação universitária contribuíram significativamente para que hoje tenham
autonomia para buscar novos conhecimentos.
Com relação a isso, eles sinalizam que se sentem mais confiantes em sala de
aula, mais à vontade para buscar novas fontes de informação e que por isso não têm
tanto medo de errar. Sabem por onde devem caminhar e que nem sempre vão encontrar
colegas de profissão que pensam como eles.
Essas características são resultados do trabalho docente, que envolve interações
humanas e que se dá num contexto ativo de trabalho. Revela como o conhecimento da
prática, proposto por Cochran-Smith &Lytle (1999) é fundamental para a produção do
conhecimento, levando em consideração que o sujeito não se separa daquilo que visa
conhecer. A ideia do conhecimento da prática é que, através da investigação, os
professores ao longo de sua vida profissional problematizam seu próprio conhecimento,
bem como o conhecimento e a prática de outros, assim se colocando em uma relação
diferente com os saberes docentes.
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
Por conseguinte, revela o papel central que os professores têm na geração de
conhecimento sobre a sua prática. Na medida em que sabem as razões de ensinar,
produzem saberes docentes que servem de repertório para ser compartilhado com seus
pares e revisto ao longo da sua trajetória profissional.
Nesse sentido, vale destacar que um dos fatores que proporcionou uma reflexão
consistente na mobilização dos saberes profissionais desses dois professores foi a sua
passagem pelo PIBID. Essa questão deixa de ser uma suposição e passa a ser uma
afirmação tendo em vista que ambos os recém-professores revelam em seus saberes e
fazeres aspectos estimulados em sua participação no referido Programa. Quanto a isso
destacamos o repertório de conhecimento construído por meio das atividades de ensino,
encontros de reflexão e elaboração de materiais com o grupo, preparação e construção
de trabalhos científicos.
Ambos os investigados afirmam que a reflexão atenta e curiosa sobre o fazer
docente desenvolvida no PIBID favoreceu com que conhecessem o caminho para
ensinar, mas reconhecendo a sua incompletude e sabendo onde procurar formas de
complementa-lo. Assim, reconhecem a autonomia pedagógica que conquistaram.
Posto isso, é possível concluir que o Projeto permite uma formação diferenciada,
onde a universidade se aproxima da escola, contribuindo diretamente para associação
entre teoria e prática. Estabelece uma relação entre o como ensinar e o que ensinar,
possibilita a criação de materiais didáticos, a participação em eventos, possibilitando um
processo investigativo da e na formação docente.
Conclusões
A pesquisa indicou que os professores apresentam um repertório próprio de
conhecimentos profissionais docentes, revelados através das suas falas sobre as suas
ações diárias e as razões pelas quais ensinam da forma que ensinam. Os seus saberes
são oriundos, como aponta Tardif (2002), da experiência profissional, curricular, dos
saberes experienciais e disciplinares, formando um amálgama.
Ambos sinalizam aspectos muito parecidos quanto a sua prática docente, no que
se refere às concepções de ensino que possuem, a necessidade de ouvir os alunos e a
importância da autonomia pedagógica. Essas caraterísticas situam os saberes docentes
enquanto temporais, pois são adquiridos ao longo do tempo, plurais, pois apresentam
diversas fontes, heterogêneos, já que não apresentam um repertório único e um processo
humanizado, tendo em vista que se trata de seres humanos.
Deste modo, entende-se que o PIBID foi de fato um diferencial na formação
desses sujeitos, contribuindo com experiências, materiais e situações de ensino que
possibilitaram uma vivência em sala de aula, uma reflexão sobre o processo de ensino-
aprendizagem e também enquanto professores que refletem criticamente sobre seu
trabalho.
Os dados demonstram como o PIBID vem se configurando como um aliado
potente na formação de professores. Essa formação necessita continuar sendo analisada
e discutida, sendo repensada, na sua esfera curricular e didática, e ganha um aliado, que
ainda que apresente uma série de questões, vem demonstrando ser fundamental no que
ser refere a unir prática e teoria, escola e universidade, escola e pesquisa, entre outros
fatores fundamentais para iniciação à docência.
Referências Bibliográficas
ANDRÉ, M. Etnografia da prática escolar. Campinas, Sp: Papirus, 1995.
________. Pesquisa em educação: Buscando rigor e qualidade. In: Cadernos de
Pesquisa, n° 113, julho/2001.
V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA
INDUCCIÓN ALADOCENCIA
COCHRAN-SMITH, M., & LYTLE, S. L. Relationships of Knowledge and Practice: teacher
learning in communities. In Review of Research in Education. USA, 24, 1999. p. 249–305.
_______. A tale of two teachers: Learning to Teach Over Time. In: Time. Kappa Delta
Record, 48(3), 2002.
GATTI, B. A formação continuada de professores: a questão psicossocial. Cadernos de
Pesquisa, n. 119, p. 191-204, jul. 2003.
_______. A formação inicial de professores para a educação básica: as licenciaturas.
Revista USP, São Paulo, n 100, p. 33-46, dez. 2013.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes,
2002.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Papel pedagogo
Papel pedagogoPapel pedagogo
Papel pedagogoelanis10
 
INSERÇÃO À DOCÊNCIA A PARTIR DO PIBID/CAPES: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO IN...
INSERÇÃO À DOCÊNCIA A PARTIR DO PIBID/CAPES: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO IN...INSERÇÃO À DOCÊNCIA A PARTIR DO PIBID/CAPES: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO IN...
INSERÇÃO À DOCÊNCIA A PARTIR DO PIBID/CAPES: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO IN...ProfessorPrincipiante
 
Formação continuada de professores na rede municipal
Formação continuada de professores na rede municipalFormação continuada de professores na rede municipal
Formação continuada de professores na rede municipalCristina Assis
 
O Docente da Educação Superior Brasileira
O Docente da Educação Superior BrasileiraO Docente da Educação Superior Brasileira
O Docente da Educação Superior Brasileirarevistas - UEPG
 
DIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃO
DIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃODIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃO
DIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃOProfessorPrincipiante
 
Curriculos Alternativos
Curriculos AlternativosCurriculos Alternativos
Curriculos Alternativosguestb20a74
 
O curriculo adaptado e ou flexibilizado
O curriculo adaptado e ou flexibilizadoO curriculo adaptado e ou flexibilizado
O curriculo adaptado e ou flexibilizadoFrancisca Sousa
 
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...ProfessorPrincipiante
 
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES: REFLEXÕES ACERCA DA A...
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES: REFLEXÕES ACERCA DA A...DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES: REFLEXÕES ACERCA DA A...
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES: REFLEXÕES ACERCA DA A...ProfessorPrincipiante
 
RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES INICIANTES E ESTUDANTES: ELEMENTOS DO PROCESSO DE ...
RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES INICIANTES E ESTUDANTES: ELEMENTOS DO PROCESSO DE ...RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES INICIANTES E ESTUDANTES: ELEMENTOS DO PROCESSO DE ...
RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES INICIANTES E ESTUDANTES: ELEMENTOS DO PROCESSO DE ...ProfessorPrincipiante
 
Aprendendo a ser professor contribuições de um programa de iniciação à docênc...
Aprendendo a ser professor contribuições de um programa de iniciação à docênc...Aprendendo a ser professor contribuições de um programa de iniciação à docênc...
Aprendendo a ser professor contribuições de um programa de iniciação à docênc...curujao
 
Trajetórias de professores de Sociologia e as dinâmicas da comunidade discipl...
Trajetórias de professores de Sociologia e as dinâmicas da comunidade discipl...Trajetórias de professores de Sociologia e as dinâmicas da comunidade discipl...
Trajetórias de professores de Sociologia e as dinâmicas da comunidade discipl...revistas - UEPG
 
PROFESSORES INICIANTES NO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO: ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DA...
PROFESSORES INICIANTES NO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO: ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DA...PROFESSORES INICIANTES NO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO: ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DA...
PROFESSORES INICIANTES NO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO: ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DA...ProfessorPrincipiante
 
O PROFESSOR INCIANTE DE MATEMÁTICA E SUA CONSTITUIÇÃO PARA O TRABALHO DOCENTE
O PROFESSOR INCIANTE DE MATEMÁTICA E SUA CONSTITUIÇÃO PARA O TRABALHO DOCENTEO PROFESSOR INCIANTE DE MATEMÁTICA E SUA CONSTITUIÇÃO PARA O TRABALHO DOCENTE
O PROFESSOR INCIANTE DE MATEMÁTICA E SUA CONSTITUIÇÃO PARA O TRABALHO DOCENTEProfessorPrincipiante
 
Estágio: diferentes concepções
Estágio: diferentes concepções Estágio: diferentes concepções
Estágio: diferentes concepções Lílian Reis
 
Estágio e docência
Estágio e docênciaEstágio e docência
Estágio e docênciaNadia Biavati
 
~PROFESSORES INCIANTES: TEORIAS, PRÁTICAS, DILEMAS E DESAFIOS
~PROFESSORES INCIANTES: TEORIAS, PRÁTICAS, DILEMAS E DESAFIOS~PROFESSORES INCIANTES: TEORIAS, PRÁTICAS, DILEMAS E DESAFIOS
~PROFESSORES INCIANTES: TEORIAS, PRÁTICAS, DILEMAS E DESAFIOSProfessorPrincipiante
 
DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...
DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...
DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...ProfessorPrincipiante
 

Mais procurados (20)

Papel pedagogo
Papel pedagogoPapel pedagogo
Papel pedagogo
 
INSERÇÃO À DOCÊNCIA A PARTIR DO PIBID/CAPES: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO IN...
INSERÇÃO À DOCÊNCIA A PARTIR DO PIBID/CAPES: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO IN...INSERÇÃO À DOCÊNCIA A PARTIR DO PIBID/CAPES: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO IN...
INSERÇÃO À DOCÊNCIA A PARTIR DO PIBID/CAPES: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO IN...
 
A18
A18A18
A18
 
Formação continuada de professores na rede municipal
Formação continuada de professores na rede municipalFormação continuada de professores na rede municipal
Formação continuada de professores na rede municipal
 
O Docente da Educação Superior Brasileira
O Docente da Educação Superior BrasileiraO Docente da Educação Superior Brasileira
O Docente da Educação Superior Brasileira
 
DIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃO
DIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃODIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃO
DIÁLOGOS E ACOMPANHAMENTO: OS PROFESSORES INICIANTES E SUAS PRÁTICAS EM QUESTÃO
 
Educação inclusiva 2
Educação inclusiva 2Educação inclusiva 2
Educação inclusiva 2
 
Curriculos Alternativos
Curriculos AlternativosCurriculos Alternativos
Curriculos Alternativos
 
O curriculo adaptado e ou flexibilizado
O curriculo adaptado e ou flexibilizadoO curriculo adaptado e ou flexibilizado
O curriculo adaptado e ou flexibilizado
 
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...
O PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO AO INÍCIO DA DOCÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁT...
 
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES: REFLEXÕES ACERCA DA A...
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES: REFLEXÕES ACERCA DA A...DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES: REFLEXÕES ACERCA DA A...
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES: REFLEXÕES ACERCA DA A...
 
RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES INICIANTES E ESTUDANTES: ELEMENTOS DO PROCESSO DE ...
RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES INICIANTES E ESTUDANTES: ELEMENTOS DO PROCESSO DE ...RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES INICIANTES E ESTUDANTES: ELEMENTOS DO PROCESSO DE ...
RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES INICIANTES E ESTUDANTES: ELEMENTOS DO PROCESSO DE ...
 
Aprendendo a ser professor contribuições de um programa de iniciação à docênc...
Aprendendo a ser professor contribuições de um programa de iniciação à docênc...Aprendendo a ser professor contribuições de um programa de iniciação à docênc...
Aprendendo a ser professor contribuições de um programa de iniciação à docênc...
 
Trajetórias de professores de Sociologia e as dinâmicas da comunidade discipl...
Trajetórias de professores de Sociologia e as dinâmicas da comunidade discipl...Trajetórias de professores de Sociologia e as dinâmicas da comunidade discipl...
Trajetórias de professores de Sociologia e as dinâmicas da comunidade discipl...
 
PROFESSORES INICIANTES NO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO: ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DA...
PROFESSORES INICIANTES NO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO: ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DA...PROFESSORES INICIANTES NO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO: ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DA...
PROFESSORES INICIANTES NO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO: ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DA...
 
O PROFESSOR INCIANTE DE MATEMÁTICA E SUA CONSTITUIÇÃO PARA O TRABALHO DOCENTE
O PROFESSOR INCIANTE DE MATEMÁTICA E SUA CONSTITUIÇÃO PARA O TRABALHO DOCENTEO PROFESSOR INCIANTE DE MATEMÁTICA E SUA CONSTITUIÇÃO PARA O TRABALHO DOCENTE
O PROFESSOR INCIANTE DE MATEMÁTICA E SUA CONSTITUIÇÃO PARA O TRABALHO DOCENTE
 
Estágio: diferentes concepções
Estágio: diferentes concepções Estágio: diferentes concepções
Estágio: diferentes concepções
 
Estágio e docência
Estágio e docênciaEstágio e docência
Estágio e docência
 
~PROFESSORES INCIANTES: TEORIAS, PRÁTICAS, DILEMAS E DESAFIOS
~PROFESSORES INCIANTES: TEORIAS, PRÁTICAS, DILEMAS E DESAFIOS~PROFESSORES INCIANTES: TEORIAS, PRÁTICAS, DILEMAS E DESAFIOS
~PROFESSORES INCIANTES: TEORIAS, PRÁTICAS, DILEMAS E DESAFIOS
 
DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...
DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...
DIÁLOGOS ENTRE OS SABERES DA PRÁTICA E A TEORIA: O QUE DIZEM OS (AS) ACADÊMIC...
 

Destaque

DIPLOMA NAS MÃOS E CONTRATO PROFISSIONAL: DE QUE MODO PROFESSORAS INICIANTES ...
DIPLOMA NAS MÃOS E CONTRATO PROFISSIONAL: DE QUE MODO PROFESSORAS INICIANTES ...DIPLOMA NAS MÃOS E CONTRATO PROFISSIONAL: DE QUE MODO PROFESSORAS INICIANTES ...
DIPLOMA NAS MÃOS E CONTRATO PROFISSIONAL: DE QUE MODO PROFESSORAS INICIANTES ...ProfessorPrincipiante
 
O PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NA UFPE
O PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NA UFPEO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NA UFPE
O PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NA UFPEProfessorPrincipiante
 
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...ProfessorPrincipiante
 
INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?
INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?
INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?ProfessorPrincipiante
 
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIAO CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIAProfessorPrincipiante
 
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PROPÓSITOS E CONTEXTOS DE ...
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PROPÓSITOS E CONTEXTOS DE ...PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PROPÓSITOS E CONTEXTOS DE ...
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PROPÓSITOS E CONTEXTOS DE ...ProfessorPrincipiante
 
APOYOS DE LOS CENTROS EDUCATIVOS A LA INSERCIÓN PROFESIONAL
APOYOS DE LOS CENTROS EDUCATIVOS A LA INSERCIÓN PROFESIONALAPOYOS DE LOS CENTROS EDUCATIVOS A LA INSERCIÓN PROFESIONAL
APOYOS DE LOS CENTROS EDUCATIVOS A LA INSERCIÓN PROFESIONALProfessorPrincipiante
 
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...ProfessorPrincipiante
 
10DESAFIOS ENFRENTADOS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
10DESAFIOS ENFRENTADOS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA10DESAFIOS ENFRENTADOS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
10DESAFIOS ENFRENTADOS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIAProfessorPrincipiante
 
PROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTE
PROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTEPROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTE
PROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTEProfessorPrincipiante
 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EXPERIÊNCIA PIBID E INÍCIO À CARREIRA DOCENTE
POLÍTICAS PÚBLICAS, EXPERIÊNCIA PIBID E INÍCIO À CARREIRA DOCENTEPOLÍTICAS PÚBLICAS, EXPERIÊNCIA PIBID E INÍCIO À CARREIRA DOCENTE
POLÍTICAS PÚBLICAS, EXPERIÊNCIA PIBID E INÍCIO À CARREIRA DOCENTEProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES E SEUS SABERES PARA O TRABALHO EM CRECHES
PROFESSORES INICIANTES E SEUS SABERES PARA O TRABALHO EM CRECHESPROFESSORES INICIANTES E SEUS SABERES PARA O TRABALHO EM CRECHES
PROFESSORES INICIANTES E SEUS SABERES PARA O TRABALHO EM CRECHESProfessorPrincipiante
 
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...ProfessorPrincipiante
 
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHEFORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHEProfessorPrincipiante
 
LA EXPERIENCIA DEL DIPLOMADO “FORMACIÓN DE TUTORES PARA DOCENTES Y TÉCNICOS D...
LA EXPERIENCIA DEL DIPLOMADO “FORMACIÓN DE TUTORES PARA DOCENTES Y TÉCNICOS D...LA EXPERIENCIA DEL DIPLOMADO “FORMACIÓN DE TUTORES PARA DOCENTES Y TÉCNICOS D...
LA EXPERIENCIA DEL DIPLOMADO “FORMACIÓN DE TUTORES PARA DOCENTES Y TÉCNICOS D...ProfessorPrincipiante
 
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...ProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...ProfessorPrincipiante
 
PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...
PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...
PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...ProfessorPrincipiante
 
LA EXPERIENCIA ESCOLAR: EJE DE FORMACIÓN EN LA PRÁCTICA
LA EXPERIENCIA ESCOLAR: EJE DE FORMACIÓN EN LA PRÁCTICALA EXPERIENCIA ESCOLAR: EJE DE FORMACIÓN EN LA PRÁCTICA
LA EXPERIENCIA ESCOLAR: EJE DE FORMACIÓN EN LA PRÁCTICAProfessorPrincipiante
 
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIO
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIOLa formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIO
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIOProfessorPrincipiante
 

Destaque (20)

DIPLOMA NAS MÃOS E CONTRATO PROFISSIONAL: DE QUE MODO PROFESSORAS INICIANTES ...
DIPLOMA NAS MÃOS E CONTRATO PROFISSIONAL: DE QUE MODO PROFESSORAS INICIANTES ...DIPLOMA NAS MÃOS E CONTRATO PROFISSIONAL: DE QUE MODO PROFESSORAS INICIANTES ...
DIPLOMA NAS MÃOS E CONTRATO PROFISSIONAL: DE QUE MODO PROFESSORAS INICIANTES ...
 
O PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NA UFPE
O PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NA UFPEO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NA UFPE
O PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NA UFPE
 
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
 
INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?
INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?
INFORME DE INVESTIGAÇÃO RESIDÊNCIA NA DOCÊNCIA: UMA CONSTRUÇÃO NECESSÁRIA?
 
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIAO CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
 
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PROPÓSITOS E CONTEXTOS DE ...
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PROPÓSITOS E CONTEXTOS DE ...PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PROPÓSITOS E CONTEXTOS DE ...
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: PROPÓSITOS E CONTEXTOS DE ...
 
APOYOS DE LOS CENTROS EDUCATIVOS A LA INSERCIÓN PROFESIONAL
APOYOS DE LOS CENTROS EDUCATIVOS A LA INSERCIÓN PROFESIONALAPOYOS DE LOS CENTROS EDUCATIVOS A LA INSERCIÓN PROFESIONAL
APOYOS DE LOS CENTROS EDUCATIVOS A LA INSERCIÓN PROFESIONAL
 
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: A ENTRADA NA PROFISSÃ...
 
10DESAFIOS ENFRENTADOS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
10DESAFIOS ENFRENTADOS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA10DESAFIOS ENFRENTADOS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
10DESAFIOS ENFRENTADOS NO PROCESSO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
 
PROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTE
PROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTEPROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTE
PROGRAMA DE FORMAÇÃO NA COMPLEXIDADE DO INÍCIO DA CARREIRA DOCENTE
 
POLÍTICAS PÚBLICAS, EXPERIÊNCIA PIBID E INÍCIO À CARREIRA DOCENTE
POLÍTICAS PÚBLICAS, EXPERIÊNCIA PIBID E INÍCIO À CARREIRA DOCENTEPOLÍTICAS PÚBLICAS, EXPERIÊNCIA PIBID E INÍCIO À CARREIRA DOCENTE
POLÍTICAS PÚBLICAS, EXPERIÊNCIA PIBID E INÍCIO À CARREIRA DOCENTE
 
PROFESSORES INICIANTES E SEUS SABERES PARA O TRABALHO EM CRECHES
PROFESSORES INICIANTES E SEUS SABERES PARA O TRABALHO EM CRECHESPROFESSORES INICIANTES E SEUS SABERES PARA O TRABALHO EM CRECHES
PROFESSORES INICIANTES E SEUS SABERES PARA O TRABALHO EM CRECHES
 
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...
ESTÁGIO CURRICULAR: A INSERÇÃO DA ESCOLA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DE P...
 
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHEFORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
 
LA EXPERIENCIA DEL DIPLOMADO “FORMACIÓN DE TUTORES PARA DOCENTES Y TÉCNICOS D...
LA EXPERIENCIA DEL DIPLOMADO “FORMACIÓN DE TUTORES PARA DOCENTES Y TÉCNICOS D...LA EXPERIENCIA DEL DIPLOMADO “FORMACIÓN DE TUTORES PARA DOCENTES Y TÉCNICOS D...
LA EXPERIENCIA DEL DIPLOMADO “FORMACIÓN DE TUTORES PARA DOCENTES Y TÉCNICOS D...
 
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
 
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS ...
 
PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...
PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...
PROCESSOS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA REDE MUNICIPA...
 
LA EXPERIENCIA ESCOLAR: EJE DE FORMACIÓN EN LA PRÁCTICA
LA EXPERIENCIA ESCOLAR: EJE DE FORMACIÓN EN LA PRÁCTICALA EXPERIENCIA ESCOLAR: EJE DE FORMACIÓN EN LA PRÁCTICA
LA EXPERIENCIA ESCOLAR: EJE DE FORMACIÓN EN LA PRÁCTICA
 
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIO
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIOLa formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIO
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIO
 

Semelhante a Contribuições do PIBID na prática de professores

A EXPERIÊNCIA DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO BRASIL
A EXPERIÊNCIA DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO BRASILA EXPERIÊNCIA DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO BRASIL
A EXPERIÊNCIA DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO BRASILProfessorPrincipiante
 
Slide - Texto 05- PINTO, Humberto de Andrade.pptx
Slide - Texto 05- PINTO, Humberto de Andrade.pptxSlide - Texto 05- PINTO, Humberto de Andrade.pptx
Slide - Texto 05- PINTO, Humberto de Andrade.pptxFtimaCortes4
 
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...ProfessorPrincipiante
 
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA: PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNC...
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA: PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNC...A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA: PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNC...
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA: PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNC...ProfessorPrincipiante
 
CONCEPÇÕES SOBRE A PRÁTICA EDUCATIVA DE DOCENTES EM EXERCÍCIO E EM FORMAÇÃO: ...
CONCEPÇÕES SOBRE A PRÁTICA EDUCATIVA DE DOCENTES EM EXERCÍCIO E EM FORMAÇÃO: ...CONCEPÇÕES SOBRE A PRÁTICA EDUCATIVA DE DOCENTES EM EXERCÍCIO E EM FORMAÇÃO: ...
CONCEPÇÕES SOBRE A PRÁTICA EDUCATIVA DE DOCENTES EM EXERCÍCIO E EM FORMAÇÃO: ...ProfessorPrincipiante
 
A INSERÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: DA FORMAÇÃO INICIAL À PRÁTIC...
A INSERÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: DA FORMAÇÃO INICIAL À PRÁTIC...A INSERÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: DA FORMAÇÃO INICIAL À PRÁTIC...
A INSERÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: DA FORMAÇÃO INICIAL À PRÁTIC...ProfessorPrincipiante
 
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraGRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraProfessorPrincipiante
 
O TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIOR
O TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIORO TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIOR
O TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIORProfessorPrincipiante
 
PERCURSOS FORMATIVOS DE ESTUDANTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE...
PERCURSOS FORMATIVOS DE ESTUDANTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE...PERCURSOS FORMATIVOS DE ESTUDANTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE...
PERCURSOS FORMATIVOS DE ESTUDANTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE...ProfessorPrincipiante
 
Áreas de atuação do pedagogo
Áreas de atuação do pedagogoÁreas de atuação do pedagogo
Áreas de atuação do pedagogoBeatriz
 
Áreas de atuação do pedagogo
Áreas de atuação do pedagogoÁreas de atuação do pedagogo
Áreas de atuação do pedagogoBeatriz
 
Considerações do ensino politécnico
Considerações do ensino politécnicoConsiderações do ensino politécnico
Considerações do ensino politécnicoSUPORTE EDUCACIONAL
 
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...ProfessorPrincipiante
 
~UM PROGRAMA DE FORMAÇÃO-INVESTIGAÇÃO ONLINE NA (RE) CONSTRUÇÃO DE INDICADORE...
~UM PROGRAMA DE FORMAÇÃO-INVESTIGAÇÃO ONLINE NA (RE) CONSTRUÇÃO DE INDICADORE...~UM PROGRAMA DE FORMAÇÃO-INVESTIGAÇÃO ONLINE NA (RE) CONSTRUÇÃO DE INDICADORE...
~UM PROGRAMA DE FORMAÇÃO-INVESTIGAÇÃO ONLINE NA (RE) CONSTRUÇÃO DE INDICADORE...ProfessorPrincipiante
 
O OLHAR DE FUTUROS PROFESSORES SOBRE SUA PRÓPRIA FORMAÇÃO E O TRABALHO DOCENT...
O OLHAR DE FUTUROS PROFESSORES SOBRE SUA PRÓPRIA FORMAÇÃO E O TRABALHO DOCENT...O OLHAR DE FUTUROS PROFESSORES SOBRE SUA PRÓPRIA FORMAÇÃO E O TRABALHO DOCENT...
O OLHAR DE FUTUROS PROFESSORES SOBRE SUA PRÓPRIA FORMAÇÃO E O TRABALHO DOCENT...ProfessorPrincipiante
 
Prática docente mediada pelo estágio
Prática docente mediada pelo estágioPrática docente mediada pelo estágio
Prática docente mediada pelo estágioMarcelle Pires
 
Artigo pedagogia empresaial
Artigo pedagogia empresaialArtigo pedagogia empresaial
Artigo pedagogia empresaialHelio Lobato
 
Coordenacao pedagogica 6
Coordenacao pedagogica 6Coordenacao pedagogica 6
Coordenacao pedagogica 6Liberty Ensino
 
Slides Pedagogia educação infantil e pptx
Slides Pedagogia educação infantil e pptxSlides Pedagogia educação infantil e pptx
Slides Pedagogia educação infantil e pptxMilene452635
 

Semelhante a Contribuições do PIBID na prática de professores (20)

A EXPERIÊNCIA DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO BRASIL
A EXPERIÊNCIA DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO BRASILA EXPERIÊNCIA DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO BRASIL
A EXPERIÊNCIA DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO BRASIL
 
Slide - Texto 05- PINTO, Humberto de Andrade.pptx
Slide - Texto 05- PINTO, Humberto de Andrade.pptxSlide - Texto 05- PINTO, Humberto de Andrade.pptx
Slide - Texto 05- PINTO, Humberto de Andrade.pptx
 
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...
DIMENSÕES DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA: PIBID E COMUNIDADES DE PR...
 
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA: PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNC...
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA: PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNC...A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA: PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNC...
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA: PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNC...
 
CONCEPÇÕES SOBRE A PRÁTICA EDUCATIVA DE DOCENTES EM EXERCÍCIO E EM FORMAÇÃO: ...
CONCEPÇÕES SOBRE A PRÁTICA EDUCATIVA DE DOCENTES EM EXERCÍCIO E EM FORMAÇÃO: ...CONCEPÇÕES SOBRE A PRÁTICA EDUCATIVA DE DOCENTES EM EXERCÍCIO E EM FORMAÇÃO: ...
CONCEPÇÕES SOBRE A PRÁTICA EDUCATIVA DE DOCENTES EM EXERCÍCIO E EM FORMAÇÃO: ...
 
A INSERÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: DA FORMAÇÃO INICIAL À PRÁTIC...
A INSERÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: DA FORMAÇÃO INICIAL À PRÁTIC...A INSERÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: DA FORMAÇÃO INICIAL À PRÁTIC...
A INSERÇÃO PROFISSIONAL DO EDUCADOR DE INFÂNCIA: DA FORMAÇÃO INICIAL À PRÁTIC...
 
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraGRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
 
O TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIOR
O TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIORO TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIOR
O TRABALHO DOCENTE DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENGENHEIROS NO ENSINO SUPERIOR
 
PERCURSOS FORMATIVOS DE ESTUDANTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE...
PERCURSOS FORMATIVOS DE ESTUDANTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE...PERCURSOS FORMATIVOS DE ESTUDANTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE...
PERCURSOS FORMATIVOS DE ESTUDANTES PARTICIPANTES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE...
 
Áreas de atuação do pedagogo
Áreas de atuação do pedagogoÁreas de atuação do pedagogo
Áreas de atuação do pedagogo
 
Áreas de atuação do pedagogo
Áreas de atuação do pedagogoÁreas de atuação do pedagogo
Áreas de atuação do pedagogo
 
Considerações do ensino politécnico
Considerações do ensino politécnicoConsiderações do ensino politécnico
Considerações do ensino politécnico
 
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
 
~UM PROGRAMA DE FORMAÇÃO-INVESTIGAÇÃO ONLINE NA (RE) CONSTRUÇÃO DE INDICADORE...
~UM PROGRAMA DE FORMAÇÃO-INVESTIGAÇÃO ONLINE NA (RE) CONSTRUÇÃO DE INDICADORE...~UM PROGRAMA DE FORMAÇÃO-INVESTIGAÇÃO ONLINE NA (RE) CONSTRUÇÃO DE INDICADORE...
~UM PROGRAMA DE FORMAÇÃO-INVESTIGAÇÃO ONLINE NA (RE) CONSTRUÇÃO DE INDICADORE...
 
O OLHAR DE FUTUROS PROFESSORES SOBRE SUA PRÓPRIA FORMAÇÃO E O TRABALHO DOCENT...
O OLHAR DE FUTUROS PROFESSORES SOBRE SUA PRÓPRIA FORMAÇÃO E O TRABALHO DOCENT...O OLHAR DE FUTUROS PROFESSORES SOBRE SUA PRÓPRIA FORMAÇÃO E O TRABALHO DOCENT...
O OLHAR DE FUTUROS PROFESSORES SOBRE SUA PRÓPRIA FORMAÇÃO E O TRABALHO DOCENT...
 
Prática docente mediada pelo estágio
Prática docente mediada pelo estágioPrática docente mediada pelo estágio
Prática docente mediada pelo estágio
 
Artigo pedagogia empresaial
Artigo pedagogia empresaialArtigo pedagogia empresaial
Artigo pedagogia empresaial
 
Coordenacao pedagogica 6
Coordenacao pedagogica 6Coordenacao pedagogica 6
Coordenacao pedagogica 6
 
Slides Pedagogia educação infantil e pptx
Slides Pedagogia educação infantil e pptxSlides Pedagogia educação infantil e pptx
Slides Pedagogia educação infantil e pptx
 
20265 87941-1-pb
20265 87941-1-pb20265 87941-1-pb
20265 87941-1-pb
 

Último

RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfManuais Formação
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 

Contribuições do PIBID na prática de professores

  • 1. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Programas de inserción a la docência INFORMES DE INVESTIGACIÓN CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA Fernanda Lahtermaher Oliveira felahter@gmail.com Universidade Federal do Rio de Janeiro Giseli Barreto da Cruz giselicruz@ufrj.br Universidade Federal do Rio de Janeiro Resumo O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre os diferenciais do Programa de iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Pedagogia, de uma universidade pública federal localizada no Rio de Janeiro/BR, na atuação de dois professores da Educação Básica. Analisa os saberes docentes mobilizados pelos investigados no seu cotidiano escolar, compreendendo quais estratégias de ensino-aprendizagem se baseiam para ensinar e relacionando-as com suas concepções de ensino. A pesquisa foi construída segundo a fundamentação teórica de Tardif (2002), e de Cochran-Smith & Lytle (1999). Metodologicamente, trabalhou-se com os recursos da entrevista semiestruturada visando compreender as razões pelas quais os professores ensinam da forma que ensinam e da análise de documentos, como fotos e registros de campo do ano de 2013, fase em que os professores investigados estavam no PIBID. O estudo revela que a participação no PIBID proporcionou uma maior segurança em sala de aula; autonomia para buscar novos conhecimentos; estratégias de ensino-aprendizagem desenvolvidas em parceria com os alunos nas escolas; pensamento crítico sobre as concepções de ensino e, deste modo, os depoimentos ratificam uma racionalidade, demonstrando que esses professores sabem as razões de suas práticas pedagógicas.
  • 2. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Palavras-chave: Pedagogia – Didática - Formação de Professores - Educação Básica – Iniciação à Docência Introdução O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID - é uma iniciativa importante do governo brasileiro que, embora tenha um impacto parcial, pois não atende a toda demanda da formação inicial, tem possibilitado resultados positivos no que tange a iniciação à docência. Ao oferecer bolsas para os licenciandos atuarem no contexto das escolas públicas ao mesmo tempo em que são orientados por professores supervisores nas escolas e professores coordenadores na universidade, o programa estimula uma parceria entre as duas instituições formadoras. Essa parceria corrobora com a ideia de que teoria e prática são indissociáveis e os saberes produzidos pela universidade, assim como pela escola, contribuem para uma formação teórico-prática contextualizada com as realidades locais. Por conseguinte, o PIBID se configura como uma importante iniciativa de mudança nas licenciaturas no que se refere a própria visão que os futuros professores têm da sua profissão, já que encaram a realidade escolar com profundidade, elaborando materiais didáticos, acompanhando o professor e analisando seu planejamento, conforme apontam as pesquisas e avaliações na área (GATTI, 2013). O presente trabalho tem como objetivo expor os resultados de uma investigação que apresenta os diferenciais da formação através do PIBID, subprojeto Pedagogia, na atuação de dois professores da Educação Básica. Para isso, são analisados os saberes docentes que mobilizam com mais recorrência no cotidiano escolar, suas estratégias de ensino-aprendizagem e concepções de ensino. Afinal, quais são os conhecimentos que os professores investigados mobilizam cotidianamente nas salas de aula? Aspectos teóricos Adota-se como referencial teórico Tardif (2002), que situa os saberes docentes a partir da origem social dos saberes, entendendo que são próprios dos professores, fazendo-se necessário levar em consideração o que dizem a respeito da sua prática e a relação com o campo de atuação; e Cochran-Smith & Lytle (1999), que auxiliam no entendimento do que significa ensinar no contexto da prática. Tardif nos ajuda a entender que o saber do professor não se separa das outras dimensões do ensino, nem como do trabalho que realiza diariamente. Portanto, o saber é inserido em um sentido mais amplo da profissão docente, que também está situada em um contexto histórico e social. Segundo Tardif (2002, p.11) “o saber é sempre o saber de alguém que trabalha alguma coisa no intuito de realizar um objetivo qualquer”. Deste modo, falar em saber dos professores é legitimar um saber que é próprio deles, que está relacionado com a sua identidade, trajetória de vida e experiências pessoais e profissionais. Para o autor podemos denominar este saber como social, já que é compartilhado por um grupo de professores que, apesar de possuírem a mesma categoria profissional, tem trajetórias de formação e atuação diferentes. Além disso, os produtos dos seus saberes são coletivamente discutidos e definidos, como currículos, planos de ensino, o
  • 3. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA que deve ser ensinado, etc. De modo que a legitimação também é social e se distancia de afirmações unicamente cognitivas ou epistemológicas. O professor trabalha com práticas sociais já que ensina a sujeitos que estão inseridos em um contexto político e que, portanto, atuam diretamente nele, sendo influenciados e influenciando o mundo a sua volta, o que revela que o saber não é algo estático, está em constante mudança e adaptação. É possível perceber que a própria importância que é dada a determinados saberes é diferente de outros em determinados momentos históricos. Tardif (2002) afirma: Noutras palavras, a Pedagogia, a Didática, a Aprendizagem e o Ensino são construções sociais cujos conteúdos, formas e modalidades dependem intimamente da história de uma sociedade, de sua cultura legítima e de suas culturas (técnicas, humanistas, científicas, populares, etc.), de seus poderes e contrapoderes, das hierarquias que predominam na educação formal e informal, etc. (TARDIF, 2002. p.14). Portanto, o saber dos professores é sempre situado, pois está em constante relação com sujeitos, sejam os alunos, diretores, pais, de uma instituição de ensino e em uma relação de trabalho que exige tarefas complexas, tendo em vista que ensinar depende de uma série de artifícios. Além disso, exige tempo, pois o saber do professor irá se modificar ao longo da sua carreira, suas experiências e vivências de modo que a cada mudança (seja de escola, turma, bairro) haja novos aprendizados. No entendimento que o saber do professor é próprio, mas ao mesmo tempo social, temporal e situado faz-se necessário pontuar que esse conhecimento advém da sua prática de ensino. Assim, os saberes são mobilizados a partir da, na e para a prática, como apontam as autoras Cochran-Smith & Lytle (1999). Segundo essas autoras, é através da ação docente que de fato é possível perceber como manifestam seus conhecimentos. É possível inferir que o conhecimento para a prática é aquele que ocorre no contexto das instituições formais de ensino, ou seja, é o “conhecimento formal”, como as teorias gerais e pesquisas na área da educação. Nesta perspectiva, esses conhecimentos servirão como base para os saberes docentes. O conhecimento na prática é o conhecimento em ação, o que os professores sabem e refletem no contexto da prática, mas que ocorre no momento em que é expressado ou articulado os seus saberes docentes. Nesse sentido, o conhecimento é entendido como situado e incerto, pois acontece por meio das particularidades cotidianas da sala de aula. Aspectos metodológicos O interesse neste estudo envolve a problemática dos saberes docentes mobilizados com mais recorrência por professores egressos do PIBID que atualmente atuam na Educação Básica e o que eles pensam e fazem para ensinar. Para isso, buscou-se compreender de que forma o PIBID contribuiu para serem os professores que são hoje. Para atender a essas questões foram realizadas entrevistas semiestruturadas, análise de documentos, imagens e planos de aula, para uma posterior análise de conteúdo. Os dados se referem tanto ao período de participação dos sujeitos no PIBID, quanto ao posterior a este em que começam a carreira docente. No âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, a Universidade Federal do Rio de Janeiro atendeu a chamada pública de dezembro de
  • 4. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA 2007, apresentada conjuntamente pelos Ministério da Educação - MEC, Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, e Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. A pedagogia é inserida como subprojeto conforme edital nº 11/2012. Foi através da ampliação deste edital que o subprojeto deu início as suas atividades, tendo como foco os anos iniciais do Ensino Fundamental. No edital seguinte, de 2013, foi também incorporada a área de educação infantil. Deste modo, o PIBID UFRJ Pedagogia passou a ter duas coordenadoras de área com dois grupos diferenciados de bolsistas, escolas e professores supervisores. O presente trabalho se detém a investigar somente a área dos anos iniciais do Ensino Fundamental. O primeiro projeto contou com a parceria do CAp UFRJ, colégio de aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e coube aos estudantes acompanhar, subsidiar e refletir sobre o trabalho desenvolvido nesta escola. Iniciou com uma professora coordenadora, uma professora supervisora e cinco estudantes. As reuniões semanais do grupo ocorriam, majoritariamente, na Faculdade de Educação, com mais um encontro na escola onde os estudantes realizavam a observação participante. Tendo em vista que o PIBID Pedagogia contemplado neste estudo iniciou em 2013 e desde então, dois licenciandos do grupo se graduaram e exercem a docência profissionalmente, a atual pesquisa abarca 100% dos casos elegíveis para análise. Nesse sentido, a investigação abarca 100% dos egressos até o presente momento, proporcionando possibilidades exequíveis de análise para o entendimento dos saberes docentes que estes professores vêm mobilizando com mais recorrência em sala de aula. Os dados são apresentados trazendo os relatos desses dois professores, apresentando sua visão sobre a participação enquanto integrantes de um projeto PIBID e suas argumentações referentes às práticas em sala de aula. Deste modo, nos interessa saber quais estratégias os professores investigados mobilizam em suas práticas docentes e a partir de quais concepções de ensino. Entende-se que a partir dessas questões será possível perceber os saberes que têm movimentado com mais recorrência de modo que seja possível refletir sobre os diferenciais do PIBID na formação desses sujeitos. Três características se destacam na ação pedagógica atual desses dois professores: uma visão crítica sobre as concepções de ensino; a importância de escutar os alunos; e autonomia pedagógica. Neste trabalho, nos deteremos somente na análise da racionalidade discursiva dos investigados, como aponta TARDIF (2002). Acredita-se que ao evidenciar a racionalidade dos professores através dos seus discursos reflexivos, onde se coloquem a disposição para pensar, falar, retomar as ideias, é possível reconhecer seus saberes, tornando possível a constituição de um repertório de conhecimentos para o ensino, pois eles sabem por que os dizem e o que fazem. Os nomes dos professores foram trocados e suas falas apresentam a codificação da primeira letra do nome fictício mais a indicação do material e a ordem. Os diferencias do PIBID na docência de dois professores da escola-básica O PIBID Pedagogia do qual os sujeitos investigados participaram, se caracteriza como um projeto que visa a inserção do estudante em um contexto profissional e, neste caso, no primeiro ano do ensino fundamental, pois o projeto tem como foco a alfabetização. Essa parceria entre escola e universidade facilita que o estudante conheça a realidade que irá enfrentar, contextualizando seus saberes docentes, criticando o contexto escolar e vivenciando dilemas reais do cotidiano docente. Sendo assim, não é um projeto de pesquisa, porém se inspira nos estudos etnográficos para realizar suas atividades. Estratégias como os diários de campo,
  • 5. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA registros etnográficos, observação participante são utilizadas para favorecer essa imersão. Os professores acompanhados neste estudo participaram do PIBID até 2013 e hoje atuam como docentes em escolas do Rio de Janeiro. João trabalha em uma escola no centro do Rio com os primeiros anos do Ensino Fundamental, enquanto Thamara atua em duas escolas públicas de educação infantil. São jovens recém-inseridos no campo profissional e que ao mesmo tempo em que possuem uma trajetória profissional muito parecida, passaram por experiências diversificadas ao longo das suas vidas. Os dois professores sinalizam aspectos parecidos ao longo da sua trajetória no que se refere a escolha pelo magistério e as dúvidas que antecederam seu interesse ao ingressar no PIBID, e as razões pelas quais ficaram, mas, principalmente, aproximam-se quando justificam as suas ações em sala de aula. Thamara e João relatam que hoje se sentem mais seguros na escola, tentam ao máximo ouvir os alunos, realizando atividades que vão ao encontro dos seus interesses. Apresentam uma visão crítica sobre as concepções de ensino e as estratégias que devem escolher em sala de aula. Ao relatar sua experiência no PIBID, João afirma que O PIBID era um sonho para mim. (...). Eu poder fazer a faculdade e ter um auxílio de orientação e financeiro para poder me empenhar na atividade de prática ensino. Começar numa escola como aprendiz, observando o dia-a-dia em sala de aula, vendo um profissional experiente atuando, e depois dialogar com ele, interagir com as crianças, ter essa aproximação, ainda mais eu que não vinha de um ambiente com crianças. Então, esse contato para mim era necessário. Desenvolver isso para conhecer melhor as crianças, saber como chegar, desenvolver uma linguagem adequada a compreensão (J. E1). João disserta que a contribuição financeira foi de grande ajuda e reforça a necessidade de aproximação entre escola e universidade, já que coloca o estudante em uma posição de ter de refletir sobre o desenvolvimento infantil, uma linguagem e comportamento próprios a essa idade. Atualmente, ele é professor em uma escola que trabalha na perspectiva Montessoriana e valoriza muito a autonomia dos alunos. O professor disserta com segurança sobre a concepção de ensino da escola, sobre a necessidade de escutar os alunos, a boa relação que estabeleceu com eles e como se sente preparado para ensinar, mesmo entendendo que precisará sempre contar com a ajuda de outros profissionais e materiais. Ele atribui boa parcela do que aprendeu no PIBID à sua prática docente atual, quando diz: A gente estudou sobre o estudo etnográfico que foi fundamental para esse sistema Montessoriano que eu faço parte atualmente (...) As semelhanças do que a Montessori fala sobre a observação da criança, porque como você vai proporcionar uma aprendizagem para alguém que você não sabe como é, que tipos de conhecimento possuí, etc. Então você precisa ter um bom espírito observador, analisar as informações e saber o que fazer, como tratá-las para desenvolver práticas mais satisfatórias para aprendizagem daquela pessoa (J. E1). Já Thamara, ao falar sobre sua experiência no PIBID, relata que este complementou o conhecimento desenvolvido através das disciplinas da universidade e
  • 6. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA também aponta que a aproximação entre escola e universidade favoreceu uma melhor compreensão da realidade escolar, como no trecho: Desde que nos inserimos como bolsistas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID UFRJ Pedagogia), percebemos, assim como os demais acadêmicos bolsistas, que fazer parte do Programa solidifica os estudos realizados nas disciplinas do curso de Pedagogia (T. TR1). As estratégias e ações cotidianas do contexto do trabalho desses professores aparecem de modo a revelar seus saberes e compondo um repertório próprio de conhecimentos profissionais. Percebem-se através de suas falas que os professores são atores que possuem seus próprios saber-fazer (GIDDEND, 1987 apud TARDIF, 2002). Com relação as suas ações em sala de aula, João se define numa perspectiva humanista da educação, apostando na empatia para com os seus alunos e acreditando que estes devem ser os protagonistas do aprendizado. Sobre a sua prática, ele afirma: Tento identificar a linguagem que seja mais familiar aquela pessoa e identificar qual o nível de conhecimento que ela está, e o que ela precisa trabalhar mais, o que ela tem de talentos, conhecimentos, habilidades que eu possa aproveitar e incentivá-la naquilo, e também para ela se apropriar de outros conhecimentos, de outros saberes (J. E1). O relato dos professores aponta para a reflexão acerca das concepções de ensino de ambos. As suas compreensões sobre as práticas pedagógicas são mobilizadas por um discurso que é permeado de saberes docentes, indicando o que deve ser ensinado. As vivências de ambos revelam que, enquanto estudantes, passaram por escolas que marcaram a sua trajetória e certamente influenciaram as suas práticas enquanto professores. Entende-se que os saberes dos professores são temporais, como aponta Tardif (2002), pois são adquiridos ao longo do tempo. Muito do que sabem hoje, sobre o papel do professor, como ensinar e a melhor concepção de ensino advêm da sua própria história de vida, especialmente, da sua história de vida escolar. Portanto, para o professor iniciante, planejar uma aula é pensar as potencialidades de cada aluno, preservando a autonomia de cada um. Na escola, eles têm a liberdade de pegar materiais nas estantes, observar, analisar, fazer pesquisas e é a partir dali que o conhecimento será estimulado, já que o aluno poderá fazer suas próprias inferências sobre os objetos, tirar dúvidas e pesquisar sobre as suas curiosidades. Essa estratégia revela o quanto Thamara e João sabem a respeito do seu trabalho. Como aponta Tardif (2002) a respeito dos saberes docente serem sobre seres humanos, e, por consequência, os seus saberes carregarem marcas profundas do ser humano. Quando professores reconhecem a importância do ato de ensinar àqueles que aprendem percebem a dupla transitividade que está implícita neste processo. Thamara ao contar sua rotina, expõe diversos momentos em que senta em roda com os alunos e pergunta o que eles querem fazer. Também revela que considera essencial explorar todos os espaços da escola, como o parquinho, para que brinquem com diferentes objetos. Além disso, sempre dispõe de um horário livre de modo que as crianças tenham autonomia e possam fazer o que desejarem. Thamara atua numa escola de educação infantil Montessoriana, assim como João ela também atua em uma escola cuja concepção de educação se baseia nos princípios montessorianos.
  • 7. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Atualmente ela trabalha em duas escolas de educação infantil, um espaço de desenvolvimento infantil – EDI e um CIEP. Nesta segunda, tais práticas já ocorrem no momento em que vas crianças vão às estantes escolher brinquedos livremente, como conta nas duas passagens: A atividade é planejada sempre junto com alguma proposta de um projeto e, como é uma escola Montessoriana, também se reserva um tempo para que eles peguem as atividades que estão expostas nas prateleiras e que são da altura deles e assim eles podem fazer. Então as atividades que são jogos, eles pegam, fazem as atividades, colocam na prateleira de novo e se agora querem desenhar eles pegam o papel desenham e então eles ficam em torno de uma hora e meia fazendo essas atividades de livre escolha (T. E1, grifo nosso). Eu acho que é essa proposta também de ir para fora de sala e de muita escuta deles. Eles chegam e falam: “Vamos lá para fora”. E por que a gente acha que este é um espaço onde eles vão aprender, não é só entro da sala e ir para fora, pegar uma corda, uma bola, um bambolê, esquematizar um circuito e deixar eles livres muitas vezes tem mais significado do que deixar eles sentados (ibdem). Por meio dessas falas, é possível perceber como esses professores aparentam saber as razões das suas práticas de ensino. Thamara justifica sua ida para outros espaços da escola porque sabe que neles as crianças também vão aprender, às vezes, até mais do que dentro de sala de aula. Também explica que por mais que os alunos tenham tempo livre e explorem os brinquedos de forma espontânea, as atividades estão relacionadas a um projeto de trabalho, e, portanto, têm uma razão para acontecer naquele momento e daquela forma. Também demonstra uma sensibilidade ao reconhecer seus próprios conhecimentos e investimentos, como aponta Tardif (2002) “a aquisição da sensibilidade exige do professor um investimento contínuo e a longuíssimo prazo, assim como a disposição de estar constantemente revisando o repertorio de saberes adquiridos por meio da experiência” (p.267). No que se refere ao conhecimento que adquiriram sobre as suas próprias práticas docentes e consequentemente sobre si, Thamara e João apontam que se sentem seguros e confiantes para ensinar. As experiências que vivenciaram ao longo da sua vida e da formação universitária contribuíram significativamente para que hoje tenham autonomia para buscar novos conhecimentos. Com relação a isso, eles sinalizam que se sentem mais confiantes em sala de aula, mais à vontade para buscar novas fontes de informação e que por isso não têm tanto medo de errar. Sabem por onde devem caminhar e que nem sempre vão encontrar colegas de profissão que pensam como eles. Essas características são resultados do trabalho docente, que envolve interações humanas e que se dá num contexto ativo de trabalho. Revela como o conhecimento da prática, proposto por Cochran-Smith &Lytle (1999) é fundamental para a produção do conhecimento, levando em consideração que o sujeito não se separa daquilo que visa conhecer. A ideia do conhecimento da prática é que, através da investigação, os professores ao longo de sua vida profissional problematizam seu próprio conhecimento, bem como o conhecimento e a prática de outros, assim se colocando em uma relação diferente com os saberes docentes.
  • 8. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA Por conseguinte, revela o papel central que os professores têm na geração de conhecimento sobre a sua prática. Na medida em que sabem as razões de ensinar, produzem saberes docentes que servem de repertório para ser compartilhado com seus pares e revisto ao longo da sua trajetória profissional. Nesse sentido, vale destacar que um dos fatores que proporcionou uma reflexão consistente na mobilização dos saberes profissionais desses dois professores foi a sua passagem pelo PIBID. Essa questão deixa de ser uma suposição e passa a ser uma afirmação tendo em vista que ambos os recém-professores revelam em seus saberes e fazeres aspectos estimulados em sua participação no referido Programa. Quanto a isso destacamos o repertório de conhecimento construído por meio das atividades de ensino, encontros de reflexão e elaboração de materiais com o grupo, preparação e construção de trabalhos científicos. Ambos os investigados afirmam que a reflexão atenta e curiosa sobre o fazer docente desenvolvida no PIBID favoreceu com que conhecessem o caminho para ensinar, mas reconhecendo a sua incompletude e sabendo onde procurar formas de complementa-lo. Assim, reconhecem a autonomia pedagógica que conquistaram. Posto isso, é possível concluir que o Projeto permite uma formação diferenciada, onde a universidade se aproxima da escola, contribuindo diretamente para associação entre teoria e prática. Estabelece uma relação entre o como ensinar e o que ensinar, possibilita a criação de materiais didáticos, a participação em eventos, possibilitando um processo investigativo da e na formação docente. Conclusões A pesquisa indicou que os professores apresentam um repertório próprio de conhecimentos profissionais docentes, revelados através das suas falas sobre as suas ações diárias e as razões pelas quais ensinam da forma que ensinam. Os seus saberes são oriundos, como aponta Tardif (2002), da experiência profissional, curricular, dos saberes experienciais e disciplinares, formando um amálgama. Ambos sinalizam aspectos muito parecidos quanto a sua prática docente, no que se refere às concepções de ensino que possuem, a necessidade de ouvir os alunos e a importância da autonomia pedagógica. Essas caraterísticas situam os saberes docentes enquanto temporais, pois são adquiridos ao longo do tempo, plurais, pois apresentam diversas fontes, heterogêneos, já que não apresentam um repertório único e um processo humanizado, tendo em vista que se trata de seres humanos. Deste modo, entende-se que o PIBID foi de fato um diferencial na formação desses sujeitos, contribuindo com experiências, materiais e situações de ensino que possibilitaram uma vivência em sala de aula, uma reflexão sobre o processo de ensino- aprendizagem e também enquanto professores que refletem criticamente sobre seu trabalho. Os dados demonstram como o PIBID vem se configurando como um aliado potente na formação de professores. Essa formação necessita continuar sendo analisada e discutida, sendo repensada, na sua esfera curricular e didática, e ganha um aliado, que ainda que apresente uma série de questões, vem demonstrando ser fundamental no que ser refere a unir prática e teoria, escola e universidade, escola e pesquisa, entre outros fatores fundamentais para iniciação à docência. Referências Bibliográficas ANDRÉ, M. Etnografia da prática escolar. Campinas, Sp: Papirus, 1995. ________. Pesquisa em educação: Buscando rigor e qualidade. In: Cadernos de Pesquisa, n° 113, julho/2001.
  • 9. V CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE EL PROFESORADO PRINCIPIANTE Y LA INDUCCIÓN ALADOCENCIA COCHRAN-SMITH, M., & LYTLE, S. L. Relationships of Knowledge and Practice: teacher learning in communities. In Review of Research in Education. USA, 24, 1999. p. 249–305. _______. A tale of two teachers: Learning to Teach Over Time. In: Time. Kappa Delta Record, 48(3), 2002. GATTI, B. A formação continuada de professores: a questão psicossocial. Cadernos de Pesquisa, n. 119, p. 191-204, jul. 2003. _______. A formação inicial de professores para a educação básica: as licenciaturas. Revista USP, São Paulo, n 100, p. 33-46, dez. 2013. TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.