SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Baixar para ler offline
Problemas de profesores principiantes en sus procesos de inserción profesional
INFORMES DE INVESTIGACIÓN
PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS
REVELAM ALGUMAS PESQUISAS
AZEVEDO, Angelita Aparecida
posmra@oi.com.br
Universidade Federal de Ouro Preto/ Brasil
CARDOSO, Solange
cardososol@yahoo.com.br
Universidade Federal de Ouro Preto/ Brasil
NUNES, Célia
cmfnunes@gmail.com
Universidade Federal de Ouro Preto/ Brasil
Palavras-chave: Professor iniciante. Choque de realidade. Representações sociais.
Introdução
Na discussão acerca da formação, profissão e condição docente, uma abordagem
importante que a literatura tem nos apresentado e que requer novos estudos, é a do
professor iniciante. A inserção na carreira docente, como bem salienta Lima (2006) é um
momento dotado de características bem peculiares, marcado por inúmeras dificuldades.
Garcia (1999, p.113) analisa este momento de iniciação na carreira como "um
período de tensões e aprendizagens intensivas em contextos geralmente desconhecidos,
e durante o qual os professores principiantes devem adquirir conhecimento profissional
além de conseguirem manter certo equilíbrio pessoal".
De acordo com Huberman (1995)1
apud Papi (2011, p.2) o início da docência é
um momento no qual o professor depara-se com a realidade, nem sempre aquela
idealizada por ele em sua formação inicial, o que faz com que seus conhecimentos sejam
"colocados em xeque".
1
HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (Org.). Vidas de
professores. 2. ed. Porto: Porto Ed., 1995a. p. 31-61.
Nesses estudos têm-se enfocado o choque de realidade - conceituado por Garcia
(1999, p.28) como “o período de confrontação inicial do professor com as complexidades
da situação profissional.” - e as condições de permanência deste profissional na
docência, apesar de todas as agruras que vivencia.
Encontramos ainda uma definição de choque de realidade em Mariano (2006)
citando Veenmam (1988) como
a diferença entre o idealizado nos cursos de formação e o
encontrado na realidade cotidiana das escolas. Esse choque é
marcado pelo sentimento de sobrevivência, quando o iniciante se
questiona: o que estou fazendo aqui? Em contrapartida, os
professores podem experimentar o sentimento de descoberta, o
sentir-se profissional, ter a sua sala de aula. É esta descoberta a
mola propulsora para a permanência na profissão. (MARIANO,
2006, p.44)
Neste artigo, o intuito é identificar em pesquisas apresentadas na 28ª, 29ª, 34ª e
35º Reuniões Anuais da ANPED (Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em
Educação), nos anos de 2005/20062
e 2011/2012, no GT (Grupo de Trabalho) 8, sobre
Formação de professores, quais pesquisas se referem ao professor iniciante e quais
constatações e reflexões , inseridas nestas pesquisas, dizem respeito ao "choque de
realidade", vivenciado por professores em início de carreira.
Este tipo de trabalho, denominado Estado do Conhecimento, foi realizado
mediante as seguintes etapas metodológicas: levantamento de todas as pesquisas, nos
anos já citados, no GT 8 da ANPED; leitura de todos os resumos para localizar as
pesquisas que se enquadravam na temática pretendida; leitura, na íntegra, dos trabalhos
selecionados na etapa anterior; escrita e análise dos dados. O presente artigo pretende
ainda, ampliar as reflexões acerca desta temática, relacionando o "choque de realidade"
à teoria das Representações Sociais.
Antes, porém, de adentrarmos nesta discussão, convém caracterizar o ciclo de
vida profissional dos professores, a fim de compreendermos que período é considerado
como sendo início de carreira. Os estudos de Huberman (1992) e Garcia (1999) nos
ajudam nesta compreensão. Segundo eles, os três primeiros anos constituem o início de
carreira, período marcado pelo tateamento, exploração e choque do real. Garcia salienta,
no entanto, que essas fases não são “passagem obrigatória” a todos, mas as pesquisas
demonstram similaridades significativas nesta etapa da vida profissional dos docentes.
2
Pesquisa realizada por AZEVEDO, Angelita Aparecida. 2011. "Choque de realidade e
representações Sociais: considerações preliminares". Universidade Federal de Ouro Preto, 2011.
Trabalho não publicado
Destacamos também os estudos de Imbernón (1998)3
apud Papi (2011, p.1) que
considera a etapa de iniciação docente, período de até cinco anos, um período relevante
para o processo de desenvolvimento profissional do professor, já que a constituição do
ser docente e do conhecimento profissional se dá nestes anos iniciais através da prática
docente.
O "choque de realidade" vivenciado por professores iniciantes
Valli4
(1992), citado por Garcia (1999, p. 114) considera que os principais
problemas enfrentados pelos professores em seu início de carreira são "a imitação
acrítica de condutas observadas noutros professores; o isolamento dos seus colegas; a
dificuldade em transferir o conhecimento adquirido na sua etapa de formação e o
desenvolvimento de uma concepção técnica do ensino."
Lima et al (2006, p.12-13), baseando-se em Tardif5
(2002); Tardif e Raymond6
(2000); Marcelo Garcia7
(1999); Zabalza8
(1994), apresentam algumas características
consideradas por eles como agruras no início da carreira, das quais enfatizamos:
insegurança e submissão a professores mais experientes, processos de tentativa
marcados por erros e acertos, conformismo às normas e regras; choque de realidade;
influência das experiências enquanto estudante.
Partindo dessa discussão sobre os professores em início de carreira, passaremos
agora a análise das pesquisas apresentadas na 28ª e 29ª Reuniões Anuais da ANPED,
anos 2005 e 2006 respectivamente e, a seguir, daremos continuidade a tal levantamento,
abordando as pesquisas apresentadas na 34ª e 35º Reuniões Anuais da ANPED, nos
anos de 2011 e 2012. Esse recorte temporal objetiva perceber possíveis similaridades de
temáticas e discussões, nestes dois períodos distintos.
Corsi (2005) procura em seu estudo responder à seguinte questão: "como
professoras iniciantes enfrentam situações que consideram difíceis e que significado
atribuem à sua própria atuação diante de tais situações?" Trata-se de uma pesquisa
realizada com duas professoras atuantes na rede municipal de São Carlos, SP. Como
3
IMBERNÓN, F. La formación y el desarollo profesional del profesorado: hacia uma nueva cultura
profesional. 3.ed. Barcelona: Graó, 1998.
4
VALLI, L. Reflective education cases and critiques. Bew York: State University of New Press,
1992.
5
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis-RJ: Vozes, 2002
6
TARDIF, Maurice; RAYMOND,D. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério.
Educação e Sociedade.V.21, n.73. Campinas, dez, 2000.
7
GARCIA, Carlos Marcelo. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto-
Portugal: Porto Editora, 1990.
8
ZABALZA, Miguel A. Diários de aula: contributo para o estudo dos dilemas práticos dos
professores. Porto, Portugal: Porto Ed,. 1994
instrumento de coleta de dados se destacou o uso de diários, nos quais as professoras
registravam as dificuldades que vivenciavam e o que faziam diante delas.
Dentre as dificuldades vivenciadas, uma das professoras se referiu ao mal
comportamento dos alunos, como a agressividade e a falta de interesse por parte deles,
o que a deixava com grande exaustão e com vontade de desistir. O sentimento de
solidão diante desta dificuldade também se fez presente em seus relatos. Cabe salientar
que apesar dessa dificuldade a professora demonstrava determinação em dar
continuidade ao seu trabalho. A outra professora demonstrou satisfações com relação ao
comportamento de seus alunos, já que os mesmos correspondiam às suas expectativas,
ao seu ideal de aluno. As duas professoras se referiram à dificuldade com o conteúdo,
seja pela compreensão do mesmo ou pela forma como trabalhá-lo. Algo comum
observado também na pesquisa com as professoras foi à ausência de um apoio
pedagógico.
Corsi finaliza chamando a atenção para a importância de oferecer aos professores
iniciantes oportunidades de discussão e reflexão acerca de sua prática pedagógica, em
vista das dificuldades que estes vivenciam em tal período.
Ferreira e Reali (2005) analisam um programa de iniciação à Docência para
professores de Educação Física e justificam a importância de tal programa pelas
dificuldades enfrentadas pelos professores em início de carreira, como: sentimento de
solidão, já que não há colaboração e estreitamento de relações entre professores
iniciantes e os mais experientes. Aliado a isso há a constatação de que aos professores
iniciantes é sempre delegada uma classe mais difícil, mais complicada e as exigências a
esses profissionais são sempre as mesmas daqueles professores mais experientes.
Chamam atenção também quanto à falta de apoio do ensino superior aos ex-alunos,
recentes professores, e enfatizam a importância de programas de apoio à docência na
fase de início de carreira.
Figura 1 - Trabalhos apresentados no GT 08 ANPED no ano de 2005
Fonte: Dados organizados pelas autoras com base nos dados coletados na
pesquisa.
A Figura 1 demonstra que de 45 trabalhos apresentados no GT 08 da ANPED, no
ano de 2005, 4% tratavam da temática professores iniciantes, o que corresponde a 2
trabalhos. Os demais trabalhos, representando 96%, abordam outras temáticas
relacionadas à formação de professores.
Rocha (2006) apresenta um trabalho que se relaciona diretamente ao
apresentado por ela na 27ª Reunião da ANPED, no ano de 2004. Aquele era parte de
sua dissertação de mestrado, que teve por objetivo responder à seguinte questão: como
se configura a aprendizagem do início da docência de uma professora doutora atuando
nas séries iniciais do ensino fundamental? Os dados da referida pesquisa demonstram
algumas dificuldades da professora: indisciplina dos alunos e estabelecimento de regras,
o que a fazia a usar métodos coercitivos; lidar com a heterogeneidade dos alunos; falta
de motivação da turma.
Essa pesquisa motivou Rocha a escrever um novo trabalho na ANPED, este sim,
apresentado em 2006, no qual ela defende a importância de uma política que favoreça o
professor iniciante neste período tão difícil de sua profissão, que contribua em seu
processo de tornar-se professor.
Nono e Mizukami (2006) tiveram como sujeitos de sua pesquisa professores
iniciantes que atuam na educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental com
tempo de serviço entre 02 e 05 anos. Utilizaram-se de casos de ensino para analisar os
processos formativos de tais professores. Concluiu-se que os professores fazem vários
entrecruzamentos ao descreverem suas trajetórias e processos formativos, relacionando
a eles a
escolarização prévia, formação inicial, exigências da prática,
escola/ambiente de trabalho, políticas públicas educacionais,
conhecimentos fundamentais para enfrentar os primeiros anos de
ensino, fontes de aprendizagem profissional, pais e alunos,
aprendizagens vividas no início na carreira, principais dificuldades,
obstáculos, desafios, preocupações, dilemas e interesses
encontrados na entrada na carreira.(NONO e MIZUKAMI, 2006,
p.8)
Embora não explicitem quais são as principais dificuldades encontradas pelos
professores, Nono e Mizukami (2006, p. 09) salientam que o modo de viver este
momento de início de carreira é singular a cada professor e que eles "sobreviveram às
maiores dificuldades, passando a aceitar a ansiedade e os conflitos como característicos
da docência e como fontes de aprendizagem profissional, desenvolvendo maior
segurança e domínio sobre as situações cotidianas que enfrentam” e que mobilizam
conhecimentos para o exercício de sua prática pedagógica.
Figura 2 - Trabalhos apresentados no GT 08 ANPED no ano de 2006
Fonte: Dados organizados pelas autoras com base nos dados coletados na
pesquisa.
A figura 2 demonstra que de 29 trabalhos apresentados no GT 08 da ANPED, no
ano de 2006, 7% tratavam da temática professores iniciantes, o que corresponde a 2
trabalhos. Os demais trabalhos, representando 93%, abordam outras temáticas
relacionadas á formação de professores.
Passados alguns anos de estudos na área da educação, vejamos com que
recorrência a discussão sobre os professores iniciantes tem se dado.
Oliveira (2011) discute uma experiência formadora de professores iniciantes no
Ensino Superior de uma Universidade Federal da Região Sul, a partir de um convênio,
que envolveu o Brasil e Portugal, intitulado Programa CICLUS. Tal programa objetivou
conhecer, através das histórias de vida, as representações dos docentes no que se refere
à sua formação e papel enquanto docente. Tal programa de caráter investigativo e
formativo possibilitou a compreensão de processos de ensino e aprendizagem que os
sujeitos professores vivenciam.
Papi (2011) buscou discutir o desenvolvimento profissional de professores
iniciantes bem-sucedidos, mesmo diante das dificuldades no início da docência, a partir
da análise de dois sujeitos (Joana e Luana), professoras da rede pública municipal
atuantes nas séries iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa identifica as dificuldades
vivenciadas pelas duas professoras, como dependência da pedagoga, sentimento de
solidão, burocratização das atividades escolares que aumenta as atividades docentes,
dentre elas a pressão e insegurança decorrentes das avaliações externas. Dentre as
constatações deste estudo (Papi, 2011, p. 14), destaca que "a existência de pressupostos
coerentes com o sistema capitalista, que interferem como determinantes no processo de
desenvolvimento profissional de Joana e Luana, conduzem as professoras a responder
burocraticamente às demandas. Eles dificultam a participação das professoras nos
processos decisórios e o desenvolvimento de posturas colaborativas, embora não limitem
totalmente a ação docente”. Constatou-se ainda que não há, por parte da Secretaria
Municipal de Educação, nenhuma política de acompanhamento aos professores
iniciantes; ações isoladas, com este intuito, podem acontecem na própria escola.
Observou-se, ainda, que o desenvolvimento profissional dos professores se dá, ora por
atendimento às exigências do sistema, ora por reação/resistência ao mesmo.
Figura 3 - Trabalhos apresentados no GT 08 ANPED no ano de 2011
Fonte: Dados organizados pelas autoras com base nos dados coletados na
pesquisa.
A figura 3 demonstra que de 22 trabalhos apresentados no GT 08 da ANPED, no
ano de 2011, 9% tratavam da temática professores iniciantes, o que corresponde a 2
trabalhos. Os demais trabalhos, representando 91%, abordam outras temáticas
relacionadas á formação de professores.
Rocha e Aguiar (2012) discutem a aprendizagem da docência, a construção da
identidade e profissionalidade docente no contexto universitário. Embora não seja um
trabalho específico sobre professores iniciantes, nos apresenta elementos importantes
para se pensar as fases da carreira docente e as características próprias do professor
iniciante. Os sujeitos da pesquisa foram professores que trabalham em cursos
universitários, de formação de professores que, em sua maioria, não possui formação
pedagógica específica para esta tarefa. Daí, as dificuldades inerentes à função, pois para
se formar professores não é suficiente, aos formadores, uma formação específica de
determinada área do conhecimento, mas sim uma formação mais ampla, com conteúdos
pedagógicos, que dê conta da complexidade que envolve a docência. No entanto, em
termos legais não existe esta exigência, o que possibilita a entrada de profissionais no
meio universitário, muitas vezes sem condições de assumir plenamente esta função.
Rocha e Aguiar (2012, p.5) apontam ainda, baseando-se em Feiman9
(1990) que
a formação do professor é “um processo contínuo, sistemático, organizado que perpassa
9
FEIMAN, S. Teacher Preparation: structural and conceptual alternatives. In: HOUSTOUN, R. (ed.).
Handbook of Research on Teacher Educacion. New York: Macmillan, 1990. p. 212- 233
toda a carreira docente, a qual se consubstancia em quatro fases". Essas fases
compreendem a vivência do professor enquanto este ainda era estudante, a sua
formação inicial, a iniciação na carreira e a formação continuada. As autoras nos
apresentam ainda alguns desafios enfrentados pelos professores do ensino superior, dos
quais destacamos a falta de preparação para o exercício da docência; a repetição acrítica
de modelos de professores mais experientes, pelo menos no início da docência; falta da
dimensão coletiva no ambiente de trabalho, sendo muitas vezes desenvolvido de maneira
solitária e isolado; falta de acompanhamento. Todos esses desafios sugerem a
importância de uma melhor formação inicial para o exercício da docência, como também
a necessidade de formação continuada na universidade.
Sá (2012) discute a socialização de professores de História, iniciantes na carreira,
em dois períodos distintos: década de 70 e anos 2000. Foram tidos como sujeitos 22
professores destes dois períodos, visando identificar como cada grupo vivenciou seu
processo de inserção e socialização na carreira, bem como sua relação com as
condições sociais de sua época. Expressões como "Prá mim, aquilo era um outro
mundo", "Cair de pára-quedas", "ser entregue às feras", " Eu comecei reproduzindo",
foram expressões utilizadas pelos professores sujeitos da pesquisa, em ambas as
épocas. A autora chama a atenção ainda ao fato de que raras às vezes os professores
atribuíram as dificuldades no início da docência a uma incapacidade sua, mas estavam
conscientes do contexto no qual estas dificuldades surgiam e possíveis explicações para
as mesmas; bem como compreendiam a complexidade que envolve o processo
educativo. Dentre os aspectos que produzem esta complexidade, destacam a dificuldade
em se trabalhar com o tempo histórico, bem como as limitações em sua formação inicial.
Aponta ainda para a importância das relações vivenciadas no ambiente escolar, do
planejamento das aulas e a busca por interlocutores, por pessoas para compartilhar suas
necessidades, anseios, descobertas.
Um aspecto que sobressaiu, na comparação da vivência dos professores destes
dois períodos, foi a relação destes com a escola e seus alunos, bem como a posição e
"status" que os professores assumiram nestes diferentes contextos.
Figura 4- Trabalhos apresentados no GT 08 ANPED no ano de 2012
Fonte: Dados organizados pelas autoras com base nos dados coletados na
pesquisa.
A figura 4 demonstra que de 22 trabalhos apresentados no GT 08 da ANPED, no
ano de 2012, 9% tratavam da temática professores iniciantes, o que corresponde a 2
trabalhos. Os demais trabalhos, representando 91%, abordam outras temáticas
relacionadas à formação de professores.
Figura 5- Evolução das Pesquisas sobre Professores Iniciantes no GT 08 da
ANPED
Fonte: Dados organizados pelas autoras com base nos dados coletados na
pesquisa.
A figura 5 nos permite visualizar a porcentagem de pesquisas que abordam a
temática professores iniciantes, em comparação às demais temáticas, no GT 08 da
ANPED, nos anos de 2005/2006 e 2011/2012. Percebe-se um crescimento na
porcentagem de pesquisas, já que no ano de 2005 tais pesquisas representavam 4% do
total, no ano de 2006 houve uma elevação para 7%. Esse número aumenta em 2011,
quando a porcentagem chega a 9%, valor que permanece em 2012.
"Choque de realidade" e Teoria das Representações Sociais: possíveis interlocuções
Ao se pensar sobre a vivência do professor em início de carreira, momento em
que se vive o choque de realidade, Huberman (1992) nos apresenta um questionamento
importante: “Que imagem é que as pessoas têm de si, como professores, em situação de
sala de aula, em momentos diferentes de sua carreira?” (p.35). Tal questão nos instiga a
investigar as representações sociais do professor acerca de si, da sua profissão, de seus
alunos e a perceber o entrecruzamento dessas representações e do fenômeno
considerado choque de realidade.
Moscovici (2010) introduz a discussão acerca das representações sociais -
considerada por ele como um fenômeno - no âmbito da psicologia social, demonstrando o
entrecruzamento das ciências sociais e da psicologia na compreensão de como os
conhecimentos se formam e se constroem. Procurou compreender de que forma esses
conhecimentos constituem a identidade dos grupos.
Bower 10
(1977:58), citado por Moscovici (2010, p.32) nos apresenta uma definição
clara acerca das representações, como um “conjunto de estímulos feitos pelos homens,
que têm, a finalidade de servir como um substituto a um sinal ou som que não pode
ocorrer naturalmente.
As Representações Sociais são compreendidas ainda, como
entidades quase que tangíveis. Elas circulam, se entrecruzam e
se cristalizam continuamente, através duma palavra, dum gesto,
ou duma reunião, em nosso mundo cotidiano. Elas impregnam a
maioria de nossas relações estabelecidas, os objetos que nós
produzimos ou consumimos e as comunicações que
estabelecemos. (MOSCOVICI, 2010, p.10)
Ora, essa influência que as representações possuem sobre nós, deve ser
analisada com critérios. Daí a importância de se pensar as representações que o
10
BOWER, T. (1977). The Perceptual World of the Child. Londres: Fontana.
professor carrega, pois sabemos que elas interferem diretamente na sua maneira de ser
docente.
Dubar (1997), ao discutir sobre socialização nos oferece pistas importantes acerca
das representações sociais, na medida em que considera as “representações de mundo”
como uma construção individual, que se faz gradativamente utilizando-se de imagens
diversas que constituem a realidade do sujeito. Salienta que as representações não são
impostas e assimiladas acriticamente, mas, sobretudo, reinterpretadas.
Arroyo (2011) atribui às dificuldades encontradas pelos professores, ao significado
das imagens e representações que possuem de seus alunos (seja na infância,
adolescência e juventude) e deles próprios, enquanto profissionais. Partindo desse
pressuposto, poderíamos então, arriscar a dizer que o "choque de realidade" pode ser
amenizado se as imagens que os professores trazem consigo fossem reestruturadas, ou,
como questiona Arroyo (2011, p.66): "Como construiremos imagens mais autônomas,
mais profissionais de nossa docência? Construindo imagens menos estereotipadas, mais
realistas dos alunos." Essa questão deve nos impulsionar a investigar mais esta
temática.
Considerações Finais
Este texto teve como objetivo identificar pesquisas relacionadas ao início da
carreira docente, sobretudo ao "choque de realidade" vivenciado por professores, em
trabalhos apresentados na ANPED, no GT 8, nos anos de 2005/ 2006, 2011/2012.
Procurou também, analisá-las, mesmo que de forma incipiente, à Teoria das
Representações Sociais.
Cabe-nos uma nota diante da constatação de que a temática Professores
Iniciantes tem sido pouco explorada em nossas pesquisas. Os levantamentos feitos e
representados em gráficos nos mostram uma elevação no percentual de pesquisas com
esta temática, mas, de forma muito tímida e pequena diante da necessidade latente em
se discutir mais essa problemática que os professores vivenciam.
Mesmo tendo as pesquisas diferentes enfoques, pudemos perceber através delas
que o "choque de realidade" é algo presente nos professores em início de carreira,
embora cada um o vivencie de uma maneira. Sentimentos como solidão, dificuldade
diante da indisciplina e heterogeneidade dos alunos; dificuldade no trato com os pais;
dificuldades com o conteúdo, dentre outros, são evidenciados. Entretanto, é recorrente
também a constatação de que o sentimento de "descoberta" impulsiona este profissional
a continuar o seu trabalho mesmo diante de todas as dificuldades.
No texto intitulado O início da docência e o espetáculo da vida na escola: abrem-
se as cortinas, o autor Mariano (2006) tece as considerações sobre a entrada do
professor na profissão, comprando-a a uma peça teatral. Com uma linguagem simbólica
e bastante significativa, reflete sobre os três atos do início da docência, sendo o primeiro
o “choque da realidade”, o segundo “a sobrevivência” e o terceiro “ a descoberta”.
Chamamos a atenção para este ‘terceiro ato’ que nos ajuda a pensar: Por que o
professor continua na profissão apesar de todos os problemas, todas as dificuldades,
todas as ‘agruras’? Sobre ele, a reflexão a seguir nos ajudará a buscar vestígios sobre
este questionamento.
Alguns acham que é só dizer: fiquei por amor à plateia, por amor à
arte, por amor ao que faço. Isto é um bom sinal: gostar do que
fazemos. Mas, que tipo de amor é esse que impulsiona nossos
atores a improvisar, a conseguir driblar uma cena mal iluminada,
um cenário fora do lugar, um tropeção no meio da peça? Algo
diferente existe neste amor? Arriscamo-nos a dizer que é o amor
compromissado: o amor que enxerga tanto as limitações da
atuação quanto a frustração da plateia e acredita, sempre, que a
próxima atração pode e deve ser melhor. O amor que provoca a
necessidade de melhorar sempre, estudar mais, ensaiar mais,
atuar mais, olhar mais para a plateia e prestar atenção à reação
desta. (MARIANO,2006,p. 22)
Este desejo em continuar, impulsionado pelo amor compromissado, pode ser
inibido, ora diante da solidão a que o professor muitas vezes está submetido, ora pela
dominação de outros (professores mais experientes, sistema educacional de maneira
mais ampla,...). “E será que precisamos aceitar tudo passivamente? Não podemos dizer
que o texto está incoerente, o cenário precisa ser mais bem montado, ter um pouco mais
de colorido e de brilho? Tudo isso depende muito do espaço que conseguimos conquistar
e da competência que demonstramos ter.” (Idem, p.24).
Valemo-nos também da Teoria das representações Sociais para buscar uma
possível aproximação e compreensão acerca do "choque de realidade".
Não podemos deixar de afirmar a importância e urgência de um programa
educacional de apoio aos professores iniciantes, o que ainda no Brasil não se constitui
uma política, mas sim, ações isoladas. Como bem salienta Arroyo (2011, p.405), "Os
educandos são outros, seus mestres são outros, logo as políticas públicas, sociais e
educativas não podem ser as mesmas”.
Referências
ARROYO, Miguel G. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e
mestres. 6 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011
CORSI, Adriana Maria . Professores iniciantes: situações difíceis enfrentadas no
início da prática docente no ensino fundamental. In: 28ª Reunião Anual da ANPED,
2005, Caxambu. Anais da 28ª Reunião Anual da ANPED, 2005. Disponível em:
<www.anped.org.br/reunioes/28/textos/gt08/gt0866int.rtf.> Acesso em 05 set. 2011
DUBAR, Claude. A socialização. Construção das identidades sociais e profissionais.
Portugal: Porto Editora, 1997
FERREIRA, Lílian Aparecida; REALI, Aline Maria de Medeiros Rodrigues. Aprendendo a
ensinar e a ser professor: contribuições e desafios de um programa de iniciação à
docência para professores de Educação Física. In: 28ª Reunião Anual da ANPED,
2005, Caxambu. Anais da 28ª Reunião Anual da ANPED, 2005. Disponível em:
<www.anped.org.br/reunioes/28/textos/gt08/gt08183int.rtf.> Acesso em 05 set. 2011
GARCIA, C. M. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto:
Porto, 1999
HUBERMAN, Michael. O ciclo de vida dos professores. In: NOVOA, Antonio. Vidas de
Professores. Portugal: Porto Editora, 1992.
LIMA, Emilia Freitas de.(Org.) Sobrevivências no início de carreira. Brasília: Líber Livro
Editora, 2006.
MARIANO, A. L. S. O início da docência e o espetáculo da vida na escola: abrem-se as
cortinas. In: LIMA, E. F. (Org.). Sobrevivências no início da docência. Brasília: Líber
Livro Editora, 2006.p.17-26.
MARIANO, A. L. S. Aprendendo a ser professor no início da carreira: um olhar a
partir da ANPEd. 2006. Disponível em: <http://www.anped.org.br>. Acesso em: 10 mar.
2013.
MOSCOVICI, Serge. Representações sociais: investigações em psicologia social. 7
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
NONO, Maévi Anabel; MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Processos de formação de
professores iniciantes. In: 29ª Reunião Anual da ANPED, 2006, Caxambu. Anais da 29ª
Reunião Anual da ANPED, 2006. Disponível em:
<www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/trabalho/GT08-1868--Int.pdf.> Acesso em 05
set. 2011
OLIVEIRA, Valeska Maria Fortes. Docência universitária e o ensino superior: análise
de uma experiência formadora. In: 34ª Reunião Anual da ANPED, 2011, Natal. Anais
da 34ª Reunião Anual da ANPED, 2011. Disponível em
<http://34reuniao.anped.org.br/images/trabalhos/GT08/GT08-608%20res.pdf.>. Acesso
em 24 de abr.2013
PAPI, Silmara de Oliveira Gomes. Professoras iniciantes bem-sucedidas: elementos
de seu desenvolvimento profissional. In: 34ª Reunião Anual da ANPED, 2011, Natal.
Anais da 34ª Reunião Anual da ANPED, 2011. Disponível em
<http://34reuniao.anped.org.br/images/trabalhos/GT08/GT08-695%20res.pdf.> Acesso
em 24 de abr.2013.
ROCHA, Gisele Antunes. Por uma política institucional comprometida com o início
da carreira docente enquanto um projeto coletivo. In: 29ª Reunião Anual da ANPED,
2006, Caxambu. Anais da 29ª Reunião Anual da ANPED, 2006.Disponível em :
<www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/trabalho/GT08-2611--Int.pdf.> Acesso em 05
set. 2011
ROCHA, Áurea Maria Costa; AGUIAR, Maria da Conceição Costa. Aprender a ensinar,
construir identidade e profissionalidade docente no contexto da universidade: uma
realidade possível. In: 35ª Reunião Anual da ANPED, 2012, Porto de Galinhas. Anais da
35ª Reunião Anual da ANPED, 2012. Disponível em:
<http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT08%20Trabalhos/GT08-
1829_res.pdf.> Acesso em 24 abr.2013.
SÁ, Patrícia Teixeira. Como "se faz" o professor de história entre a formação inicial e
os primeiros anos de sua prática? In: 35ª Reunião Anual da ANPED, 2012, Porto de
Galinhas. Anais da 35ª Reunião Anual da ANPED, 2012. Disponível em:
<http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT08%20Trabalhos/GT08-
2222_res.pdf.> Acesso em 24 abr.2013.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Odontopediatria aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
Odontopediatria  aula 1 e 2 - Prof. Flavio SalomaoOdontopediatria  aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
Odontopediatria aula 1 e 2 - Prof. Flavio SalomaoFlavio Salomao-Miranda
 
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outro
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outroEmpatia - A arte de se colocar no lugar do outro
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outroVera Lessa
 
Curso terapêutica odontopediatria
Curso terapêutica odontopediatriaCurso terapêutica odontopediatria
Curso terapêutica odontopediatriaCristhiane Amaral
 
Etica no Ambiente de Trabalho
Etica no Ambiente de TrabalhoEtica no Ambiente de Trabalho
Etica no Ambiente de TrabalhoNyedson Barbosa
 
O papel do professor frente à inclusão de crianças com autismo
O papel do professor frente à inclusão de crianças com autismoO papel do professor frente à inclusão de crianças com autismo
O papel do professor frente à inclusão de crianças com autismoAmanda Barbosa
 
Carta de apresentação para pesquisa de campo
Carta de apresentação para pesquisa de campoCarta de apresentação para pesquisa de campo
Carta de apresentação para pesquisa de campomatemagico10lula
 
Autismo os educadores são a chave para inclusão!
Autismo  os educadores são a chave para inclusão!Autismo  os educadores são a chave para inclusão!
Autismo os educadores são a chave para inclusão!Raline Guimaraes
 
Autismo: desafios da inclusão da criança autista na escola regular
Autismo: desafios da inclusão da criança autista na escola regularAutismo: desafios da inclusão da criança autista na escola regular
Autismo: desafios da inclusão da criança autista na escola regularJanderly Reis
 
Protocolo medicamentoso em odontologia
Protocolo medicamentoso em odontologiaProtocolo medicamentoso em odontologia
Protocolo medicamentoso em odontologiaJose Gerardo
 
Slide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaSlide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaCamilla Follador
 
Referencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantilReferencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantilMaria Barbosa Almeida
 
Atendimento Educacional Especializado
Atendimento Educacional EspecializadoAtendimento Educacional Especializado
Atendimento Educacional Especializadoceciliaconserva
 
Atividade de ética profissional
Atividade de ética profissionalAtividade de ética profissional
Atividade de ética profissionalWaldeval Sousa
 
Apresentação do projeto de extensão
Apresentação do projeto de extensãoApresentação do projeto de extensão
Apresentação do projeto de extensãoarteematematicafurg
 

Mais procurados (20)

Odontopediatria aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
Odontopediatria  aula 1 e 2 - Prof. Flavio SalomaoOdontopediatria  aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
Odontopediatria aula 1 e 2 - Prof. Flavio Salomao
 
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outro
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outroEmpatia - A arte de se colocar no lugar do outro
Empatia - A arte de se colocar no lugar do outro
 
Curso terapêutica odontopediatria
Curso terapêutica odontopediatriaCurso terapêutica odontopediatria
Curso terapêutica odontopediatria
 
Etica no Ambiente de Trabalho
Etica no Ambiente de TrabalhoEtica no Ambiente de Trabalho
Etica no Ambiente de Trabalho
 
Tecnica radiografica
Tecnica radiograficaTecnica radiografica
Tecnica radiografica
 
O papel do professor frente à inclusão de crianças com autismo
O papel do professor frente à inclusão de crianças com autismoO papel do professor frente à inclusão de crianças com autismo
O papel do professor frente à inclusão de crianças com autismo
 
Carta de apresentação para pesquisa de campo
Carta de apresentação para pesquisa de campoCarta de apresentação para pesquisa de campo
Carta de apresentação para pesquisa de campo
 
Autismo os educadores são a chave para inclusão!
Autismo  os educadores são a chave para inclusão!Autismo  os educadores são a chave para inclusão!
Autismo os educadores são a chave para inclusão!
 
Adolescência
Adolescência Adolescência
Adolescência
 
Apostila biomateriais
Apostila biomateriaisApostila biomateriais
Apostila biomateriais
 
Autismo: desafios da inclusão da criança autista na escola regular
Autismo: desafios da inclusão da criança autista na escola regularAutismo: desafios da inclusão da criança autista na escola regular
Autismo: desafios da inclusão da criança autista na escola regular
 
Protocolo medicamentoso em odontologia
Protocolo medicamentoso em odontologiaProtocolo medicamentoso em odontologia
Protocolo medicamentoso em odontologia
 
Gestão conflitos
Gestão conflitosGestão conflitos
Gestão conflitos
 
Materiais Dentários
Materiais DentáriosMateriais Dentários
Materiais Dentários
 
Slide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaSlide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogia
 
Referencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantilReferencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantil
 
Mod3 doclegais prontuario_odonto
Mod3 doclegais prontuario_odontoMod3 doclegais prontuario_odonto
Mod3 doclegais prontuario_odonto
 
Atendimento Educacional Especializado
Atendimento Educacional EspecializadoAtendimento Educacional Especializado
Atendimento Educacional Especializado
 
Atividade de ética profissional
Atividade de ética profissionalAtividade de ética profissional
Atividade de ética profissional
 
Apresentação do projeto de extensão
Apresentação do projeto de extensãoApresentação do projeto de extensão
Apresentação do projeto de extensão
 

Destaque

PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...ProfessorPrincipiante
 
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIO
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIOLa formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIO
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIOProfessorPrincipiante
 
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...ProfessorPrincipiante
 
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRA
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRADESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRA
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRAProfessorPrincipiante
 
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONALTRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONALProfessorPrincipiante
 
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTILESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTILProfessorPrincipiante
 
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...ProfessorPrincipiante
 
LA EVOLUCIÓN DEL NIVEL DE DESEMPEÑO EN AULA DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN LO...
LA EVOLUCIÓN DEL NIVEL DE DESEMPEÑO EN AULA DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN LO...LA EVOLUCIÓN DEL NIVEL DE DESEMPEÑO EN AULA DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN LO...
LA EVOLUCIÓN DEL NIVEL DE DESEMPEÑO EN AULA DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN LO...ProfessorPrincipiante
 
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...ProfessorPrincipiante
 
CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFE...
CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFE...CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFE...
CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFE...ProfessorPrincipiante
 
A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: PERCURSOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: PERCURSOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTESA ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: PERCURSOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: PERCURSOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTESProfessorPrincipiante
 
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHEFORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHEProfessorPrincipiante
 
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE: O CHOQUE COM A REALIDADE
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE: O CHOQUE COM A REALIDADEA FORMAÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE: O CHOQUE COM A REALIDADE
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE: O CHOQUE COM A REALIDADEProfessorPrincipiante
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...ProfessorPrincipiante
 
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraGRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraProfessorPrincipiante
 
SUPERACIÓN DE DIFICULTADES DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN SUS TRES PRIMEROS A...
SUPERACIÓN DE DIFICULTADES DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN SUS TRES PRIMEROS A...SUPERACIÓN DE DIFICULTADES DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN SUS TRES PRIMEROS A...
SUPERACIÓN DE DIFICULTADES DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN SUS TRES PRIMEROS A...ProfessorPrincipiante
 
PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...
PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...
PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...ProfessorPrincipiante
 
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIAO CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIAProfessorPrincipiante
 
MEDIAÇÕES, CONTRADIÇÕES E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE PROFESSORES INICIANTES:...
MEDIAÇÕES, CONTRADIÇÕES E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE PROFESSORES INICIANTES:...MEDIAÇÕES, CONTRADIÇÕES E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE PROFESSORES INICIANTES:...
MEDIAÇÕES, CONTRADIÇÕES E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE PROFESSORES INICIANTES:...ProfessorPrincipiante
 

Destaque (20)

PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...
PROGRAMA DE MENTORIA ONLINE DA UFSCAR: A PERSPECTIVA DE UMA PROFESSORA INICIA...
 
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIO
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIOLa formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIO
La formación online: el caso de profesores principiantes en INDUCTIO
 
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
A CONSTRUÇÃO DA DOCÊNCIA: PROFESSORAS INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS A...
 
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRA
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRADESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRA
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE: CONCEITUANDO O INÍCIO DA CARREIRA
 
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONALTRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
TRABALHO COLABORATIVO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
 
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTILESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ESPECIFICIDADES E VIVÊNCIAS DOS PROFESSORES INICIANTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
PARCERIA UNIVERSIDADE - ESCOLA BÁSICA NA FORMAÇÃO DE PEDAGOGOS DOCENTES: APRE...
 
LA EVOLUCIÓN DEL NIVEL DE DESEMPEÑO EN AULA DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN LO...
LA EVOLUCIÓN DEL NIVEL DE DESEMPEÑO EN AULA DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN LO...LA EVOLUCIÓN DEL NIVEL DE DESEMPEÑO EN AULA DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN LO...
LA EVOLUCIÓN DEL NIVEL DE DESEMPEÑO EN AULA DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN LO...
 
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ALUNOS CONCLUINTES DE LICEN...
 
CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFE...
CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFE...CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFE...
CONTRIBUIÇÕES DE UM PROGRAMA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA ATUAÇÃO DE DOIS PROFE...
 
A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: PERCURSOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: PERCURSOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTESA ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: PERCURSOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: PERCURSOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES
 
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHEFORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHE
 
A INSERÇÃO NA CARREIRA DOCENTE
A INSERÇÃO NA CARREIRA DOCENTEA INSERÇÃO NA CARREIRA DOCENTE
A INSERÇÃO NA CARREIRA DOCENTE
 
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE: O CHOQUE COM A REALIDADE
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE: O CHOQUE COM A REALIDADEA FORMAÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE: O CHOQUE COM A REALIDADE
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE: O CHOQUE COM A REALIDADE
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INSERÇÃO DE PROFESSORES INICIANTES: ELEMENTOS PARA REFL...
 
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreiraGRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
GRUPO DE PESQUISA: uma perspectiva para os professores em início de carreira
 
SUPERACIÓN DE DIFICULTADES DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN SUS TRES PRIMEROS A...
SUPERACIÓN DE DIFICULTADES DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN SUS TRES PRIMEROS A...SUPERACIÓN DE DIFICULTADES DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN SUS TRES PRIMEROS A...
SUPERACIÓN DE DIFICULTADES DE PROFESORES PRINCIPIANTES EN SUS TRES PRIMEROS A...
 
PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...
PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...
PAPIC: UM PROGRAMA BRASILEIRO DE ACOMPANHAMENTO DE PROFESSORES EM INÍCIO DE C...
 
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIAO CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
O CAMPO COMPLEXO DA INICIAÇÃO NA DOCÊNCIA
 
MEDIAÇÕES, CONTRADIÇÕES E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE PROFESSORES INICIANTES:...
MEDIAÇÕES, CONTRADIÇÕES E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE PROFESSORES INICIANTES:...MEDIAÇÕES, CONTRADIÇÕES E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE PROFESSORES INICIANTES:...
MEDIAÇÕES, CONTRADIÇÕES E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DE PROFESSORES INICIANTES:...
 

Semelhante a Problemas de profesores principiantes

~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...
~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...
~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...ProfessorPrincipiante
 
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...ProfessorPrincipiante
 
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...ProfessorPrincipiante
 
GRUPOS DE ESTUDOS COLABORATIVOS E O PROFESSOR EM INÍCIO DE CARREIRA
GRUPOS DE ESTUDOS COLABORATIVOS E O PROFESSOR EM INÍCIO DE CARREIRAGRUPOS DE ESTUDOS COLABORATIVOS E O PROFESSOR EM INÍCIO DE CARREIRA
GRUPOS DE ESTUDOS COLABORATIVOS E O PROFESSOR EM INÍCIO DE CARREIRAProfessorPrincipiante
 
A FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTES
A FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTESA FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTES
A FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTESProfessorPrincipiante
 
~RESIDÊNCIA DOCENTE: UM PROGRAMA EM DESENVOLVIMENTO
~RESIDÊNCIA DOCENTE: UM PROGRAMA EM DESENVOLVIMENTO~RESIDÊNCIA DOCENTE: UM PROGRAMA EM DESENVOLVIMENTO
~RESIDÊNCIA DOCENTE: UM PROGRAMA EM DESENVOLVIMENTOProfessorPrincipiante
 
O BEM E O MAL ESTAR DOS PROFESSORES INICIANTES: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO ...
O BEM E O MAL ESTAR DOS PROFESSORES INICIANTES: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO ...O BEM E O MAL ESTAR DOS PROFESSORES INICIANTES: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO ...
O BEM E O MAL ESTAR DOS PROFESSORES INICIANTES: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO ...ProfessorPrincipiante
 
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM INÍCIO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE ESTA...
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM INÍCIO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE ESTA...PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM INÍCIO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE ESTA...
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM INÍCIO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE ESTA...ProfessorPrincipiante
 
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTALO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTALProfessorPrincipiante
 
DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL: PERCEPÇÕES DE P...
DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL: PERCEPÇÕES DE P...DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL: PERCEPÇÕES DE P...
DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL: PERCEPÇÕES DE P...ProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...ProfessorPrincipiante
 
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...ProfessorPrincipiante
 
O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...
O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...
O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...ProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTEPROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTEProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL
PROFESSORES INICIANTES NA EDUCAÇÃO INFANTILPROFESSORES INICIANTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL
PROFESSORES INICIANTES NA EDUCAÇÃO INFANTILProfessorPrincipiante
 
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENS
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENSPROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENS
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENSProfessorPrincipiante
 
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA DE PROFESSORES QUE ATUAM COMO FORMADORES DE LÍNGUA POR...
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA DE PROFESSORES QUE ATUAM COMO FORMADORES DE LÍNGUA POR...A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA DE PROFESSORES QUE ATUAM COMO FORMADORES DE LÍNGUA POR...
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA DE PROFESSORES QUE ATUAM COMO FORMADORES DE LÍNGUA POR...ProfessorPrincipiante
 
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...ProfessorPrincipiante
 
OS DILEMAS DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
OS DILEMAS DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAROS DILEMAS DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
OS DILEMAS DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLARProfessorPrincipiante
 
OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS D...
OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS D...OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS D...
OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS D...ProfessorPrincipiante
 

Semelhante a Problemas de profesores principiantes (20)

~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...
~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...
~SENTIMENTOS E DESAFIOS DE PROFESSORES PRINCIPIANTES: CONSTRUINDO O HABITUS P...
 
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...
DOCENTES UNIVERSITÁRIOS INICIANTES: MOTIVAÇOES, EXPERIENCIAS INICIAIS E DESAF...
 
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...
VIVÊNCIAS DE UM PROFESSOR DE MATEMÁTICA EM INÍCIO DE CARREIRA: RELATO DE UMA ...
 
GRUPOS DE ESTUDOS COLABORATIVOS E O PROFESSOR EM INÍCIO DE CARREIRA
GRUPOS DE ESTUDOS COLABORATIVOS E O PROFESSOR EM INÍCIO DE CARREIRAGRUPOS DE ESTUDOS COLABORATIVOS E O PROFESSOR EM INÍCIO DE CARREIRA
GRUPOS DE ESTUDOS COLABORATIVOS E O PROFESSOR EM INÍCIO DE CARREIRA
 
A FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTES
A FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTESA FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTES
A FORMAÇÃO INICIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES INICIANTES
 
~RESIDÊNCIA DOCENTE: UM PROGRAMA EM DESENVOLVIMENTO
~RESIDÊNCIA DOCENTE: UM PROGRAMA EM DESENVOLVIMENTO~RESIDÊNCIA DOCENTE: UM PROGRAMA EM DESENVOLVIMENTO
~RESIDÊNCIA DOCENTE: UM PROGRAMA EM DESENVOLVIMENTO
 
O BEM E O MAL ESTAR DOS PROFESSORES INICIANTES: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO ...
O BEM E O MAL ESTAR DOS PROFESSORES INICIANTES: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO ...O BEM E O MAL ESTAR DOS PROFESSORES INICIANTES: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO ...
O BEM E O MAL ESTAR DOS PROFESSORES INICIANTES: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO ...
 
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM INÍCIO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE ESTA...
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM INÍCIO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE ESTA...PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM INÍCIO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE ESTA...
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM INÍCIO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE ESTA...
 
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTALO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL
 
DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL: PERCEPÇÕES DE P...
DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL: PERCEPÇÕES DE P...DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL: PERCEPÇÕES DE P...
DIFICULDADES E DESAFIOS NO PROCESSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL: PERCEPÇÕES DE P...
 
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A ENTRADA NA PROFISSÃO DOCENTE: UMA INICIAÇÃ...
 
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...
O INÍCIO DA DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO SOBRE O PROFESSOR FORMADOR...
 
O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...
O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...
O PERCURSO PROFISSIONAL DE TRÊS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA...
 
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTEPROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE
PROFESSORES INICIANTES: DESAFIOS DA PROFISSÃO DOCENTE
 
PROFESSORES INICIANTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL
PROFESSORES INICIANTES NA EDUCAÇÃO INFANTILPROFESSORES INICIANTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL
PROFESSORES INICIANTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENS
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENSPROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENS
PROFESSORES INICIANTES: SEU INGRESSO NA PROFISSÃO E SUAS APRENDIZAGENS
 
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA DE PROFESSORES QUE ATUAM COMO FORMADORES DE LÍNGUA POR...
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA DE PROFESSORES QUE ATUAM COMO FORMADORES DE LÍNGUA POR...A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA DE PROFESSORES QUE ATUAM COMO FORMADORES DE LÍNGUA POR...
A INSERÇÃO NA DOCÊNCIA DE PROFESSORES QUE ATUAM COMO FORMADORES DE LÍNGUA POR...
 
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...
PROBLEMÁTICAS E DESAFIOS DO INÍCIO DA DOCÊNCIA: EM FOCO OS PROFESSORES UNIVER...
 
OS DILEMAS DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
OS DILEMAS DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAROS DILEMAS DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
OS DILEMAS DA DOCÊNCIA DE PROFESSORES INICIANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
 
OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS D...
OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS D...OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS D...
OS (DES)CAMINHOS DOS PROFESSORES INICIANTES DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS D...
 

Último

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 

Último (20)

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 

Problemas de profesores principiantes

  • 1. Problemas de profesores principiantes en sus procesos de inserción profesional INFORMES DE INVESTIGACIÓN PROFESSORES INICIANTES E O "CHOQUE DE REALIDADE" - O QUE NOS REVELAM ALGUMAS PESQUISAS AZEVEDO, Angelita Aparecida posmra@oi.com.br Universidade Federal de Ouro Preto/ Brasil CARDOSO, Solange cardososol@yahoo.com.br Universidade Federal de Ouro Preto/ Brasil NUNES, Célia cmfnunes@gmail.com Universidade Federal de Ouro Preto/ Brasil Palavras-chave: Professor iniciante. Choque de realidade. Representações sociais. Introdução Na discussão acerca da formação, profissão e condição docente, uma abordagem importante que a literatura tem nos apresentado e que requer novos estudos, é a do professor iniciante. A inserção na carreira docente, como bem salienta Lima (2006) é um momento dotado de características bem peculiares, marcado por inúmeras dificuldades. Garcia (1999, p.113) analisa este momento de iniciação na carreira como "um período de tensões e aprendizagens intensivas em contextos geralmente desconhecidos, e durante o qual os professores principiantes devem adquirir conhecimento profissional além de conseguirem manter certo equilíbrio pessoal". De acordo com Huberman (1995)1 apud Papi (2011, p.2) o início da docência é um momento no qual o professor depara-se com a realidade, nem sempre aquela idealizada por ele em sua formação inicial, o que faz com que seus conhecimentos sejam "colocados em xeque". 1 HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (Org.). Vidas de professores. 2. ed. Porto: Porto Ed., 1995a. p. 31-61.
  • 2. Nesses estudos têm-se enfocado o choque de realidade - conceituado por Garcia (1999, p.28) como “o período de confrontação inicial do professor com as complexidades da situação profissional.” - e as condições de permanência deste profissional na docência, apesar de todas as agruras que vivencia. Encontramos ainda uma definição de choque de realidade em Mariano (2006) citando Veenmam (1988) como a diferença entre o idealizado nos cursos de formação e o encontrado na realidade cotidiana das escolas. Esse choque é marcado pelo sentimento de sobrevivência, quando o iniciante se questiona: o que estou fazendo aqui? Em contrapartida, os professores podem experimentar o sentimento de descoberta, o sentir-se profissional, ter a sua sala de aula. É esta descoberta a mola propulsora para a permanência na profissão. (MARIANO, 2006, p.44) Neste artigo, o intuito é identificar em pesquisas apresentadas na 28ª, 29ª, 34ª e 35º Reuniões Anuais da ANPED (Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Educação), nos anos de 2005/20062 e 2011/2012, no GT (Grupo de Trabalho) 8, sobre Formação de professores, quais pesquisas se referem ao professor iniciante e quais constatações e reflexões , inseridas nestas pesquisas, dizem respeito ao "choque de realidade", vivenciado por professores em início de carreira. Este tipo de trabalho, denominado Estado do Conhecimento, foi realizado mediante as seguintes etapas metodológicas: levantamento de todas as pesquisas, nos anos já citados, no GT 8 da ANPED; leitura de todos os resumos para localizar as pesquisas que se enquadravam na temática pretendida; leitura, na íntegra, dos trabalhos selecionados na etapa anterior; escrita e análise dos dados. O presente artigo pretende ainda, ampliar as reflexões acerca desta temática, relacionando o "choque de realidade" à teoria das Representações Sociais. Antes, porém, de adentrarmos nesta discussão, convém caracterizar o ciclo de vida profissional dos professores, a fim de compreendermos que período é considerado como sendo início de carreira. Os estudos de Huberman (1992) e Garcia (1999) nos ajudam nesta compreensão. Segundo eles, os três primeiros anos constituem o início de carreira, período marcado pelo tateamento, exploração e choque do real. Garcia salienta, no entanto, que essas fases não são “passagem obrigatória” a todos, mas as pesquisas demonstram similaridades significativas nesta etapa da vida profissional dos docentes. 2 Pesquisa realizada por AZEVEDO, Angelita Aparecida. 2011. "Choque de realidade e representações Sociais: considerações preliminares". Universidade Federal de Ouro Preto, 2011. Trabalho não publicado
  • 3. Destacamos também os estudos de Imbernón (1998)3 apud Papi (2011, p.1) que considera a etapa de iniciação docente, período de até cinco anos, um período relevante para o processo de desenvolvimento profissional do professor, já que a constituição do ser docente e do conhecimento profissional se dá nestes anos iniciais através da prática docente. O "choque de realidade" vivenciado por professores iniciantes Valli4 (1992), citado por Garcia (1999, p. 114) considera que os principais problemas enfrentados pelos professores em seu início de carreira são "a imitação acrítica de condutas observadas noutros professores; o isolamento dos seus colegas; a dificuldade em transferir o conhecimento adquirido na sua etapa de formação e o desenvolvimento de uma concepção técnica do ensino." Lima et al (2006, p.12-13), baseando-se em Tardif5 (2002); Tardif e Raymond6 (2000); Marcelo Garcia7 (1999); Zabalza8 (1994), apresentam algumas características consideradas por eles como agruras no início da carreira, das quais enfatizamos: insegurança e submissão a professores mais experientes, processos de tentativa marcados por erros e acertos, conformismo às normas e regras; choque de realidade; influência das experiências enquanto estudante. Partindo dessa discussão sobre os professores em início de carreira, passaremos agora a análise das pesquisas apresentadas na 28ª e 29ª Reuniões Anuais da ANPED, anos 2005 e 2006 respectivamente e, a seguir, daremos continuidade a tal levantamento, abordando as pesquisas apresentadas na 34ª e 35º Reuniões Anuais da ANPED, nos anos de 2011 e 2012. Esse recorte temporal objetiva perceber possíveis similaridades de temáticas e discussões, nestes dois períodos distintos. Corsi (2005) procura em seu estudo responder à seguinte questão: "como professoras iniciantes enfrentam situações que consideram difíceis e que significado atribuem à sua própria atuação diante de tais situações?" Trata-se de uma pesquisa realizada com duas professoras atuantes na rede municipal de São Carlos, SP. Como 3 IMBERNÓN, F. La formación y el desarollo profesional del profesorado: hacia uma nueva cultura profesional. 3.ed. Barcelona: Graó, 1998. 4 VALLI, L. Reflective education cases and critiques. Bew York: State University of New Press, 1992. 5 TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis-RJ: Vozes, 2002 6 TARDIF, Maurice; RAYMOND,D. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério. Educação e Sociedade.V.21, n.73. Campinas, dez, 2000. 7 GARCIA, Carlos Marcelo. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto- Portugal: Porto Editora, 1990. 8 ZABALZA, Miguel A. Diários de aula: contributo para o estudo dos dilemas práticos dos professores. Porto, Portugal: Porto Ed,. 1994
  • 4. instrumento de coleta de dados se destacou o uso de diários, nos quais as professoras registravam as dificuldades que vivenciavam e o que faziam diante delas. Dentre as dificuldades vivenciadas, uma das professoras se referiu ao mal comportamento dos alunos, como a agressividade e a falta de interesse por parte deles, o que a deixava com grande exaustão e com vontade de desistir. O sentimento de solidão diante desta dificuldade também se fez presente em seus relatos. Cabe salientar que apesar dessa dificuldade a professora demonstrava determinação em dar continuidade ao seu trabalho. A outra professora demonstrou satisfações com relação ao comportamento de seus alunos, já que os mesmos correspondiam às suas expectativas, ao seu ideal de aluno. As duas professoras se referiram à dificuldade com o conteúdo, seja pela compreensão do mesmo ou pela forma como trabalhá-lo. Algo comum observado também na pesquisa com as professoras foi à ausência de um apoio pedagógico. Corsi finaliza chamando a atenção para a importância de oferecer aos professores iniciantes oportunidades de discussão e reflexão acerca de sua prática pedagógica, em vista das dificuldades que estes vivenciam em tal período. Ferreira e Reali (2005) analisam um programa de iniciação à Docência para professores de Educação Física e justificam a importância de tal programa pelas dificuldades enfrentadas pelos professores em início de carreira, como: sentimento de solidão, já que não há colaboração e estreitamento de relações entre professores iniciantes e os mais experientes. Aliado a isso há a constatação de que aos professores iniciantes é sempre delegada uma classe mais difícil, mais complicada e as exigências a esses profissionais são sempre as mesmas daqueles professores mais experientes. Chamam atenção também quanto à falta de apoio do ensino superior aos ex-alunos, recentes professores, e enfatizam a importância de programas de apoio à docência na fase de início de carreira.
  • 5. Figura 1 - Trabalhos apresentados no GT 08 ANPED no ano de 2005 Fonte: Dados organizados pelas autoras com base nos dados coletados na pesquisa. A Figura 1 demonstra que de 45 trabalhos apresentados no GT 08 da ANPED, no ano de 2005, 4% tratavam da temática professores iniciantes, o que corresponde a 2 trabalhos. Os demais trabalhos, representando 96%, abordam outras temáticas relacionadas à formação de professores. Rocha (2006) apresenta um trabalho que se relaciona diretamente ao apresentado por ela na 27ª Reunião da ANPED, no ano de 2004. Aquele era parte de sua dissertação de mestrado, que teve por objetivo responder à seguinte questão: como se configura a aprendizagem do início da docência de uma professora doutora atuando nas séries iniciais do ensino fundamental? Os dados da referida pesquisa demonstram algumas dificuldades da professora: indisciplina dos alunos e estabelecimento de regras, o que a fazia a usar métodos coercitivos; lidar com a heterogeneidade dos alunos; falta de motivação da turma. Essa pesquisa motivou Rocha a escrever um novo trabalho na ANPED, este sim, apresentado em 2006, no qual ela defende a importância de uma política que favoreça o professor iniciante neste período tão difícil de sua profissão, que contribua em seu processo de tornar-se professor. Nono e Mizukami (2006) tiveram como sujeitos de sua pesquisa professores iniciantes que atuam na educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental com tempo de serviço entre 02 e 05 anos. Utilizaram-se de casos de ensino para analisar os processos formativos de tais professores. Concluiu-se que os professores fazem vários
  • 6. entrecruzamentos ao descreverem suas trajetórias e processos formativos, relacionando a eles a escolarização prévia, formação inicial, exigências da prática, escola/ambiente de trabalho, políticas públicas educacionais, conhecimentos fundamentais para enfrentar os primeiros anos de ensino, fontes de aprendizagem profissional, pais e alunos, aprendizagens vividas no início na carreira, principais dificuldades, obstáculos, desafios, preocupações, dilemas e interesses encontrados na entrada na carreira.(NONO e MIZUKAMI, 2006, p.8) Embora não explicitem quais são as principais dificuldades encontradas pelos professores, Nono e Mizukami (2006, p. 09) salientam que o modo de viver este momento de início de carreira é singular a cada professor e que eles "sobreviveram às maiores dificuldades, passando a aceitar a ansiedade e os conflitos como característicos da docência e como fontes de aprendizagem profissional, desenvolvendo maior segurança e domínio sobre as situações cotidianas que enfrentam” e que mobilizam conhecimentos para o exercício de sua prática pedagógica. Figura 2 - Trabalhos apresentados no GT 08 ANPED no ano de 2006 Fonte: Dados organizados pelas autoras com base nos dados coletados na pesquisa. A figura 2 demonstra que de 29 trabalhos apresentados no GT 08 da ANPED, no ano de 2006, 7% tratavam da temática professores iniciantes, o que corresponde a 2 trabalhos. Os demais trabalhos, representando 93%, abordam outras temáticas relacionadas á formação de professores.
  • 7. Passados alguns anos de estudos na área da educação, vejamos com que recorrência a discussão sobre os professores iniciantes tem se dado. Oliveira (2011) discute uma experiência formadora de professores iniciantes no Ensino Superior de uma Universidade Federal da Região Sul, a partir de um convênio, que envolveu o Brasil e Portugal, intitulado Programa CICLUS. Tal programa objetivou conhecer, através das histórias de vida, as representações dos docentes no que se refere à sua formação e papel enquanto docente. Tal programa de caráter investigativo e formativo possibilitou a compreensão de processos de ensino e aprendizagem que os sujeitos professores vivenciam. Papi (2011) buscou discutir o desenvolvimento profissional de professores iniciantes bem-sucedidos, mesmo diante das dificuldades no início da docência, a partir da análise de dois sujeitos (Joana e Luana), professoras da rede pública municipal atuantes nas séries iniciais do Ensino Fundamental. A pesquisa identifica as dificuldades vivenciadas pelas duas professoras, como dependência da pedagoga, sentimento de solidão, burocratização das atividades escolares que aumenta as atividades docentes, dentre elas a pressão e insegurança decorrentes das avaliações externas. Dentre as constatações deste estudo (Papi, 2011, p. 14), destaca que "a existência de pressupostos coerentes com o sistema capitalista, que interferem como determinantes no processo de desenvolvimento profissional de Joana e Luana, conduzem as professoras a responder burocraticamente às demandas. Eles dificultam a participação das professoras nos processos decisórios e o desenvolvimento de posturas colaborativas, embora não limitem totalmente a ação docente”. Constatou-se ainda que não há, por parte da Secretaria Municipal de Educação, nenhuma política de acompanhamento aos professores iniciantes; ações isoladas, com este intuito, podem acontecem na própria escola. Observou-se, ainda, que o desenvolvimento profissional dos professores se dá, ora por atendimento às exigências do sistema, ora por reação/resistência ao mesmo.
  • 8. Figura 3 - Trabalhos apresentados no GT 08 ANPED no ano de 2011 Fonte: Dados organizados pelas autoras com base nos dados coletados na pesquisa. A figura 3 demonstra que de 22 trabalhos apresentados no GT 08 da ANPED, no ano de 2011, 9% tratavam da temática professores iniciantes, o que corresponde a 2 trabalhos. Os demais trabalhos, representando 91%, abordam outras temáticas relacionadas á formação de professores. Rocha e Aguiar (2012) discutem a aprendizagem da docência, a construção da identidade e profissionalidade docente no contexto universitário. Embora não seja um trabalho específico sobre professores iniciantes, nos apresenta elementos importantes para se pensar as fases da carreira docente e as características próprias do professor iniciante. Os sujeitos da pesquisa foram professores que trabalham em cursos universitários, de formação de professores que, em sua maioria, não possui formação pedagógica específica para esta tarefa. Daí, as dificuldades inerentes à função, pois para se formar professores não é suficiente, aos formadores, uma formação específica de determinada área do conhecimento, mas sim uma formação mais ampla, com conteúdos pedagógicos, que dê conta da complexidade que envolve a docência. No entanto, em termos legais não existe esta exigência, o que possibilita a entrada de profissionais no meio universitário, muitas vezes sem condições de assumir plenamente esta função. Rocha e Aguiar (2012, p.5) apontam ainda, baseando-se em Feiman9 (1990) que a formação do professor é “um processo contínuo, sistemático, organizado que perpassa 9 FEIMAN, S. Teacher Preparation: structural and conceptual alternatives. In: HOUSTOUN, R. (ed.). Handbook of Research on Teacher Educacion. New York: Macmillan, 1990. p. 212- 233
  • 9. toda a carreira docente, a qual se consubstancia em quatro fases". Essas fases compreendem a vivência do professor enquanto este ainda era estudante, a sua formação inicial, a iniciação na carreira e a formação continuada. As autoras nos apresentam ainda alguns desafios enfrentados pelos professores do ensino superior, dos quais destacamos a falta de preparação para o exercício da docência; a repetição acrítica de modelos de professores mais experientes, pelo menos no início da docência; falta da dimensão coletiva no ambiente de trabalho, sendo muitas vezes desenvolvido de maneira solitária e isolado; falta de acompanhamento. Todos esses desafios sugerem a importância de uma melhor formação inicial para o exercício da docência, como também a necessidade de formação continuada na universidade. Sá (2012) discute a socialização de professores de História, iniciantes na carreira, em dois períodos distintos: década de 70 e anos 2000. Foram tidos como sujeitos 22 professores destes dois períodos, visando identificar como cada grupo vivenciou seu processo de inserção e socialização na carreira, bem como sua relação com as condições sociais de sua época. Expressões como "Prá mim, aquilo era um outro mundo", "Cair de pára-quedas", "ser entregue às feras", " Eu comecei reproduzindo", foram expressões utilizadas pelos professores sujeitos da pesquisa, em ambas as épocas. A autora chama a atenção ainda ao fato de que raras às vezes os professores atribuíram as dificuldades no início da docência a uma incapacidade sua, mas estavam conscientes do contexto no qual estas dificuldades surgiam e possíveis explicações para as mesmas; bem como compreendiam a complexidade que envolve o processo educativo. Dentre os aspectos que produzem esta complexidade, destacam a dificuldade em se trabalhar com o tempo histórico, bem como as limitações em sua formação inicial. Aponta ainda para a importância das relações vivenciadas no ambiente escolar, do planejamento das aulas e a busca por interlocutores, por pessoas para compartilhar suas necessidades, anseios, descobertas. Um aspecto que sobressaiu, na comparação da vivência dos professores destes dois períodos, foi a relação destes com a escola e seus alunos, bem como a posição e "status" que os professores assumiram nestes diferentes contextos.
  • 10. Figura 4- Trabalhos apresentados no GT 08 ANPED no ano de 2012 Fonte: Dados organizados pelas autoras com base nos dados coletados na pesquisa. A figura 4 demonstra que de 22 trabalhos apresentados no GT 08 da ANPED, no ano de 2012, 9% tratavam da temática professores iniciantes, o que corresponde a 2 trabalhos. Os demais trabalhos, representando 91%, abordam outras temáticas relacionadas à formação de professores. Figura 5- Evolução das Pesquisas sobre Professores Iniciantes no GT 08 da ANPED Fonte: Dados organizados pelas autoras com base nos dados coletados na pesquisa.
  • 11. A figura 5 nos permite visualizar a porcentagem de pesquisas que abordam a temática professores iniciantes, em comparação às demais temáticas, no GT 08 da ANPED, nos anos de 2005/2006 e 2011/2012. Percebe-se um crescimento na porcentagem de pesquisas, já que no ano de 2005 tais pesquisas representavam 4% do total, no ano de 2006 houve uma elevação para 7%. Esse número aumenta em 2011, quando a porcentagem chega a 9%, valor que permanece em 2012. "Choque de realidade" e Teoria das Representações Sociais: possíveis interlocuções Ao se pensar sobre a vivência do professor em início de carreira, momento em que se vive o choque de realidade, Huberman (1992) nos apresenta um questionamento importante: “Que imagem é que as pessoas têm de si, como professores, em situação de sala de aula, em momentos diferentes de sua carreira?” (p.35). Tal questão nos instiga a investigar as representações sociais do professor acerca de si, da sua profissão, de seus alunos e a perceber o entrecruzamento dessas representações e do fenômeno considerado choque de realidade. Moscovici (2010) introduz a discussão acerca das representações sociais - considerada por ele como um fenômeno - no âmbito da psicologia social, demonstrando o entrecruzamento das ciências sociais e da psicologia na compreensão de como os conhecimentos se formam e se constroem. Procurou compreender de que forma esses conhecimentos constituem a identidade dos grupos. Bower 10 (1977:58), citado por Moscovici (2010, p.32) nos apresenta uma definição clara acerca das representações, como um “conjunto de estímulos feitos pelos homens, que têm, a finalidade de servir como um substituto a um sinal ou som que não pode ocorrer naturalmente. As Representações Sociais são compreendidas ainda, como entidades quase que tangíveis. Elas circulam, se entrecruzam e se cristalizam continuamente, através duma palavra, dum gesto, ou duma reunião, em nosso mundo cotidiano. Elas impregnam a maioria de nossas relações estabelecidas, os objetos que nós produzimos ou consumimos e as comunicações que estabelecemos. (MOSCOVICI, 2010, p.10) Ora, essa influência que as representações possuem sobre nós, deve ser analisada com critérios. Daí a importância de se pensar as representações que o 10 BOWER, T. (1977). The Perceptual World of the Child. Londres: Fontana.
  • 12. professor carrega, pois sabemos que elas interferem diretamente na sua maneira de ser docente. Dubar (1997), ao discutir sobre socialização nos oferece pistas importantes acerca das representações sociais, na medida em que considera as “representações de mundo” como uma construção individual, que se faz gradativamente utilizando-se de imagens diversas que constituem a realidade do sujeito. Salienta que as representações não são impostas e assimiladas acriticamente, mas, sobretudo, reinterpretadas. Arroyo (2011) atribui às dificuldades encontradas pelos professores, ao significado das imagens e representações que possuem de seus alunos (seja na infância, adolescência e juventude) e deles próprios, enquanto profissionais. Partindo desse pressuposto, poderíamos então, arriscar a dizer que o "choque de realidade" pode ser amenizado se as imagens que os professores trazem consigo fossem reestruturadas, ou, como questiona Arroyo (2011, p.66): "Como construiremos imagens mais autônomas, mais profissionais de nossa docência? Construindo imagens menos estereotipadas, mais realistas dos alunos." Essa questão deve nos impulsionar a investigar mais esta temática. Considerações Finais Este texto teve como objetivo identificar pesquisas relacionadas ao início da carreira docente, sobretudo ao "choque de realidade" vivenciado por professores, em trabalhos apresentados na ANPED, no GT 8, nos anos de 2005/ 2006, 2011/2012. Procurou também, analisá-las, mesmo que de forma incipiente, à Teoria das Representações Sociais. Cabe-nos uma nota diante da constatação de que a temática Professores Iniciantes tem sido pouco explorada em nossas pesquisas. Os levantamentos feitos e representados em gráficos nos mostram uma elevação no percentual de pesquisas com esta temática, mas, de forma muito tímida e pequena diante da necessidade latente em se discutir mais essa problemática que os professores vivenciam. Mesmo tendo as pesquisas diferentes enfoques, pudemos perceber através delas que o "choque de realidade" é algo presente nos professores em início de carreira, embora cada um o vivencie de uma maneira. Sentimentos como solidão, dificuldade diante da indisciplina e heterogeneidade dos alunos; dificuldade no trato com os pais; dificuldades com o conteúdo, dentre outros, são evidenciados. Entretanto, é recorrente também a constatação de que o sentimento de "descoberta" impulsiona este profissional a continuar o seu trabalho mesmo diante de todas as dificuldades.
  • 13. No texto intitulado O início da docência e o espetáculo da vida na escola: abrem- se as cortinas, o autor Mariano (2006) tece as considerações sobre a entrada do professor na profissão, comprando-a a uma peça teatral. Com uma linguagem simbólica e bastante significativa, reflete sobre os três atos do início da docência, sendo o primeiro o “choque da realidade”, o segundo “a sobrevivência” e o terceiro “ a descoberta”. Chamamos a atenção para este ‘terceiro ato’ que nos ajuda a pensar: Por que o professor continua na profissão apesar de todos os problemas, todas as dificuldades, todas as ‘agruras’? Sobre ele, a reflexão a seguir nos ajudará a buscar vestígios sobre este questionamento. Alguns acham que é só dizer: fiquei por amor à plateia, por amor à arte, por amor ao que faço. Isto é um bom sinal: gostar do que fazemos. Mas, que tipo de amor é esse que impulsiona nossos atores a improvisar, a conseguir driblar uma cena mal iluminada, um cenário fora do lugar, um tropeção no meio da peça? Algo diferente existe neste amor? Arriscamo-nos a dizer que é o amor compromissado: o amor que enxerga tanto as limitações da atuação quanto a frustração da plateia e acredita, sempre, que a próxima atração pode e deve ser melhor. O amor que provoca a necessidade de melhorar sempre, estudar mais, ensaiar mais, atuar mais, olhar mais para a plateia e prestar atenção à reação desta. (MARIANO,2006,p. 22) Este desejo em continuar, impulsionado pelo amor compromissado, pode ser inibido, ora diante da solidão a que o professor muitas vezes está submetido, ora pela dominação de outros (professores mais experientes, sistema educacional de maneira mais ampla,...). “E será que precisamos aceitar tudo passivamente? Não podemos dizer que o texto está incoerente, o cenário precisa ser mais bem montado, ter um pouco mais de colorido e de brilho? Tudo isso depende muito do espaço que conseguimos conquistar e da competência que demonstramos ter.” (Idem, p.24). Valemo-nos também da Teoria das representações Sociais para buscar uma possível aproximação e compreensão acerca do "choque de realidade". Não podemos deixar de afirmar a importância e urgência de um programa educacional de apoio aos professores iniciantes, o que ainda no Brasil não se constitui uma política, mas sim, ações isoladas. Como bem salienta Arroyo (2011, p.405), "Os educandos são outros, seus mestres são outros, logo as políticas públicas, sociais e educativas não podem ser as mesmas”. Referências ARROYO, Miguel G. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. 6 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011
  • 14. CORSI, Adriana Maria . Professores iniciantes: situações difíceis enfrentadas no início da prática docente no ensino fundamental. In: 28ª Reunião Anual da ANPED, 2005, Caxambu. Anais da 28ª Reunião Anual da ANPED, 2005. Disponível em: <www.anped.org.br/reunioes/28/textos/gt08/gt0866int.rtf.> Acesso em 05 set. 2011 DUBAR, Claude. A socialização. Construção das identidades sociais e profissionais. Portugal: Porto Editora, 1997 FERREIRA, Lílian Aparecida; REALI, Aline Maria de Medeiros Rodrigues. Aprendendo a ensinar e a ser professor: contribuições e desafios de um programa de iniciação à docência para professores de Educação Física. In: 28ª Reunião Anual da ANPED, 2005, Caxambu. Anais da 28ª Reunião Anual da ANPED, 2005. Disponível em: <www.anped.org.br/reunioes/28/textos/gt08/gt08183int.rtf.> Acesso em 05 set. 2011 GARCIA, C. M. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto, 1999 HUBERMAN, Michael. O ciclo de vida dos professores. In: NOVOA, Antonio. Vidas de Professores. Portugal: Porto Editora, 1992. LIMA, Emilia Freitas de.(Org.) Sobrevivências no início de carreira. Brasília: Líber Livro Editora, 2006. MARIANO, A. L. S. O início da docência e o espetáculo da vida na escola: abrem-se as cortinas. In: LIMA, E. F. (Org.). Sobrevivências no início da docência. Brasília: Líber Livro Editora, 2006.p.17-26. MARIANO, A. L. S. Aprendendo a ser professor no início da carreira: um olhar a partir da ANPEd. 2006. Disponível em: <http://www.anped.org.br>. Acesso em: 10 mar. 2013. MOSCOVICI, Serge. Representações sociais: investigações em psicologia social. 7 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. NONO, Maévi Anabel; MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Processos de formação de professores iniciantes. In: 29ª Reunião Anual da ANPED, 2006, Caxambu. Anais da 29ª Reunião Anual da ANPED, 2006. Disponível em: <www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/trabalho/GT08-1868--Int.pdf.> Acesso em 05 set. 2011 OLIVEIRA, Valeska Maria Fortes. Docência universitária e o ensino superior: análise de uma experiência formadora. In: 34ª Reunião Anual da ANPED, 2011, Natal. Anais da 34ª Reunião Anual da ANPED, 2011. Disponível em <http://34reuniao.anped.org.br/images/trabalhos/GT08/GT08-608%20res.pdf.>. Acesso em 24 de abr.2013 PAPI, Silmara de Oliveira Gomes. Professoras iniciantes bem-sucedidas: elementos de seu desenvolvimento profissional. In: 34ª Reunião Anual da ANPED, 2011, Natal. Anais da 34ª Reunião Anual da ANPED, 2011. Disponível em <http://34reuniao.anped.org.br/images/trabalhos/GT08/GT08-695%20res.pdf.> Acesso em 24 de abr.2013.
  • 15. ROCHA, Gisele Antunes. Por uma política institucional comprometida com o início da carreira docente enquanto um projeto coletivo. In: 29ª Reunião Anual da ANPED, 2006, Caxambu. Anais da 29ª Reunião Anual da ANPED, 2006.Disponível em : <www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/trabalho/GT08-2611--Int.pdf.> Acesso em 05 set. 2011 ROCHA, Áurea Maria Costa; AGUIAR, Maria da Conceição Costa. Aprender a ensinar, construir identidade e profissionalidade docente no contexto da universidade: uma realidade possível. In: 35ª Reunião Anual da ANPED, 2012, Porto de Galinhas. Anais da 35ª Reunião Anual da ANPED, 2012. Disponível em: <http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT08%20Trabalhos/GT08- 1829_res.pdf.> Acesso em 24 abr.2013. SÁ, Patrícia Teixeira. Como "se faz" o professor de história entre a formação inicial e os primeiros anos de sua prática? In: 35ª Reunião Anual da ANPED, 2012, Porto de Galinhas. Anais da 35ª Reunião Anual da ANPED, 2012. Disponível em: <http://35reuniao.anped.org.br/images/stories/trabalhos/GT08%20Trabalhos/GT08- 2222_res.pdf.> Acesso em 24 abr.2013.