O documento discute a flexibilização do currículo no contexto da escola hospitalar em três níveis: 1) define currículo como um processo contínuo de tomada de decisões que deve ser adaptado aos contextos; 2) propõe seis fases pelo qual o currículo passa, desde o prescrito até o avaliado; 3) defende que na escola hospitalar o currículo deve ser moldado pelos professores de acordo com as necessidades individuais de cada aluno, com ênfase na avaliação contínua mais do que na mensuração de conhec
2. CURRÍCULO
Gimeno Sacristán (2000), propõe uma interpretação
do currículo a partir de seis fases ou níveis.
3. FASES OU NÍVEIS DO
CURRÍCULO
Currículo prescrito: refere-se a política
curricular nacional;
currículo moldado pelos professores: relaciona-se
ao reconhecimento do currículo que se
traduz na prática, ressalta o professor como o
sujeito principal no processo de seu
desenvolvimento;
4. Currículo apresentado aos professores: refere-se
ao direcionamento do currículo aos
professores, por meio de mediadores
curriculares: livros textos, recursos
audiovisuais, meios escritos para que o
professor possa estruturar sua prática;
Currículo em ação: está relacionado com o
momento que ocorre a concretização de toda
intenção da prática pedagógica do professor, é
a última expressão da proposta.
5. Currículo realizado: refere-se a ponte entre a
intenção e a ação, e entre a teoria e prática;
Currículo avaliado: está relacionado com a
política curricular, com as tarefas nas quais se
expressam o currículo, e com os professores que
selecionam os conteúdos e planejam suas
atividades.
6. DEFINIÇÕES DE CURRÍCULO
Gimeno Sacristán (2000 p. 21), afirma que o
currículo configura-se como um cruzamento de
práticas diversas. “Se o currículo, evidentemente, é
algo que se constroem seus conteúdos e formas
últimas não podem ser indiferentes aos contextos nos
quais se configura”.
Para Coll (1996, p.33), citado por Carvalho (2000),
Currículo é um “elo entre a declaração de princípios
gerais e sua tradução operacional, entre o
planejamento e a ação, entre o que é preciso e o que
realmente sucede nas salas de aula”,
7. PEDAGÓGICA NO CONTEXTO
HOSPITALAR.
Fase do currículo prescrito-Segundo Zaias 2011),na
escola hospitalar, o currículo deverá traduzir um fazer
que busque atender as orientações propostas pelos
PCNS, a partir da perspectiva de um currículo
comum, que proporcione estratégias variadas de
aprendizagem, que atenda a individualidade do
educando e ofereça estímulos às singularidades do
sujeito.
8. A concepção de currículo defendida pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais-PCNs
( 1999, p. 31), defende que: “O currículo é
construído a partir do Projeto Pedagógico da
escola e viabiliza a sua operacionalização,
orientando atividades educativas, as formas de
executá-las e definindo suas finalidades”.
9. PARA ZAIAS (2011, P.39)
Currículo moldado- é preciso pensar que, na escola no
hospital, as diferenças no processo de ensino e
aprendizagem são características marcantes, pois cada
realidade apresenta particularidades que envolvem
maneiras de organizar o ensino que estão atreladas à
rotina hospitalar, à divisão do espaço com os demais
profissionais da saúde, as patologias das crianças e o
tempo de internação.
10. DA ESCOLA NO HOSPITAL A
AUTORA AFIRMA QUE:
Currículo apresentado aos professores- No contexto
hospitalar também é necessário que exista um processo
de discussão e participação dos professores e
pedagogos, com as Secretarias Estaduais de Educação,
para a seleção de materiais apropriados que possam
orientar o trabalho destes profissionais. Zaias
(2011,p.43)
11. PARA ZAIAS (2011, P.44),
Currículo em ação.
No hospital há uma multiplicidade de maneiras
para a organização do ensino com os alunos que
permeiam as especificidades do processo de
ensino e aprendizagem no âmbito hospitalar.
Dentre essas especificidades está o atendimento
do professor a um grupo de crianças em uma
mesma sala com níveis de escolaridade
diferentes.
12. CURRÍCULO OCULTO/ CURRÍCULO
REALIZADO
Para Pacheco (2005), o currículo oculto, se caracteriza
como oculto por não ser previsto no currículo oficial,
porém faz parte das experiências do cotidiano da prática
do professor.
13. PARA ZAIAS ( 2011)
Currículo realizado.
No hospital essas características se fazem presentes no
cotidiano pedagógico do professor, este envolve a
participação dos pais, dos profissionais da saúde, de
situações inesperadas que merecem destaque, da
própria situação da criança, além do conteúdo
programado e previsto, podem aparecer e compor a
prática pedagógica.
14. CITADO POR ZAIAS, PONTUA
QUE:
Currículo avaliado.
No hospital a avaliação não pode acontecer
com a intenção de mensurar os
conhecimentos adquiridos, mas para uma
constante reflexão acerca do momento em
que o aluno se encontra no processo de
construção do conhecimento, pensando e
repensando o ensino e a aprendizagem.
15. NA ESCOLA HOSPITALAR:
CAMINHOS E
POSSIBILIDADES
Para Carvalho (2010, p.105), “as adaptações
curriculares consistem em modificações
realizadas pelos professores, suas estratégias de
ensino, organizadas às necessidades de cada
aluno.”
Quanto ao conceito de flexibilização, entende-se
que está atrelado ao significado de
flexibilidade, o mesmo está vinculado a
necessidade de conceder maior maleabilidade,
facilidade de manejar algo.
16. DOCUMENTO INDIVIDUAL DE
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
( DIAC)
Segundo, Abalo (1994), a adaptação
curricular individual, é uma ação educativa
que implica em modificações substanciais no
currículo, por meio do ensino individualizada,
implicando assim, um alto grau de
especificidade das práticas educativas, no
sentido de adequar o currículo às necessidade
educativas a qual apresenta o educando.
17. DIRETRIZES PARA A CONSTRUÇÃO
DO (DIAC) NA PRÁTICA.
OBJETIVO: Preparar o futuro professor na elaboração de
adaptações curriculares individualizadas.
18. PROCEDIMENTOS.
1. Realizar uma revisão bibliográfica sobre a
escolarização hospitalar, destacando as
características básicas desta prática,
destacando as linhas de ação recomendadas
nos diferentes enfoques da escolarização
hospitalar.
19. 2. Com uma situação concreta de atuação ao
escolar em tratamento de saúde o professor irá
destacar os aspectos básicos da situação
concreta e delineará uma proposta de
adaptação curricular individualizada.
a) Anotar informações sobre a história pessoal
que o levou à hospitalização
b) Informa-se sobre o estilo de aprendizagem.
20. 3. Estabelecer quais as necessidades
educativas que o escolar apresenta e
realizar uma proposta de adaptações
gerais em áreas específicas, relacionando
a ao estilo de aprendizagem do escolar.
21. 4. Uma vez completado o DIAC, cada
participante apresentará aos demais
participantes. o seu DIAC, e as
proposta delineadas por cada
participante.
22. 4. Todos irão discutir as adaptações
construídas (DIAC) e as proposta
delineadas por cada participante.
23. REFERÊNCIAS
ABALO, R. Adaptações curriculares: Teoría y práctica.
Escuela Españla. Madrid, 1989.
BRASIL, MEC. Parâmetros curriculares nacionais:
Adaptações curriculares estratégias para educação de
alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília,
1999.
CARVALHO, R.E. Escola Inclusiva: A reorganização do
trabalho pedagógico. Porto Alegre: Mediação, 2010.
COLL, C. Psicologia e currículo: uma aproximação
psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. São
Paulo: Ática, 1997.
GARDNER, H. O que é um Estilo de Aprendizagem?
Disponível em:
http://sitededicas.ne10.uol.com.br/art_estilos1.htm#link.
Acesso em: 15 de Setembro/2014.
24. FERREIRA, A.B.H. Miniaurélio: o minidicionário da língua
portuguesa. Editora: Positivo. Curitiba, 2008.
GIMENO SACRISTÁN, J. O Currículo: uma reflexão sobre a
prática. 3ª.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
LOPES. A. C. Políticas Curriculares: Continuidade ou
mudanças de rumo? Revista Brasileira de Educação, nº 26, p.
109-118, Mai./jun./Jul./ Ago. / 2004.
MATOS, Elizete Lúcia Moreira; MUGGIATI, Margarida. M.
Teixeira de Freitas. Pedagogia Hospitalar. Curitiba: Editora
Universitária Champagnat, 2001.
PACHECO, J. A. Escritos curriculares. São Paulo: Cortez,
2005.
07/10/14
24
25. PERRENOUD, P. Os desafios da avaliação no contexto dos
de Aprendizagem plurianuais. In: PERRENOUD. Et al. As
competências para ensinar no século XXI: dos A
formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto
Alegre: Artmed, 2002, p.35-39.
SILVA, M.R. Currículo e competências: a formação
administrada. São Paulo:
Cortez, 2008.
26. QUESTÕES ESSENCIAIS
DO CURRÍCULO
É processo contínuo de tomada de decisões?
É um dispositivo predeterminado de resultados?
É um projeto elaborado pela comunidade educativa?
É um projeto marcado por interesses individuais dos aprendentes?
QUESTÃO PARA O FORUN.
1) MEDIANTE AS LEITURAS PROSTA IDENTIFIQUE OS ASPECTOS
ESSENCIAS PARA CONSTRUÇÃO DE UM CURRÍCULO
FLEXIBILIZADO ,ABORDANDO SUA RELAÇÃO COM A PRÁTICA
PEDAGÓGICA NO CONTEXTO HOSPITALAR.