Os carboidratos desempenham papéis energéticos e estruturais no corpo. Eles podem ser classificados como monossacarídeos, oligossacarídeos ou polissacarídeos dependendo de sua complexidade molecular. Exemplos importantes incluem a glicose, frutose e sacarose como monossacarídeos, e amido, celulose e glicogênio como polissacarídeos.
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Carboidratos
1. Carboidratos
Os carboidratos são compostos orgânicos que
também são conhecidos como hidratos de
carbono, glicídios, glícides ou açúcares. No nosso
organismo, eles desempenham função energética
(Fornecendo energia) e plástica/estrutural
(Participando de estruturas). Todos os
carboidratos, com exceção do mel, são de origem
vegetal. De acordo com o seu grau de
complexidade e número de carbonos na cadeia,
eles podem ser classificados em monossacarídeos
(oses – não podem ser quebrados),
oligossacarídeos e polissacarídeos (osídeos –
podem ser quebrados).
2. Monossacarídeos
Os monossacarídeos são os carboidratos mais simples, pois
eles não podem ser quebrados durante a digestão, como
acontece com os oligossacarídeos e polissacarídeos. Todos os
monossacarídeos seguem a seguinte regra molecular:
CnH2nOn. Para ser considerado um monossacarídeo, o
composto precisa ter na sua molécula no mínimo 3 e no
máximo 7 carbonos. De acordo com o número de carbonos
na molécula, eles podem ser classificados em trioses,
tetroses, pentoses, hexoses e heptoses. As mais importantes
são:
Hexoses (6 CARBONOS) : Frutose, Galactose e Glicose – todas
com função energética
Pentoses (5 CARBONOS): Ribose e Desoxirribose – ambas
com função estrutural (Participam dos ácidos nucleícos)
3. Oligossacarídeos
Os oligossacarídeos são constituídos de união
de poucos monossacarídeos. Para ser
considerado oligossacarídeo, ele precisa ser
formado pela união de 2 ou até 10
monossacarídeo. Quando 2 monossacarídeos
se unem por ligação covalente, uma molécula
de água se perde e ocorre uma reação de
desidratação chamada de ligação glicosídica
De acordo com o número de monossacarídeos
unidos, os oligossacarídeos podem ser
classificados em dissacarídeos, trissacarídeos,
tetrassacarídeos e assim por diante. Para o
estudo da biologia, os mais importantes são os
dissacarídeos. Dentre estes, os mais conhecidos
são a sacarose, lactose e maltose.
4. Sacarose
SACAROSE: Glicose + Frutose
REAÇÃO: C6H12O6 + C6H12O6
FORMULA MOLECULAR: C12H22O11
ENCONTRADO EM: Açúcar da cana, da
beterraba, do mel, da uva e de outras
frutas
CLASSE: Osídeo
A sacarose é um dissacarídeo que resulta da união
da glicose + frutose, o açúcar das frutas. A melhor
representação que se tem da sacarose é o açúcar
de cozinha. Ela tem função energética e pode ser
quebrada pela enzima sacarase. Algumas indústrias
utilizam o açúcar invertido, isto é, o açúcar que foi
acrescentado uma molécula de água e voltou a ser
frutose e glicose. Esse tipo é usado porque, ao
contrário da sacarose normal, não forma cristais de
açúcares e não deixa os produtos com consistência
arenosa, ganhando uma textura desejável. A glicose
proveniente da fotossíntese dos vegetais é
distribuída pelo seu corpo na forma de sacarose
5. Lactose
LACTOSE: Glicose + Galactose
REAÇÃO: C6H12O6 + C6H12O6
FORMULA MOLECULAR: C12H22O11
ENCONTRADO EM: Leites e derivados
CLASSE: Osídeo
A Lactose é um dissacarídeo formado pela
união da glicose + galactose. É a principal fonte
de energia para o bebê. A Enzima que a quebra
é a lactase, mas no decorrer da idade, o
intestino delgado para de produzir essa enzima
– principalmente se o consumo de leite for
baixo – e o indivíduo pode apresentar
intolerância à lactose. O problema também ser
genético. Os sintomas podem ser desde dores
abdominais até fortes diarreias.
6. Maltose
LACTOSE: Glicose + Glicose
REAÇÃO: C6H12O6 + C6H12O6
FORMULA MOLECULAR: C12H22O11
ENCONTRADO EM: Não encontrado
livre na natureza
CLASSE: Osídeo
A maltose, açúcar do malte, é a união de uma
glicose + glicose. Este dissacarídeo não é
encontrado livre na natureza e para obtê-lo é
necessário quebrar o amido. Ela é usada para
produção de álcool. A Semente de cevada,
durante sua germinação, quebra os amidos que
estão nas suas reservas nutritivas, liberando
malte e que pode ser usado na fabricação de
cerveja. O processo é o mesmo para os fungos
levedos de cerveja, que digerem o malte e
fermentam o produto deste malte, a glicose,
produzindo álcool.
7. Polissacarídeos
Os polissacarídeos são formados pela união de
até milhares de monossacarídeos, por isso são
considerados polímeros de monossacarídeos.
Eles se dividem em heteropolissacarídeos e
homopolissacarídeos. Será hetero se for
constituído de diferentes espécies de
monossacarídeos e homo se for constituído pela
mesma espécie. No caso dos principais
polissacarídeos - o amido, celulose, glicogênio e
a quitina, são todos homo, pois são formados
por glicoses. Os polissacarídeos são insolúveis
em água e se encontram bastante concentrados
em raízes, caules e tubérculos.
8. Amido
O amido é a maior reserva energética dos
vegetais. O excesso de glicose da fotossíntese é
estocada na célula em forma de amido. Este
pode ser consumido por alguns mamíferos, pois
as glândulas salivares produzem a enzima
amilase, que quebra o amido em várias
moléculas de glicose, tornando-o um uma
grande fonte energética.
Amido + Água Maltose
Maltose + Água Glicose
O amido é encontrado em várias partes dos
corpos de vegetais, como raízes, caule, e
sementes
9. Celulose
É o carboidrato mais abundante na natureza. A
celulose tem função estrutural por é o principal
constituinte da parede celular dos vegetais. Ela
não pode ser digerida por animais. Os
ruminantes que conseguem fazer a digestão da
celulose possuem parasitas no seu estômago
que realizam essa atividade. Eles fazem isso em
duas etapas com a ajuda da enzima celulase e
celobiase:
Celulose + Celulase -> Celobiose
Celobiose + Celobiase -> Glicose
Apesar de não conseguirmos digeri-las, elas são
muito importante para o peristaltismo do
intestino durante e excreção das fezes
10. Glicogênio
É o “amido” dos animais. Neles, a glicose que
não foi consumida é estocada nos músculos e
no fígado em forma de glicogênio. Neste último,
o glicogênio representa 10% da massa. É a fonte
energética usada para as contrações musculares
e para os períodos de breve jenjum (Intervalos
entre as refeições). Na carne que consumimos,
não é possível encontrar glicogênio em grande
teor pois o nível do hormônio epinefrina (Atua
na conversão de glicogênio em glicose) é muito
grande devido ao estresse da matança.