O documento discute aneurismas e dissecções da aorta, incluindo fatores de risco, diagnóstico e tratamentos. Aneurismas da aorta abdominal são geralmente assintomáticos e diagnosticados por exames de imagem. Dissecções agudas do tipo A requerem tratamento cirúrgico emergencial, enquanto tipo B podem ser tratadas clinicamente, dependendo de complicações. Reparos endovasculares são opções menos invasivas para alguns casos.
2. Aneurisma de aorta
• Área de dilatação permanente na qual o
diâmetro máximo é pelo menos 50% maior
que a aorta normal ou o segmento normal
logo acima do aneurisma.
• Calibre normal: 2 cm;
• >3 centímetros: aneurisma;
• Assintomático na maioria.
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3. Aneurisma de aorta
Fisiopatologia
• Resposta local à fumaça de cigarro?
• Predisposição genética ao desenvolvimento
de AAA ?
Wilmink AB, Quick CR. Br J Surg. 1998 fev; 85 (2): 155-62
4. Aneurisma de aorta
• 30% AAA assintomáticos: suspeitado
quando uma massa abdominal pulsátil é
palpada no exame físico de rotina;
• 80% dos aneurismas são identificados
acidentalmente em exames de imagem por
outros motivos;
• Sacular ou fusiforme; verdadeiro ou falso.
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5. Aneurisma de aorta
Fatores de risco desenvolvimento
• Tabagismo: fator de risco mais forte;
• Hipercolesterolemia;
• Hipertensão arterial sistêmica;
• Gênero masculino (XY 4:1 XX);
• História familiar (predominância masculina).
São os mesmos da aterosclerose
Pacientes sem DM têm maior chance de
desenvolverem aneurisma
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6. Aneurisma de aorta
Fatores de risco expansão
• Idade avançada: XY > 50 anos e XX > 60 anos;
• Doença cardíaca severa;
• Acidente vascular encefálico prévio;
• Tabagismo;
• Transplante cardíaco ou renal.
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7. Aneurisma de aorta
Fatores de risco ruptura
• Gênero feminino;
• AAA maior que 6 cm;
• Hipertensão não controlada;
• Tabagismo atual;
• Transplante cardíaco ou renal.
O principal fator de risco de ruptura
do AAA é o diâmetro
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8. Aneurisma de aorta
Diagnóstico
• Massa palpável e pulsátil a palpação profunda
do abdômen;
• À palpação não se consegue definir seu limite
superior(Sinal de deBakey) > Aneurisma
toraco-abdominal;
• USG: excelente método de triagem;
• Angiotomografia multi-slice: padrão-ouro
para diagnóstico e planejamento cirúrgico.
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9. Aneurisma de aorta
Seguimento
• < 2,6: não recomenda triagem adicional;
• 2,6-2,9: reexaminar em 5 anos;
• 3-3,4: reexaminar em 3 anos;
• 3,5-4,4: USG anual;
• 4,5-5,4: USG 6/6 meses.
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10. Aneurisma de aorta
Tratamento clínico
Visa minimizar o expansão do aneurisma;
•Parada do tabagismo;
•IECA;
•Estatinas;
•Doxicilina.
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11. Aneurisma de aorta
Tratamento cirúrgico
• > 5,5 cm de diâmetro máximo;
• Crescimento > 5 mm em 6 meses;
• Crescimento > 1 cm em 1 ano;
• Aneurismas saculares em vez de anatomia
fusiforme.
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16. • Menor mortalidade hospitalar;
• Menor permanência hospitalar;
• Menor mortalidade em 1 ano;
• Maior índices de complicações;
• Maior índice de reintervenção.(?)
Aneurisma de aorta
Reparo endovascular de aneurisma
(REVA)
Brewster DC et al. Ann Surg. 2006;244:426-38.
17.
18. • Persistência de fluxo sanguíneo no saco
aneurismático(endo-leak): 10-25% dos
casos; resolução espontânea em 40-50%
• Tipo I: acoplamento da prótese
• Tipo II: vasos colaterais ramos da aorta
• Tipo III: falha estrutural da endoprótese.
• Tipo IV: porosidade da endoprótese
• Tipo V: idiopático
REVA
Complicações
Brewster DC et al. Ann Surg. 2006;244:426-38.
19. Aneurisma de aorta
Triagem
• Homens com 65 anos de idade ou mais;
• Homens com 55 anos de idade ou mais com
história familiar de AAA;
• Mulheres com 65 anos de idade ou mais com
história familiar de AAA ou história de
tabagismo.
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20. Dissecção aórtica
• Tomografia computadorizada de tórax e
abdômen: dissecção aórtica tipo A de
Standford - até a artéria ilíaca direita com
comprometimento da artéria renal
homolateral.
21. Dissecção aórtica
• 5 a 30 casos/1 milhão de pessoas/ano;
Pouco frequente mas catastrófica;
• Surgimento abrupto de dor torácica severa
"rasgando“;
• Médicos suspeitam corretamente o
diagnóstico em apenas 15% a 43% dos
casos de AAD verificados;
• Se não tratada, mortalidade 50% em 48
horas. Sabiston. Tratado de Cirurgia. 19.ed.
22. Dissecção aórtica
• Intensidade do início da dor: fator histórico
mais confiável;
• Discrepância das pressões sanguíneas nas
extremidades superiores;
• Dor abdominal, hipotensão e massa palpável
pulsátil: tríade clássica (apenas 26%);
• EF: < 50% sensibilidade;
• RX tórax < 25% sensibilidade.
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23. Dissecção aórtica
• É desencadeada por fatores “traumáticos”
da parede arterial:
Hipertensão arterial
Coarctação da aorta
Gravidez
Válvula aórtica bicúspide.
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25. Dissecção aórtica
• DeBakey.
Tipo I: envolve aorta ascendente e descendente;
Tipo II: envolve somente aorta ascendente;
Tipo III: envolve somente aorta descendente.
• Stanford.
Tipo A: envolve o arco aórtico;
Tipo B: inicia-se distalmente à artéria subclávia
esquerda.
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26. Dissecção aórtica aguda
(< 14 dias)
• Tipo A: indicada cirurgia para todos os
pacientes;
• Tipo A: mortalidade de 1 a 2%/h; 30% nas
primeiras 48h;
• Tipo B: aneurisma sacular, hemotórax, dor
mantida, rotura, e oclusão de ramo arterial
(isquemia de medula, orgãos ou membros
inferiores).
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27. Dissecção aórtica crônica
(> 14 dias)
• Tipos A e B: aneurisma sacular, insuficiência
aórtica, oclusão de ramo arterial;
• Aorta descendente: 6,5cm (6,0cm em casos de
Síndrome de Marfan).
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28. Dissecção aórtica
Tratamento clínico
• Diminuir FC e PAS além de analgesia;
• Betabloqueador: PAS 100 mmHg e FC < 60
bpm;
• DU: 50 mL/h;
• Nitroprussiato de sódio: PA refratária a Bbloq
(monoterapia = aumentam a força de ejeção).
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30. Tratamento definitivo das
dissecções da aorta
Tratamento clínico:
1 - Dissecção tipo B sem complicações vitais
2 - Dissecção estável da croça da aorta
3 - Dissecção crônica do tipo A ou B não
complicada
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31. Tratamento definitivo das
dissecções da aorta
Tratamento cirúrgico:
1 - Dissecção aguda tipo A
2 - Dissecção aguda do tipo B complicada por
ruptura da aorta, dor persistente, aneurisma
sacular, dilatação e expansão da aorta,
isquemia de membros, isquemia de orgãos
vitais, dissecção retrógrada da aorta
ascendente.
3 - Portadores de Síndrome de Marfan
Sabiston. Tratado de Cirurgia. 19.ed.
Notas do Editor
Presença de Diabetes mellitus constitui um fator de proteção no desenvolvimento de aneurismas
Arteriografia tem uma sensibilidade menor que a TC para o estudo dos aneurismas de aorta abdominais