4. DEFINIÇÃO
É uma condição clinica multifatorial caracterizada por níveis
elevados e sustentados de pressão arterial.
Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou
estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos
sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento
do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais.
5.
6.
7. PREVALÊNCIA BRASIL
• Média: 32,5% dos adultos
• Na faixa etária 60 – 69 anos: > 50%
• Na faixa etária acima de 70 anos: > 75%
• Contribuição para mais de 50% das mortes cardiovasculares
Arq Bras Cardiol. 2010;1(Supl.1):1-51.
8.
9. AUMENTA O RISCO PARA
• Morte súbita
• Infarto agudo do miocárdio (IAM)
• Acidente vascular cerebral (AVC)
• Doença vascular periférica
• Insuficiência cardíaca (ICC)
• Doença renal crônica
13. MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
A HAS é diagnosticada pela detecção de níveis elevados e
sustentados de PA pela medida casual.
A medida da PA deve ser realizada em toda avaliação por
médicos de qualquer especialidade e demais profissionais de saúde.
14. PRESSÃO ARTERIAL DO CONSULTÓRIO OU
CLÍNICA
A posição recomendada para a medida da pressão arterial é a
sentada
Podem ser obtidas medidas da pressão arterial nas posições
em pé e deitada, principalmente em idosos, diabéticos e paciente em
uso de anti-hipertensivos
15.
16. MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
• Recomenda-se a utilização de equipamentos semi-automáticos ou aneróides
• Esfignomanômetro de coluna de mercúrio é o melhor, porém cada dia mais difícil
• Devem ser aferidos anualmente
• Aparelhos de punho e dedo não são indicados na prática clínica
• Em obesos usar manguito apropriado
19. MEDIDA DA P.A. - OBESOS
• A prevalência da HA é cerca de três vezes maior
• Usar manguitos mais longos e largos
• Manguitos comuns podem superestimar os valores
• Em braços com circunferência superior a 50 cm, pode-se fazer a medida
no antebraço, auscultar o pulso radial
• Dificuldade maior em braços largos e curtos
20.
21. Definida pelos valores > ou = 140 mmHg da PAS e/ou
> ou = 90 mmHg da PAD, com base nas evidências que, em
doentes com estes valores de PA, se demonstrou que a
redução da PA induzida pelo tratamento é benéfica.
A mesma classificação é usada em indivíduos jovens,
de meia-idade e idosos.
24. MAPA
• Monitorização ambulatorial da pressão arterial
• Usar no braço não dominante
• Período médio de 24 horas
• Informações da PA no dia, noite e durante o sono
• Manter atividades normais
• Abster-se de exercício extenuante
• Durante a insuflação manter o braço quieto
• Informar rotina em um diário
26. BENEFÍCIOS DO TRATAMENTO
• 35 a 40% redução de AVC
• 20 a 25% redução de infarto do miocárdio
• 50% redução de insuficiência cardíaca
• 20% redução de morte cardiovascular
JAMA. 1997; 277:739-45.
27. TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO E
ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL
• Controle de peso
• Estilo Alimentar (dieta)
• Redução do consumo de sal
• Redução das bebidas alcoólicas ( < 30 g etanol/dia)
• Exercícios físicos
• Tratamento da apneia do sono
• Controle do estresse
• Cessação do tabagismo
28.
29.
30. MUDANÇAS DO ESTILO DE VIDA
• Estudos mostram que os efeitos anti-hipertensivos
podem ser equivalentes a um medicamento
• Podem prevenir a hipertensão
• Podem atrasar ou evitar o tratamento em HAS grau
1
• Redução da PA em indivíduos já em tratamento
(ajuda na diminuição da dose e número de drogas)
• Controle de outros fatores de risco cardiovascular
• A desvantagem é a baixa adesão ao longo do tempo
31. OS MEDICAMENTOS PODEM SER SUSPENSOS ?
• A pressão deve estar bem controlada por um período prolongado
• Deve haver mudança do estilo de vida
• A redução da medicação deve ser feita de modo gradual
• Avaliação frequente do doente pelo risco de reaparecimento da
hipertensão
33. IMPORTANTE
• Grande parte dos hipertensos desconhece a doença
• Outros sabem, porém não se submetem ao tratamento
• Os níveis de pressão alvo são raramente alcançados
• Esta realidade não tem mudado nos últimos anos
• A HAS continua a ser uma das principais causas de morbidade e
mortalidade
36. ISQUEMIA CARDÍACA
• Isquemia cardíaca é um termo usado na
medicina, para indicar que houve uma
diminuição da circulação sanguínea e do
oxigênio, para o coração. Se esse fluxo
não for restabelecido rapidamente, a
isquemia pode evoluir para um infarto
agudo do miocárdio (IAM).
37. Pode ser assintomático,
caracterizando a chamada
isquemia silenciosa.
A isquemia miocárdica
surge da desproporção
(quantidade de consumo e
a oferta de oxigênio) à
célula cardíaca.
38. DOR
Localização
Dor precordial, em caráter
de aperto.
Duração
Geralmente 2 a 5 minutos, podendo ter
duração mais eficaz ou por até 15 minutos;
39. Irradiação
A dor pode estar presente ou não, mais freqüente no
MSE.
Fatores desencadeantes
Esforço físico, estresse emocional, alimentação
abundante ou exposição a temperaturas muito frias.
Fatores de alívio
A dor cessa quando se interrompe o fator
desencadeante ou com uso de vasodilatadores sublinguais.
41. Tratamento de cardiopatia isquêmica
• Correção do estilo de vida e intervenção sobre os
fatores de risco coronário;
•Tratamento farmacológico (nitroglicerina/ vasodilatador –
monocordil/mononitrato de isossorbida, bloqueadores
beta- adrenérgicos/propranolol, atenolol, metropolol,
cardivelol);
43. Definição:
• O IAM representa morte ou
necrose da célula miocárdica,
resultante de isquemia.
• Causa mais comum: obstrução
total, ou parcial, de uma artéria
coronária, ou seu ramo, por doença
aterosclerótica.
47. Diagnostico:
• Recorre-se a três elementos:
• -Anamnese (início e descrição da dor);
• -Evolução do ECG ;
• -Determinação da atividade enzimática no plasma (exames
laboratoriais).
49. As enzimas dosadas no sangue venoso,
quando suspeita clinica de IAM, são:
►CPK (creatinofosfoquinose ou
creatinina-fosfoquinase sérica);
glutâmico-
►TGO (transaminase
oxalacético);
►LDH (desidrogenase lática);
►DHB (desidrogenase
alfahidroxibutirica);
►CKMB (isoenzima creatinoquina).
50. Quadro clínico:
• A dor é o principal elemento.
• É opressiva, aperto ou garra, grande intensidade, quase sempre
retroesternal, irradiando-se ao ombro e a face interna do MSE.
• Em alguns casos, ocorre irradiação epigástrica para o dorso,
regiões mentoniana, escapular e ambos os MMSS. A dor dura
horas.
• Maior que 30min., por um período de 24 horas, podem durar de
2 a 3 dias.
51. É desencadeada por esforços prolongados ou
intensos, estresse, emoção, podendo ocorrer
durante o sono, refletida em pesadelos.
Não cede com repouso, não se altera com o
decúbito, apresentando angustia mortal e a
sensação de morte iminente.
52. • •Desconforto epigástrico;
• •Palidez (devido à dor);
• •Sudorese fria e pegajosa, vertigem, náuseas e vômitos;
• •Hipotensão(devido ao choque cardiogênico), tontura, confusão
mental e desmaio.
A dor pode vir ou não acompanhada de outros
sintomas como:
53. Tratamento:
• Os objetivos principais são: prevenção e
tratamento das arritmias cardíacas e limitação da
área necrosada com prevenção da área
isquêmica.
54. O individuo com diagnostico comprovado
deve ser internado em UTI:
• É obrigatório a monitorização eletrocardiográfica, ritmo e
frequência cardíaca;
• Eletrocardiograma: uma vez ao dia, ate alta e sempre que houver
dor ou instabilidade hemodinâmica;
• O paciente deve manter repouso por 48 horas;
• administração de oxigênio, através de mascara ou cateter nasal,
fluxo de 4 a 6 l/min. (oxigênio reduz a área do infarto);
• Enzimas: após 6 horas de dor, de 6/6horas por 24 horas e de 12/12
horas ate normalização.
55. TRATAMENTOS INVASIVOS DO IAM
• Revascularização miocárdica,
• Angioplastia coronariana
transluminar percutânea (ACTP).
56. Complicações do Infarto do Miocárdio:
a)Arritmias;
b) ICC;
c) Choque cardiogênico:
d) Edema Agudo de Pulmão (EAP);
57. Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)
• Síndrome em que o coração tem sua
função de bombeamento insuficiente para a
demanda metabólica dos tecidos.
59. IC - sintomas
– Fraqueza, fadiga;
– Cefaléia;
– Edema, anasarca;
– Hepatomegalia;
– Dispnéia;
– Estase jugular (Distensão
das veias do pescoço)
– Palpitações
– Sudorese e palidez;
– Perda de peso, tosse.
60. ICC – Classificação Funcional
• Classe I - ausência de
atividades cotidianas. A
sintomas (dispnéia) durante
limitação para esforços é
semelhante à esperada em indivíduos normais;
• Classe II - sintomas desencadeados por atividades
cotidianas;
• Classe III - sintomas desencadeados em atividades
menos intensas que as cotidianas ou pequenos esforços;
•
• Classe IV - sintomas em repouso.
61. ICC - Tratamento
• Objetivo:
– Melhorar a contratilidade cardíaca (medicamentos);
– Tratar sintomas melhorar QV (↑capacidade de exercícios,
↓ alterações neuro-hormonais) evitar progressão da IC
↓ mortalidade;
• Tipos de tratamento:
– Farmacológico
– Cirúrgico
– Não Farmacológico
62. ICC – Tratamento Farmacológico
• Betabloqueadores (BB)
• Inibidores da ECA, Antagonistas dos Receptores da AII,Antagonistas
daAldosterona
• Diuréticos, Hidralazina e Nitrato
• Anticoagulantes e Antiagregantes plaquetários
• Antiarrítmicos, Bloqueadores de cálcio
• Ivabradina, Omega 3, Inibidores da Fosfodiesterase 5
• Moduladores do Metabolismo Enérgico Miocárdico
Efeitos benéficos da intervenção farmacológica:
– ↓ carga no miocárdio
– ↓ volume de líquido extra-celular
– ↑ contratilidade cardíaca
– ↓ velocidade de remodelamento cardíaco
63. Medicamento x nutriente
sede
• Furosemida (diurético): limitar alcool,
aumentada, cólicas, contispação, vômitos.
Monitorar Mg, Ca, K, tiamina.
• Hidroclorotiazida (diurético): anorexia, boca
seca, constipação. Monitorar Mg, Ca, K,
tiamina.
• Enalapril (inbidor da ECA): perda de paladar,
estomatite, dor abdominal…
• Metoprolol (beta bloqueador): boca seca,
flatulência, trasntorno do TGI…
64. ICC – Tratamento Cirúrgico
• Cirurgia da Valva Mitral
• Revascularização Miocárdica
• Remodelamento Cirúrgico do Ventrículo Esquerdo
• Transplante Cardíaco
• Dispositivo de Assistência Circulatória Mecânica
• Dispositivos Implantáveis de Estimulação Cardíaca –
Desfibrilador Implantável
65. Acidente Vascular Cerebral (AVC)
• Decorrentes da obstrução de uma artéria
que irriga o encéfalo (isquêmico) ou
“extravasamento” de sangue (hemorrágico).
66. Isquêmico: não há morte de tecido cerebral,
mas a falta de suprimento sanguíneo
rápida degeneração do tecido (O2 e glicose)
Ataque isquêmico transitório: tipo de AVE
isquêmico isquemia passageira que não
chega a constituir uma lesão neurológica
definitiva e não deixa sequela.
Hemorrágico: ~ 20% dos casos. Ocorre pela ruptura
de um vaso sanguíneo intracraniano inflamação
e pressão exercida pelo coágulo no tecido nervoso
degeneração perda da função encefálica.
67. CAUSAS:
• Trombose arterial: é a formação de um coágulo de sangue (como se o sangue
"endurecesse", parecendo uma gelatina) dentro do vaso, geralmente sobre uma placa de
gordura (aterosclerose), levando a uma obstrução total ou parcial.
• Embolia cerebral: surge quando um coágulo (formado num coração doente por arritmia,
problema de válvula, etc.) ou uma placa de gordura (ateroma), que se desprende ou se
quebra geralmente da artéria carótida, correm através de uma artéria até encontrar um
ponto mais estreito, não conseguindo passar e obstruindo a passagem do sangue
• Vasoespasmo: é uma reação descontrolada do vaso (artéria) que diminui muito o seu
calibre a ponto de não permitir a passagem adequada de sangue. Isto pode ocorrer diante
de uma aumento exagerado da pressão arterial (crise hipertensiva), complicação de uma
enxaqueca (raro), ou de uma hemorragia bubaracnóidea.
68. FATORES DE RISCO
• Pressão Arterial;
• Doença Cardíaca;
• Colesterol;
• Fumo;
• Uso excessivo de bebidas alcoólicas;
• Diabetes Mellitus;
• Idade;
• Sexo
• Raça
• História de doença vascular anterior
• Obesidade
• Anticoncepcionais hormonais
• Sedentarismo
69. SINAIS E SINTOMAS
• O AVC manifesta-se de modo diferente em cada paciente, pois depende da área
do cérebro atingida, do tamanho da mesma, do tipo (Isquêmico ou Hemorrágico),
do estado geral do paciente, etc.
• De maneira geral, a principal característica é a rapidez com que aparece as
alterações; em questão de segundos a horas (de maneira abrupta ou
rapidamente progressiva). Podemos chamar a atenção para aquelas mais
comuns: Fraqueza ou adormecimento de um membro ou de um lado do corpo,
com dificuldade para se movimentar;
1.Alteração da linguagem, passando a falar "enrolado" ou sem conseguir se
expressar, ou ainda sem conseguir entender o que lhe é dito;
2.perda de visão de um olho, ou parte do campo visual de ambos os olhos;
3. dor de cabeça súbita, semelhante a uma "paulada, sem causa aparente, seguida
de vômitos, sonolência ou coma; perda de memória, confusão mental e
dificuldades para executar tarefas habituais (de início rápido).