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A CONTRA-REFORMA CATÓLICA
Introdução
Diante da grande perda de muitos fiéis, e perda do domínio de vários locais antes católicos, a Igreja Romana decidiu
reagir para poder conter o protestantismo, e combatê-lo. Esta reação católica é conhecida como Contra-Reforma:
A ideia de uma reforma, em virtude da qual os protestantes pudessem voltar, e assim restaurar-se a unidade da
Igreja Romana, foi abandonada. A Igreja Romana, como a chamamos hoje, começou a preparar-se para uma
batalha séria, uma guerra contra o protestantismo. Não se faria nenhuma modificação importante no ensino da
igreja medieval, mas haveria reforma de caráter moral e orgânica para tornar essa igreja mais eficiente. Este
grande esforço da Igreja Católica Romana para reorganizar-se e aniquilar o protestantismo é conhecido como
Contra-Reforma.1
Os elementos da Contra-Reforma:
A fim de poder lutar com o protestantismo, o qual cada vez mais se espalhava pelo mundo de então, a Igreja Católica
lançou mão de determinados “instrumentos” que ajudariam a fortificá-la, e ao mesmo tempo lutaria os protestantes. Estes
elementos estão descritos abaixo:
1. Os Jesuítas (organizada em 1540 - Conhecida também como “Sociedade de Jesus”): “Os jesuítas tinham, entre
outros, três métodos principais de contra-atacar o protestantismo. Nas igrejas que estabeleceram ou naquelas que
conseguiram controlar, colocavam hábeis pregadores e promovia reuniões atraentes. Puseram, assim, nova vida no
culto público da Igreja Romana em muitos lugares. Dispensavam, também muita atenção à obra educacional. Abriram
escolas primárias que logo se enchiam, pois o ensino era gratuito e bom. Os alunos eram, naturalmente, treinados a
demonstrar devoção à Igreja Romana e, através dos filhos, os jesuítas alcançavam também os pais. Foi assim que
grandes regiões da Alemanha foram supridas de professores escolhidos por sua capacidade de ensino e por sua pessoal
influência religiosa. Destarte, conseguiram educar numerosos jovens que se tornaram ardentes defensores do
romanismo. Um terceiro método de operação era de caráter político. Os jesuítas dedicaram-se a inspirar, nos
governantes católicos, devoção à Igreja e ódio ao protestantismo. Como resultado dessa política, levantaram-se
tremendas perseguições aos protestantes em vários países.”2
2. O Concílio de Trento (1545-1563): “O Concílio deu à Igreja Romana uma declaração completa da sua doutrina.
Nada disto tinha sido realizado durante a idade média. Desta vez essa igreja alcançou uma expressão definitiva sobre
o que ela cria e ensinava com relação às grandes verdades religiosas; isto, porém, foi preparado no espírito de franca
oposição ao protestantismo.”3
Algumas das doutrinas confirmadas neste Concílio foram: Aceitação dos livros
apócrifos e da tradição como autoridade sobre os fiéis; a justificação se dá pela fé e suas obras subseqüentes; os sete
sacramentos foram confirmados; a doutrina da transubstanciação foi reafirmada;
3. Congregação do Índex e a Inquisição: “Ao lado da Inquisição operava a Congregação do Índex que condenava os
livros com os quais a Igreja não concordava. Esta lista de livros condenados pela igreja incluía todos os escritos
protestantes e todas as versões da Bíblia, exceto a Vulgata. A atividade da Congregação não se limitava a combater as
crenças protestantes, mas igualmente todo pensamento que conduzisse o mundo ao progresso; pesquisas e estudos de
toda natureza foram, praticamente, aniquilados na Itália e na Espanha.”4
4. Reavivamento Religioso: “Embora a Contra-Reforma cuidasse principalmente dos meios de repressão ao
protestantismo, incluiu também em suas atividades um departamento religioso na sua igreja. Tanto os clérigos como
os leigos experimentaram, em muitos lugares, um reavivamento da fé e zelo romanistas que se manifestou numa
devoção aos interesses dessa igreja e ao bem-estar do próximo. Os assim despertados eram inimigos do protestantismo
e lutavam para restaurar a Igreja à custa do aniquilamento dos inimigos.”5
Evidentemente que o catolicismo conseguiu algum resultado proveitoso para si através destes elementos de Contra-
Reforma. Contudo, os cristãos fiéis que já haviam resistido à perseguição dos romanos, não seriam jamais derrotados agora
1
NICHOLS, Robert Hastings. História da Igreja Cristã. São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1992, p 203.
2
Ibid., p 205.
3
Ibid., p 206.
4
Ibid., p 206.
5
Ibid., p 207.
pela perseguição católica. A história continuou vendo dois grandes ramos do Cristianismo seguindo separadamente: A Igreja
Católica Romana e as Igrejas Protestantes.6
6
Não foi tratado nesta revista um cisma que houve na Igreja, num período anterior à Reforma, que dividiu a Igreja em duas: A Igreja Ocidental (Igreja
Católica Romana) e a Igreja Oriental (Igreja Ortodoxa Grega). Estritamente falando existem três ramos principais no Cristianismo: Igreja Católica, Igreja
Ortodoxa Grega e Igrejas Protestantes.

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A contra reforma católica

  • 1. A CONTRA-REFORMA CATÓLICA Introdução Diante da grande perda de muitos fiéis, e perda do domínio de vários locais antes católicos, a Igreja Romana decidiu reagir para poder conter o protestantismo, e combatê-lo. Esta reação católica é conhecida como Contra-Reforma: A ideia de uma reforma, em virtude da qual os protestantes pudessem voltar, e assim restaurar-se a unidade da Igreja Romana, foi abandonada. A Igreja Romana, como a chamamos hoje, começou a preparar-se para uma batalha séria, uma guerra contra o protestantismo. Não se faria nenhuma modificação importante no ensino da igreja medieval, mas haveria reforma de caráter moral e orgânica para tornar essa igreja mais eficiente. Este grande esforço da Igreja Católica Romana para reorganizar-se e aniquilar o protestantismo é conhecido como Contra-Reforma.1 Os elementos da Contra-Reforma: A fim de poder lutar com o protestantismo, o qual cada vez mais se espalhava pelo mundo de então, a Igreja Católica lançou mão de determinados “instrumentos” que ajudariam a fortificá-la, e ao mesmo tempo lutaria os protestantes. Estes elementos estão descritos abaixo: 1. Os Jesuítas (organizada em 1540 - Conhecida também como “Sociedade de Jesus”): “Os jesuítas tinham, entre outros, três métodos principais de contra-atacar o protestantismo. Nas igrejas que estabeleceram ou naquelas que conseguiram controlar, colocavam hábeis pregadores e promovia reuniões atraentes. Puseram, assim, nova vida no culto público da Igreja Romana em muitos lugares. Dispensavam, também muita atenção à obra educacional. Abriram escolas primárias que logo se enchiam, pois o ensino era gratuito e bom. Os alunos eram, naturalmente, treinados a demonstrar devoção à Igreja Romana e, através dos filhos, os jesuítas alcançavam também os pais. Foi assim que grandes regiões da Alemanha foram supridas de professores escolhidos por sua capacidade de ensino e por sua pessoal influência religiosa. Destarte, conseguiram educar numerosos jovens que se tornaram ardentes defensores do romanismo. Um terceiro método de operação era de caráter político. Os jesuítas dedicaram-se a inspirar, nos governantes católicos, devoção à Igreja e ódio ao protestantismo. Como resultado dessa política, levantaram-se tremendas perseguições aos protestantes em vários países.”2 2. O Concílio de Trento (1545-1563): “O Concílio deu à Igreja Romana uma declaração completa da sua doutrina. Nada disto tinha sido realizado durante a idade média. Desta vez essa igreja alcançou uma expressão definitiva sobre o que ela cria e ensinava com relação às grandes verdades religiosas; isto, porém, foi preparado no espírito de franca oposição ao protestantismo.”3 Algumas das doutrinas confirmadas neste Concílio foram: Aceitação dos livros apócrifos e da tradição como autoridade sobre os fiéis; a justificação se dá pela fé e suas obras subseqüentes; os sete sacramentos foram confirmados; a doutrina da transubstanciação foi reafirmada; 3. Congregação do Índex e a Inquisição: “Ao lado da Inquisição operava a Congregação do Índex que condenava os livros com os quais a Igreja não concordava. Esta lista de livros condenados pela igreja incluía todos os escritos protestantes e todas as versões da Bíblia, exceto a Vulgata. A atividade da Congregação não se limitava a combater as crenças protestantes, mas igualmente todo pensamento que conduzisse o mundo ao progresso; pesquisas e estudos de toda natureza foram, praticamente, aniquilados na Itália e na Espanha.”4 4. Reavivamento Religioso: “Embora a Contra-Reforma cuidasse principalmente dos meios de repressão ao protestantismo, incluiu também em suas atividades um departamento religioso na sua igreja. Tanto os clérigos como os leigos experimentaram, em muitos lugares, um reavivamento da fé e zelo romanistas que se manifestou numa devoção aos interesses dessa igreja e ao bem-estar do próximo. Os assim despertados eram inimigos do protestantismo e lutavam para restaurar a Igreja à custa do aniquilamento dos inimigos.”5 Evidentemente que o catolicismo conseguiu algum resultado proveitoso para si através destes elementos de Contra- Reforma. Contudo, os cristãos fiéis que já haviam resistido à perseguição dos romanos, não seriam jamais derrotados agora 1 NICHOLS, Robert Hastings. História da Igreja Cristã. São Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1992, p 203. 2 Ibid., p 205. 3 Ibid., p 206. 4 Ibid., p 206. 5 Ibid., p 207.
  • 2. pela perseguição católica. A história continuou vendo dois grandes ramos do Cristianismo seguindo separadamente: A Igreja Católica Romana e as Igrejas Protestantes.6 6 Não foi tratado nesta revista um cisma que houve na Igreja, num período anterior à Reforma, que dividiu a Igreja em duas: A Igreja Ocidental (Igreja Católica Romana) e a Igreja Oriental (Igreja Ortodoxa Grega). Estritamente falando existem três ramos principais no Cristianismo: Igreja Católica, Igreja Ortodoxa Grega e Igrejas Protestantes.