SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
As feitorias foram os entrepostos
comerciais criados na Europa, os quais
seriam especialmente utilizados fora do
continente europeu. A prática de se
construir feitorias teve início ainda durante
a Idade Média, logo essas organizações
típicas do povo europeu foram conquistando
territórios. As grandes navegações que
tiveram início ainda no fim da Idade Média
influenciaram muito na utilização de feitorias
pelo oceano Atlântico e o oceano Índico.
O Feitor tinha as funções de reger o
comércio e arbitrar a comunidade de
mercadores, assim como exercer a função
de capataz dos escravos de sua feitoria.
As feitorias eram espalhadas por terras litorâneas por onde passavam os
navegadores. Por terem se lançado pioneiramente ao mar, os portugueses
são quem recebem as principais identificações com as feitorias. Estas
funcionavam como mercado, armazém, alfândega e defesa e ponto de apoio
à navegação e exploração nos entrepostos estabelecidos. Em muitas
ocasiões, essas mesmas feitorias, serviam ainda como sede do governo das
comunidades do local.
Graças às feitorias foi possível que Portugal estabelecesse seu domínio
comercial no Atlântico e no Índico, tal recurso permitia que o Império se
expandisse mesmo utilizando-se de poucos recursos humanos e territoriais.
As feitorias foram impulsionadas por variados fatores, como: ouro, na costa
da Guiné; especiarias, no Índico; escravos, na América; açúcar, malagueta,
Cairo, madeira e cavalos, em Goa; cereais e penas de aves exóticas, na
Indonésia; pedras preciosas, sedas e porcelana, no Oriente.
A primeira feitoria no Brasil data de
1504 e tem localização na cidade
fluminense litorânea de Cabo Frio. Foi
fundada por Américo Vespúcio e
marcou um dos primeiros sinais da
colonização portuguesa nas novas
terras. Em seguida vieram as
feitorias de Santa Cruz, do Rio de
Janeiro, de Igaraçu e da ilha de
Itamaracá.
As feitorias se desenvolveram ao longo de todo o período colonial
ampliando sua abrangência de atuação na comunidade e na colônia.
As feitorias, que inicialmente serviam para marcar pontos de
colonização e aproveitar para explorar a região em benefício dos
portugueses, cresceram em aplicação e tornaram-se fazendas dos
grandes proprietários de terras. As feitorias representavam sede do
poder local, por onde passava o comércio, e tinha grande influência.
O Feitor era o indivíduo encarregado de administrar as feitorias sob
todas as suas formas. Inicialmente eles controlavam o comércio do
local, arbitrando a comunidade de mercadores. Além de reger as
trocas comerciais, a função do feitor foi sendo ampliada e mais
temida, pois o feitor fazia negócio em nome rei e era também o
incumbido de recolher os impostos, chamado quinto.
Os feitores sempre foram grandes
inimigos dos escravos, pois agiam como
os capatazes da escravaria, eram eles
que aplicavam as cruéis punições às
condutas inadequadas dos escravos. Os
feitores vigiavam as fazendas
constantemente para impedir a
tentativa de fuga dos escravos. Quando
conseguiam, eram formadas expedições
organizadas pelos capitães-do-mato
para recapturar os fugitivos. De volta à
fazenda, os feitores aplicavam os mais
brutos castigos aos escravos, recebiam
várias chibatadas e eram marcados com
metal na pele como fujões. Várias são as
representações dos feitores em
pinturas torturando os escravos, atitude
a qual marcou em especial a atuação
dos feitores.
As feitorias eram basicamente locais de armazenamento de
produtos. Esses produtos eram retirados das colônias e eram
levados para a metrópole imperial. Portugal por ter iniciado o
processo de expansão marítima foi quem teve mais participação
nas feitorias, feitorias essas localizadas principalmente na costa
litorânea das colônias. No Brasil, elas tiveram principalmente a
funcionalidade de armazenar o pau-brasil retirado daqui.
O Feitor era quem administrava-as, tendo ele também a função
de capataz, ou seja, ele aplicava as punições aos escravos, todas
elas muito severas, diga-se de passagem.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

O fim do Império Romano
O fim do Império RomanoO fim do Império Romano
O fim do Império Romano
 
O comercio à escala mundial
O comercio à escala mundialO comercio à escala mundial
O comercio à escala mundial
 
Grandes navegações
Grandes navegaçõesGrandes navegações
Grandes navegações
 
Brasil imperial
Brasil imperialBrasil imperial
Brasil imperial
 
Expansão Marítima
Expansão MarítimaExpansão Marítima
Expansão Marítima
 
Colonizacao espanhola-america
Colonizacao espanhola-americaColonizacao espanhola-america
Colonizacao espanhola-america
 
Independência do Brasil
Independência do BrasilIndependência do Brasil
Independência do Brasil
 
Escravatura
EscravaturaEscravatura
Escravatura
 
O Turismo
O TurismoO Turismo
O Turismo
 
A Formação do Povo Grego e das Cidades Estado
A Formação do Povo Grego e das Cidades EstadoA Formação do Povo Grego e das Cidades Estado
A Formação do Povo Grego e das Cidades Estado
 
As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2016)
 
Ciclo do Ouro
Ciclo do OuroCiclo do Ouro
Ciclo do Ouro
 
Os bandeirantes
Os bandeirantesOs bandeirantes
Os bandeirantes
 
Conferência de Berlim
Conferência de BerlimConferência de Berlim
Conferência de Berlim
 
A era napoleônica
A era napoleônicaA era napoleônica
A era napoleônica
 
A economia açucareira no brasil
A economia açucareira no brasilA economia açucareira no brasil
A economia açucareira no brasil
 
As Grandes Navegações - 7º Ano (2018)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2018)As Grandes Navegações - 7º Ano (2018)
As Grandes Navegações - 7º Ano (2018)
 
Especiarias
EspeciariasEspeciarias
Especiarias
 
Reforma Protestante e Contra Reforma
Reforma Protestante e Contra ReformaReforma Protestante e Contra Reforma
Reforma Protestante e Contra Reforma
 
Independência dos EUA
Independência dos EUAIndependência dos EUA
Independência dos EUA
 

Destaque

O início da colonização brasileira
O início da colonização brasileiraO início da colonização brasileira
O início da colonização brasileiraEefg Tj
 
Atividade avaliatíva de hist 4º e 5º ano pdf
Atividade avaliatíva de hist 4º e 5º ano pdfAtividade avaliatíva de hist 4º e 5º ano pdf
Atividade avaliatíva de hist 4º e 5º ano pdfAndré Moraes
 
O descobrimento do Brasil e o comércio à escala mundial
O descobrimento do Brasil e o comércio à escala mundialO descobrimento do Brasil e o comércio à escala mundial
O descobrimento do Brasil e o comércio à escala mundialAlexandra Paz
 
A rivalidade Luso castelhana
A rivalidade Luso castelhanaA rivalidade Luso castelhana
A rivalidade Luso castelhanaMaria Gomes
 
Arte pré-colonial de Macapá
Arte pré-colonial de MacapáArte pré-colonial de Macapá
Arte pré-colonial de MacapáDaniel Lêda
 
Capitanias hereditárias
Capitanias hereditáriasCapitanias hereditárias
Capitanias hereditáriasCreusa Lima
 
A Carta Pero Vaz De Caminha
A Carta  Pero Vaz De CaminhaA Carta  Pero Vaz De Caminha
A Carta Pero Vaz De CaminhaZorzella4
 
Os quatro ídolos de Francis Bacon
Os quatro ídolos de Francis BaconOs quatro ídolos de Francis Bacon
Os quatro ídolos de Francis BaconSarah Mendes
 
Comércio mundial
Comércio  mundialComércio  mundial
Comércio mundialMaria Gomes
 
Arquitetura Renascentista
Arquitetura RenascentistaArquitetura Renascentista
Arquitetura RenascentistaDeaaSouza
 
Os imperios peninsulares
Os imperios peninsularesOs imperios peninsulares
Os imperios peninsularesSusana Simões
 
01 colônia - expansão da colonização
01   colônia - expansão da colonização01   colônia - expansão da colonização
01 colônia - expansão da colonizaçãoPortal do Vestibulando
 
Slide cristianismo hist. das religiões
Slide cristianismo   hist. das religiõesSlide cristianismo   hist. das religiões
Slide cristianismo hist. das religiõesJoás Silva
 

Destaque (20)

História do Brasil Colonial
História do Brasil ColonialHistória do Brasil Colonial
História do Brasil Colonial
 
O início da colonização brasileira
O início da colonização brasileiraO início da colonização brasileira
O início da colonização brasileira
 
Atividade avaliatíva de hist 4º e 5º ano pdf
Atividade avaliatíva de hist 4º e 5º ano pdfAtividade avaliatíva de hist 4º e 5º ano pdf
Atividade avaliatíva de hist 4º e 5º ano pdf
 
Bacon Powerpoint
Bacon PowerpointBacon Powerpoint
Bacon Powerpoint
 
Sacharina
SacharinaSacharina
Sacharina
 
O descobrimento do Brasil e o comércio à escala mundial
O descobrimento do Brasil e o comércio à escala mundialO descobrimento do Brasil e o comércio à escala mundial
O descobrimento do Brasil e o comércio à escala mundial
 
A rivalidade Luso castelhana
A rivalidade Luso castelhanaA rivalidade Luso castelhana
A rivalidade Luso castelhana
 
" Indios "
" Indios "" Indios "
" Indios "
 
Arte pré-colonial de Macapá
Arte pré-colonial de MacapáArte pré-colonial de Macapá
Arte pré-colonial de Macapá
 
Capitanias hereditárias
Capitanias hereditáriasCapitanias hereditárias
Capitanias hereditárias
 
A Carta Pero Vaz De Caminha
A Carta  Pero Vaz De CaminhaA Carta  Pero Vaz De Caminha
A Carta Pero Vaz De Caminha
 
Os quatro ídolos de Francis Bacon
Os quatro ídolos de Francis BaconOs quatro ídolos de Francis Bacon
Os quatro ídolos de Francis Bacon
 
Brasil colônia 2014
Brasil colônia 2014Brasil colônia 2014
Brasil colônia 2014
 
Francis bacon
Francis baconFrancis bacon
Francis bacon
 
Comércio mundial
Comércio  mundialComércio  mundial
Comércio mundial
 
Arquitetura Renascentista
Arquitetura RenascentistaArquitetura Renascentista
Arquitetura Renascentista
 
Os imperios peninsulares
Os imperios peninsularesOs imperios peninsulares
Os imperios peninsulares
 
Brasil colonial
Brasil colonialBrasil colonial
Brasil colonial
 
01 colônia - expansão da colonização
01   colônia - expansão da colonização01   colônia - expansão da colonização
01 colônia - expansão da colonização
 
Slide cristianismo hist. das religiões
Slide cristianismo   hist. das religiõesSlide cristianismo   hist. das religiões
Slide cristianismo hist. das religiões
 

Semelhante a Feitorias

aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...
aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...
aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...Elizeu filho
 
CorrecçãO Ficha
CorrecçãO FichaCorrecçãO Ficha
CorrecçãO FichaHist8
 
Expansão territorial e t. de limites tmp
Expansão territorial e t. de limites tmpExpansão territorial e t. de limites tmp
Expansão territorial e t. de limites tmpPéricles Penuel
 
Geografia- conteúdo
Geografia- conteúdo Geografia- conteúdo
Geografia- conteúdo Kamila Brito
 
Sistema colonial portugues (mineração)
Sistema colonial portugues (mineração)Sistema colonial portugues (mineração)
Sistema colonial portugues (mineração)Marcelo Ferreira Boia
 
América Portuguesa - Expansão e diversidade econômica
América Portuguesa - Expansão e diversidade econômicaAmérica Portuguesa - Expansão e diversidade econômica
América Portuguesa - Expansão e diversidade econômicaisameucci
 
Brasil Colonial - expansao e diversidade economica
Brasil Colonial - expansao e diversidade economicaBrasil Colonial - expansao e diversidade economica
Brasil Colonial - expansao e diversidade economicaAlexandre Protásio
 
Expansão e ocupação territorial
Expansão e ocupação territorialExpansão e ocupação territorial
Expansão e ocupação territorialPatrícia Sanches
 
áFrica negra
áFrica negraáFrica negra
áFrica negraAna Sêco
 
Feitoriia De Arguim[1]. .
Feitoriia De Arguim[1]. .Feitoriia De Arguim[1]. .
Feitoriia De Arguim[1]. .crie_historia8
 
Formação territorial do brasil e demografia
Formação territorial do brasil e demografiaFormação territorial do brasil e demografia
Formação territorial do brasil e demografiaotacio candido
 
Formação territorial do brasil e demografia
Formação territorial do brasil e demografiaFormação territorial do brasil e demografia
Formação territorial do brasil e demografiaotacio candido
 
Descobrimento do brasil imagens
Descobrimento do brasil  imagensDescobrimento do brasil  imagens
Descobrimento do brasil imagensPéricles Penuel
 
A exploração do ouro no brasil
A exploração do ouro no brasilA exploração do ouro no brasil
A exploração do ouro no brasilStephani Coelho
 

Semelhante a Feitorias (20)

aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...
aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...
aula_11_de_historia_-_7º_ano_8º_quinzena_-_conquista_e_colonizacao_da_america...
 
CorrecçãO Ficha
CorrecçãO FichaCorrecçãO Ficha
CorrecçãO Ficha
 
Expansão territorial e t. de limites tmp
Expansão territorial e t. de limites tmpExpansão territorial e t. de limites tmp
Expansão territorial e t. de limites tmp
 
Geografia- conteúdo
Geografia- conteúdo Geografia- conteúdo
Geografia- conteúdo
 
Colonização
ColonizaçãoColonização
Colonização
 
História o expansionismo europeu
História o expansionismo europeuHistória o expansionismo europeu
História o expansionismo europeu
 
Capítulo 5 - A América portuguesa e a presença holandesa
Capítulo 5 - A América portuguesa e a presença holandesaCapítulo 5 - A América portuguesa e a presença holandesa
Capítulo 5 - A América portuguesa e a presença holandesa
 
Sistema colonial portugues (mineração)
Sistema colonial portugues (mineração)Sistema colonial portugues (mineração)
Sistema colonial portugues (mineração)
 
América Portuguesa - Expansão e diversidade econômica
América Portuguesa - Expansão e diversidade econômicaAmérica Portuguesa - Expansão e diversidade econômica
América Portuguesa - Expansão e diversidade econômica
 
Brasil Colonial - expansao e diversidade economica
Brasil Colonial - expansao e diversidade economicaBrasil Colonial - expansao e diversidade economica
Brasil Colonial - expansao e diversidade economica
 
América Portuguesa
América PortuguesaAmérica Portuguesa
América Portuguesa
 
Brasil colonial
Brasil colonial Brasil colonial
Brasil colonial
 
Expansão e ocupação territorial
Expansão e ocupação territorialExpansão e ocupação territorial
Expansão e ocupação territorial
 
áFrica negra
áFrica negraáFrica negra
áFrica negra
 
Feitoriia De Arguim[1]. .
Feitoriia De Arguim[1]. .Feitoriia De Arguim[1]. .
Feitoriia De Arguim[1]. .
 
Capitulo 7
Capitulo 7Capitulo 7
Capitulo 7
 
Formação territorial do brasil e demografia
Formação territorial do brasil e demografiaFormação territorial do brasil e demografia
Formação territorial do brasil e demografia
 
Formação territorial do brasil e demografia
Formação territorial do brasil e demografiaFormação territorial do brasil e demografia
Formação territorial do brasil e demografia
 
Descobrimento do brasil imagens
Descobrimento do brasil  imagensDescobrimento do brasil  imagens
Descobrimento do brasil imagens
 
A exploração do ouro no brasil
A exploração do ouro no brasilA exploração do ouro no brasil
A exploração do ouro no brasil
 

Mais de Rodolfo Ferreira de Oliveira (20)

Preconceito Linguístico
Preconceito LinguísticoPreconceito Linguístico
Preconceito Linguístico
 
Um Tubarão Gigantesco do Cretáceo Inferior na Formação do Duck Creek do Texas.
Um Tubarão Gigantesco do Cretáceo Inferior na Formação do Duck Creek do Texas.Um Tubarão Gigantesco do Cretáceo Inferior na Formação do Duck Creek do Texas.
Um Tubarão Gigantesco do Cretáceo Inferior na Formação do Duck Creek do Texas.
 
O olhar imperial e a invenção da África
O olhar imperial e a invenção da ÁfricaO olhar imperial e a invenção da África
O olhar imperial e a invenção da África
 
Marie Curie
Marie CurieMarie Curie
Marie Curie
 
Estrelas
EstrelasEstrelas
Estrelas
 
Fungos
FungosFungos
Fungos
 
Café
CaféCafé
Café
 
Origem e evolução do ser humano
Origem e evolução do ser humanoOrigem e evolução do ser humano
Origem e evolução do ser humano
 
Cabo Verde
Cabo VerdeCabo Verde
Cabo Verde
 
Conhecimento Empírico
Conhecimento EmpíricoConhecimento Empírico
Conhecimento Empírico
 
Globalização Política
Globalização PolíticaGlobalização Política
Globalização Política
 
O trabalho escravo no brasil
O trabalho escravo no brasilO trabalho escravo no brasil
O trabalho escravo no brasil
 
As Leis de Newton
As Leis de NewtonAs Leis de Newton
As Leis de Newton
 
A linguagem visual
A linguagem visualA linguagem visual
A linguagem visual
 
Gametogênese
GametogêneseGametogênese
Gametogênese
 
Células tronco embrionárias
Células tronco embrionáriasCélulas tronco embrionárias
Células tronco embrionárias
 
Raça e etnia
Raça e etniaRaça e etnia
Raça e etnia
 
Tecido Conjuntivo
Tecido ConjuntivoTecido Conjuntivo
Tecido Conjuntivo
 
Unidade
UnidadeUnidade
Unidade
 
Movimento uniforme
Movimento uniformeMovimento uniforme
Movimento uniforme
 

Último

19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaCentro Jacques Delors
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptxMarlene Cunhada
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Centro Jacques Delors
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...SileideDaSilvaNascim
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfAutonoma
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...azulassessoria9
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Centro Jacques Delors
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...azulassessoria9
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...AnaAugustaLagesZuqui
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubeladrianaguedesbatista
 

Último (20)

19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 

Feitorias

  • 1.
  • 2. As feitorias foram os entrepostos comerciais criados na Europa, os quais seriam especialmente utilizados fora do continente europeu. A prática de se construir feitorias teve início ainda durante a Idade Média, logo essas organizações típicas do povo europeu foram conquistando territórios. As grandes navegações que tiveram início ainda no fim da Idade Média influenciaram muito na utilização de feitorias pelo oceano Atlântico e o oceano Índico. O Feitor tinha as funções de reger o comércio e arbitrar a comunidade de mercadores, assim como exercer a função de capataz dos escravos de sua feitoria.
  • 3. As feitorias eram espalhadas por terras litorâneas por onde passavam os navegadores. Por terem se lançado pioneiramente ao mar, os portugueses são quem recebem as principais identificações com as feitorias. Estas funcionavam como mercado, armazém, alfândega e defesa e ponto de apoio à navegação e exploração nos entrepostos estabelecidos. Em muitas ocasiões, essas mesmas feitorias, serviam ainda como sede do governo das comunidades do local. Graças às feitorias foi possível que Portugal estabelecesse seu domínio comercial no Atlântico e no Índico, tal recurso permitia que o Império se expandisse mesmo utilizando-se de poucos recursos humanos e territoriais. As feitorias foram impulsionadas por variados fatores, como: ouro, na costa da Guiné; especiarias, no Índico; escravos, na América; açúcar, malagueta, Cairo, madeira e cavalos, em Goa; cereais e penas de aves exóticas, na Indonésia; pedras preciosas, sedas e porcelana, no Oriente.
  • 4. A primeira feitoria no Brasil data de 1504 e tem localização na cidade fluminense litorânea de Cabo Frio. Foi fundada por Américo Vespúcio e marcou um dos primeiros sinais da colonização portuguesa nas novas terras. Em seguida vieram as feitorias de Santa Cruz, do Rio de Janeiro, de Igaraçu e da ilha de Itamaracá.
  • 5. As feitorias se desenvolveram ao longo de todo o período colonial ampliando sua abrangência de atuação na comunidade e na colônia. As feitorias, que inicialmente serviam para marcar pontos de colonização e aproveitar para explorar a região em benefício dos portugueses, cresceram em aplicação e tornaram-se fazendas dos grandes proprietários de terras. As feitorias representavam sede do poder local, por onde passava o comércio, e tinha grande influência. O Feitor era o indivíduo encarregado de administrar as feitorias sob todas as suas formas. Inicialmente eles controlavam o comércio do local, arbitrando a comunidade de mercadores. Além de reger as trocas comerciais, a função do feitor foi sendo ampliada e mais temida, pois o feitor fazia negócio em nome rei e era também o incumbido de recolher os impostos, chamado quinto.
  • 6. Os feitores sempre foram grandes inimigos dos escravos, pois agiam como os capatazes da escravaria, eram eles que aplicavam as cruéis punições às condutas inadequadas dos escravos. Os feitores vigiavam as fazendas constantemente para impedir a tentativa de fuga dos escravos. Quando conseguiam, eram formadas expedições organizadas pelos capitães-do-mato para recapturar os fugitivos. De volta à fazenda, os feitores aplicavam os mais brutos castigos aos escravos, recebiam várias chibatadas e eram marcados com metal na pele como fujões. Várias são as representações dos feitores em pinturas torturando os escravos, atitude a qual marcou em especial a atuação dos feitores.
  • 7. As feitorias eram basicamente locais de armazenamento de produtos. Esses produtos eram retirados das colônias e eram levados para a metrópole imperial. Portugal por ter iniciado o processo de expansão marítima foi quem teve mais participação nas feitorias, feitorias essas localizadas principalmente na costa litorânea das colônias. No Brasil, elas tiveram principalmente a funcionalidade de armazenar o pau-brasil retirado daqui. O Feitor era quem administrava-as, tendo ele também a função de capataz, ou seja, ele aplicava as punições aos escravos, todas elas muito severas, diga-se de passagem.