A Exploração do Ouro na Economia Colonial Brasileira
1. Centro Paula Sousa
ETEC Horácio Augusto da Silveira
A EXPLORAÇÃO DO OURO
Gabriel Marciano Nº11, Júlia R. Borges Nº 21, Larissa Bezerra Nº 22,
Lucas Araújo Nº 28, Stephani A. Coelho Nº 35, Luana Beatriz Nº 37
2. Chama-se ciclo do ouro ao período da história
do Brasil e de Portugal em que a extração e
exportação de metais preciosos, dominaram
a dinâmica econômica do Brasil colonial. O
ciclo vigorou com força durante os primeiros
60 anos do século XVIII, altura a partir da qual
a produção de ouro começou a decair devido
ao esgotamento progressivo das minas da
região explorada, que hoje compreende os
estados de Minas Gerais, Goiás e Mato
Grosso.
3. Até o século XVII, a economia açucareira era a
atividade predominante da colônia e o
interesse metropolitano estava inteiramente
voltado para o seu desenvolvimento. Porém,
a partir de meados do século XVII, o açúcar
brasileiro sofreu a forte concorrência
antilhana, claro, os holandeses, uma vez
“expulsos” passaram a produzir em suas
colônias no Caribe, fazendo com que a Coroa
portuguesa voltasse a estimular a descoberta
de metais.
4. ,
Os paulistas, que
conheciam bem o sertão,
iriam desempenhar um
papel importante nessa
nova fase da história
colonial. Já em 1674,
destacou-se a bandeira de
Fernão Dias Pais, que,
apesar de não ter
descoberto metais
preciosos, serviu para
indicar o caminho para o
interior de Minas.
5. O Ciclo do Ouro na Economia Colonial
A importância dessa exploração foi tão grande
para Portugal, que o governo decidiu mudar a
capital, até então em Salvador, para o Rio de
Janeiro, pois desta forma estariam mais
próximos das minas de ouro. Eles também
criaram as Casas de Fundição, que cobravam
impostos altíssimos de quem extraísse o ouro,
o que deixava os mineiros completamente
irritados. Entre esses impostos se destacavam:
6. O Ciclo do ouro seguiu até o ano de
1785. A exploração e os muitos
impostos cobrados não agradavam
em nada a população, o que levou a
muitas revoltas na época.
8. O Escravismo no
Brasil
Existe um ponto quando falamos na
economia colonial que não podemos
deixar de citar: a Escravidão. Ela foi
marcada pelo uso de escravos do
continente africano, que faziam todo
o trabalho pesado e eram tratados
como animais. Alguns índios também
foram tratados desta forma, mas por
já conhecerem o território em que
estavam era mais fácil fugir, então,
trabalhavam na agricultura,
principalmente na parte da cana-de-
açúcar, e na mineração. Foram
grandes contribuintes para o
crescimento da economia do país.
9. Descoberta e exploração dos
diamantes
O ouro não foi à única riqueza encontrada na região das
Minas Gerais, logo o Brasil transformou-se no primeiro
produtor moderno de diamantes do mundo. De início a
extração era livre e o pagamento dos impostos fazia-se como
o do ouro, isto é, pelo quinto. Logo as autoridades pensaram
em outra forma de controle, dadas a facilidade de burlar o
fisco.
De imediato, anularam todas as concessões de terras no local
e proibiram a exploração de ouro. A extração de diamantes foi
transformada em monopólio do governo português e quem
fosse pego explorando essas minas sem autorização podia ser
punido com o degredo (exílio) para Angola.
10. O Troteiríssimo
O troteiríssimo, foi uma atividade itinerante desenvolvida por
grupos de homens, que conduziam o gado, do Rio Grande do Sul
para Minas Gerais e, ao mesmo tempo, levavam consigo bens
essenciais para o interior.
Quando no século XVII começou a corrida ao ouro e pedras
preciosas em Minas Gerais, dedicavam todo o seu tempo à
mineração. Nem mesmo os escravos eram dispensados para a
lavoura. Assim a importação de bens essenciais tornou-se
imperiosa e os tropeiros passaram a abastecer a região de gado,
alimentos e produtos manufaturados. O tropeiro conduzia o gado
por trilhas conhecidas mas mesmo assim as viagens podiam durar
várias semanas. Mais tarde, no século XVIII, a sua atividade
estendeu-se aos territórios de Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Rio
de Janeiro.
11. A figura do tropeiro, identificava-se
pela sua vestimenta adaptada à
viagem árdua: manta, camisa de
flanela, chapéu e botas que o
protegiam das vicissitudes do
clima. Acampava todas as noites
protegido apenas pela manta e
pelas tendas feitas de couro.
Cozinhava ainda a sua refeição na
fogueira que o aquecia. O tropeiro
foi fundamental para fomentar o
desenvolvimento do interior e
estimular a fixação das
populações.
12. Reforma Pombalina
A partir de 1750, a política e a administração
portuguesa conheceram grandes mudanças. Por
vinte e sete anos, o poder foi exercido por
Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de
Pombal, ministro de Estado de D. José I.
Fortemente influenciado pelo Iluminismo, Pombal
se insere no quadro do despotismo esclarecido,
em que monarcas, sem abandonar o poder
absolutista, adotam algumas práticas e princípios
liberais. Daí, uma série de medidas e reformas que
acabaram por torná-lo uma figura polêmica na
História portuguesa.
13. No plano interno, Marquês de Pombal instituiu uma
reforma que desagradou muitos daqueles que viviam
das regalias oferecidas pela Coroa Portuguesa. O
chamado Erário Régio tinha como papel controlar os
gastos do corpo de funcionários reais e,
principalmente, reduzir os seus gastos. Outra
importante medida foi incentivar o desenvolvimento
de uma indústria nacional com pretensões de diminuir
a dependência econômica do país. Vendo os
prejuízos trazidos com essa situação, Pombal expulsou
os jesuítas e instituiu o fim da escravidão indígena.
14. As terras que foram tomadas dos
integrantes da Ordem de Jesus foram
utilizadas como zonas de exploração. Com
relação aos índios, Pombal pretendia utilizá-
los como força de trabalho na colonização
de outras terras do território. Após a saída
de Pombal do governo, as transformações
sugeridas pelo ministro encerrou um
período de mudanças que poderiam acabar
com o atraso econômico de Portugal.
15. A Sociedade do Ouro
A enorme importância econômica e política adquirida pela
mineração brasileira, interna e externamente, podem ser
comprovadas por alguns indicadores. Um deles foi a forte
imigração da metrópole para a colônia, a ponto de as autoridades
verem-se obrigadas a aumentar as restrições á saída de pessoas do
reino. Outro indicador foi o crescimento do comércio colônia-
metrópole.
A mineração, com efeito, elevou o poder aquisitivo das camadas
mais ricas da população e provocou o surgimento de cidades, cujos
habitantes tinham necessidades de consumo cada vez mais
diversificadas. Uma das consequências disso foi o crescimento nas
vendas de mercadorias europeias pela metrópole para abastecer a
população colonial. E também o aumento do tráfico de africanos,
com a entrada no Brasil de mais de um milhão de novos escravos,
na maioria destinado ás áreas mineradoras.
16. Mobilidade Social
Sociedade que se formou nas regiões mineradoras,
sobretudo, em Minas Gerais, apresentava características
diferentes da civilização do açúcar no Nordeste. Foi uma
sociedade predominante urbana, mais complexa do que
aquela e de maior mobilidade social. Com a civilização do
ouro, os grupos sociais se diversificaram, aparecendo
agora, entre eles, grandes ricos mineradores,
proprietários de terras e comerciantes, funcionários,
artesãos, sacerdotes pequenos mineradores,
trabalhadores livres, profissionais liberais e intelectuais
(poetas, jornalistas, advogados.), Além de uma multidão
de escravos.
17. Quilombo dos Palmares
Os quilombos eram espécies de
comunidades compostas por ex -
escravos que fugiam das fazendas
na época do Brasil Colonial. O
período de maior formação dos
quilombos foi entre os séculos XVI
e XIX. Os quilombos tinham uma
organização parecida com as
aldeias africanas, de onde os
quilombolas eram originários.
Havia uma divisão de tarefas e
todos trabalhavam. Um líder
geralmente comandava o
quilombo. Viviam, principalmente,
da agricultura de subsistência e da
pesca. Podiam viver de acordo com
seus hábitos culturais africanos e
praticar livremente seus cultos
religiosos.
18. Era muito comum os fazendeiros e senhores de
engenhos contratarem homens armados para
desfazerem os quilombos e capturar os escravos
fugitivos. Ocorreram vários combates entres
estes homens e os quilombolas durante o
período colonial. Os quilombolas resistiam e,
muitas vezes, protegiam o quilombo mantendo
sua existência.
19. Os quilombos representaram uma das
formas de resistência e combate à
escravidão. Rejeitando a cruel forma
de vida, os negros buscavam a
liberdade e uma vida com dignidade,
resgatando a cultura e a forma de viver
que deixaram na África e contribuindo
para a formação da cultura afro-
brasileira.