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O EXPANSIONISMO
EUROPEU E OS IMPÉRIOS
PENINSULARES
Os portugueses no mundo

Neste continente os portugueses
encontraram
povos
com
diferentes
níveis
de
desenvolvimento e diversas
culturas.
Havia
reinos
organizados (como Benim, por
ex.), mas também povos que
viviam em regime tribal, num
modo de vida seminómada.

Benim,
Nigéria

África
Objetivo:
Fazer comércio (fixaram-se ao longo da
costa e estabeleceram feitorias onde
comercializavam
escravos,
ouro
,
marfim, malagueta, sal, contas de
vidro…)

Feitorias

O continente africano nos sécs. XV e XVI
Arguim
é
uma
ilha
na
Baía
de
Arguim, Mauritânia, costa ocidental de África.

Arguim representada no Atlas de Sebastião Lopes, séc. XVI.
Feitoria de S. Jorge da Mina, fundada em 1482

A feitoria da Mina, gravura da obra Indiae
Orientalis

Na costa oriental de África, as feitorias mais importantes eram as da ilha de Moçambique e
Sofala.
Os primeiros contactos com os africanos foram estabelecidos através dos lançados:

Lançado
Cometi crime de amor , à morte fui condenado,
Mas antes do cadafalso a um capitão fui chamado,
Que partia para a Guiné e me prometeu perdão,
Se fosse numa galé e aceitasse a missão,
De à sorte ser Lançado na má terra do gentio,
Sozinho e abandonado durante meses a fio.
Entre o inferno e o algoz, dançava meu triste fado,
Medi os contras e os prós e escolhi ser Lançado,
E assim fui embarcado até às costa da Guiné,
E em terra fui deixado com biscoito medo e fé,
Com ordem de haver língua com todas as criaturas,
Saber das fontes do ouro e conhecer essas culturas.
Refrão: Fui lançado às feras, o mato foi a minha
casa. Não havia Primavera nem Outono, e era
sempre um estio em brasa .
Venci as febres do mato e o veneno das cobras,
Cativo levei mau trato, paguei pelas minhas obras.
Das gentes tornei-me amigo, com artes que já nem sei,
E ao fim de muitos meses, era visita dum rei,
Fiz-me amante de gentia com ela juntei fazenda,
A vida até já sorria, feliz era a minha emenda.
O batel chegou um dia para saber se eu era vivo,
E nas areias da baía foi um encontro festivo,
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E ao infante contei tudo do que pudera indagar.
E tal foi o meu sucesso, que el-rei me deu perdão,
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Mandou-me o senhor infante em companhia de abade,
Que batizou toda a gente e aumentou a cristandade,
" que boa colheita de almas ! " disse de contente o
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Ao ver as chagas de Cristo a tomar conta do mapa,
E em paga dos meus serviços, ali fui feito feitor,
E eis tudo o que passei só por um crime de amor.
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Relações entre portugueses e africanos
Embora as relações fossem , essencialmente, comerciais, acabaram por gerar
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Aculturação
Os portugueses no Oriente

Os portugueses encontraram povos com
um nível cultural e civilizacional muito
desenvolvido (indianos, chineses e
japoneses),
pouco
recetivos
aos
contactos com os ocidentais.

Mapa português da India, 1630. Detalhe do
atlas ”Taboas Geraes de toda a navegação" de João
Teixeira de Albernaz e D. Jerónimo de Ataíde.
Arte Namban
Neste par de biombos, o pintor narra, de forma sequencial, acontecimentos
ligados à presença portuguesa dos portugueses no Japão, onde aportaram em
1543. Retrata aspetos do relacionamento entre Portugal e o Japão.

http://www.museudearteantiga.pt/pt-PT/exposicao%20permanente/obras%20referencia/ContentDetail.aspx?id=221
“O primeiro biombo reporta-se à chegada do Barco Negro a Nagasáqui. A nau, vem
carregada de estranha gente e de preciosas e exóticas mercadorias. Pontuada pelo
colorido dos trajes recorta-se sobre um mar castanho, cujos braços penetram o ouro que
funde o céu com a praia, onde é controlado o desembarque da carga.”

Atribuído a Kano Domi
Japão, 1593-1602, Período Momoyama
Têmpera sobre papel, folha de ouro, seda, laca e metal - Compra,
“O segundo biombo descreve o cortejo que se dirige à Casa da Companhia de Jesus,
apontada na última folha. A representação da figura humana, o casario, a paisagem
e o pormenor narrativo - trajes, animais e objetos -, imbricam-se através do fundo
e da atmosfera de ouro.”
Objetivo:
Controlar o mar, as rotas e alguns pontos estratégicos para o comércio.

Os portugueses no Oriente no séc. XVI

Diniz, Mª Emília, Caldeira, Arlindo e Tavares, Adérito in
História 8
Meios para o alcançar:
-

Utilizaram poderosas esquadras (forte armada);

-

Fizeram alianças com príncipes indianos (que autorizaram a edificação de
feitorias);

-

Estabeleceram um governo forte ( o vice-rei assegurava o monopólio da
navegação e do comércio);

"GOA
fortissima
Indiae
urbs
Christianorum potestatem anno salutis
1509 devenit", in Braun & Hogenberg,
"Civitates Orbis Terrarum", 1572-1617.
Vista de Goa, em 1509, mostrando a
cidade já fortificada antes de sua
conquista pelos portugueses (que viria
a ocorrer somente em novembro de
1510) e antes da construção da
Fortaleza dos Reis Magos.

http://fortalezas.org/?ct=fortaleza&id_fortaleza=723&muda_idioma=PT
Os primeiros vice-reis na Índia

COMPETÊNCIAS
- Estabelecer alianças políticas e
militares;
- Instituir uma politica de fixação e
aceitação local dos portugueses;
- Construir fortalezas / policiar o Índico;
- Cumprir as disposições reais;

D. Francisco de Almeida
(1505-1509)

Afonso de Albuquerque
(1509-1515)
A atividade económica do mundo asiático atraía portugueses e muçulmanos,
razão pela qual estes viam a presença portuguesa como uma ameaça ao
monopólio das especiarias e do comércio oriental.

Cambista indiano em atividade
(Pintura portuguesa do séc. XVI)

Diniz, Mª Emília, Caldeira, Arlindo e Tavares, Adérito in
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Oficialmente descoberto em 1500, o território do Brasil só começou a ser colonizado cerca
de 30 anos mais tarde.

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Pedro Álvares Cabral

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Fases da colonização
A Coroa não dedicou muita atenção a este território, uma vez que os seus interesses
dirigiam-se para o comércio do açúcar madeirense, do ouro da Mina e dos produtos
orientais.
O Brasil era utilizado como escala para as armadas que seguiam para a Índia.

Arrendamento (1502)
Numa fase inicial, a Coroa arrendou o comércio do Brasil a particulares que exploravam os
recursos naturais do território

São
enviados
missionários
franciscanos (1516) para converter os
índios;
A ameaça francesa e espanhola à costa brasileira, leva à sua colonização em 1530
(data que coincide com a decadência da Rota do Cabo);

Capitanias (1534)
Entre 1534 e 1536 D. João III concedeu várias cartas de doação a capitãesdonatários, encarregues do seu povoamento, defesa, desenvolvimento económico e
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Capitanias
hereditárias

Luís Teixeira. Roteiro de todos os sinais..., 1586. Lisboa,
Biblioteca da Ajuda

Diniz, Mª Emília, Caldeira, Arlindo e Tavares, Adérito in
História 8
-

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-

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diferentes capitanias;

-

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Governo geral (1549)

-

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(controlo dos donatários);

-

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-

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Tomé de Sousa, primeiro
governador geral do Brasil

Intensa colonização;

Importação de escravos africanos (plantação da canade-açúcar;
Os espanhóis na América

Quando os espanhóis chegaram À
América encontraram povos com
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Astecas (México), Maias (América
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Vice reinos
espanhóis na
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Os espanhóis, usando a superioridade militar, dominaram as civilizações ameríndias e
estabeleceram um grande império.

Fernando Cortez
assegurou a vitória
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conquistou o Império
Inca
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-

ocupar uma enorme área do território americano;

-

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-

reduzir substancialmente a população índia;

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Com a expansão dos europeus para a América ocorreu uma assimilação da
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Língua

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Os imperios peninsulares

  • 1. O EXPANSIONISMO EUROPEU E OS IMPÉRIOS PENINSULARES
  • 2. Os portugueses no mundo Neste continente os portugueses encontraram povos com diferentes níveis de desenvolvimento e diversas culturas. Havia reinos organizados (como Benim, por ex.), mas também povos que viviam em regime tribal, num modo de vida seminómada. Benim, Nigéria África
  • 3. Objetivo: Fazer comércio (fixaram-se ao longo da costa e estabeleceram feitorias onde comercializavam escravos, ouro , marfim, malagueta, sal, contas de vidro…) Feitorias O continente africano nos sécs. XV e XVI
  • 4. Arguim é uma ilha na Baía de Arguim, Mauritânia, costa ocidental de África. Arguim representada no Atlas de Sebastião Lopes, séc. XVI.
  • 5. Feitoria de S. Jorge da Mina, fundada em 1482 A feitoria da Mina, gravura da obra Indiae Orientalis Na costa oriental de África, as feitorias mais importantes eram as da ilha de Moçambique e Sofala.
  • 6. Os primeiros contactos com os africanos foram estabelecidos através dos lançados: Lançado Cometi crime de amor , à morte fui condenado, Mas antes do cadafalso a um capitão fui chamado, Que partia para a Guiné e me prometeu perdão, Se fosse numa galé e aceitasse a missão, De à sorte ser Lançado na má terra do gentio, Sozinho e abandonado durante meses a fio. Entre o inferno e o algoz, dançava meu triste fado, Medi os contras e os prós e escolhi ser Lançado, E assim fui embarcado até às costa da Guiné, E em terra fui deixado com biscoito medo e fé, Com ordem de haver língua com todas as criaturas, Saber das fontes do ouro e conhecer essas culturas. Refrão: Fui lançado às feras, o mato foi a minha casa. Não havia Primavera nem Outono, e era sempre um estio em brasa .
  • 7. Venci as febres do mato e o veneno das cobras, Cativo levei mau trato, paguei pelas minhas obras. Das gentes tornei-me amigo, com artes que já nem sei, E ao fim de muitos meses, era visita dum rei, Fiz-me amante de gentia com ela juntei fazenda, A vida até já sorria, feliz era a minha emenda. O batel chegou um dia para saber se eu era vivo, E nas areias da baía foi um encontro festivo, Regressei a Portugal com ideia de ficar, E ao infante contei tudo do que pudera indagar. E tal foi o meu sucesso, que el-rei me deu perdão, Mas mandou-me de regresso e eu não pude dizer não. Refrão Mandou-me o senhor infante em companhia de abade, Que batizou toda a gente e aumentou a cristandade, " que boa colheita de almas ! " disse de contente o Papa, Ao ver as chagas de Cristo a tomar conta do mapa, E em paga dos meus serviços, ali fui feito feitor, E eis tudo o que passei só por um crime de amor. Refrão Carlos T e Rui Veloso
  • 8. Relações entre portugueses e africanos Embora as relações fossem , essencialmente, comerciais, acabaram por gerar interinfluências culturais: Nos portugueses: Nos africanos: - Novos hábitos alimentares; - Música - Religião; - Língua; - Cultura; Aculturação
  • 9. Os portugueses no Oriente Os portugueses encontraram povos com um nível cultural e civilizacional muito desenvolvido (indianos, chineses e japoneses), pouco recetivos aos contactos com os ocidentais. Mapa português da India, 1630. Detalhe do atlas ”Taboas Geraes de toda a navegação" de João Teixeira de Albernaz e D. Jerónimo de Ataíde.
  • 10. Arte Namban Neste par de biombos, o pintor narra, de forma sequencial, acontecimentos ligados à presença portuguesa dos portugueses no Japão, onde aportaram em 1543. Retrata aspetos do relacionamento entre Portugal e o Japão. http://www.museudearteantiga.pt/pt-PT/exposicao%20permanente/obras%20referencia/ContentDetail.aspx?id=221
  • 11. “O primeiro biombo reporta-se à chegada do Barco Negro a Nagasáqui. A nau, vem carregada de estranha gente e de preciosas e exóticas mercadorias. Pontuada pelo colorido dos trajes recorta-se sobre um mar castanho, cujos braços penetram o ouro que funde o céu com a praia, onde é controlado o desembarque da carga.” Atribuído a Kano Domi Japão, 1593-1602, Período Momoyama Têmpera sobre papel, folha de ouro, seda, laca e metal - Compra,
  • 12. “O segundo biombo descreve o cortejo que se dirige à Casa da Companhia de Jesus, apontada na última folha. A representação da figura humana, o casario, a paisagem e o pormenor narrativo - trajes, animais e objetos -, imbricam-se através do fundo e da atmosfera de ouro.”
  • 13. Objetivo: Controlar o mar, as rotas e alguns pontos estratégicos para o comércio. Os portugueses no Oriente no séc. XVI Diniz, Mª Emília, Caldeira, Arlindo e Tavares, Adérito in História 8
  • 14. Meios para o alcançar: - Utilizaram poderosas esquadras (forte armada); - Fizeram alianças com príncipes indianos (que autorizaram a edificação de feitorias); - Estabeleceram um governo forte ( o vice-rei assegurava o monopólio da navegação e do comércio); "GOA fortissima Indiae urbs Christianorum potestatem anno salutis 1509 devenit", in Braun & Hogenberg, "Civitates Orbis Terrarum", 1572-1617. Vista de Goa, em 1509, mostrando a cidade já fortificada antes de sua conquista pelos portugueses (que viria a ocorrer somente em novembro de 1510) e antes da construção da Fortaleza dos Reis Magos. http://fortalezas.org/?ct=fortaleza&id_fortaleza=723&muda_idioma=PT
  • 15. Os primeiros vice-reis na Índia COMPETÊNCIAS - Estabelecer alianças políticas e militares; - Instituir uma politica de fixação e aceitação local dos portugueses; - Construir fortalezas / policiar o Índico; - Cumprir as disposições reais; D. Francisco de Almeida (1505-1509) Afonso de Albuquerque (1509-1515)
  • 16. A atividade económica do mundo asiático atraía portugueses e muçulmanos, razão pela qual estes viam a presença portuguesa como uma ameaça ao monopólio das especiarias e do comércio oriental. Cambista indiano em atividade (Pintura portuguesa do séc. XVI) Diniz, Mª Emília, Caldeira, Arlindo e Tavares, Adérito in História 8
  • 17. Os portugueses no Brasil Oficialmente descoberto em 1500, o território do Brasil só começou a ser colonizado cerca de 30 anos mais tarde. http://www.youtub e.com/watch?v=dYi QxVpaIX0 Pedro Álvares Cabral Mapa de Lopo Homem (1519)
  • 18. Fases da colonização A Coroa não dedicou muita atenção a este território, uma vez que os seus interesses dirigiam-se para o comércio do açúcar madeirense, do ouro da Mina e dos produtos orientais. O Brasil era utilizado como escala para as armadas que seguiam para a Índia. Arrendamento (1502) Numa fase inicial, a Coroa arrendou o comércio do Brasil a particulares que exploravam os recursos naturais do território São enviados missionários franciscanos (1516) para converter os índios;
  • 19. A ameaça francesa e espanhola à costa brasileira, leva à sua colonização em 1530 (data que coincide com a decadência da Rota do Cabo); Capitanias (1534) Entre 1534 e 1536 D. João III concedeu várias cartas de doação a capitãesdonatários, encarregues do seu povoamento, defesa, desenvolvimento económico e evangelização. Capitanias hereditárias Luís Teixeira. Roteiro de todos os sinais..., 1586. Lisboa, Biblioteca da Ajuda Diniz, Mª Emília, Caldeira, Arlindo e Tavares, Adérito in História 8
  • 20. - Rivalidades entre os donatários; - Desigualdade dos recursos económicos e humanos nas diferentes capitanias; - Ataques dos holandeses e franceses; Fracasso das Capitanias Governo geral (1549) - Centralização na administração do território (controlo dos donatários); - Defesa dos ataques de pirataria; - Missionação; Tomé de Sousa, primeiro governador geral do Brasil Intensa colonização; Importação de escravos africanos (plantação da canade-açúcar;
  • 21. Os espanhóis na América Quando os espanhóis chegaram À América encontraram povos com civilizações evoluídas e organizadas: Astecas (México), Maias (América Central) e Incas (Peru). Vice reinos espanhóis na América
  • 22. Os espanhóis, usando a superioridade militar, dominaram as civilizações ameríndias e estabeleceram um grande império. Fernando Cortez assegurou a vitória sobre os Astecas Francisco Pizarro conquistou o Império Inca
  • 23. O Império espanhol na América permitiu: - ocupar uma enorme área do território americano; - obter grandes riquezas, primeiro através do saque dos tesouros acumulados pelos índios e depois através da exploração de minas de ouro (na Buritica, atual Colômbia) e de prata (México e Peru); - reduzir substancialmente a população índia; - aumentar a “cristandade” através da conversão ao cristianismo; - tornar Espanha na mais poderosa potência do séc. XVI.
  • 24. A aculturação dos povos da América Com a expansão dos europeus para a América ocorreu uma assimilação da civilização europeia pelos povos indígenas. Língua Religião Novas culturas agrícolas (cana de açúcar, oliveira, videira…) Urbanismo, técnicas agrícolas, costumes…
  • 25. As imagens utilizadas neste trabalho foram retiradas da Internet e obtidas através de pesquisa no Google.