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O OLHAR IMPERIAL E A INVENÇÃO DA ÁFRICA
DISCIPLINA: Sociedade, História e Cultura nos Espaços de
Colonização Lusófonos.
DOCENTE: José Weyne Freitas de Sousa.
PERÍODO LETIVO: 2014.1
DISCENTES: Francisca Magna, Karina Andrade, Luis Renato,
Paulo Ricardo e Rodolfo F. de Oliveira.
Introdução
 É comum encontrar-se vários
equívocos no que se refere à África e
sobre a sua população quando se
trata da história da civilização
ocidental.
 Isso se deve a uma visão imperialista
sobre o universo em que todos os
conceitos são baseados em
estereótipos fundamentados no euro
centrismo.
2
A África Inventada
 Equívocos sobre o estudo da África
 Escrituras baseadas em
etnocentrismos europeus
 O negro visto como um ser inferior e
primitivo
 Comparação com a Europa
 A África vista como um lugar sem
povo, sem nação, sem Estado, sem
passado, sem cultura e sem história
3
Cisão das Áfricas
 África Branca: Civilizada, ‘integrada’ à
Espanha, Histórica.
 África Negra: Selvagem, constitui a
África propriamente dita, Não-
Histórica
 Separadas pelo Deserto do Saara
 O Mar Mediterrâneo como o promotor
da civilização
4
Charles Linné
 Etnocêntrico
 Eurocêntrico
 Classificou em 5 ramificações o Homo
Sapiens: Selvagem, Americano,
Europeu, Asiático e Africano.
 Suas ideias integraram o discurso
político europeu utilizado como
justificativa de seus atos colonialistas
5
Hegel
 “A África propriamente dita é a parte
característica deste continente. [...]
Não tem interesse histórico próprio,
senão o de que os homens vivem ali
na barbárie e na selvageria, sem
fornecer nenhum elemento à
civilização. [...] a África está sempre
fechada no contato com o resto do
mundo, [...] envolvido na escuridão da
noite. [...] (Nela) não pode haver
história.” (HEGEL).
6
Redescobrindo o continente
africano
 Reconhecimento da História Africana
a partir do século XX
 Troca de uma visão homogênea da
África, para uma heterogênea, onde a
mesma é reconhecida como um
mosaico etnocultural
7
Tradição Oral
 Registros históricos por meio da
oralidade
 A palavra como algo sagrado
 Valorização da verdade
 A fé na palavra
8
Tradicionalistas
9
 Comprometimento com a verdade
 Envolvimento tanto com lendas
míticas, quanto em fatos reais
 Eram ferreiros, tecelões, sapateiros,
caçadores e pescadores, entre
outros.
Griots
 Não são, mas podem
se tornar
“tradicionalistas
conhecedores”.
 Sem compromisso
direto com a verdade.
 Abordagem de temas
míticos.
10
Figura 1  Griot,
contador de histórias,
em imagem data 1868.
Conclusão
 Apesar do crescente esforço do
recolhimento das tradições do passado
africano, ainda há muito o que se fazer.
 Podemos ver que a África sempre foi
considerada um continente sem história,
devido à sua comparação com o
continente europeu (que não justifica
essa não-historicidade), mas que o
estudo sobre ela vem crescendo
rapidamente. Uma coisa é fato: A África
é um continente em movimento.
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  • 1. O OLHAR IMPERIAL E A INVENÇÃO DA ÁFRICA DISCIPLINA: Sociedade, História e Cultura nos Espaços de Colonização Lusófonos. DOCENTE: José Weyne Freitas de Sousa. PERÍODO LETIVO: 2014.1 DISCENTES: Francisca Magna, Karina Andrade, Luis Renato, Paulo Ricardo e Rodolfo F. de Oliveira.
  • 2. Introdução  É comum encontrar-se vários equívocos no que se refere à África e sobre a sua população quando se trata da história da civilização ocidental.  Isso se deve a uma visão imperialista sobre o universo em que todos os conceitos são baseados em estereótipos fundamentados no euro centrismo. 2
  • 3. A África Inventada  Equívocos sobre o estudo da África  Escrituras baseadas em etnocentrismos europeus  O negro visto como um ser inferior e primitivo  Comparação com a Europa  A África vista como um lugar sem povo, sem nação, sem Estado, sem passado, sem cultura e sem história 3
  • 4. Cisão das Áfricas  África Branca: Civilizada, ‘integrada’ à Espanha, Histórica.  África Negra: Selvagem, constitui a África propriamente dita, Não- Histórica  Separadas pelo Deserto do Saara  O Mar Mediterrâneo como o promotor da civilização 4
  • 5. Charles Linné  Etnocêntrico  Eurocêntrico  Classificou em 5 ramificações o Homo Sapiens: Selvagem, Americano, Europeu, Asiático e Africano.  Suas ideias integraram o discurso político europeu utilizado como justificativa de seus atos colonialistas 5
  • 6. Hegel  “A África propriamente dita é a parte característica deste continente. [...] Não tem interesse histórico próprio, senão o de que os homens vivem ali na barbárie e na selvageria, sem fornecer nenhum elemento à civilização. [...] a África está sempre fechada no contato com o resto do mundo, [...] envolvido na escuridão da noite. [...] (Nela) não pode haver história.” (HEGEL). 6
  • 7. Redescobrindo o continente africano  Reconhecimento da História Africana a partir do século XX  Troca de uma visão homogênea da África, para uma heterogênea, onde a mesma é reconhecida como um mosaico etnocultural 7
  • 8. Tradição Oral  Registros históricos por meio da oralidade  A palavra como algo sagrado  Valorização da verdade  A fé na palavra 8
  • 9. Tradicionalistas 9  Comprometimento com a verdade  Envolvimento tanto com lendas míticas, quanto em fatos reais  Eram ferreiros, tecelões, sapateiros, caçadores e pescadores, entre outros.
  • 10. Griots  Não são, mas podem se tornar “tradicionalistas conhecedores”.  Sem compromisso direto com a verdade.  Abordagem de temas míticos. 10 Figura 1  Griot, contador de histórias, em imagem data 1868.
  • 11. Conclusão  Apesar do crescente esforço do recolhimento das tradições do passado africano, ainda há muito o que se fazer.  Podemos ver que a África sempre foi considerada um continente sem história, devido à sua comparação com o continente europeu (que não justifica essa não-historicidade), mas que o estudo sobre ela vem crescendo rapidamente. Uma coisa é fato: A África é um continente em movimento. 11