1. O Infante D. Henrique promoveu a colonização dos arquipélagos atlânticos da Madeira e Açores no século XV, introduzindo novas culturas.
2. Os portugueses estabeleceram feitorias e fortalezas ao longo da costa ocidental africana para o comércio, sem tentar colonizar devido aos habitantes e clima.
3. No Oriente, os portugueses conquistaram cidades estratégicas na Índia e estabeleceram uma rede de feitorias, governadas por
2. 4. Conhecer e compreender as características do império português
do século XVI
1. Conhecer a grande dispersão territorial do Império português
no século XVI.
2. Referir as principais trocas comerciais efetuadas entre os
vários continentes,
salientando as principais rotas do século XVI.
3. Descrever aspetos da vida quotidiana na Lisboa Quinhentista.
4. Indicar motivos que levaram os portugueses a colonizar os
arquipélagos atlânticos.
5. Distinguir a colonização portuguesa das ilhas atlânticas e do
Brasil do tipo de presença no litoral africano e no Oriente.
3.
4. Para cada um dos territórios do Império
português foi desenvolvido um sistema de
exploração.
O povoamento e colonização dos
arquipélagos da Madeira e dos Açores foi
promovido pelo infante D. Henrique.
Colonização - povoamento e
ocupação de um novo território. Dá-
se o nome de colonos aos novos
habitantes.
6. Um grupo de navegadores
portugueses no ano de 1418
navegavam junto à costa africana
para encontrarem novos territórios.
Mas uma tempestade levou-os para
um bocadinho longe da costa, mas
encontrarem uma ilha a que
chamaram Porto Santo.
Madeira (1419)
João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira
e Bartolomeu Perestrelo
7. Arquipélago da Madeira
O Infante D. Henrique enviou em expedição
dois jovens navegadores, que em 1418
descobriram Porto Santo:
João Gonçalves Zarco
Tristão Vaz Teixeira
Quando a noticia chegou ao Infante, este
mandou logo colonizar a ilha (1419).
Madeira (1419)
João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira
e Bartolomeu Perestrelo
8. Arquipélago da Madeira
Um ano depois (1419), o Infante D. Henrique
enviou com João Gonçalves Zarco outro jovem
navegador,
Bartolomeu Perestrelo
e chegaram a uma outra ilha, a Madeira
Desta vez, o Infante mandou João Gonçalves
Zarco ficar na ilha para a organizar e povoar.
Madeira (1419)
João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira
e Bartolomeu Perestrelo
9. A exploração das ilhas atlânticas foi desenvolvida pelo sistema
das capitanias, administradas por capitães-donatários.
Sistema administrativo do arquipélago da Madeira e suas principais produções.
Depois de uma
exploração inicial de
madeiras e peixe,
foram introduzidos na
Madeira os cereais e a
cana-de-açúcar, e só
mais tarde, a vinha.
Madeira (1419)
João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira
e Bartolomeu Perestrelo
Capitania – divisão territorial e
administrativa criada pelos
portugueses em algumas das suas
colónias. Os capitães tinham
grandes poderes: governar, aplicar
a justiça e cobrar impostos.
10. O território português
Fica perto da costa africana e por isso é um local
muito importante de passagem das rotas comerciais
Tinha um clima bom para a agricultura, primeiro
começaram com a cultura do trigo, depois o Infante
D. Henrique mandou cultivar cana-de açúcar, o que
trouxe muitos comerciantes à ilha.
Serviu como modelo para a colonização do Brasil.
11. Arquipélago dos Açores
Grupo ocidental
Grupo central
Grupo oriental
Açores (1427)
Diogo de Silves
Para o aproveitamento
económico dos Açores foram
introduzidos gados, cereais
e plantas tintureiras como o
pastel e a urzela.
12. Arquipélago dos Açores
Grupo ocidental
Grupo central
Grupo oriental
Açores (1427)
Diogo de Silves
Para o aproveitamento
económico dos Açores foram
introduzidos gados, cereais
e plantas tintureiras como o
pastel e a urzela.
13. O território português Além da importância económica como fonte de
recursos, as ilhas atlânticas constituíram «campos
de experiências» de novas culturas e, ainda, pontos
de escala da navegação portuguesa aquando da
exploração da costa ocidental africana.
14. Contudo, houve territórios como São Tomé e Príncipe e Cabo Verde que
adotaram o sistema de capitanias.
A feitoria-fortaleza de São Jorge da Mina
Colonização de África
Os portugueses não tentaram colonizar a costa africana porque já eram
zonas habitadas e o clima era muito rigoroso (quente e húmido) e havia
muitas doenças. Criaram apenas feitorias e fortalezas junto à costa para
contactos comerciais, como a de Arguim, São Jorge da Mina, Ilha de
Moçambique e Melinde.
15. O comércio português na costa ocidental africana
Através da observação do
mapa, identifica as
principais feitorias
portuguesas e os produtos
da costa ocidental africana
que os Portugueses lá iam
buscar.
Colonização de África
16. Colonização do Oriente
D. Francisco de Almeida,
1.º vice-rei da Índia
Afonso de Albuquerque,
2.º vice-rei da Índia
Na Índia, os Portugueses debateram-se com as resistências dos
chefes hindus e a concorrência comercial dos Muçulmanos e dos
Turcos. O governo dos territórios portugueses no Oriente foi
exercido por vice-reis.
17. Colonização do Oriente
Na Ásia, procurou-se a princípio dominar a navegação dos mares
e, depois, conquistar cidades, localizadas em pontos
estratégicos.
Também se fundou uma rede de feitorias, lançando-se,
assim, as bases de um império que foi governado por
vice-reis.
D. Francisco de Almeida,
1.º vice-rei da Índia
Afonso de Albuquerque,
2.º vice-rei da Índia
20. Os produtos chegados a
Lisboa eram armazenados
na Casa da Índia e daí
eram vendidos para o
resto da Europa.
As naus da carreira da Índia levavam para Goa
sobretudo soldados e dinheiro em prata […]
juntamente com um pouco de coral e algumas
mercadorias europeias sortidas, de reduzido
valor. […] Por outro lado, a carga no regresso
compreendia grandes carregamentos de
pimenta, especiarias, nitratos, anil, madeiras
duras, mobílias, porcelanas chinesas, sedas e
peças de algodão indiano.
C. R. Boxer, O Império Colonial Português, Ed. 70
Colonização do Oriente
O comércio do Oriente era também monopólio régio.
Anualmente, organizava-se uma armada com destino
à Índia, a chamada “carreira da Índia”.
Nau
21. Colonização do Brasil
Apesar do Brasil ter sido oficialmente descoberto em
1500, só a partir de 1530, no reinado de D. João III, é que
começa a ser alvo de maior interesse económico pela
Coroa portuguesa.
As capitanias do Brasil
Eu, El-Rei [D. João III] faço a saber a
vós, Tomé de Sousa, fidalgo da minha
casa, que [...] resolvi nomear-vos
governador-geral das ditas terras do
Brasil.
Regimento de Tomé de Sousa, 1549
Foram criadas capitanias e o primeiro produto explorado
foi o pau-brasil.
Em 1549, as capitanias foram substituídas pelo governo-
geral, com capital em S. Salvador da Baía.
22. No início, a exploração económica do Brasil esteve ligada ao pau-
brasil. Progressivamente foi-se desenvolvendo o cultivo da cana-de-
açúcar, assente na mão de obra escrava proveniente de África.
Engenho de açúcar no Brasil (gravura de Théodor de Bry, 1595)
Agora responde…
Como evoluiu a população do Brasil no século
XVI??
Colonização do Brasil
24. Em relação ao Brasil, os jesuítas
tiveram grande importância porque
para além das tarefas de
missionação, também se
dedicaram à instrução e proteção
social indígenas.
Pregação aos Índios pelo Padre António Vieira
(litografia de Charles Legrand, século XIX)
Colonização do Brasil
O tráfico de
escravos
originou o
aparecimento de
comunidades
mestiças. A esse
processo de
intercâmbio
cultural dá-se o
nome de
aculturação.
Mestiçagem
25. Pela primeira vez, foi possível estabelecer relações comerciais à escala mundial,
assistindo-se à mundialização da economia. Observa o mapa e diz quais eram as
grandes rotas do comércio mundial no século XVI.
Comércio à escala mundial
A Expansão empreendida
nos séculos XV e XVI por
Portugal e Espanha,
possibilitou a abertura de
novas rotas entre os
diversos continentes e a
circulação de grandes
quantidades de produtos
que enriqueceram,
principalmente a Europa.
26. Marfim
Malagueta
Escravos
Ouro
Café
Açucar
Madeiras exóticas
Prata
Sedas
Cavalos
Trigo
Tecidos
Especiarias
Pedras preciosas
Porcelanas
Perfumes
Ouro
Pela primeira vez, foi possível estabelecer
relações comerciais à escala mundial,
assistindo-se à mundialização da
economia.
A Expansão possibilitou a abertura de
novas rotas entre os diversos
continentes e a circulação de grandes
quantidades de produtos que
enriqueceram principalmente a
Europa.
• Produtos ficaram mais baratos;
• Comerciantes italianos e muçulmanos
sofreram uma dura concorrência;
• Os produtos desembarcados em Lisboa
eram enviados para uma feitoria em
Antuérpia, na Flandres, que os distribuía
pela Europa.
27. Como foi feita a colonização do Império Português?
C2
RESUMO