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Mutações génicas:
fibrose quística
O que é uma mutação?
Em todos os organismos, a informação genética
está codificada na sequência de nucleótidos dos
genes. Mas o material genético não permanece
imutável, pode, em situações diversas, ser
modificado. As alterações na sequência
nucleotídica do DNA tem o nome de mutações
génicas e os indivíduos que as manifestam
dizem-se mutantes.
Os genes podem experimentar alterações.
Erros na replicação do DNA ou vários outros
mecanismos conduzem à mudança de bases
na sequência de nucleótidos. Como
estudámos anteriormente, sabemos que na
replicação semiconservativa do DNA, por
emparelhamento de bases, ocorre a ligação
de adenina=timina e guanina≡citosina.
Quando tal não acontece, dá-se uma
mutação, como podemos observar na
imagem. A molécula de DNA, contendo um
erro, replica-se, formando uma molécula igual
à original e outra molécula com uma nova
combinação de bases.
Perpetuação de uma mutação
As mutações introduzem
variabilidade na informação
genética. Para além disso,
vários fatores do meio
favorecem o aparecimento
destas, como por exemplo a
radioatividade, como é caso
das mutações genéticas
causadas pelo acidente
nuclear de Chernobyl.
Agentes
mutagénicos
Físicos
Raios X, raios gama,
radiações UV
Calor
Químicos
Substâncias químicas
Biológicos
Vírus e bactérias
Tipos de mutações
• Mutações génicas (alteração na sequência nucleotídica de DNA):
– Mutações silenciosas: mutações que não provocam alterações nas
proteínas, porque o codão mutado pode codificar o mesmo aminoácido
(redundância do código genético)
– Mutações germinais: mutações que ocorrem ao nível dos gâmetas
(podem ser transmitidas à geração seguinte)
– Mutações somáticas: mutações que têm lugar em outras células
(não são transmissíveis à descendência)
• Mutações cromossómicas (alteração ao nível dos cromossomas):
– Mutações numéricas: anomalias em que há alteração do número
de cromossomas
– Mutações estruturais: envolvem alterações no número ou no
arranjo dos genes, mas mantém-se o número de cromossomas.
O que é a fibrose quística?
A fibrose quística trata-se de uma doença genética rara, de evolução
progressiva, que se caracteriza pela disfunção das glândulas exócrinas, as de
secreção externa como glândulas sudoríparas, intestinais, pancreáticas, do
fígado, brônquios ou órgãos reprodutores.
Devido a uma anomalia no funcionamento das trocas de água e sal,
produzem secreções mais espessas do que o normal provocando obstruções a
vários níveis do organismo.
Quais as causas da fibrose quística?
A fibrose quística é causada pela mutação de um
único gene, designado gene FQ, que irá
provocar o mau funcionamento das glândulas
atrás mencionadas. Este gene é responsável pela
produção de uma proteína que permite a
entrada e saída de iões de cloreto e sódio ao
nível das células de alguns órgãos, e que nos
doentes com fibrose quística não funciona
corretamente.
Como se transmite?
A fibrose quística é uma doença hereditária, e, para
que se manifeste, é necessário herdar dois genes
FQ, um de cada progenitor. Os pais portadores da
doença podem não ter qualquer sintoma, se
tiverem um gene FQ com mutação e outro normal.
Neste caso, como cada progenitor transmite apenas
um dos seus dois genes ao filho, este tem 25% de
hipóteses de herdar dois genes normais; 50% de
herdar um gene normal e um gene FQ e 25% de
herdar dois genes FQ e, portanto, vir a desenvolver
a doença.
Quais os sintomas?
É ao nível dos pulmões e do intestino (zonas do
organismo onde o gene FQ tem maior
expressão) que a doença mais se manifesta,
interferindo com a respiração e a digestão dos
alimentos. As glândulas sudoríperas também
são afetadas, produzindo um suor mais salgado.
A produção de secreções anormalmente
espessas também provoca tosse persistente
produtiva, dificuldade respiratória e
infertilidade.
Diagnóstico e tratamento
Diagnóstico Para que se diagnostique a doença, é realizada uma prova de suor em que, se for
muito concentrado em cloreto de sódio, se confirma o diagnóstico.
No entanto, se o resultado deste exame estiver normal, mas houver suspeita de doença, deverá ser
realizado um estudo genético.
Tratamento
- Antibioterapia (administração de antibióticos);
- Suplementação de enzimas pancreáticas (para melhorar a absorção dos alimentos);
- Cinesioterapia respiratória diária (drenagem postural para ajudar à desobstrução brônquica);
- Agentes modificadores do muco (administrados uma vez por dia, por nebulização);
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Fibrose quística: mutações génicas causam doença

  • 2. O que é uma mutação? Em todos os organismos, a informação genética está codificada na sequência de nucleótidos dos genes. Mas o material genético não permanece imutável, pode, em situações diversas, ser modificado. As alterações na sequência nucleotídica do DNA tem o nome de mutações génicas e os indivíduos que as manifestam dizem-se mutantes.
  • 3. Os genes podem experimentar alterações. Erros na replicação do DNA ou vários outros mecanismos conduzem à mudança de bases na sequência de nucleótidos. Como estudámos anteriormente, sabemos que na replicação semiconservativa do DNA, por emparelhamento de bases, ocorre a ligação de adenina=timina e guanina≡citosina. Quando tal não acontece, dá-se uma mutação, como podemos observar na imagem. A molécula de DNA, contendo um erro, replica-se, formando uma molécula igual à original e outra molécula com uma nova combinação de bases. Perpetuação de uma mutação
  • 4. As mutações introduzem variabilidade na informação genética. Para além disso, vários fatores do meio favorecem o aparecimento destas, como por exemplo a radioatividade, como é caso das mutações genéticas causadas pelo acidente nuclear de Chernobyl.
  • 5. Agentes mutagénicos Físicos Raios X, raios gama, radiações UV Calor Químicos Substâncias químicas Biológicos Vírus e bactérias
  • 6. Tipos de mutações • Mutações génicas (alteração na sequência nucleotídica de DNA): – Mutações silenciosas: mutações que não provocam alterações nas proteínas, porque o codão mutado pode codificar o mesmo aminoácido (redundância do código genético) – Mutações germinais: mutações que ocorrem ao nível dos gâmetas (podem ser transmitidas à geração seguinte) – Mutações somáticas: mutações que têm lugar em outras células (não são transmissíveis à descendência) • Mutações cromossómicas (alteração ao nível dos cromossomas): – Mutações numéricas: anomalias em que há alteração do número de cromossomas – Mutações estruturais: envolvem alterações no número ou no arranjo dos genes, mas mantém-se o número de cromossomas.
  • 7. O que é a fibrose quística? A fibrose quística trata-se de uma doença genética rara, de evolução progressiva, que se caracteriza pela disfunção das glândulas exócrinas, as de secreção externa como glândulas sudoríparas, intestinais, pancreáticas, do fígado, brônquios ou órgãos reprodutores. Devido a uma anomalia no funcionamento das trocas de água e sal, produzem secreções mais espessas do que o normal provocando obstruções a vários níveis do organismo.
  • 8. Quais as causas da fibrose quística? A fibrose quística é causada pela mutação de um único gene, designado gene FQ, que irá provocar o mau funcionamento das glândulas atrás mencionadas. Este gene é responsável pela produção de uma proteína que permite a entrada e saída de iões de cloreto e sódio ao nível das células de alguns órgãos, e que nos doentes com fibrose quística não funciona corretamente.
  • 9. Como se transmite? A fibrose quística é uma doença hereditária, e, para que se manifeste, é necessário herdar dois genes FQ, um de cada progenitor. Os pais portadores da doença podem não ter qualquer sintoma, se tiverem um gene FQ com mutação e outro normal. Neste caso, como cada progenitor transmite apenas um dos seus dois genes ao filho, este tem 25% de hipóteses de herdar dois genes normais; 50% de herdar um gene normal e um gene FQ e 25% de herdar dois genes FQ e, portanto, vir a desenvolver a doença.
  • 10. Quais os sintomas? É ao nível dos pulmões e do intestino (zonas do organismo onde o gene FQ tem maior expressão) que a doença mais se manifesta, interferindo com a respiração e a digestão dos alimentos. As glândulas sudoríperas também são afetadas, produzindo um suor mais salgado. A produção de secreções anormalmente espessas também provoca tosse persistente produtiva, dificuldade respiratória e infertilidade.
  • 11. Diagnóstico e tratamento Diagnóstico Para que se diagnostique a doença, é realizada uma prova de suor em que, se for muito concentrado em cloreto de sódio, se confirma o diagnóstico. No entanto, se o resultado deste exame estiver normal, mas houver suspeita de doença, deverá ser realizado um estudo genético. Tratamento - Antibioterapia (administração de antibióticos); - Suplementação de enzimas pancreáticas (para melhorar a absorção dos alimentos); - Cinesioterapia respiratória diária (drenagem postural para ajudar à desobstrução brônquica); - Agentes modificadores do muco (administrados uma vez por dia, por nebulização); - Anti-inflamatórios (com vista a reduzir a progressão da doença pulmonar); - Apoio psicológico e social.