2. MODELO BECK DE
TCC
50-60: Dr. Beck – tentativa de explicar a psicanálise com
validação empírica
Identificação de cognições cognitivas negativas
(pensamentos e crenças) como caracteríticas primárias da
depressão
Desenvolvimento de psicoterapia estruturadas de curta
duração, voltada para o presente com resolução dos
problemas
3. O QUE PROPÕE?
O Modelo cognitivo propõe que o pensamento disfuncional
(influencia no humor e no pensamento do cliente) é comum
em todos os transtornos.
Quando o paciente se conscientiza dos seus pensamentos e
crenças errôneos, melhora o emocional e comportamento
4. COMO FOI
DESENVOLVIDO?
Pacientes depressivos traziam pensamentos rápidos,
distorcidos:
1. qualificando a si mesmo
2. do mundo ao seu redor
3. do seu futuro
TRÍADE
COGNITIVA
NEGATIVA
5. PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS
“São cognições baseadas em auto-
avaliações e auto-direcionamentos,
fora do alcance consciente, que
opera automaticamente, de forma
particular e produzida por suas
crenças”
(Aaron Beck)
6. • Pensamentos Automáticos Negativos estão intimamente
ligados à emoção.
• Ao ajudar o paciente a identificar, avaliar e responder ao
pensamento irrealista e desadaptativo
PACIENTES MELHORAVAM RAPIDAMENTE!
7. RELAÇÃO PENSAMENTO
X EMOÇÃO X
COMPORTAMENTO
PA são breves e o paciente se torna consciente da emoção
que sente, por resultado destes pensamentos (não estão
sujeitos à análise racional), com base em uma lógica
defeituosa (distorção cognitiva)
Por exemplo, o sujeito pode até perceber que está ansioso,
mas não por ação destes pensamentos, até que o terapeuta
os questione
As emoções do paciente sempre estão conectadas aos
pensamentos
8. RELAÇÃO PENSAMENTO X EMOÇÃO X
COMPORTAMENTO
EVENTO
(Prepara-se para ir
a uma festa)
COMPORTAMENTO
(Dá uma desculpa e
não vai a festa)
EMOÇÃO
(Tensão e
ansiedade)
AVALIAÇÃO
COGNITIVA
(Sou desajustado e
não sei o que
fazer...)
10. • A situação em si, não é determinante para o que as
pessoas sentem ou fazem. É a sua INTERPRETAÇÃO
da situação.
Ex: assistir uma aula pode te gerar sentimentos/reações
diferentes ao do seu colega ao lado
• O Pensamento distorcido é comum a todos
transtornos psicológicos.
• Nossas cognições tem influência controladora sobre
nossas emoções e comportamentos.
11. CRENÇAS
No começo da infância, as crianças desenvolvem ideias
sobre si mesmas e ao mundo ao redor
São influenciados por uma infinidade de experiências de
vida:
• Ensinamentos dos pais
• Atividades educativas
• Experiências de seus pares
• Traumas
• (in)Sucessos
12. CRENÇAS/ESQUEMAS
As crenças mais centrais (nucleares) são tão
duradouras que a pessoa toma como uma
verdade absoluta
Quando esta crença é ativada, o paciente
interpreta determinada situação como uma
verdade sob as lentes da sua crença
13. Todas as pessoas possuem uma
mistura de esquemas adaptativos
(saudáveis) e crenças centrais
desadaptativas
15. Frustrações e resultados negativos tendem
a aumentar a crença Disfuncional
Exemplo:
“ Fui rejeitado, logo, ninguém gosta de mim”
16. Resultados positivo tendem a ser
desconsiderados ou não recebem a devida
importância
Exemplo:
“ Recebi um elogio, mas não era digno.”
17. CRENÇAS
INTERMEDIÁRIAS
A s c r e n ç a s n u c l e a r e s i n f l u e n c i a m o
desenvolvimento de uma classe intermediária de
suas crenças, que são as atitudes, regras e
pressupostos.
Atitude: - “Eu não vou ser aceito”
Regra: - “Desistir se um desafio parece grande”
Pressuposto: - “Se eu tentar me aproximar de
alguém, vou ser rejeitado. Se eu evitar, ficarei
bem”
18. Atitude: - “É terrível falhar”
Regra: - “Devo desistir se eu notar que não vou
conseguir”
Pressuposto: - “Se eu tentar, vou falhar”
“Se jogar tudo para o alto, vou ficar bem”
19. SITUAÇÃO Pensamento Automático REAÇÃO
“DIETA”
“Eu não vou conseguir
emagrecer”
“Não faço nada direito”
• Emocional: tristeza
• Fisiológico:
desconforto
• Comportamental:
desistência, come
mais
CRENÇA
CENTRAL
“Eu não sirvo para nada!”
Crença
Intermediária
A:“É terrível falhar”
R: “Desistir se eu notar não vou conseguir”
P: “Se eu tentar, vou falhar!
Se jogar tudo para o alto, vou ficar bem”
20.
21. IDENTIFICANDO
PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS (PA)
• PA são cognições que surgem rapidamente em
nossa mente, mediante uma situação (ou
relembrando os acontecimentos)
• Transtornos Psiquiátricos vivenciam um “flood”
de PA que são distorcidos (PAN)
• Na maior parte do tempo não os identificamos
• Um indício forte de que estão ocorrendo é
presença de emoções fortes
22. Situação PAN Emoções
Olho pessoas
com corpo
bonito na praia
“Eu nunca
serei como
elas”
Tristeza
TODAS AS PESSOAS TÊM PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS!!!!!!
23. IDENTIFICANDO…
1. Quando o paciente descrever uma situação
problemática que surgiu na última sessão que
estiveram juntos
2. Q u a n d o v o c ê n o t a r u m a a l t e r a ç ã o o u
intensificação do afeto negativo.
“O que estava passando pela sua cabeça?”
25. Dia/
hora
Situação Pensamento
Automático
Negativo
Emoção Comportamento
08:00 “Vi pessoas bonitas
na praia”
“Eu nunca vou
conseguir ficar
assim”
Raiva Fuga: “Comi mais”
16:00 “Tomei uma bronca do
meu chefe”
“Eu nunca faço
nada certo”
Ansiedade “Tive uma crise de
pânico”
18:00 “Vi pessoas fazendo
exercícios na
academia”
“Eu não
consigo fazer
isso”
Vergonha “Abandonei a
academia”
20:00 “Marquei um encontro
com a pessoa que eu
gosto”
“Ela nunca vai
gostar de mim”
Tristeza Esquiva:
“desmarquei o
encontro”
26. REESTRUTURAÇÃO
COGNITIVA
Identificado o PAN e a Crença Disfuncional:
1º Passo: análise de erros de lógica aderidos à
interpretações errôneas: Paciente tem que
considerar tais pensamentos como hipóteses e
não como fatos:
Ex: “Sou gordo e não consigo emagrecer”
27. REESTRUTURAÇÃO
COGNITIVA
2º Passo: Socratização
Junto do terapeuta, o paciente faz uma
comparação das evidências que o apoiam seu
pensamento e as que são contrárias
Ex:
PAN – “Eu sou gordo e não consigo emagrecer”
Questionamento – “É impossível o obeso
emagrecer?”
28. REESTRUTURAÇÃO
COGNITIVA
3º Passo: Lembrete
Após a comparação pensamento x probabilidade,
criam-se alternativas
Ex:
“Eu sou obeso, mas posso emagrecer”
“Não é por estar obeso, que não posso ser aceito”
29.
30. REFERÊNCIAS
• Beck, JS. – Terapia Cognitivo-Comportamental –Teoria e Prática – 2ª
edição - Artmed
• Forman, EM. – Effective Weight Loss – An acceptance-Based
Behavioral Approach Oxford
• Beck, J. (2008). Pense magro: treine seu cérebro a pensar como
pessoa magra. A dieta definitiva de Beck . Porto Alegre, Brasil:
Artmed.
• Hawton, K. [et al.] (1997). Terapia cognitivo-comportamental para
problemas psiquiátricos - um guia prático. Martins Fontes
• Barlow, D. – “Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos”, Artes
Médicas, 1999;
• Beck, A. – “Terapia Cognitiva da Depressão”, Artes Médicas, 1997;
• Dubovsky, S. e Dubovsky, A. – “Transtornos do Humor”. Artmed,
2004.