5. 1. Século XVIII: Era da Ilustração, século das luzes:
o Movimento intelectual oposição ao Antigo Regime.
o O absolutismo gerou insatisfação e críticas que
forçou filósofos a defenderem:
o Razão.
o Liberdade.
o Igualdade.
o Fraternidade.
6. 2. Contexto
Político:
o Absolutismo (despotismo) de direito divino.
o Rei, tirano (déspota) afastava o povo da política.
o A burguesia detinha o poder econômico.
o Liberalismo político propunha ordem democrática.
o Tal contexto alimentou a resistência burguesa e a
onda revolucionária que abalou a Europa no séc. XVIII.
8. “A humanidade só será feliz quando o último padre for
enforcado com as tripas do último rei.”
(Atribuida a Diderot)
9. Social:
o Sociedade estamental: privilégios ao Clero e à
Nobreza, enquanto explorava a burguesia, forçada
a pagar altos impostos.
o Gastos com luxo e ostentação bancados pelo povo.
A sociedade era do tipo estamental e imobilista. Uma sociedade
hierarquizada, em que Clero e Nobreza gozavam de regalias, cabia ao
3º Estado (burguesia, operários, camponeses) pagar altos impostos
e sustentar o 1º e o 2º Estados, o que gerava indignação e revolta.
12. Econômico:
Mercantilismo
o O Estado absolutista intervinha na economia, com
regras que inviabilizavam o livre mercado.
o Tal situação prejudicava a burguesia, que passou a
defender o liberalismo econômico.
MERCANTILISMO
Regras intervencionistas adotadas pelo Estado Absolutista
para acumular metais preciosos. Protecionismo, monopólios,
balança comercial favorável e colônias fortaleciam o Estado.
13. Cultural:
Laicização e revolução anticlerical
o Superar o misticismo medieval.
o A razão substituiria a religião na busca da verdade.
o O renascimento cultural havia propagado o
racionalismo (Galileu Galilei, Copérnico, Newton).
Com o Renascimento Cultural (sécs. XV – XVI) o racionalismo se fortaleceu. A razão,
o naturalismo e as pesquisas trouxeram grandes descobertas: telescópio, órbita dos
planetas, máquina de calcular, funcionamento do coração, geometria analítica,
células, microscópio, lei da gravidade. Na Filosofia Francis Bacon e o método
indutivo e René Descartes com o racionalismo.
14. 3. Precursores
René Descartes (1596 – 1650):
“Cogito ergo sun”: razão e senso crítico.
o Filósofo, matemático, criador da geometria
analítica e do plano cartesiano.
o Autor da obra "Discurso sobre o método para bem
conduzir a razão a buscar a verdade através da
ciência”.
15.
16. Isaac Newton (1642/1727):
o Pai da Física contemporânea.
o Defendeu a razão e a ciência.
Criações:
o Binômio de Newton.
o Lei da Gravitação Universal.
o Natureza das cores.
17.
18. John Locke (1632/1704):
o Ideólogo do Liberalismo.
o Crítico do Absolutismo de “direito divino”.
o Defendeu o governo democrático.
“Todos os homens, ao nascer, têm direitos naturais (direito à vida,
à liberdade e à propriedade) e inalienáveis. Para garantir esses direitos
naturais, os homens criaram os governos. Se esses governos, contudo,
não respeitarem a vida, a liberdade e a propriedade, o povo tem o
direito de se revoltar contra eles. As pessoas podem contestar um
governo injusto e não são obrigadas a aceitar suas decisões”.
19.
20. 4. O Iluminismo e a política
Críticas ao exercício do poder:
o Ideias em oposição ao Antigo Regime.
o Críticas a Jacques Bossuet (direito divino) e
Thomas Hobbes (contratualismo).
o As teorias iluministas contrariavam o absolutismo
de direito divino e propunham uma ordem
democrática.
21. François – Marie Arouet (1694 – 1778):
o Conhecido como Voltaire, perspicaz e irônico,
criticou o Absolutismo e a Igreja Católica.
o Defendeu a liberdade de expressão como meio
de livrar o povo da superstição e da ignorância.
o A síntese de sua obra foi expressa na frase:
"Posso não concordar com o que você diz, mas
defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" .
23. Jean – Jacques Rousseau (1712 – 1778 ):
Democracia:
o Um governo só pode existir com o consentimento
dos governados (vontade geral, desejo coletivo).
o Ao contrariar o povo, o governante perde sua
legitimidade diante do povo.
Revolução: O povo tem o direito de se rebelar
contra o mau governante.
24. “Discurso sobre a origem e os fundamentos da
desigualdade entre os homens”.
o Nos primórdios os homens viviam de forma
“natural”, coletivamente e com poucas
necessidades, que facilmente eram satisfeitas.
o A propriedade privada e a civilização degeneraram
os homens, tornando – os gananciosos, mesquinhos,
avarentos e invejosos, gerando desigualdade.
27. Charles – Louis de Secondat – (1689 – 1755):
Barão de Montesquieu – Obras: O espírito das leis
e Segundo Tratado do governo civil.
o Estudou o poder como ação política.
o Uma constituição deveria regular a convivência.
o Defendeu a tripartição do poder como forma de
conter abusos de poder e garantir liberdade política:
Executivo – Legislativo – Judiciário.
29. Enciclopédia e razão
O pensamento laico deveria
superar o religioso.
O conhecimento seria o
caminho da salvação.
A Enciclopédia substituiria a
Bíblia, disseminando a razão.
Diderot e D’Alembert
organizaram um conjunto de
noções que revolucionaram
as concepções de poder, de
lógica econômica e
organização social.
31. 5. O Iluminismo, a sociedade e a isonomia
o As críticas iluministas atingiram a estrutura social.
o A sociedade estamental separava nobres dos não
nobres garantindo privilégios e exclusão social.
o Questionava – se as desigualdades hereditárias,
defendendo – se que todos nasciam iguais.
o O Estado deveria estabelecer igualdade perante as
leis respeitando o poder do mérito.
32. 6. O Iluminismo e a economia
o Havia profundas críticas ao Mercantilismo.
o A liberdade econômica substituiria a intervenção
do Estado na economia.
o A burguesia criticava os monopólios e defendia o
“laissez – faire, laissez – passer” (oferta e procura).
o A Fisiocracia e o Liberalismo tornaram – se
símbolos do Iluminismo na economia.
33. Corrente e pensadores Obra Ideias pensamento
Fisiocracia:
Governo da Natureza
Quesnay
(1694/1774)
Tourgot
(1727/1781)
Quadro Econômico
Fundamentos
Contra Mercantilismo.
Liberdade de ação.
Terra fonte de riqueza.
“Laissez-faire, laissez-passer,
le monde va de lui méme.”
Defesa livre mercado.
Crítico dos impostos.
Liberalismo:
Adam Smith
(1723/1790)
David Ricardo
(1772/1823)
Riqueza das Nações
Princípios de economia política
e tributação
Contra Mercantilismo.
Defesa do Liberalismo.
Não intervenção do Estado.
“Mão invisível do mercado”
36. 7. Despotismo esclarecido ou ilustrado
o Conciliação entre iluminismo e absolutismo.
o O caminho das reformas passaria pelo déspota.
o Ao rei absolutista interessava manter – se no poder,
contendo a revolução.
o Tais reis, guiados pelas “luzes da razão”, aplicariam
reformas para submeter a Igreja ao Estado, tornar o
ensino laico e estimular as ciências.
37. Catarina II (1729 – 1796) – Rússia:
o Influenciada por Diderot e Voltaire, afrancesou a
sociedade russa.
o Promoveu reforma administrativa, implantou a
tolerância religiosa, submeteu a Igreja.
o Estimulou a agricultura (fisiocracia) e implantou
o ensino laico na Universidade de Moscou.
o Manteve a servidão e a pena de morte.
38.
39. Frederico II (1712 – 1786) – Prússia
o Opôs – a Igreja e entrou para a Maçonaria.
o Convidou Voltaire a morar na Prússia.
o Frederico II defendia a submissão do cidadão às leis
do Estado e criou o Códex Civil (Código de Leis).
o Separou o Executivo do Judiciário.
o Eliminou as torturas e incentivou economia, mas
protecionista: manufatura, agricultura e comércio.
40.
41. José II (1780 – 1790) – Áustria:
o Símbolo do Despotismo Ilustrado.
o Aboliu a escravidão, estabeleceu igualdade de
todos perante a lei, uniformizou a administração.
o Concedeu liberdade religiosa, de imprensa e o
direito de trabalho aos católicos.
o Sua reforma educacional valorizava o estudo das
ciências naturais.