SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Baixar para ler offline
1
TEORIA DOS VALORES
Introdução
Os filósofos tentaram determinar a boa
conduta segundo dois princípios
fundamentais: considerando alguns tipos de
conduta bons em si, ou em virtude de se
adaptarem a um modelo moral concreto.
O primeiro implica um valor final, ou
summum bonum, desejável por si próprio, e
não apenas como um meio de chegar a um
fim.
Quais são os valores que você
mais preza?
2
Na história da ética, há três modelos
principais de conduta:
1. a felicidade ou prazer;
2. o dever, (virtude ou obrigação);
3. a perfeição, (que é o completo
desenvolvimento das potencialidades
humanas).
Segundo o que estabelece a sociedade, a
autoridade invocada para uma boa conduta
pode ser a vontade de uma divindade, o
modelo da natureza ou o domínio da
razão.
3
Histórica da ética - recortes
 Mito: Costumes dos ancestrais/raízes no
sobrenatural.
 Pitágoras (571-496 a.C.): afirma que a
natureza intelectual é superior à natureza
sensual e que a melhor vida é aquela
dedicada à disciplina mental (orfismo).
 Sofistas: mostraram-se céticos no que se
refere a sistemas morais absolutos.
Convenções humanas.
 Sócrates (469-399 a.C.): compreensão dos
valores éticos que orientam as ações
humanas. Natureza Humana.
Virtude = sabedoria
Vício = ignorância
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
4
 Platão (428-354 a.C.) : reflete sobre a ideia do
bem. O bem era o princípio organizador das
formas e das leis do mundo – “Mundo das
ideias”. O mal não existe por si só, é apenas
um reflexo imperfeito do real, que é o bem,
elemento essencial da realidade. Na alma
humana, o intelecto tem que ser soberano,
figurando a vontade em segundo lugar e as
emoções em terceiro, sujeitas ao intelecto e à
vontade.
 Aristóteles (384-322 a.C.): relaciona as coisas com
os fins a que se destinam, a busca da
felicidade resultante do único atributo
humano – a razão. Todos os seres vivos se
comportam em termos de valores.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
5
 Zenão (336-271 a.C.): Estoicismo - a natureza
é ordenada e racional e só pode ser boa
uma vida que esteja em harmonia com
ela. Crença no destino.
Virtudes fundamentais:
 a prudência,
 o valor,
 a temperança e
 a justiça.
 Epicuro (342-271 a. C.) : Epicurismo -
identifica como sumo bem o prazer, em
especial o prazer intelectual.
Contemplação.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
6
 Ética cristã: O homem moral
identificado com o homem temente a
Deus. Ação da Igreja. Heteronomia.
Desenvolvia-se um modelo de ética que
trazia castigos aos pecados e
recompensa à virtude através da
imortalidade.
Sérios debates em torno do bonum (do
bem). Omne ens este bonum (Todo ser
é bom). O valor era algo que estava nas
coisas.
Tomás de Aquino (1225-1274): conceitos
agostinianos de pecado original e da
redenção por meio da graça divina.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
7
 Reforma religiosa: responsabilidade
individual passou a ser considerada
mais importante do que a obediência à
autoridade ou à tradição. Surgimento
da ética secular moderna.
 Thomas Hobbes (1588-1679):
(Leviatã) asseverava que os seres
humanos são maus e necessitam de
um Estado forte que os reprima.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
8
 Jacques Bossuet (1627-1704): Rei
predestinado por Deus para governar.
Poder absoluto. Rei acima de todos e não
precisava justificar a ninguém suas atitudes
e ordens.
 Spinoza (1632-1677): a razão humana é o
critério para uma conduta correta e só as
necessidades e interesses do homem
determinam o que pode ser considerado
bom e mau, o bem e o mal.
 Newton (1642-1727): Suas pesquisas foram
consideradas uma prova da existência de
uma ordem divina racional.
O desenvolvimento científico que mais
afetou a ética, depois de Newton, foi a
teoria da evolução apresentada por Charles
Darwin.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
9
 Iluminismo: A norma moral vincula-se à
 Lei natural: tese jusnaturalista
 Interesse: teses empiristas que
orientam as ações humanas como
busca do prazer e evitação da dor.
 Razão: tese Kantiana. Imperativo
categórico (dever). Kant desloca a
posição dos valores das coisas para o
sujeito. É a consciência do sujeito que
determina os valores. Subjetivismo
axiológico.
 Herbert Spencer (1820-1903): a moral
resulta apenas de certos hábitos
adquiridos pela humanidade ao longo de
sua evolução.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
10
 Friedrich Nietzsche (1844-1900): explicou
que a chamada conduta moral só é
necessária ao fraco, uma vez que visa a
permitir que este impeça a auto-
realização do mais forte.
Moral de senhores
Moral de escravos
BOM: tudo que intensifica no homem o
sentimento de potência, a vontade de
potência, a própria potência.
MAU: tudo que provem da fraqueza.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
11
Exemplos
 Para a concepção cristã o fundamento da
norma se encontra no 7º mandamento de
Deus.
 Para os jusnaturalistas (Rousseau) ela se
fundamenta no direito natural, comum a
todos os homens.
 Para os empiristas (Locke, Condillac) a
norma deriva do interesse próprio, pois o
sujeito que a desobedece será submetido ao
desprazer, à censura pública ou à prisão.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
12
 Para Kant (1724-1804) , a norma se
enraíza na própria natureza da razão;
ao aceitar o roubo e
conseqüentemente o enriquecimento
ilícito, elevando a máxima (pessoal) ao
nível universal, haverá uma
contradição: se todos podem roubar,
não há como manter a posse do que foi
furtado.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
13
Outros pensadores modernos
 Marx (1818-1883): a moral como
superestrutura;
Dominação da classe superior;
Moral autêntica na igualdade social sem
Estado e sem a propriedade privada;
Justiça social.
 Russell (1872-1970): defende a idéia de que
os juízos morais expressam desejos
individuais ou hábitos aceitos. Seres
humanos completos são os que participam
plenamente da vida social e expressam
tudo que faz parte de sua natureza.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
14
 Heidegger (1889-1976): afirmou que os seres
humanos se encontram sós no Universo e
têm que adotar e assumir suas decisões
éticas com permanente consciência da
morte.
 Freud (1856-1939): atribuiu o problema do
bem e do mal em cada indivíduo à luta
entre o impulso do eu instintivo para
satisfazer a todos os seus desejos e a
necessidade do eu social de controlá-los
ou reprimi-los.
Inconsciente (pulsões)
EGO: instância consciente
ID: (conflitos impulsionais)
SUPEREGO: regras sociais
Repressão/AUTONOMIA
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
15
 SARTRE (1905-1980): Existencialismo
“O conteúdo da moral é sempre
concreto e, por conseguinte,
imprevisível; há sempre
invenção. A única coisa que conta
é saber se a invenção que se faz,
se faz em nome da liberdade”.
 “Cada homem é responsável por
toda a Humanidade”.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)
16
Ética e globalização
Ser ético, hoje, é cada um assumir seu
papel de cidadão, buscando, inclusive
um convívio harmônico com seus
semelhantes e, especialmente, com a
natureza.
Histórico
da
Ètica
(Teoria
dos
Valores)

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Teoria dos Valores: Histórico da Ética em 16 Parágrafos

Curso De Direitos Humanos Aula Itesp Dia 03 MarçO De 2010
Curso De Direitos Humanos   Aula Itesp Dia 03 MarçO De 2010Curso De Direitos Humanos   Aula Itesp Dia 03 MarçO De 2010
Curso De Direitos Humanos Aula Itesp Dia 03 MarçO De 2010ElenitaPimentel
 
Palestra etical, conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral d...
Palestra etical, conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral d...Palestra etical, conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral d...
Palestra etical, conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral d...arthur2018106500
 
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...Jordano Santos Cerqueira
 
Aula de ética
Aula de éticaAula de ética
Aula de éticascappin
 
éTica e bioética - etica contemporânea - cap 1 aula 4
éTica e bioética - etica contemporânea - cap 1 aula 4éTica e bioética - etica contemporânea - cap 1 aula 4
éTica e bioética - etica contemporânea - cap 1 aula 4Cleanto Santos Vieira
 
Histria da-psicologia
Histria da-psicologiaHistria da-psicologia
Histria da-psicologiathayro
 
etica profissional em Servico Social 2023 - primeiras aulas.pptx
etica profissional em Servico Social 2023 - primeiras aulas.pptxetica profissional em Servico Social 2023 - primeiras aulas.pptx
etica profissional em Servico Social 2023 - primeiras aulas.pptxArmandoPedroJonas
 
4-2-ética word.docx
4-2-ética word.docx4-2-ética word.docx
4-2-ética word.docxvater
 
4-2-ética word.docx
4-2-ética word.docx4-2-ética word.docx
4-2-ética word.docxvater
 
Trabalho de filo kauane 26 tp
Trabalho de filo kauane 26 tpTrabalho de filo kauane 26 tp
Trabalho de filo kauane 26 tpalemisturini
 
SLIDES - TEMPOS HISTÓRICOS - ÉTICA.ppt
SLIDES - TEMPOS HISTÓRICOS - ÉTICA.pptSLIDES - TEMPOS HISTÓRICOS - ÉTICA.ppt
SLIDES - TEMPOS HISTÓRICOS - ÉTICA.pptJessicaAntunes25
 

Semelhante a Teoria dos Valores: Histórico da Ética em 16 Parágrafos (20)

éTica simulado
éTica   simuladoéTica   simulado
éTica simulado
 
Curso De Direitos Humanos Aula Itesp Dia 03 MarçO De 2010
Curso De Direitos Humanos   Aula Itesp Dia 03 MarçO De 2010Curso De Direitos Humanos   Aula Itesp Dia 03 MarçO De 2010
Curso De Direitos Humanos Aula Itesp Dia 03 MarçO De 2010
 
Palestra etical, conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral d...
Palestra etical, conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral d...Palestra etical, conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral d...
Palestra etical, conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral d...
 
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...
Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos...
 
slides da história da psicologia
slides da história da psicologiaslides da história da psicologia
slides da história da psicologia
 
Aula de ética
Aula de éticaAula de ética
Aula de ética
 
Etica
EticaEtica
Etica
 
Ética profissional parte 1 ética 2012
Ética profissional parte 1 ética 2012Ética profissional parte 1 ética 2012
Ética profissional parte 1 ética 2012
 
Etica aula 3
Etica aula 3Etica aula 3
Etica aula 3
 
éTica e bioética - etica contemporânea - cap 1 aula 4
éTica e bioética - etica contemporânea - cap 1 aula 4éTica e bioética - etica contemporânea - cap 1 aula 4
éTica e bioética - etica contemporânea - cap 1 aula 4
 
ética e moral
ética e moralética e moral
ética e moral
 
Histria da-psicologia
Histria da-psicologiaHistria da-psicologia
Histria da-psicologia
 
etica profissional em Servico Social 2023 - primeiras aulas.pptx
etica profissional em Servico Social 2023 - primeiras aulas.pptxetica profissional em Servico Social 2023 - primeiras aulas.pptx
etica profissional em Servico Social 2023 - primeiras aulas.pptx
 
Taílson 24 tp
Taílson 24 tpTaílson 24 tp
Taílson 24 tp
 
4-2-ética word.docx
4-2-ética word.docx4-2-ética word.docx
4-2-ética word.docx
 
4-2-ética word.docx
4-2-ética word.docx4-2-ética word.docx
4-2-ética word.docx
 
Etica cidadania
Etica cidadaniaEtica cidadania
Etica cidadania
 
Trabalho de filo kauane 26 tp
Trabalho de filo kauane 26 tpTrabalho de filo kauane 26 tp
Trabalho de filo kauane 26 tp
 
SLIDES - TEMPOS HISTÓRICOS - ÉTICA.ppt
SLIDES - TEMPOS HISTÓRICOS - ÉTICA.pptSLIDES - TEMPOS HISTÓRICOS - ÉTICA.ppt
SLIDES - TEMPOS HISTÓRICOS - ÉTICA.ppt
 
CONCEITOS DE ÉTICA
CONCEITOS DE ÉTICACONCEITOS DE ÉTICA
CONCEITOS DE ÉTICA
 

Mais de zoio1

The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdf
The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdfThe Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdf
The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdfzoio1
 
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdf
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdfGenese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdf
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdfzoio1
 
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdf
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdfKarl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdf
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdfzoio1
 
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdf
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdfkuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdf
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdfzoio1
 
Fleck1979.pdf
Fleck1979.pdfFleck1979.pdf
Fleck1979.pdfzoio1
 
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdf
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdfA.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdf
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdfzoio1
 
LudwickFleck.pdf
LudwickFleck.pdfLudwickFleck.pdf
LudwickFleck.pdfzoio1
 
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdf
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdfGenese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdf
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdfzoio1
 
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdf
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdfKarl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdf
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdfzoio1
 
Fleck1979.pdf
Fleck1979.pdfFleck1979.pdf
Fleck1979.pdfzoio1
 
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdf
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdfkuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdf
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdfzoio1
 
The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdf
The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdfThe Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdf
The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdfzoio1
 
LudwickFleck.pdf
LudwickFleck.pdfLudwickFleck.pdf
LudwickFleck.pdfzoio1
 
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdf
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdfA.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdf
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdfzoio1
 
TESE.pdf
TESE.pdfTESE.pdf
TESE.pdfzoio1
 
ANOTACOES.docx
ANOTACOES.docxANOTACOES.docx
ANOTACOES.docxzoio1
 
APONTAMENTOS Infiltração.docx
APONTAMENTOS Infiltração.docxAPONTAMENTOS Infiltração.docx
APONTAMENTOS Infiltração.docxzoio1
 
INOCULACAO_QUIESTOEES.docx
INOCULACAO_QUIESTOEES.docxINOCULACAO_QUIESTOEES.docx
INOCULACAO_QUIESTOEES.docxzoio1
 
STEKEOLDAERS.pdf
STEKEOLDAERS.pdfSTEKEOLDAERS.pdf
STEKEOLDAERS.pdfzoio1
 
Controle de qualidade da água 2020.pdf
Controle de qualidade da água 2020.pdfControle de qualidade da água 2020.pdf
Controle de qualidade da água 2020.pdfzoio1
 

Mais de zoio1 (20)

The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdf
The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdfThe Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdf
The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdf
 
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdf
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdfGenese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdf
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdf
 
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdf
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdfKarl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdf
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdf
 
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdf
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdfkuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdf
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdf
 
Fleck1979.pdf
Fleck1979.pdfFleck1979.pdf
Fleck1979.pdf
 
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdf
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdfA.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdf
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdf
 
LudwickFleck.pdf
LudwickFleck.pdfLudwickFleck.pdf
LudwickFleck.pdf
 
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdf
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdfGenese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdf
Genese_e_Desenvolvimento_de_um_Fato_Cien.pdf
 
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdf
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdfKarl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdf
Karl-Popper-A-Logica-da-Pesquisa-Cientifica.pdf
 
Fleck1979.pdf
Fleck1979.pdfFleck1979.pdf
Fleck1979.pdf
 
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdf
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdfkuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdf
kuhn-thomas-a-estrutura-das-revoluc3a7c3b5es-cientc3adficas.pdf
 
The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdf
The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdfThe Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdf
The Formation of the Scientific Mind_Bachelard.pdf
 
LudwickFleck.pdf
LudwickFleck.pdfLudwickFleck.pdf
LudwickFleck.pdf
 
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdf
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdfA.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdf
A.F.Chalmers - O que é ciência afinal - adaptado.pdf
 
TESE.pdf
TESE.pdfTESE.pdf
TESE.pdf
 
ANOTACOES.docx
ANOTACOES.docxANOTACOES.docx
ANOTACOES.docx
 
APONTAMENTOS Infiltração.docx
APONTAMENTOS Infiltração.docxAPONTAMENTOS Infiltração.docx
APONTAMENTOS Infiltração.docx
 
INOCULACAO_QUIESTOEES.docx
INOCULACAO_QUIESTOEES.docxINOCULACAO_QUIESTOEES.docx
INOCULACAO_QUIESTOEES.docx
 
STEKEOLDAERS.pdf
STEKEOLDAERS.pdfSTEKEOLDAERS.pdf
STEKEOLDAERS.pdf
 
Controle de qualidade da água 2020.pdf
Controle de qualidade da água 2020.pdfControle de qualidade da água 2020.pdf
Controle de qualidade da água 2020.pdf
 

Teoria dos Valores: Histórico da Ética em 16 Parágrafos

  • 1. 1 TEORIA DOS VALORES Introdução Os filósofos tentaram determinar a boa conduta segundo dois princípios fundamentais: considerando alguns tipos de conduta bons em si, ou em virtude de se adaptarem a um modelo moral concreto. O primeiro implica um valor final, ou summum bonum, desejável por si próprio, e não apenas como um meio de chegar a um fim. Quais são os valores que você mais preza?
  • 2. 2 Na história da ética, há três modelos principais de conduta: 1. a felicidade ou prazer; 2. o dever, (virtude ou obrigação); 3. a perfeição, (que é o completo desenvolvimento das potencialidades humanas). Segundo o que estabelece a sociedade, a autoridade invocada para uma boa conduta pode ser a vontade de uma divindade, o modelo da natureza ou o domínio da razão.
  • 3. 3 Histórica da ética - recortes  Mito: Costumes dos ancestrais/raízes no sobrenatural.  Pitágoras (571-496 a.C.): afirma que a natureza intelectual é superior à natureza sensual e que a melhor vida é aquela dedicada à disciplina mental (orfismo).  Sofistas: mostraram-se céticos no que se refere a sistemas morais absolutos. Convenções humanas.  Sócrates (469-399 a.C.): compreensão dos valores éticos que orientam as ações humanas. Natureza Humana. Virtude = sabedoria Vício = ignorância Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 4. 4  Platão (428-354 a.C.) : reflete sobre a ideia do bem. O bem era o princípio organizador das formas e das leis do mundo – “Mundo das ideias”. O mal não existe por si só, é apenas um reflexo imperfeito do real, que é o bem, elemento essencial da realidade. Na alma humana, o intelecto tem que ser soberano, figurando a vontade em segundo lugar e as emoções em terceiro, sujeitas ao intelecto e à vontade.  Aristóteles (384-322 a.C.): relaciona as coisas com os fins a que se destinam, a busca da felicidade resultante do único atributo humano – a razão. Todos os seres vivos se comportam em termos de valores. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 5. 5  Zenão (336-271 a.C.): Estoicismo - a natureza é ordenada e racional e só pode ser boa uma vida que esteja em harmonia com ela. Crença no destino. Virtudes fundamentais:  a prudência,  o valor,  a temperança e  a justiça.  Epicuro (342-271 a. C.) : Epicurismo - identifica como sumo bem o prazer, em especial o prazer intelectual. Contemplação. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 6. 6  Ética cristã: O homem moral identificado com o homem temente a Deus. Ação da Igreja. Heteronomia. Desenvolvia-se um modelo de ética que trazia castigos aos pecados e recompensa à virtude através da imortalidade. Sérios debates em torno do bonum (do bem). Omne ens este bonum (Todo ser é bom). O valor era algo que estava nas coisas. Tomás de Aquino (1225-1274): conceitos agostinianos de pecado original e da redenção por meio da graça divina. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 7. 7  Reforma religiosa: responsabilidade individual passou a ser considerada mais importante do que a obediência à autoridade ou à tradição. Surgimento da ética secular moderna.  Thomas Hobbes (1588-1679): (Leviatã) asseverava que os seres humanos são maus e necessitam de um Estado forte que os reprima. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 8. 8  Jacques Bossuet (1627-1704): Rei predestinado por Deus para governar. Poder absoluto. Rei acima de todos e não precisava justificar a ninguém suas atitudes e ordens.  Spinoza (1632-1677): a razão humana é o critério para uma conduta correta e só as necessidades e interesses do homem determinam o que pode ser considerado bom e mau, o bem e o mal.  Newton (1642-1727): Suas pesquisas foram consideradas uma prova da existência de uma ordem divina racional. O desenvolvimento científico que mais afetou a ética, depois de Newton, foi a teoria da evolução apresentada por Charles Darwin. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 9. 9  Iluminismo: A norma moral vincula-se à  Lei natural: tese jusnaturalista  Interesse: teses empiristas que orientam as ações humanas como busca do prazer e evitação da dor.  Razão: tese Kantiana. Imperativo categórico (dever). Kant desloca a posição dos valores das coisas para o sujeito. É a consciência do sujeito que determina os valores. Subjetivismo axiológico.  Herbert Spencer (1820-1903): a moral resulta apenas de certos hábitos adquiridos pela humanidade ao longo de sua evolução. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 10. 10  Friedrich Nietzsche (1844-1900): explicou que a chamada conduta moral só é necessária ao fraco, uma vez que visa a permitir que este impeça a auto- realização do mais forte. Moral de senhores Moral de escravos BOM: tudo que intensifica no homem o sentimento de potência, a vontade de potência, a própria potência. MAU: tudo que provem da fraqueza. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 11. 11 Exemplos  Para a concepção cristã o fundamento da norma se encontra no 7º mandamento de Deus.  Para os jusnaturalistas (Rousseau) ela se fundamenta no direito natural, comum a todos os homens.  Para os empiristas (Locke, Condillac) a norma deriva do interesse próprio, pois o sujeito que a desobedece será submetido ao desprazer, à censura pública ou à prisão. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 12. 12  Para Kant (1724-1804) , a norma se enraíza na própria natureza da razão; ao aceitar o roubo e conseqüentemente o enriquecimento ilícito, elevando a máxima (pessoal) ao nível universal, haverá uma contradição: se todos podem roubar, não há como manter a posse do que foi furtado. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 13. 13 Outros pensadores modernos  Marx (1818-1883): a moral como superestrutura; Dominação da classe superior; Moral autêntica na igualdade social sem Estado e sem a propriedade privada; Justiça social.  Russell (1872-1970): defende a idéia de que os juízos morais expressam desejos individuais ou hábitos aceitos. Seres humanos completos são os que participam plenamente da vida social e expressam tudo que faz parte de sua natureza. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 14. 14  Heidegger (1889-1976): afirmou que os seres humanos se encontram sós no Universo e têm que adotar e assumir suas decisões éticas com permanente consciência da morte.  Freud (1856-1939): atribuiu o problema do bem e do mal em cada indivíduo à luta entre o impulso do eu instintivo para satisfazer a todos os seus desejos e a necessidade do eu social de controlá-los ou reprimi-los. Inconsciente (pulsões) EGO: instância consciente ID: (conflitos impulsionais) SUPEREGO: regras sociais Repressão/AUTONOMIA Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 15. 15  SARTRE (1905-1980): Existencialismo “O conteúdo da moral é sempre concreto e, por conseguinte, imprevisível; há sempre invenção. A única coisa que conta é saber se a invenção que se faz, se faz em nome da liberdade”.  “Cada homem é responsável por toda a Humanidade”. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)
  • 16. 16 Ética e globalização Ser ético, hoje, é cada um assumir seu papel de cidadão, buscando, inclusive um convívio harmônico com seus semelhantes e, especialmente, com a natureza. Histórico da Ètica (Teoria dos Valores)