PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
Ética e virtudes segundo Aristóteles
1.
2. Ética é a parte da filosofia dedicada aos estudos dos valores
morais e princípios ideais do comportamento humano. A palavra
"ética" é derivada do grego e significa aquilo que pertence, ao
caráter. Estuda e define certas condutas como certas e como
erradas. Ela contribui, assim, para distinguir o que afeta os outros
para o bem ou para o mal, o que os beneficia e o que os
prejudica.
3. Valores que definem o que
QUERO
POSSO
DEVO
Por que nem tudo que eu quero eu posso,
Nem tudo que eu posso eu devo
E nem tudo que eu devo eu quero!
4. A ética , nas obras Aristotélicas, é considerada como uma parte ou um
capítulo da política, que antecede a própria política.
A ética aristotélica ensina a viver de acordo com o caráter, a disposição
natural de cada um. Não se trata, porem, de simplesmente agir de modo
predeterminado. A ética implica uma ação racional, isto é, pensada.
Quanto mais refletirmos sobre a finalidade das nossas ações, mantendo-se na
direção das ações virtudes as quais, segundo Aristóteles, tem na felicidade o
maior bem, por ter seu fim em si mesma, quanto mais soubermos agir
racionalmente , conduzindo nossos desejos para longe dos vícios, mais
prudentes, melhores e felizes seremos.
5. Acredita que o exagero é motivador para criação de conflitos com outros
indivíduos ou com a sociedade.
“Você é o que você repetidamente faz.
Excelência não é um evento – é um habito.”
-Aristóteles
6. A Felicidade maior para Aristóteles se encontra na vida teórica , que promove
o que há de mais especificamente humano : a razão.
Agir corretamente seria praticar as virtudes.
VIRTUDES
“A virtude moral é um meio-termo entre dois vícios, um dos quais envolve o
excesso e outro deficiência, e isso porque a sua natureza é visar à mediania nas
paixões e nos atos”.
Aristóteles procura uma ética do meio- termo , onde a virtude consistiria em
procurar o ponto de equilíbrio entre o excesso e a deficiência.
7. Aristóteles diferenciava dois tipos gerais de virtudes: as virtudes morais,
baseadas nos hábitos e nos costumes , e as virtudes intelectuais , que são
próprias da alma racional.
virtudes intelectuais: A virtude intelectual consiste na capacidade de
aprender com o diálogo e a reflexão em busca do verdadeiro conhecimento.
virtude moral: são adquiridas em resultado do hábito, elas não surgem em
nós por natureza, mas as adquirimos pelo exercício, como a arte: “de tocar o
instrumento surgem os bons e os maus músicos”.
“(…) os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira
tangendo seus instrumentos. Da mesma forma, tornamo-nos justos
praticando atos justos"
8. Comtemplar, pensar e raciocinar são formas de agir e
intervir no mundo. Aristóteles afirma que não é
suficiente saber, é necessário agir.
É preciso criar o Hábito de agir de acordo com a razão,
e isso é algo que aprendemos. Para garantir o
aprendizado do habito de agir racionalmente , são
necessárias leis.
Um exemplo de lei é a limitação de velocidade nas ruas
e estradas. Alguns motoristas não agem racionalmente e
dirigem a uma velocidade que coloca em risco sua
própria vida e a vida e outras pessoas.
9. Considera - se que a ética kantiana é deontológica
porque defende que o valor moral de uma ação reside
em si mesma e não nas suas consequências.
Para Kant o Dever é o Bem: A Boa Vontade é a
Vontade de agir por Dever.
DOIS CONCEITOS CENTRAIS
Kant distingue duas esferas da razão: a razão teórica
voltada para o conhecimento, e a razão pratica, quando
se faz o uso pratico da razão.
10. Do grego autonomia, refere-se ao direito de reger-se segundo leis próprias, a
capacidade de se governar por si mesmo, sem obedecer a outrem, provendo
seus meios de vida.
A questão para Kant, consistia então em como ser livre, autônomos, agindo
racionalmente, e ao mesmo tempo viver sob um governo. Sendo o governante
um “agente do esclarecimento”.
Em várias situações se pode questionar, mas não se pode desobedecer.
“Você é livre no momento em
que não busca fora de si mesmo
alguém para resolver os seus
problemas.”
- Immanuel
11. A razão teórica pura corresponde ao “imperativo categórico”. O imperativo
categórico é um instrumento do julgamento moral da razão prática pura.
Você não insulta os outros esperando não ser insultado , mas nada garante
que todos os outros também seguirão a regra. Você pode não insultar e acabar
sendo insultado por um colega. Como você agiria então ? Revidaria? Ai esta a
questão de Kant.
É necessário que a lei moral seja, de fato, uma regra universal. É
fundamental que nossas justificativas de ação sejam validas para todos e aceita
por todos.
12. Por isso Kant afirma que a lei precisa ser apresentada na forma de um
imperativo categórico.
Kant elabora três formulações desse imperativo:
Age unicamente de tal forma que sua ação possa se converter em lei
universal.
Age de modo que sua regra de conduta possa ser convertida em lei universal
da natureza.
Age de acordo com princípios que façam com que trate a humanidade
sempre como um fim e nunca como um meio.
13. Immanuel Kant escreve um artigo tentando
responder a pergunta “O que é esclarecimento?”
Segundo Kant, esclarecimento é a saída do homem
de sua menoridade. Menoridade esta que é a
incapacidade de fazer uso de seu entendimento
sem a direção de outro indivíduo. E o culpado
dessa menoridade é o próprio indivíduo.
O homem é o próprio culpado dessa menoridade
se a causa dela não se encontra na falta de
entendimento, mas na falta de decisão e coragem
de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem.
14. A preguiça e a covardia são as causas pelas
quais uma tão grande parte dos homens,
depois que a natureza de há muito os libertou
de uma direção estranha, continuem, no
entanto de bom grado menores durante toda a
vida.
Ter esclarecimento não é apenas adquirir um
profundo conhecimento sobre um assunto,
mas combinar isso com a conquista da
autonomia, passo moral fundamental apenas
dado por uma minoria. Nesse sentido, todos
potencialmente podem esclarecer-se, já que
possuem capacidade de pensar.