O documento fornece um resumo de um curso sobre cronoanálise, abordando tópicos como medição de desempenho, procedimentos para cronometragem, técnicas de cronometragem e o papel da cronoanálise na melhoria contínua e redução de desperdícios por meio de métodos como Lean Manufacturing.
2. Índice
2
Tópicos
Estudo Geral dos Movimentos
Procedimentos para Cronometragem
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3. 3
Medida do Desempenho
➢Fraco: usualmente um operador em que o trabalho é novo
ou é um desajustado por natureza ao trabalho que faz.
➢Regular: um homem comparativamente novo, porém que
faz o trabalho suficientemente bem para acompanhar a
sequencia certa de operações sem um número indevido de
erros.
➢Médio: com o qual todos os outros são comparados. Ele
está no serviço há um tempo suficiente para ser considerado
eficiente no trabalho, mas não tempo bastante para aumentar
a eficiência que vem somente através de longa prática. Em
geral possui o ponto de 100% de eficiência.
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4. 4
Curso - Cronoanálise Centro Integrado de Produtividade Industrial
➢Bom: o homem cuja habilidade pode ser considerada boa. É
notavelmente melhor em desempenho que outro homem que
faz a mesma classe de trabalho.
➢Excelente: distingue-se pela precisão, certeza de ação,
velocidade, lisura no desempenho e autoconfiança.
➢Extraordinário: tem todas as características do operador de
habilidade excelente, desenvolvidas tão perto da perfeição
quanto seja possível a um humano chegar. Ele se sobressai
dentre todos os outros operadores.
5. 5
Procedimentos para Cronometragem
CONTATO COM O ENCARREGADO
▪Antes de iniciar o estudo, o cronometrista deve se familiarizar com
as exigências do trabalho, verificando a máquina, as ferramentas e
o material de acordo com o desenho e a descrição do método.
▪O cronometrista deve entrar em contato com o encarregado, para
verificar o trabalho e a certeza de que tudo está em ordem para ser
observado.
CONTATO COM O OPERADOR
▪O cronometrista deverá verificar se o operador escolhido é um
operador bem treinado e familiarizado com a operação e trabalho
em ritmo normal, com movimentos e sequencia corretos e esforço
normal para trabalhar o dia todo.
▪O operador deve ser informado que será feito estudo de tempos
naquele posto.
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6. 6
VERIFICAR OPERAÇÃO QUANTO AO MÉTODO
▪Deverá ser analisado os diversos ciclos da operação para
verificar se está de acordo com as especificações do método
e processo, e se necessário modificá-los.
ANOTAÇÕES
▪Todos os detalhes da folha de métodos e processos devem
ser anotadas na folha de cronometragem nos campos
específicos.
▪Caso tenha algum detalhe que não consta na folha de
métodos e processos ou campo específico deverá ser anotado
no campo de observações.
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7. 7
Divisão da Operação em elementos
➢O cronometrista, após todas as verificações preliminares,
deverá dividir a operação em elementos seguindo os
princípios:
❖Individualizar as ações, tais como: apanhar, transportar,
montar, fixar, etc.
❖Cada elemento deverá ter o tempo mais curto possível.
❖A descrição do elemento deverá ser clara, para que seja
facilmente reconhecível em seu início e fim.
❖Os elementos invariáveis (máquina) devem ser separados
dos variáveis (manual).
❖Deverão ser descritas todas as ocorrências (verificar
medidas, alimentação da máquina, buscar materiais,
lubrificação, etc..) anotando-se a frequência com que ocorrem.
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8. 8
Técnicas de Cronometragem
➢Ponto inicial do elemento – é aquele ponto que o cronometrista
mentalmente determinou para iniciar o elemento e quando o
cronômetro é acionado.
➢Ponto final do elemento – é aquele ponto que o cronometrista
mentalmente determinou para finalizar o elemento e que coincide
com o início do próximo elemento, e assim sucessivamente até o
final da operação.
➢Cronometrar ciclos de 10, 20 ou 30 peças, de acordo com
especificações preliminares ou determinadas pelo departamento
de estudo de tempos.
➢Para cada ciclo deverá ser efetuada a avaliação de ritmo
(velocidade).
➢O cronometrista deverá cronometrar a operação em pé e com
visão ampla da operação a ser cronometrada.
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➢O cronometrista deverá levar em consideração todos os pontos
influenciáveis no tempo, como:
oTransporte a manuseio das peças.
oAtrasos evitáveis ou não.
oTempo de suprimento.
oTroca de ferramentas.
oControle de qualidade (medidas, carta de CEP, orientações de
encarregados, etc..).
oEsperas (tempos mortos) causados pela máquina ou pelo
operador.
oRitmo determinado pela máquina ou operador da operação
anterior.
➢O ideal seria que a cronometragem fosse realizada pelo menos
três vezes, em horários e com cronometrista diferentes.
➢Determinar o número de ciclos a serem cronometrados:
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➢Outros 2 métodos para realizar estudos
de tempo são:
❑Tempo Sintéticos ou Pré-determinados
(MTM)
❑Amostragem de Trabalho (Work
Sampling)
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11. Unidade de medida → TMU
1 TMU = 0,0006 min ou 0,00001 h
11
Os tempos sintéticos permitem calcular o tempo
padrão para um trabalho ainda não iniciado.
Existem dois sistemas principais de tempos
sintéticos: o work-factor ou fator de trabalho e
sistema methods-time measurement (MTM) ou
métodos e medidas de tempo.
Tempos Predeterminados ou Sintéticos
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Exemplo p/ movimento “alcançar”
Tempos Predeterminados ou Sintéticos
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13. 13
Amostragem do Trabalho
➢Consiste em fazer observações intermitentes em
um período consideravelmente maior que o utilizado
pelo método da cronometragem.
oObservações instantâneas
oEspaçadas ao acaso
➢Existem equações estatísticas para calcular o
número de amostras a serem realizadas. Muitas
vezes, o valor teórico calculado por estas
equações é impraticável.
➢Na prática, em geral, n=100 é um bom número.
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15. 15
Amostragem do Trabalho: vantagens e desvantagens em
relação aos tempos cronometrados.
Vantagens Desvantagens
- Operações cuja medição por
cronômetro é cara;
- Estudos simultâneos de equipes
- Custo do cronometrista é alto
- Observações longas diminuem
influência de variações ocasio-
nais
- O operador não se sente obser-
vado de perto
- Não é bom para operações de ciclo
restrito;
- Não pode ser detalhada como
estudo com cronômetro;
- A configuração do trabalho pode
mudar no período;
- A administração não entende tão
bem;
- Às vezes se esquece de registrar o
método de trabalho.
Em geral, a Amostragem de Trabalho pode ser mais conveniente para
atividades administrativas que geralmente não são tão rotineiras.
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16. 16
Departamento de “Tempos, Métodos e
Movimentos
NECESSIDADES
➢Compreende as funções de estudar, racionalizar e controlar
a eficiência de todas as áreas produtivas,
➢Deve ser considerada a criação de um departamento em
virtude da complexidade do estudo de tempos, métodos e
movimentos.
➢Esta seção deverá centralizar as pessoas que atualmente
desempenham na empresa funções ligadas a racionalização.
➢O estudo da racionalização abrange todo o processo fabril,
desde a matéria-prima e todos os recursos produtivos
empregados, até a expedição do produto.
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PRINCIPAIS FUNÇÕES DA SEÇÃO
➢Elaborar estudos de processo, visando a qualidade do
produto, melhor utilização do equipamento, menor tempo de
processamento e melhor aproveitamento da matéria-prima;
➢Acompanhar o desenvolvimento do trabalho em todos os
setores e manter as folhas de processo atualizadas.
➢Analisar os problemas da produção e descobrir soluções
adequadas dentro das condições existentes na empresa.
➢Estabelecer os padrões de produção, publicar e manter
controle sobre os mesmos, após sua aprovação e
implantação.
➢Determinar os coeficientes de tolerâncias e os intervalos
necessários ao descanso periódico para alívio de fadigas
(principalmente aos homens da forjaria).
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DESENVOLVIMENTO DOS ESTUDOS
➢Os estudos da racionalização deverão ser
desenvolvidos conforme a sequencia abaixo:
1) Levantamento completo das condições atuais.
2) Análise dos dados obtidos.
3) Estudo de novos métodos (proposta).
4) Exposição às críticas.
5) Correção e proposta final.
6) Implantação (após aprovação) e treinamento dos
operários.
7) Manutenção dos sistemas e controle dos
resultados.
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Todo esforço para redução dos desperdícios…
• World Class Manufacturing (WCM)
• Total Productive Maintenance (TPM)
• Total Quality Management (TQM)
• Lean Manufacturing
• Just In Time (JIT)
• Six-Sigma (6-sigma)
• Kaizen
• ……
Todos estes
métodos tem
foco de eliminar
desperdícios.
“Desperdício é a diferença
entre ideal e a realidade”
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“Não podemos melhorar algo,
que não podemos medir”
Todo esforço para redução dos desperdícios…
Onde entra a Cronoanálise
neste contexto?
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Cronoanálise “no coração” do Lean
Manufacturing
A produção Lean tem elevado muito a competitividade
de muitas empresas de manufatura e o valor que elas
entregam a seus clientes.
Apesar de triunfos, muitas empresas têm enfrentado
problemas ainda na primeira etapa de seus esforços Lean.
Estão tentando criar “fluxo” mas não conseguem “tração”
suficiente. Frequentemente, o motivo é a falta de “estabilidade
básica” nas operações de manufatura. Muito simples: não há
fluxo porque as operações estão desbalanceadas.
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Convém ao Cronoanalista também analisar:
❖5S
❖Administração Visual
❖Setup Rápido (SMED)
❖Arranjo Físico (Layout)
❖Ergonomia
❖Segurança do Trabalho
❖Poka-Yokes
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