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UNIVERSIDADE POLITECNICA – À POLITECNICA
Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologia – ISHCT
Engenharia Civil - Modular
1. Projecto de instalação de aparelhos de Ar Condicionado;
2. Pára-raios Prediais;
3. Tubulações Telefónicas.
Nomes dos Estudantes:
Flávio Dadinho Nembane
Edmundo Murapue
Abel Sande
Alfredo Macuacua
Alilo Gurcia
Cardim Bernardo
Filomone J. Manhique
Quelimane
15 de Abril 2024
Nomes dos Estudantes:
Flávio Dadinho Nembane
Edmundo Murapue
Abel Sande
Alfredo Macuacua
Alilo Gurcia
Cardim Bernardo
Filomone J. Manhique
1. Projecto de instalação de aparelhos de Ar Condicionado;
2. Pára-raios Prediais;
3. Tubulações Telefónicas.
Trabalho de pesquisa apresentado ao
Instituto Superior de Humanidades,
Ciências e Tecnologias, para fins
avaliativos na cadeira de Instalações
Eléctricas em edifícios.
Docente:
Engo. Zeferino Mafende Fostão
Quelimane
15 de Abril
2024
INDICE:
CAPITULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................ 4
1. OBJECTIVOS:............................................................................................................. 4
1.2. Metodologia:.............................................................................................................. 5
Capítulo II. BREVE HISTORIAL DA ORIGEM DO AR CONDICIONADO .............. 6
CAPITULO III: DESCCRIÇÃO DOS TEMAS. ............................................................. 7
1. AR CONDICIONADO:............................................................................................ 7
Classificação do ar condicionado:.................................................................................. 11
1.2. A ESCOLHA DE AR CONDICIONADO.......................................................... 13
2. PARA RAIOS ......................................................................................................... 18
"Resumo sobre para-raios............................................................................................... 24
3. INSTALACAO TELEFONICA.............................................................................. 24
3.2. Disposições Gerais .............................................................................................. 26
3.3. Esquema Geral das Tubulações Telefônicas em Edifícios.................................. 27
3.4. Critérios e Tabelas Adoptados na Elaboração de Projectos de tubulação........... 31
CAPITULO IV: CONCLUSAO: ................................................................................... 39
CAPITULO V: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ................................................ 40
ANEXOS:....................................................................................................................... 41
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
O presente trabalho de introdução a Instalações Eléctricas em edifícios, visa tratar do
´´Projecto de instalação de aparelhos de Ar Condicionado; Pára-raios Prediais;
Tubulações Telefónicas.``, para tal me propus em a apresentar essas temas de mais
forma clara e objectiva.
São sistemas que visam a obtenção de condições específicas do ar nos diversos tipos de
ambientes, de modo a proporcionar conforto térmico aos ocupantes ou proporcionar
condições especiais exigidas por equipamentos e/ou processos.
Condicionamento de ar, segundo a definição técnica de aplicação, é um processo de
tratamento de ar destinado a controlar simultaneamente: temperatura do ar, humidade
relativa do ar (obtida pela retirada ou pela colocação de vapor de água no ar), pureza
(filtros), distribuição de ar (ventilador, difusor, ducto) de um ambiente.
Existem aplicações muito especiais, nas quais a pressão do ar ambiente pode vir a ser
controlada. Estes ambientes podem ser destinados tanto ao conforto humano ou animal
e neste caso os sistemas aplicados são vulgarmente chamados de ar condicionado de
conforto, ou pode-se apresentar um ambiente destinado ao desenvolvimento de um
determinado processo industrial ou laboratorial e o sistema passa a ser chamado de ar
condicionado de processo.
1. OBJECTIVOS:
Para a materialização de qualquer que seja actividade é extremamente importante traçar
metas a serem alcançadas, isso ajuda a manter o foco, visto que tudo deve antes ser
planificada para depois ser executado.
1.1.1. Gerais:
 Conhecer os diversos tipos de instalações;
 Estudar as formas das instalações.
1.1.2. Específicos:
 Descrever do Ar condicionados, Instalações Telefónicas e Para Raios;
 Identificar formas de aplicação nos edifícios;
1.2. Metodologia:
Para a realização do presente trabalho recorreu-se á consulta de bibliografia especifica
(incluindo manuais e livros de Instalação Eléctricas, e subsequentemente, fez-se a
selecção, processamento e organização dos mesmos. E também fez-se o uso das revisão
de literatura, a internet, onde baixou-se artigos relevantes ao tema, em seguida o uso do
computador para a sua execução.
ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO.
INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 6
Capítulo II. BREVE HISTORIAL DA ORIGEM DO AR
CONDICIONADO
De acordo com o site Portal da Refrigeração (2000), desde a pré-história o homem
procura obter formas de refrigerar seus alimentos ou outras substâncias para que
alcancem temperaturas inferiores a do ambiente. Há registos de antes 2.000 A.C. que
indicam que os efeitos exercidos por baixas temperaturas sobre a preservação de
alimentos já eram conhecidos. Por volta de 300 A.C. Alexandre, O Grande serviu
bebidas resfriadas com neve aos seus soldados. Os primeiros métodos de manutenção
do frio faziam uso do gelo natural ou de misturas de sal e neve. Posteriormente, já
passados muitos anos, no século XIV, descobriu-se que dissolvendo nitrato de sódio em
água consegue-se abaixar a temperatura da mistura.
Segundo Amanda Green (2015) 1, no ano de 1758, o inventor Benjamin Franklin e o
professor da Universidade de Cambridge John Hadley descobriram que a evaporação do
álcool e outros líquidos voláteis, que evaporam mais rápido do que a água, podem
diminuir o suficiente a temperatura de um objeto a ponto de congelar a água. Em 1820 o
inventor Michael Faraday descobre a mesma coisa na Inglaterra, quando ele comprime e
liquefaz a amônia. Na década de 1830, no hospital da Flórida em que ele trabalhava, o
Doutor John Gorrie cria uma máquina de fazer gelo que utiliza compressão para fazer
baldes de gelo e então soprar ar sobre eles. Ele patenteia a ideia em 1851, imaginando
sua invenção resfriando edificações por todo o mundo. Mas sem qualquer retorno
financeiro, seu sonho se derreteu. No ano de 1881, engenheiros navais dos Estados
Unidos da América construíram uma unidade improvisada de refrigeração em forma de
caixa para manter o Presidente James Garfield fresco e confortável. O mecanismo era
preenchido com um pano embebido em gelo e água gelada e um ventilador soprava o ar
quente para cima, mantendo o ar frio perto do chão. Esse mecanismo conseguia
diminuir a temperatura de uma sala em até 11ºC. A má notícia é que ele utilizava 225
toneladas de gelo para cada 2 meses de funcionamento.
Na década seguinte, estes produtos já não eram mais novidade. A partir disso, se inicia
um mercado de amplitude mundial em constante expansão, com muito espaço para
desenvolvimento tecnológico e novidades em produtos, até os dias de hoje.
No começo do século XX, segundo Ferraz & Gomes (2008), com o início da
ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO.
INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 7
distribuição da eletricidade graças as descobertas de Thomas Edison e Nikola Tesla, a
indústria da refrigeração recebeu uma contribuição decisiva. Com esta nova fonte de
energia, buscou-se desenvolver equipamentos de refrigeração possíveis de serem usados
em residências. O primeiro refrigerador doméstico surgiu em 1913, mas sua aceitação
não foi muito grande, já que o mesmo era de operação manual, exigindo atenção
constante, muito esforço e apresentava baixo rendimento.
De acordo com o website Ar Condicionado (2000), no ano de 1902, o jovem engenheiro
norte-americano Willys Carrier inventou um processo mecânico para condicionar o ar,
tornando realidade o controle do clima. Sua invenção viria a ajudar a indústria. Uma
empresa de Nova York estava tendo problemas com trabalhos de impressão durante os
quentes meses de verão. O papel absorvia a umidade do ar e se dilatava. As cores
impressas em dias úmidos não se alinhavam, gerando imagens borradas e obscuras.
Carrier acreditava que poderia retirar a umidade da fábrica através do resfriamento do
ar. Para isto, desenhou uma máquina que fazia circular o ar por dutos resfriados
artificialmente. Este processo, que controlava a temperatura e umidade, foi o primeiro
exemplo de condicionamento de ar por um processo mecânico. Porém, foi a indústria
têxtil o primeiro grande mercado para o condicionador de ar, que logo passou a ser
usado em diversos prédios e instalações
CAPITULO III: DESCCRIÇÃO DOS TEMAS.
1. AR CONDICIONADO:
Função e princípio do equipamento
O ar condicionado é um equipamento destinado a climatizar o ar em um recinto
fechado, mantendo sua temperatura e umidade do ar controladas, para deixar os
ambientes em temperaturas agradáveis, criando uma sensação de conforto térmico
(aquecendo ou refrigerando) ou até mesmo em determinados ambientes em que o seu
uso é indispensável como, por exemplo, CPD, Laboratórios, Unidades de Hospitais,
Radiologia, No Break, e outros.
O princípio de funcionamento dos condicionadores de ar, nada mais é do que a troca de
temperatura do ar do ambiente, pela passagem do ar pela serpentina do evaporador que,
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 8
por contacto, tem queda ou aumento de temperatura do ar, dependendo do ciclo
utilizado, baixando a umidade relativa do ar.
O ar do ambiente é sugado por um ventilador e atravessa um evaporador, passando em
volta de uma serpentina cheia de R-22, substância refrigeradora à temperatura de 7° C e
em estado líquido. Em contacto com uma serpentina gelada, o ar se resfria e volta para o
ambiente.
Ao absorver o calor do ar, o R-22 muda de estado dentro da serpentina e vira gás,
entrando depois num compressor eléctrico. Essa peça, que produz o barulho do
aparelho, comprime o R-22 até que, sob alta pressão, ele vire um gás quente, a 52° C.
Esse gás entra numa outra serpentina, do lado de fora do aparelho, chamado
condensador. Mais quente que o ambiente externo, o R-22 se resfria um pouco. Com
isso, ele vira líquido de novo mesmo antes de chegar aos 7°C, pois está sob alta pressão.
Um outro ventilador sopra o ar quente que sobrou para a rua.
O R-22 (em estado líquido por causa da alta pressão) entra numa válvula de expansão,
espécie de orifício onde o líquido perde pressão rapidamente e se esfria até 7° C, que o
mentem em estado líquido. A partir daí, o ciclo recomeça novamente.
Figura 1: Funcionamento do resfriador evaporativo
Os Sistemas de condicionamento de ar possuem quatro componentes básicos:
• Compressor;
• Condensador;
• Evaporador;
• Motor ventilador.
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 9
Vantagens do equipamento
• Longevidade dos eletrodomésticos é prolongada;
• Uma atmosfera mais confortável;
• Utilizados tanto no inverno como no verão.
Desvantagens do equipamento
. Resseca o ar causando irritação aos olhos;
. Recirculação do ar (não renovação do ar);
. Alto consumo de energia elétrica;
. Uso de gases prejudiciais à camada de ozônio e efeito estufa;
. Manutenção periódica;
. Interfere na arquitetura de interiores (espaços necessários);
. O mau uso do ar condicionado compromete a saúde.
O que os mais diversos modelos de ar condicionado ainda não conseguiram eliminar é
um incômodo efeito colateral: o ressecamento do ar. "Em contacto com o frio, a
umidade do ar se condensa em gotinhas dentro do aparelho, como acontece em uma
garrafa fechada e gelada”.
Dicas de procedimentos
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 10
A escolha de um sistema de refrigeração/aquecimento para as edificações deverá levar
em conta alguns aspectos fundamentais: o preço, o consumo energético, a
funcionalidade e, sobretudo, o conforto térmico.
Em termos estritamente econômicos, a resposta para sua instalação poderá ser não. Mas
se o custo não for a única preocupação, talvez sim. No entanto, em termos estritamente
de conforto térmico, há sistemas eventualmente mais vantajosos. Se a opção for pelo ar
condicionado, não só para frio mas também para calor, o menor custo terá uma
contrapartida com o menor conforto.
Especialistas lembram a vantagem da filtragem do ar proporcionada pelo ar
condicionado, que reduz significativamente o número de impurezas em suspensão no ar.
Explicam, ainda, que um sistema bem dimensionado, proporciona uma distribuição de
ar uniforme, filtra o ar e poderá permitir a renovação, evitando sua saturação.
Além de custo, outro factor de enorme ponderação na escolha de um sistema de
climatização é o consumo energético. Os equipamentos de ar condicionado modernos
utilizam o sistema bomba de calor “a inversão do ciclo para aquecer”, tornando os
consumos moderados.
A climatização artificial acaba por ser indispensável para se conseguir um bom nível de
conforto térmico.
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 11
Os consumidores devem recorrer aos profissionais do sector, evitando comprar soluções
inadequadas. Muitas vezes, um sistema não resolve porque simplesmente não foi
projectado ou instalado com rigor.
Classificação do ar condicionado:
Os condicionadores de ar podem ser divididos em 3 categorias:
a) Condicionador de ar tipo residencial – Não permite refrigerar mais de um ambiente.
b) Sistema compacto para refrigeração de dois a três locais, mediante a colocação de
ductos. A capacidade varia de 22.000 a 50.000 BTU.
c) Sistema comercial, com capacidade de refrigeração muito elevada, entre 50.000 a
90.000 BTU.
Este sistema requer a instalação de uma torre de resfriamento, e uma tubulação de água
para efectuar o resfriamento. A torre de resfriamento pode ser colocada no terraço do
prédio. A torre de resfriamento é composta na parte superior por uma grande bandeja
perfurada, na parte superior por uma grande bandeja perfurada, de um corpo de chapas
de madeira espaçadas de alguns centímetros, de um ventilador accionado por um motor
eléctrico, de um recipiente para recolha e distribuição da água, da carcaça metálica da
torre propriamente dita, de uma bomba eléctrica para circulação forçada da água.
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 12
1.1. Consumo de electricidade do equipamento
A classificação da eficiência enérgica (EER) de um ar condicionado é a sua capacidade
em BTU, dividida pelo seu consumo. Se, por exemplo, um ar condicionado de 10 mil
BTU consome 1.200 Watts, o seu EER é de 8,3 (10 mil BTU/1.200 Watts).
Obviamente, vai-se querer que o EER seja o mais alto possível mas, normalmente, um
EER maior é acompanhado de um preço elevado.
Para evitar o consumo excessivo de energia, deve-se:
• Manter portas e janelas fechadas, pois o aparelho possui um filtro de ar interno que
dificulta a passagem de insetos, particulados e até fuligem de automóveis para o interior
do ambiente. Com elas abertas, estas impurezas entram no ambiente, sem passar pelo
filtro e a filtragem de ar pelo aparelho deixa de ocorrer como deveria;
• Não deixar fugas de ar, pois essas fugas como: geladeira, frestas e janelas abertas
fazem com que o aparelho de ar condicionado tente refrigerar o ambiente externo
também. Isso faz com que o compressor do aparelho funcione por mais tempo,
consumindo mais energia e o barulho do aparelho aumenta;
• Regular sempre a temperatura, pois a principal finalidade do ar condicionado é
propiciar conforto térmico às pessoas ou os equipamentos especiais. A menos que a sala
possua computadores que necessitem de temperaturas baixas para trabalhar, não
podendo refrigerar mais que o necessário.
1.8 Medição da capacidade do equipamento
A potência de arrefecimento ou aquecimento dos equipamentos de ar condicionado
pode ser medida de diferentes formas: Kw , Kcal/h ou Btu/h.
1.9 Potência do equipamento com relação à área
BTU é a unidade que mede a quantidade de calor presente em um ambiente fechado e
que precisa ser retirada ou adicionada para atingir um conforto térmico. A sigla BTU
significa Bristish Thermal Unit ou Unidade Térmica Britânica. Um BTU é a quantidade
de calor necessária para reduzir a temperatura de uma libra de água (0,4536 litros) em
um grau Fahrenheit (0,53 graus Celsius).
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 13
Para calcular o BTU ou a quantidade de calor que precisa ser retirada, alguns factores
são necessários:
Como o ambiente recebe incidência do sol? Há sombra o dia todo, sol o dia todo ou na
parte da tarde ou na parte da manhã? Localização do ambiente? Região litorânea, em
andar térreo, entre andares, tipo de telhado?
Saber quanta água um condicionador de ar pode resfriar não é muito útil. Para se ter
uma ideia de quanto de ar pode ser resfriado, deve-se levar em conta que 1 metro cúbico
de água pesa 1.000 Kg e a água é 6.300 vezes mais densa que o ar, portanto, 1 metro
cúbico de ar pesa aproximadamente 0.159 Kg. Isto significa que um local com área de
30 metros cúbicos, com um aparelho de ar condicionado de 10.000 BTUs reduz a
temperatura em 5 graus Celsius em questão de minutos.
Outras variáveis que influenciam neste cálculo:
• Números de janelas;
• Números de portas;
• Paredes externas e janelas que recebem insolação;
• Quantidade e potência de equipamentos elétricos e lâmpadas que dissipam calor;
• Número de pessoas no ambiente.
1.2. A ESCOLHA DE AR CONDICIONADO
Conforme o tipo de ambiente que vamos refrigerar, haverá diferentes capacidades de
aparelhos.
Para dimensionamento adequado do ar condicionado temos que levar em conta vários
factores:
- Qual o tamanho da sala ou escritório?
- Qual a altura do pé direito? (distância do solo ao teto)
- Quantas portas e janelas nós temos?
- As janelas recebem sol directo? Da manhã ou da tarde? Tem cortina
nas janelas? Os vidros ficam à sombra?
- Quantas pessoas trabalham no recinto?
- Os aparelhos eléctricos trabalham em regime contínuo; qual a capacidade de cada um?
(potência)
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 14
Para facilitar a escolha do ar ideal, estabelecemos um roteiro de cálculo, denominado:
CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA.
CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA
Para facilitar os cálculos, os fabricantes de ar condicionado, costumam publicar tabelas
que fornecem o número de Quilocalorias por hora (Kcal/h), necessárias a cada tipo de
ambiente.
PLANILHA PARA CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA
PARA ESCOLHA DE AR CONDICIONADO
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 15
Exercícios para cálculo de carga térmica
a) Dimensionar (escolher) a capacidade de um ar condicionado para refrigerar um
escritório com as seguintes características:
1 – Área do escritório, 25 m² com pé direito de 3 m. O escritório não é de cobertura,
ficando entre andares.
2 – Existem 2 (duas) janelas com cortinas recebendo sol da manhã, cada janela tem área
de 2 m².
3 – No escritório trabalham 4 pessoas.
4 – Existem 2 (duas) portas. Cada porta tem área de 2 m².
5 – Máquinas e equipamentos de uso contínuo, com suas respectivas potências.
2 computadores com 60W cada 1 mini-geladeira com 70W
6 lâmpadas de 60W cada 1 faz com 20W
Cálculo da carga térmica:
1) Recinto (ESCRITÓRIO)
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VOLUME DO AR INTERNO
ÁREA X PÉ DIREITO
25 m² X 3 m = 75 m³.
TABELA – RECINTO: Para 75m³ entre andares temos 1.200 Kcal/h.
2) JANELAS
ÁREA DAS JANELAS
2 Janelas x 2 m² = 4 m².
Tabela – Janelas com cortinas, recebendo sol da manhã, temos:
Janelas = 640 Kcal/h
3) Nº de Pessoas: As pessoas, dissipam energia, seu metabolismo mantém-se
com a temperatura corpórea de 36ºC.
Como temos 4 pessoas, a TABELA indica:
4 pessoas = 500 Kcal/h
4) Nº de Portas
Temos no escritório 2 portas com 2 m² cada uma
Área das portas
2 x 2 m² = 4 m²
TABELA = 500 Kcal/h
5) Cálculo da potência dissipada pelos equipamentos elétricos
2 computadores 2 x 60W = 120W
1 minigeladeira 1 x 70W = 70W
6 lâmpadas 6 x 60W = 360W
1 FAX 1 x 20W = 20W
TOTAL = 570W
TABELA APARELHO ELÉTRICOS: (COMO A TABELA NÃO PASSA DE 500W,
TEMOS:
500W => 450 Kcal
100W => 90 Kcal
600W => 540 Kcal
TOTAL DA CARGA TÉRMICA
RECINTO 1200
JANELAS 640
PESSOAS 500
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PORTAS 500
APARELHOS 540
TOTAL 3.380 Kcal/h
Para facilitar a escolha do ar, transformamos Quilocaloria (Kcal) em BTU.
1 Kcal = 3,92 BTU
3.380 x 3,92 = 13.250 BTU’s = 14.000
Escolher no mercado um ar condicionado próximo de 14.000 BTU’s.
b) Escolher a capacidade térmica de um ar condicionado para refrigerar uma oficina de
reparos de computadores, com as seguintes características:
Área de oficina 30 m², altura da oficina 3 m, instalações situadas no andar térreo, com
duas janelas sem cortinas, recebendo sol da tarde, cada janela com 2 m². Na oficina
trabalham 6 pessoas, que a cessam o ambiente através de 2 portas com 2 m² cada uma.
A oficina esta equipada com 1 ferro de solda de 200 watts, uma bancada de teste
electrónico de 100W, 8 lâmpadas de 60W cada, um fax 20W, um osciloscópio de 30W,
2 computadores de 60W cada.
Solução: Recinto 90 m³ = 1440 Kcal
Janelas: 4 m², sol da tarde sem cortina = 1640 Kcal
Pessoas: 6 pessoas = 750 kcal
Portas: 4 m² = 500 Kcal
Ferro de Solda 200W = 180 Kcal
Bancada de Teste 60W = 45 kcal
Lâmpadas 8 x 60 = 480W = 450 Kcal
FAX = 30W = 45 Kcal
1 osciloscópio 30W = 45 Kcal
2 computadores 2 x 60W = 120W = 135 Kcal
TOTAL: 1440 + 1640 + 750 + 500 + 180 + 45 + 450 + 45 + 45 +135 = 5.230 Kcal
EM BTU’s TEMOS: 5230 x 3,92 = 20.501,6 = 21.000 BTU
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 18
2. PARA RAIOS
2.1. Introdução
A descarga atmosférica é um dos fenómenos mais imprevisíveis e destrutivos da
natureza. Grandes prejuízos ocorrem todos os anos em consequência de raios que
atingem pessoas, aviões, animais, edifícios, residências, instalações industriais e agro-
pecuárias, redes eléctricas, campos e florestas. Assim, é importante adoptar certas
medidas de prevenção para evitar os danos, às vezes irreparáveis, das descargas
atmosféricas. A seguir destacam-se alguns pontos importantes sobre ofenómeno das
descargas atmosféricas.
• Durante muito tempo o raio esteve ligado a crendices populares, sendo considerado
manifestação dos deuses. Seu estudo científico teve início em 1752, quando Benjamim
Franklin empinou, utilizando uma linha metálica, um papagaio em um dia nublado e
constatou que ocorriam choques quando se tocava a linha metálica. Verificou-se,
portanto, que os raios eram fenômenos elétricos.
• O avanço da tecnologia propiciou a medição das correntes dos raios. A Tabela 12.1
apresenta os valores registrados, bem como sua porcentagem.
• A tensão eléctrica causada pelo raio pode atingir, inicialmente, centenas de milhões de
volts entre as nuvens e a terra, sendo que vários milhões de volts podem ser transferidos
para o objecto atingido durante a ocorrência da descarga eléctrica do raio.
• A probabilidade de um raio cair em um local mais alto é maior do que nos locais mais
baixos.
• Ao se falar em protecção contra descargas atmosféricas deve-se levar em conta os
seguintes factores:
• a probabilidade de ocorrência de descargas atmosféricas em uma dada área é estimada
com base no número de trovoadas por ano;
ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO.
INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 19
• os pára-raios instalados para a proteção de linhas e redes elétricas não protegem as
edificações contra descargas atmosféricas diretas;
• as edificações isoladas estão mais sujeitas a danos causados por descargas
atmosféricas que caminham pelas linhas elétricas e atingem as instalações internas
destas edificações.
1.2. Considerações sobre a origem dos raios:
O raio é um fenômeno da natureza que desde os primórdios vem intrigando o homem,
tanto pelo medo provocado pelos trovões, como pelos danos causados pelo seu impacto
em florestas, seres vivos e edificações.
Antecedendo uma tempestade, ou durante a mesma, componentes (gotículas) das
nuvens se apresentam em contínua movimentação, provocando a liberação de elétrons
(eletrização por atrito com o ar), que se concentram em algumas nuvens. Verifica-se
experimentalmente que as cargas elétricas positivas ocupam a parte superior da nuvem,
enquanto as cargas elétricas negativas se posicionam na sua parte inferior, acarretando,
consequentemente, uma intensa migração de cargas positivas na superfície da terra para
a área correspondente à localização da nuvem, conforme se observa na Figura 12.1.
Figura 12.1: Distribuição das cargas elétricas das nuvens e no solo.
Como se pode deduzir da Figura 12.1, a concentração de cargas elétricas positivas e
negativas em uma determinada região faz surgir uma diferença de potencial entre a terra
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 20
e a nuvem. No entanto, o ar apresenta um certa rigidez dielétrica, normalmente elevada,
que depende de certas condições ambientais. O aumento dessa diferença de potencial
poderá atingir um valor que supere a rigidez dielétrica do ar interposto entre a nuvem e
a terra, fazendo com que as cargas elétricas migrem em direção a terra, um trajeto
tortuoso e normalmente cheio de ramificações, cujo fenômeno é conhecido como
descarga piloto.
A ionização do caminho seguido pela descarga piloto propicia condições favoráveis de
condutibilidade do ar ambiente. Mantendo-se elevado o gradiente de tensão na região
entre a nuvem e a terra, surge, em função da aproximação do solo de uma das
ramificações da descarga piloto, uma descarga ascendente, constituída de cargas
elétricas positivas, denominada de descarga de retorno ou principal, de grande
intensidade, responsável pelo fenômeno conhecido como trovão, que é o deslocamento
da massa de ar circundante ao caminhamento do raio em função da elevação de
temperatura e, consequentemente, do aumento de volume.
Na tentativa de se manter o equilíbrio dos potenciais elétricos no interior da nuvem,
surgem nesta intensas descargas que resultam na formação de novas descargas reflexas
ou secundárias, no sentido da nuvem à terra, tendo como canal condutor aquele seguido
pela descarga de retorno que, em sua trajectória ascendente, deixou o ar intensamente
ionizado. Essas descargas secundárias podem acontecer por várias vezes, após cessada a
descarga principal. A Figura 12.2 retrata o exposto.
Figura 12.2: Seqüência de eventos de uma descarga atmosférica.
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INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 21
Os pára-raios são utilizados para proteção do sistema elétrico e de edificações. No
sistema elétrico utiliza-se pára-raios formados por um centelhador em série com um
resistor não linear, encapsulados em porcelana. Todo equipamento elétrico instalado em
redes (transformadores, banco de capacitores, reguladores de tensão, etc.) é melhor
protegido se contar com um pára-raios instalado junto a ele. As edificações contam com
proteção do tipo Franklin ou Faraday. A Figura 12.3 retrata os elementos utilizados em
um sistema de proteção contra descargas atmosféricas em uma edificação.
O para-raios é uma haste que fica no topo de algumas estruturas e serve para protegê-las
dos raios. Ele direciona as descargas elétricas para a terra, minimizando seus danos.
"O para-raios é um equipamento de segurança que fornece um caminho adequado para
uma descarga elétrica. Ele funciona devido ao princípio do poder das pontas, em que as
cargas elétricas se acumulam em nas pontas, atraindo os raios para que assim sejam
conduzidos até o solo."
"Como funciona um para-raios?
O princípio de funcionamento dos para-raios é o princípio do poder das pontas, que diz
que em condutores metálicos e pontiagudos as cargas elétricas ficam concentradas em
suas pontas. Quando o raio se aproxima de alguma estrutura, ele acaba sendo atraído
pelo corpo que apresenta mais cargas elétricas, que são as pontas dos para-raios, para
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que ele o atinja e seja orientado por fios condutores, localizados na fachada, até uma
placa metálica aterrada ao solo, para assim ser dissipado.
Para-raios sendo atingido por um raio.
Os para-raios guiam os raios até o solo.
Caso o para-raios fosse um condutor metálico esférico, as suas cargas elétricas ficariam
distribuídas igualmente ao seu redor, e a possibilidade de atrair o raio seria mínima,
aumentando as chances de ele atingir a estrutura, ou as pessoas dentro dela, ou ao seu
redor.
Quais são os tipos de para-raios?
Os tipos de para-raios são os para-raios de Franklin, de Melsens e os radioativos.
Para-raios de Franklin: é o para-raios formado por uma ou mais hastes metálicas e
pontiagudas no topo e um fio capaz de conduzir eletricidade da parte superior até a
terra. Ele é o mais empregado devido à sua enorme eficiência em direcionar as
descargas elétricas para a terra.
Para-raios de Melsens: também chamado de gaiola de Faraday, é o para-raios
formado por uma haste metálica e pontiaguda no topo e um sistema de fios condutores
metálicos que recobrem toda a estrutura, conduzindo a eletricidade da antena até a terra.
Ele é empregado em construções industriais ou de grande porte.
Para-raios radioativo: foi o para-raios formado por um ou mais discos metálicos que
envolviam uma haste metálica e pontiaguda e o radioisótopo Amerício-241, emissor das
radiações gama e alfa. Ele foi empregado nas décadas de 70 e 80 no Brasil, mas
atualmente é proibido devido à ausência de comprovação científica de seu
funcionamento.
Sistemas de Proteção contra Descarga Atmosférica (SPDA)
De acordo com a norma NBR 5419 de 2015, o Sistema de Proteção contra Descargas
Atmosféricas é um “sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra os
efeitos das descargas atmosféricas; é composto de um sistema externo e de um sistema
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interno de proteção”. Geralmente, ele é composto por um para-raios, fios de cobre
instalados em toda a fachada e placa metálica enterrada na Terra.
Qual é a altura mínima para colocar um para-raios?
De acordo com a NBR 5419, a altura mínima para instalação dos para-raios depende de
algumas características das estruturas, como:
Risco de exposição aos raios: estruturas que têm risco de explosão necessitam do
nível mais alto de proteção contra os raios.
Tipo de ocupação da estrutura: se são casas, fábricas, oficinas, laboratórios ou outros.
Natureza da construção: se é de aço revestido, concreto armado, alvenaria, madeira
ou outros materiais.
Valor de seu conteúdo, ou os efeitos indiretos dos raios: se são residências comuns,
edifícios de escritórios, usinas de gás, centrais telefônicas, estações de rádio,
monumentos antigos ou prédios históricos, escolas, hospitais, etc.
Localização da estrutura: se estão em métropoles, florestas ou outros lugares.
Altura da estrutura: se são planícies, elevações moderadas, colinas, montanhas entre
300 m e 900 m ou montanhas acima de 900 m.
Depois da análise dessas características e dos cálculos necessários, determina-se o nível
de proteção da estrutura, que varia de I a IV, sendo fornecida a altura mínima para
colocar os captadores, que são as pontas dos para-raios:
Nível de proteção I: 20 metros de altura.
Nível de proteção II: 30 metros de altura.
Nível de proteção III: 45 metros de altura.
Nível de proteção IV: 60 metros de altura.
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Riscos dos para-raios
Quando os para-raios são mal fabricados ou mal instalados, eles não são capazes de
desempenhar a sua função corretamente. Em razão disso, os edifícios, residências e
construções acabam ficando desprotegidos contra possíveis raios.
"Resumo sobre para-raios
 Os para-raios são dispositivos fabricados para conduzir o raio do topo das
edificações até o solo.
 Funcionam pelo poder das pontas.
 Os tipos de para-raios são: o para-raios de Franklin, o para-raios de Melsens e o
para-raios radioativo.
 Os para-raios fazem parte do sistema de proteção contra descargas atmosféricas.
 A altura mínima para colocar um para-raios depende da análise e cálculo do
nível de proteção da estrutura.
 Caso os para-raios sejam mal fabricados ou mal instalados, os edifícios perdem a
sua proteção contra os raios.
 Benjamin Franklin é considerado o criador dos para-raios."
3. INSTALACAO TELEFONICA
3.1. Conceitos gerais:
BLOCO TERMINAL: Bloco de material isolante, destinado a permitir a conexão de
cabos e fios telefónicos.
CAIXA: Designação genérica para as partes da tubulação destinadas a possibilitar a
passagem, emenda ou terminação de cabos e fios telefônicos.
CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO: Caixa pertencente à tubulação primária, cuja
finalidade é dar passagem aos cabos e fios telefônicos, bem
como abrigar os blocos terminais.
PONTO TERMINAL DA REDE (PTR): Caixa na qual são terminados e
interligados os cabos da rede externa da Concessionária e os cabos intensos do
edifício.
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CAIXA DE ENTRADA DO EDIFÍCIO: Caixa subterrânea, situada em frente ao
edifício, junto ao alinhamento predial, a fim de que se permita a entrada do cabo
subterrâneo da rede externa da Concessionária.
CAIXA DE PASSAGEM: Caixa destinada a limitar o comprimento da tubulação,
eliminar curvas e facilitar o puxamento de cabos e fios telefônicos.
CAIXA SUBTERRÂNEA: Caixa de alvenaria ou concreto, instalada sob o solo,
com dimensões suficientes para permitir a instalação e emenda de cabos e fios
telefônicos subterrâneos.
CAIXA DE SAÍDA: Caixa designada a dar passagem ou permitir a saída de fios de
distribuição, conectados aos aparelhos telefônicos.
CANALETA:
Conduto metálico, rígido, de seção retangular, que substitui a tubulação
convencional em sistemas de distribuição no piso.
CUBÍCULO:
Tipo especial de caixa de grande porte que pode servir como caixa de distribuição
geral, caixa de distribuição ou caixa de passagem.
MALHA DE PISO:
Sistema de distribuição em que os pontos telefônicos são atendidos por um conjunto
de tubulações ou canaletas interligadas a uma caixa de distribuição.
POÇO DE ELEVAÇÃO:
Tipo especial de prumada, de seção rectangular, que possibilita a instalação de cabos
de grande capacidade.
PONTO TELEFÔNICO:
Previsão de demanda de um telefone principal ou qualquer serviço que utilize pares
físicos de um edifício.
PRUMADA:
Tubulação vertical que se constitui na espinha dorsal da tubulação telefônica do
edifício e que corresponde, usualmente, à tubulação primária do mesmo.
SALA DO DISTRIBUIDOR GERAL:
Compartimento apropriado, reservado para uso exclusivo da Concessionária, que
substitui a caixa de distribuição geral em alguns casos.
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TUBULAÇÃO DE ENTRADA: Parte da tubulação que permite a entrada do cabo
da rede externa da Concessionária e que termina na caixa de distribuição geral.
Quando subterrânea, abrange também a caixa de entrada do edifício.
TUBULAÇÃO PRIMÁRIA: Parte da tubulação que abrange a caixa de distribuição
geral, as caixas de distribuição e as tubulações que as interligam.
TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA:
Parte da tubulação que abrange as caixas de saída e as tubulações que as interligam
às caixas de distribuição.
TUBULAÇÃO TELEFÔNICA:
Termo genérico utilizado para designar o conjunto de tubulações destinadas aos
serviços de telecomunicação de um edifício.
3.2. Disposições Gerais
As tubulações telefónicas às quais se referem essas instruções devem ser destinadas
exclusivamente ao uso da Concessionária, que, a seu critério, nelas poderá instalar os
serviços de telecomunicações conectados à rede pública, como telefonia, telex, centrais
privadas de comutação telefônica de propriedade da Concessionária, música ambiente,
transmissão de dados ou outros serviços correlatos.
Os serviços de comunicação interna do edifício não pertencentes à Concessionária
como interfones, sinalizações internas, antenas coletivas ou outros sistemas de
telecomunicações particulares não conectados à rede pública requererão uma tubulação
independente e exclusiva, que poderá ser dimensionada de acordo com os critérios
estabelecidos por essa Norma, mas que não necessitará ter seu projeto e sua instalação
aprovados pela Concessionária.
3.2.1 As tubulações telefônicas para as redes das centrais privadas de comutação
telefônica dos tipos P(A)BX e Key System, que não pertençam à Concessionária,
deverão ser separadas e independentes da tubulação telefônica do edifício. Seus
projetos, no entanto, terão de ser submetidos à aprovação da Concessionária.
3.2.2 A Concessionária, a seu critério, poderá exigir que as tubulações telefônicas para
as redes das centrais privadas de comutação telefônica de sua propriedade sejam
separadas e independentes da tubulação telefônica do edifício.
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3.2.3 As tubulações telefônicas para as redes das centrais privadas de comutação
telefônica deverão ser interligadas às tubulações de uso exclusivo da Concessionária
através da caixa de distribuição da prumada mais próxima, para facilitar a instalação das
linhas tronco ao equipamento do assinante.
O construtor do edifício será responsável pelo projeto e pela execução das tubulações
telefônicas do edifício.
Todos os projetos de tubulações telefônicas, referentes a edificações com três ou mais
pavimentos e/ou seis ou mais pontos telefônicos, deverão ser submetidos à aprovação da
Concessionária. Em tais casos, nenhuma tubulação telefônica deverá ser executada sem
que seu projeto tenha sido aprovado.
Todas as tubulações executadas em edifícios com três ou mais pavimentos e/ou seis ou
mais pontos telefônicos deverão ser vistoriadas pela Concessionária. Em tais casos,
nenhum cabo ou fio telefônico deverá ser instalado se essas tubulações não tiverem sido
vistoriadas e aprovadas.
Todas as modificações que o construtor precisar introduzir em um projeto de tubulação
já aprovado necessitarão ser analisadas e aprovadas previamente pela Concessionária.
As modificações a serem efetuadas não poderão contrariar os critérios estabelecidos
pela presente instrução.
Todos os entendimentos feitos entre o construtor e a Concessionária deverão ser
confirmados por escrito.
A Concessionária deve orientar o construtor quanto à necessidade de que ele solicite a
vistoria das tubulações tão logo estas estejam em condições de uso, e não apenas
quando o edifício estiver totalmente concluído, a fim de que se permita que os cabos e
fios telefônicos estejam já instalados quando o edifício for ocupado.
3.3. Esquema Geral das Tubulações Telefônicas em Edifícios
Para fins desta Norma, as tubulações telefônicas em edifícios são divididas em três
partes:
Tubulação de Entrada:
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Parte da tubulação que dá entrada ao cabo da rede externa da Concessionária,
compreendida entre a caixa de distribuição geral e o ponto terminal de rede.
Tubulação Primária:
Parte da tubulação que compreende a caixa de distribuição geral, as caixas de
distribuição e as tubulações que as interligam.
Tubulação Secundária:
Parte da tubulação que abrange as caixas de saída e as tubulações que as interligam
às caixas de distribuição.
A Figura D.1 ilustra as diversas partes da tubulação telefônica de um edifício, em
corte esquemático.
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Em edifícios de grande porte, com elevado número de pontos telefônicos, a tubulação
da prumada deve ser substituída por um poço de elevação – o qual consiste em uma
série de cubículos alinhados e dispostos verticalmente, interligados através de abertura
na laje, conforme exemplificado no corte esquemático da Figura D.2.
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Figura D.2
Os projetos de tubulação telefônica têm por finalidade dimensionar e localizar o trajeto
dentro do edifício das tubulações de entrada, primária e secundária. O critério básico
utilizado para o dimensionamento dessas tubulações é o número de pontos telefônicos
previstos para o edifício ou para qualquer uma de suas partes.
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3.4. Critérios e Tabelas Adoptados na Elaboração de Projectos de
tubulação
CRITÉRIOS PARA A PREVISÃO DOS PONTOS TELEFÔNICOS
As tubulações telefônicas são dimensionadas em função do número de pontos
telefônicos previstos para o edifício, acumulados em cada uma de suas partes. Cada
ponto telefônico corresponde à demanda de um telefone principal ou qualquer outro
serviço que utilize pares físicos e que deva ser conectado à rede pública, não estando
incluídas nessa previsão as extensões dos telefones ou serviços principais.
Os critérios para a previsão do número de pontos telefônicos são fixados em função do
tipo de edificação e do uso a que se destinam, ou seja:
Residências ou apartamentos:
De até 2 quartos — 1 ponto telefônico.
De 3 quartos — 2 pontos telefônicos.
De 4 ou mais quartos — 3 pontos telefônicos.
Lojas:
1 ponto telefônico/50 m2.
Escritórios:
1 ponto telefônico/10 m2.
Indústrias:
Área de escritórios: 1 ponto telefônico/10 m2.
Área de produção: estudos especiais, a critério do proprietário.
Cinemas, teatros, supermercados, depósitos, armazéns, hotéis e outros:
Estudos especiais, em conjunto com a Concessionária, respeitando os limites
estabelecidos nos critérios anteriores.
CRITÉRIOS PARA A DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE CAIXAS DE SAÍDA
O número de caixas de saída previsto para determinada parte de um edifício deve
corresponder ao número de pontos telefônicos mais as extensões necessárias para aquela
parte do prédio.
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O número de caixas de saída e sua localização devem ser determinados de acordo com
os seguintes critérios, respeitando-se sempre os valores estabelecidos no item 5.1:
Residências ou apartamentos:
Prever, no mínimo, uma caixa de saída na sala, na copa ou cozinha e nos quartos. As
seguintes regras gerais devem ser observadas na localização dessas caixas de saída:
Sala:
A caixa de saída deve ficar, de preferência, no hall de entrada, se houver, e, sempre que
possível, próximo à cozinha. As caixas previstas devem ser localizadas na parede, a 30
cm do piso.
Quartos:
Se for conhecida a provável posição das cabeceiras das camas, as caixas de saída devem
ser localizadas ao lado dessa posição, na parede, a 30 cm do piso.
Cozinha:
A caixa de saída deve ser localizada a 1,50 m do piso (caixa para telefone de parede) e
não deverá ficar nos locais onde provavelmente serão instalados o fogão, a geladeira, a
pia ou os armários.
Lojas:
As caixas de saída devem ser projetadas nos locais onde estiverem previstos os balcões,
as caixas registradoras, empacotadeiras e mesas de trabalho, evitandose as paredes onde
estiverem previstas prateleiras ou vitrines.
Escritórios: Em áreas onde estiverem previstas até 10 (dez) caixas de saída, as mesmas
devem ser distribuídas de modo equidistante ao longo das paredes, a 30 cm do piso.
Em áreas onde estiverem previstas mais de 10 (dez) caixas de saída, deverão ser
projetadas caixas de saída no piso, de modo a distribuir uniformemente as caixas
previstas dentro da área a ser atendida. Nesse caso, é necessário projetar uma malha de
piso, com tubulação convencional ou canaleta (ver item 7).
Indústrias, cinemas, teatros, supermercados, depósitos, armazéns, hotéis e outros:
Estudos especiais, de acordo com o item 5.1.
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DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
O diâmetro dos tubos para cada trecho das tubulações primárias e secundária é
determinado em função do número de pontos telefônicos acumulados em cada um
desses trechos, conforme estabelece a Tabela D.1.
* A critério da Concessionária, deverá ser utilizado poço de elevação.
DIMENSIONAMENTO DAS CAIXAS INTERNAS
As caixas de passagem, de distribuição e distribuição geral, instaladas dentro do
edifício, são dimensionadas em função do número de pontos telefônicos acumulados em
cada trecho da tubulação, conforme estabelece a Tabela D.2.
* A critério da Concessionária, deverá ser utilizado poço de elevação.
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No caso de edificações com mais de um bloco, um deles deverá ter sua caixa de
distribuição geral dimensionada para o somatório dos pontos de todos os blocos que
constituem o conjunto (ver item 8).
As dimensões padronizadas para as caixas referidas na Tabela D.2, correspondentes aos
números indicados, encontram-se na Tabela D.3.
DIMENSIONAMENTO DA TUBULAÇÃO DE ENTRADA
Se o cabo de entrada do edifício for subterrâneo, a tubulação de entrada deverá ser
dimensionada de acordo com a Tabela D.4.
Caso o cabo de entrada do edifício seja aéreo, a tubulação de entrada – que se estende
da caixa de distribuição geral até o ponto em que o cabo da rede externa entra na
fachada do edifício – deverá ser dimensionada de acordo com a Tabela D.1.
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DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DAS TUBULAÇÕES EM FUNÇÃO DO
NÚMERO DE CURVAS EXISTENTES
Os comprimentos dos lances de tubulações são limitados para que se facilite a enfiação
do cabo no tubo. O maior limitante para o comprimento das tubulações, porém, é o
número de curvas existentes entre as caixas. As curvas admitidas nos lances de
tubulações devem obedecer aos seguintes critérios:
As curvas não podem ser reversas.
O número máximo de curvas que pode existir é 2.
Os comprimentos máximos admitidos para as tubulações primária e secundária, ou para
a tubulação de entrada, no caso de cabos aéreos, dimensionadas conforme a Tabela D.1,
são os seguintes:
a) Trechos retilíneos: até 15 m para tubulações verticais e 30 m para tubulações
horizontais.
b) Trechos com uma curva: até 12 m para tubulações verticais e 24 m para
tubulações horizontais.
c) Trechos com duas curvas: até 9 m para tubulações verticais e 18 m para
tubulações horizontais.
d) Os comprimentos máximos admitidos para as tubulações de entrada
subterrâneas, dimensionadas conforme a Tabela D.4, são os seguintes:
 Trechos retilíneos: até 60 m para tubulações horizontais.
 Trechos com uma curva: até 50 m para tubulações horizontais.
 Trechos com duas curvas: até 40 m para tubulações horizontais.
DIMENSIONAMENTO DE POÇOS DE ELEVAÇÃO
Os poços de elevação destinam-se a substituir as tubulações convencionais e são
obrigatórios nos casos em que o número de pontos telefônicos acumulados na prumada
exceder a 420.
Os poços de elevação são constituídos por uma sucessão de cubículos dispostos
verticalmente, com a altura de cada um deles correspondendo ao pé direito dos andares
e ligados entre si através de abertura nas lajes. A continuidade dos poços de elevação é
estabelecida por meio de duas aberturas quadradas, de 0,30 × 0,30 m, no mínimo,
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executadas nas lajes de cada andar, junto às paredes dos cubículos. Tais aberturas
devem ser vedadas com material termoisolante removível enquanto não estiverem sendo
usadas.
A largura e a profundidade mínimas de um poço de elevação serão, respectivamente,
1,50 m e 0,40 m.
As portas dos cubículos devem ser providas de soleiras reforçadas – de 0,10 m de altura
e ter 2,10 m de altura mínima. Sua largura precisa corresponder à largura do cubículo e
pode ter uma ou duas folhas. As folhas das portas devem abrirse para fora e possuir
fechaduras.
Os cubículos devem ser equipados com painéis de madeira, de dimensões mínimas de
1,20 m × 1,20 m e espessura de 0,025 m, centralizados nas paredes do fundo dos
cubículos. A extremidade inferior desses painéis tem de estar situada a 0,50 m do piso.
As tubulações secundárias de cada andar devem sair pelo piso, encostadas à parede do
fundo do cubículo. Suas extremidades precisam ser salientes e ter um comprimento livre
de 0,10 m. As tubulações não podem sair pelas paredes laterais dos cubículos, pois estas
receberão o cabo da rede interna, que obstruiria tais saídas, prejudicando os futuros
usuários do edifício.
Sequência Básica para a Elaboração de Projectos:
Na elaboração de um projecto de tubulação, os estudos devem ser indicados pela
tubulação secundária, passando em seguida para a tubulação primária e terminando na
tubulação de entrada, qualquer que seja o tipo de edifício para o qual a mesma está
sendo projectada.
As etapas básicas para a elaboração de projectos, definidas a seguir, aplicam-se a
qualquer tipo de prédio, independentemente do uso a que se destina.
ETAPAS DO PROJETO DE TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA
Determinar o número e os locais onde deverão ser instaladas as caixas de saída em cada
parte do edifício (apartamento, loja, escritórios etc.), de acordo com os critérios
estabelecidos no item 5.2 para os diferentes tipos de prédios, incluindo-se, caso existam,
a portaria, a casa do zelador, o salão de festas e demais dependências.
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Definir, dentro de cada parte do edifício, o local onde ficará a caixa de saída principal
que será interligada à caixa de distribuição que atende ao andar.
Determinar o trajecto da tubulação dentro de cada parte do edifício, de modo a se
interligarem todas as caixas de saída
à caixa de saída principal, projectando caixas de passagem, se estas forem necessárias,
para que se limitem o comprimento das tubulações e/ou o número de curvas, conforme
os critérios estabelecidos no item 5.8.
Estabelecer o diâmetro dos tubos e as dimensões das caixas pertencentes à tubulação
secundária, utilizando os valores indicados nas Tabelas D.1 e D.2 (itens 5.3 e 5.4).
Em edifícios comerciais, onde existem áreas de escritórios com mais de 10 caixas de
saída, devem ser utilizados sistemas de distribuição em malha no piso para a
interligação das caixas de saída à caixa de saída principal.
Depois de elaborado o projecto da tubulação secundária, é preciso que se faça o projeto
da tubulação primária.
Os cubículos devem ser equipados com painéis de madeira, de dimensões mínimas de
1,20 m × 1,20 m e espessura de 0,025 m, centralizados nas paredes do fundo dos
cubículos. A extremidade inferior desses painéis tem de estar situada a 0,50 m do piso.
As tubulações secundárias de cada andar devem sair pelo piso, encostadas à parede do
fundo do cubículo. Suas extremidades precisam ser salientes e ter um comprimento livre
de 0,10 m. As tubulações não podem sair pelas paredes laterais dos cubículos, pois estas
receberão o cabo da rede interna, que obstruiria tais saídas, prejudicando os futuros
usuários do edifício.
DIMENSIONAMENTO DE SALAS DO DISTRIBUIDOR GERAL
Quando o porte do edifício for tal, que exigir uma caixa de distribuição geral de grandes
dimensões, será necessário projetar uma sala especial para o distribuidor geral.
As dimensões da sala do distribuidor geral têm de ser determinadas em conjunto entre a
Concessionária e o construtor, e sua altura deve corresponder à altura do pavimento
onde estiver localizada.
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A área necessária para a sala do distribuidor geral pode ser estabelecida pelos critérios a
seguir, os quais não são rígidos; servem apenas como orientação:
Edifícios com até 1 000 pontos: 6 m2.
Edifícios com mais de 1 000 pontos: 1 m2 adicional para cada 500 pontos ou fração que
ultrapassar os 1 000 pontos iniciais.
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CAPITULO IV: CONCLUSAO:
Segundo nos resultados obtidos no presente estudo chega-se as seguintes conclusões:
Basicamente, a exemplo do que ocorre com um refrigerador (geladeira), a finalidade do
ar condicionado é extrair o calor de uma fonte quente, transferindo-o para uma fonte
fria. Isto é possível através do sistema evaporador e condensador. No aparelho de ar
condicionado existe um filtro, em forma de lençol, no qual passa o ar antes de ir para o
evaporador, o que permite eliminar umidade e impurezas. Existem aplicações muito
especiais, nas quais a pressão do ar ambiente pode vir a ser controlada. Estes ambientes
podem ser destinados tanto ao conforto humano ou animal e neste caso os sistemas
aplicados são vulgarmente chamados de ar condicionado de conforto, ou pode-se
apresentar um ambiente destinado ao desenvolvimento de um determinado processo
industrial ou laboratorial e o sistema passa a ser chamado de ar condicionado de
processo. A instalação dos fios telefônicos deve ser feita em todos os lances de
tubulação secundária, da caixa de distribuição do andar até a primeira caixa de saída da
edificação.
Da caixa de distribuição do andar até a primeira tomada, pode ser utilizado o fio
telefónico FI-60-R, com os dois condutores de 0,60 mm de diâmetro, trançados,
estanhados e com isolamento reforçado de PVC na cor cinza, ou cabo CCI 2 pares.
Os fios devem ser contínuos e sem emenda nos lances de tubulação. A partir da primeira
caixa de saída, deve ser utilizado o cabo CCI de dois pares, codificado por cores..
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CAPITULO V: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 AR CONDICIONADO. História do ar condicionado. Disponível em:
<http://www.arcondicionado.ind.br/historia_ar_condicionado.asp>. Acesso
em: 13 de Abril de 2024;
 AR CONDICIONADO AMBIENTE. Como funciona? Disponível em:
<https://sites.google.com/site/arcondicionadoambiente/>. Acesso em: 16 de
Abril de 2024.
 BRAIN, MARSHALL. Como funciona o ar condicionado. Disponível em:
<http://casa.hsw.uol.com.br/ar-condicionado.htm>. Acesso em 14 de Abril de
2024.
 BRÜEL & KJÆR. Sound Intensity Booklet. 1993. Disponível em:
<https://www.bksv.com/media/doc/br0476.pdf>. Acesso em 13 de Abril de
2024.
 DOSSAT, Roy J. Princípios de refrigeração/ teoria, prática, exemplos,
problemas, soluções. São Paulo: Hemus, c2004 884 p. ISBN 8528901599
(broch.).
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TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx

  • 1. UNIVERSIDADE POLITECNICA – À POLITECNICA Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologia – ISHCT Engenharia Civil - Modular 1. Projecto de instalação de aparelhos de Ar Condicionado; 2. Pára-raios Prediais; 3. Tubulações Telefónicas. Nomes dos Estudantes: Flávio Dadinho Nembane Edmundo Murapue Abel Sande Alfredo Macuacua Alilo Gurcia Cardim Bernardo Filomone J. Manhique Quelimane 15 de Abril 2024
  • 2. Nomes dos Estudantes: Flávio Dadinho Nembane Edmundo Murapue Abel Sande Alfredo Macuacua Alilo Gurcia Cardim Bernardo Filomone J. Manhique 1. Projecto de instalação de aparelhos de Ar Condicionado; 2. Pára-raios Prediais; 3. Tubulações Telefónicas. Trabalho de pesquisa apresentado ao Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias, para fins avaliativos na cadeira de Instalações Eléctricas em edifícios. Docente: Engo. Zeferino Mafende Fostão Quelimane 15 de Abril 2024
  • 3. INDICE: CAPITULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................ 4 1. OBJECTIVOS:............................................................................................................. 4 1.2. Metodologia:.............................................................................................................. 5 Capítulo II. BREVE HISTORIAL DA ORIGEM DO AR CONDICIONADO .............. 6 CAPITULO III: DESCCRIÇÃO DOS TEMAS. ............................................................. 7 1. AR CONDICIONADO:............................................................................................ 7 Classificação do ar condicionado:.................................................................................. 11 1.2. A ESCOLHA DE AR CONDICIONADO.......................................................... 13 2. PARA RAIOS ......................................................................................................... 18 "Resumo sobre para-raios............................................................................................... 24 3. INSTALACAO TELEFONICA.............................................................................. 24 3.2. Disposições Gerais .............................................................................................. 26 3.3. Esquema Geral das Tubulações Telefônicas em Edifícios.................................. 27 3.4. Critérios e Tabelas Adoptados na Elaboração de Projectos de tubulação........... 31 CAPITULO IV: CONCLUSAO: ................................................................................... 39 CAPITULO V: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ................................................ 40 ANEXOS:....................................................................................................................... 41
  • 4. CAPITULO I: INTRODUÇÃO O presente trabalho de introdução a Instalações Eléctricas em edifícios, visa tratar do ´´Projecto de instalação de aparelhos de Ar Condicionado; Pára-raios Prediais; Tubulações Telefónicas.``, para tal me propus em a apresentar essas temas de mais forma clara e objectiva. São sistemas que visam a obtenção de condições específicas do ar nos diversos tipos de ambientes, de modo a proporcionar conforto térmico aos ocupantes ou proporcionar condições especiais exigidas por equipamentos e/ou processos. Condicionamento de ar, segundo a definição técnica de aplicação, é um processo de tratamento de ar destinado a controlar simultaneamente: temperatura do ar, humidade relativa do ar (obtida pela retirada ou pela colocação de vapor de água no ar), pureza (filtros), distribuição de ar (ventilador, difusor, ducto) de um ambiente. Existem aplicações muito especiais, nas quais a pressão do ar ambiente pode vir a ser controlada. Estes ambientes podem ser destinados tanto ao conforto humano ou animal e neste caso os sistemas aplicados são vulgarmente chamados de ar condicionado de conforto, ou pode-se apresentar um ambiente destinado ao desenvolvimento de um determinado processo industrial ou laboratorial e o sistema passa a ser chamado de ar condicionado de processo. 1. OBJECTIVOS: Para a materialização de qualquer que seja actividade é extremamente importante traçar metas a serem alcançadas, isso ajuda a manter o foco, visto que tudo deve antes ser planificada para depois ser executado. 1.1.1. Gerais:  Conhecer os diversos tipos de instalações;  Estudar as formas das instalações. 1.1.2. Específicos:  Descrever do Ar condicionados, Instalações Telefónicas e Para Raios;  Identificar formas de aplicação nos edifícios;
  • 5. 1.2. Metodologia: Para a realização do presente trabalho recorreu-se á consulta de bibliografia especifica (incluindo manuais e livros de Instalação Eléctricas, e subsequentemente, fez-se a selecção, processamento e organização dos mesmos. E também fez-se o uso das revisão de literatura, a internet, onde baixou-se artigos relevantes ao tema, em seguida o uso do computador para a sua execução.
  • 6. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 6 Capítulo II. BREVE HISTORIAL DA ORIGEM DO AR CONDICIONADO De acordo com o site Portal da Refrigeração (2000), desde a pré-história o homem procura obter formas de refrigerar seus alimentos ou outras substâncias para que alcancem temperaturas inferiores a do ambiente. Há registos de antes 2.000 A.C. que indicam que os efeitos exercidos por baixas temperaturas sobre a preservação de alimentos já eram conhecidos. Por volta de 300 A.C. Alexandre, O Grande serviu bebidas resfriadas com neve aos seus soldados. Os primeiros métodos de manutenção do frio faziam uso do gelo natural ou de misturas de sal e neve. Posteriormente, já passados muitos anos, no século XIV, descobriu-se que dissolvendo nitrato de sódio em água consegue-se abaixar a temperatura da mistura. Segundo Amanda Green (2015) 1, no ano de 1758, o inventor Benjamin Franklin e o professor da Universidade de Cambridge John Hadley descobriram que a evaporação do álcool e outros líquidos voláteis, que evaporam mais rápido do que a água, podem diminuir o suficiente a temperatura de um objeto a ponto de congelar a água. Em 1820 o inventor Michael Faraday descobre a mesma coisa na Inglaterra, quando ele comprime e liquefaz a amônia. Na década de 1830, no hospital da Flórida em que ele trabalhava, o Doutor John Gorrie cria uma máquina de fazer gelo que utiliza compressão para fazer baldes de gelo e então soprar ar sobre eles. Ele patenteia a ideia em 1851, imaginando sua invenção resfriando edificações por todo o mundo. Mas sem qualquer retorno financeiro, seu sonho se derreteu. No ano de 1881, engenheiros navais dos Estados Unidos da América construíram uma unidade improvisada de refrigeração em forma de caixa para manter o Presidente James Garfield fresco e confortável. O mecanismo era preenchido com um pano embebido em gelo e água gelada e um ventilador soprava o ar quente para cima, mantendo o ar frio perto do chão. Esse mecanismo conseguia diminuir a temperatura de uma sala em até 11ºC. A má notícia é que ele utilizava 225 toneladas de gelo para cada 2 meses de funcionamento. Na década seguinte, estes produtos já não eram mais novidade. A partir disso, se inicia um mercado de amplitude mundial em constante expansão, com muito espaço para desenvolvimento tecnológico e novidades em produtos, até os dias de hoje. No começo do século XX, segundo Ferraz & Gomes (2008), com o início da
  • 7. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 7 distribuição da eletricidade graças as descobertas de Thomas Edison e Nikola Tesla, a indústria da refrigeração recebeu uma contribuição decisiva. Com esta nova fonte de energia, buscou-se desenvolver equipamentos de refrigeração possíveis de serem usados em residências. O primeiro refrigerador doméstico surgiu em 1913, mas sua aceitação não foi muito grande, já que o mesmo era de operação manual, exigindo atenção constante, muito esforço e apresentava baixo rendimento. De acordo com o website Ar Condicionado (2000), no ano de 1902, o jovem engenheiro norte-americano Willys Carrier inventou um processo mecânico para condicionar o ar, tornando realidade o controle do clima. Sua invenção viria a ajudar a indústria. Uma empresa de Nova York estava tendo problemas com trabalhos de impressão durante os quentes meses de verão. O papel absorvia a umidade do ar e se dilatava. As cores impressas em dias úmidos não se alinhavam, gerando imagens borradas e obscuras. Carrier acreditava que poderia retirar a umidade da fábrica através do resfriamento do ar. Para isto, desenhou uma máquina que fazia circular o ar por dutos resfriados artificialmente. Este processo, que controlava a temperatura e umidade, foi o primeiro exemplo de condicionamento de ar por um processo mecânico. Porém, foi a indústria têxtil o primeiro grande mercado para o condicionador de ar, que logo passou a ser usado em diversos prédios e instalações CAPITULO III: DESCCRIÇÃO DOS TEMAS. 1. AR CONDICIONADO: Função e princípio do equipamento O ar condicionado é um equipamento destinado a climatizar o ar em um recinto fechado, mantendo sua temperatura e umidade do ar controladas, para deixar os ambientes em temperaturas agradáveis, criando uma sensação de conforto térmico (aquecendo ou refrigerando) ou até mesmo em determinados ambientes em que o seu uso é indispensável como, por exemplo, CPD, Laboratórios, Unidades de Hospitais, Radiologia, No Break, e outros. O princípio de funcionamento dos condicionadores de ar, nada mais é do que a troca de temperatura do ar do ambiente, pela passagem do ar pela serpentina do evaporador que,
  • 8. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 8 por contacto, tem queda ou aumento de temperatura do ar, dependendo do ciclo utilizado, baixando a umidade relativa do ar. O ar do ambiente é sugado por um ventilador e atravessa um evaporador, passando em volta de uma serpentina cheia de R-22, substância refrigeradora à temperatura de 7° C e em estado líquido. Em contacto com uma serpentina gelada, o ar se resfria e volta para o ambiente. Ao absorver o calor do ar, o R-22 muda de estado dentro da serpentina e vira gás, entrando depois num compressor eléctrico. Essa peça, que produz o barulho do aparelho, comprime o R-22 até que, sob alta pressão, ele vire um gás quente, a 52° C. Esse gás entra numa outra serpentina, do lado de fora do aparelho, chamado condensador. Mais quente que o ambiente externo, o R-22 se resfria um pouco. Com isso, ele vira líquido de novo mesmo antes de chegar aos 7°C, pois está sob alta pressão. Um outro ventilador sopra o ar quente que sobrou para a rua. O R-22 (em estado líquido por causa da alta pressão) entra numa válvula de expansão, espécie de orifício onde o líquido perde pressão rapidamente e se esfria até 7° C, que o mentem em estado líquido. A partir daí, o ciclo recomeça novamente. Figura 1: Funcionamento do resfriador evaporativo Os Sistemas de condicionamento de ar possuem quatro componentes básicos: • Compressor; • Condensador; • Evaporador; • Motor ventilador.
  • 9. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 9 Vantagens do equipamento • Longevidade dos eletrodomésticos é prolongada; • Uma atmosfera mais confortável; • Utilizados tanto no inverno como no verão. Desvantagens do equipamento . Resseca o ar causando irritação aos olhos; . Recirculação do ar (não renovação do ar); . Alto consumo de energia elétrica; . Uso de gases prejudiciais à camada de ozônio e efeito estufa; . Manutenção periódica; . Interfere na arquitetura de interiores (espaços necessários); . O mau uso do ar condicionado compromete a saúde. O que os mais diversos modelos de ar condicionado ainda não conseguiram eliminar é um incômodo efeito colateral: o ressecamento do ar. "Em contacto com o frio, a umidade do ar se condensa em gotinhas dentro do aparelho, como acontece em uma garrafa fechada e gelada”. Dicas de procedimentos
  • 10. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 10 A escolha de um sistema de refrigeração/aquecimento para as edificações deverá levar em conta alguns aspectos fundamentais: o preço, o consumo energético, a funcionalidade e, sobretudo, o conforto térmico. Em termos estritamente econômicos, a resposta para sua instalação poderá ser não. Mas se o custo não for a única preocupação, talvez sim. No entanto, em termos estritamente de conforto térmico, há sistemas eventualmente mais vantajosos. Se a opção for pelo ar condicionado, não só para frio mas também para calor, o menor custo terá uma contrapartida com o menor conforto. Especialistas lembram a vantagem da filtragem do ar proporcionada pelo ar condicionado, que reduz significativamente o número de impurezas em suspensão no ar. Explicam, ainda, que um sistema bem dimensionado, proporciona uma distribuição de ar uniforme, filtra o ar e poderá permitir a renovação, evitando sua saturação. Além de custo, outro factor de enorme ponderação na escolha de um sistema de climatização é o consumo energético. Os equipamentos de ar condicionado modernos utilizam o sistema bomba de calor “a inversão do ciclo para aquecer”, tornando os consumos moderados. A climatização artificial acaba por ser indispensável para se conseguir um bom nível de conforto térmico.
  • 11. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 11 Os consumidores devem recorrer aos profissionais do sector, evitando comprar soluções inadequadas. Muitas vezes, um sistema não resolve porque simplesmente não foi projectado ou instalado com rigor. Classificação do ar condicionado: Os condicionadores de ar podem ser divididos em 3 categorias: a) Condicionador de ar tipo residencial – Não permite refrigerar mais de um ambiente. b) Sistema compacto para refrigeração de dois a três locais, mediante a colocação de ductos. A capacidade varia de 22.000 a 50.000 BTU. c) Sistema comercial, com capacidade de refrigeração muito elevada, entre 50.000 a 90.000 BTU. Este sistema requer a instalação de uma torre de resfriamento, e uma tubulação de água para efectuar o resfriamento. A torre de resfriamento pode ser colocada no terraço do prédio. A torre de resfriamento é composta na parte superior por uma grande bandeja perfurada, na parte superior por uma grande bandeja perfurada, de um corpo de chapas de madeira espaçadas de alguns centímetros, de um ventilador accionado por um motor eléctrico, de um recipiente para recolha e distribuição da água, da carcaça metálica da torre propriamente dita, de uma bomba eléctrica para circulação forçada da água.
  • 12. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 12 1.1. Consumo de electricidade do equipamento A classificação da eficiência enérgica (EER) de um ar condicionado é a sua capacidade em BTU, dividida pelo seu consumo. Se, por exemplo, um ar condicionado de 10 mil BTU consome 1.200 Watts, o seu EER é de 8,3 (10 mil BTU/1.200 Watts). Obviamente, vai-se querer que o EER seja o mais alto possível mas, normalmente, um EER maior é acompanhado de um preço elevado. Para evitar o consumo excessivo de energia, deve-se: • Manter portas e janelas fechadas, pois o aparelho possui um filtro de ar interno que dificulta a passagem de insetos, particulados e até fuligem de automóveis para o interior do ambiente. Com elas abertas, estas impurezas entram no ambiente, sem passar pelo filtro e a filtragem de ar pelo aparelho deixa de ocorrer como deveria; • Não deixar fugas de ar, pois essas fugas como: geladeira, frestas e janelas abertas fazem com que o aparelho de ar condicionado tente refrigerar o ambiente externo também. Isso faz com que o compressor do aparelho funcione por mais tempo, consumindo mais energia e o barulho do aparelho aumenta; • Regular sempre a temperatura, pois a principal finalidade do ar condicionado é propiciar conforto térmico às pessoas ou os equipamentos especiais. A menos que a sala possua computadores que necessitem de temperaturas baixas para trabalhar, não podendo refrigerar mais que o necessário. 1.8 Medição da capacidade do equipamento A potência de arrefecimento ou aquecimento dos equipamentos de ar condicionado pode ser medida de diferentes formas: Kw , Kcal/h ou Btu/h. 1.9 Potência do equipamento com relação à área BTU é a unidade que mede a quantidade de calor presente em um ambiente fechado e que precisa ser retirada ou adicionada para atingir um conforto térmico. A sigla BTU significa Bristish Thermal Unit ou Unidade Térmica Britânica. Um BTU é a quantidade de calor necessária para reduzir a temperatura de uma libra de água (0,4536 litros) em um grau Fahrenheit (0,53 graus Celsius).
  • 13. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 13 Para calcular o BTU ou a quantidade de calor que precisa ser retirada, alguns factores são necessários: Como o ambiente recebe incidência do sol? Há sombra o dia todo, sol o dia todo ou na parte da tarde ou na parte da manhã? Localização do ambiente? Região litorânea, em andar térreo, entre andares, tipo de telhado? Saber quanta água um condicionador de ar pode resfriar não é muito útil. Para se ter uma ideia de quanto de ar pode ser resfriado, deve-se levar em conta que 1 metro cúbico de água pesa 1.000 Kg e a água é 6.300 vezes mais densa que o ar, portanto, 1 metro cúbico de ar pesa aproximadamente 0.159 Kg. Isto significa que um local com área de 30 metros cúbicos, com um aparelho de ar condicionado de 10.000 BTUs reduz a temperatura em 5 graus Celsius em questão de minutos. Outras variáveis que influenciam neste cálculo: • Números de janelas; • Números de portas; • Paredes externas e janelas que recebem insolação; • Quantidade e potência de equipamentos elétricos e lâmpadas que dissipam calor; • Número de pessoas no ambiente. 1.2. A ESCOLHA DE AR CONDICIONADO Conforme o tipo de ambiente que vamos refrigerar, haverá diferentes capacidades de aparelhos. Para dimensionamento adequado do ar condicionado temos que levar em conta vários factores: - Qual o tamanho da sala ou escritório? - Qual a altura do pé direito? (distância do solo ao teto) - Quantas portas e janelas nós temos? - As janelas recebem sol directo? Da manhã ou da tarde? Tem cortina nas janelas? Os vidros ficam à sombra? - Quantas pessoas trabalham no recinto? - Os aparelhos eléctricos trabalham em regime contínuo; qual a capacidade de cada um? (potência)
  • 14. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 14 Para facilitar a escolha do ar ideal, estabelecemos um roteiro de cálculo, denominado: CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA. CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA Para facilitar os cálculos, os fabricantes de ar condicionado, costumam publicar tabelas que fornecem o número de Quilocalorias por hora (Kcal/h), necessárias a cada tipo de ambiente. PLANILHA PARA CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA PARA ESCOLHA DE AR CONDICIONADO
  • 15. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 15 Exercícios para cálculo de carga térmica a) Dimensionar (escolher) a capacidade de um ar condicionado para refrigerar um escritório com as seguintes características: 1 – Área do escritório, 25 m² com pé direito de 3 m. O escritório não é de cobertura, ficando entre andares. 2 – Existem 2 (duas) janelas com cortinas recebendo sol da manhã, cada janela tem área de 2 m². 3 – No escritório trabalham 4 pessoas. 4 – Existem 2 (duas) portas. Cada porta tem área de 2 m². 5 – Máquinas e equipamentos de uso contínuo, com suas respectivas potências. 2 computadores com 60W cada 1 mini-geladeira com 70W 6 lâmpadas de 60W cada 1 faz com 20W Cálculo da carga térmica: 1) Recinto (ESCRITÓRIO)
  • 16. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 16 VOLUME DO AR INTERNO ÁREA X PÉ DIREITO 25 m² X 3 m = 75 m³. TABELA – RECINTO: Para 75m³ entre andares temos 1.200 Kcal/h. 2) JANELAS ÁREA DAS JANELAS 2 Janelas x 2 m² = 4 m². Tabela – Janelas com cortinas, recebendo sol da manhã, temos: Janelas = 640 Kcal/h 3) Nº de Pessoas: As pessoas, dissipam energia, seu metabolismo mantém-se com a temperatura corpórea de 36ºC. Como temos 4 pessoas, a TABELA indica: 4 pessoas = 500 Kcal/h 4) Nº de Portas Temos no escritório 2 portas com 2 m² cada uma Área das portas 2 x 2 m² = 4 m² TABELA = 500 Kcal/h 5) Cálculo da potência dissipada pelos equipamentos elétricos 2 computadores 2 x 60W = 120W 1 minigeladeira 1 x 70W = 70W 6 lâmpadas 6 x 60W = 360W 1 FAX 1 x 20W = 20W TOTAL = 570W TABELA APARELHO ELÉTRICOS: (COMO A TABELA NÃO PASSA DE 500W, TEMOS: 500W => 450 Kcal 100W => 90 Kcal 600W => 540 Kcal TOTAL DA CARGA TÉRMICA RECINTO 1200 JANELAS 640 PESSOAS 500
  • 17. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 17 PORTAS 500 APARELHOS 540 TOTAL 3.380 Kcal/h Para facilitar a escolha do ar, transformamos Quilocaloria (Kcal) em BTU. 1 Kcal = 3,92 BTU 3.380 x 3,92 = 13.250 BTU’s = 14.000 Escolher no mercado um ar condicionado próximo de 14.000 BTU’s. b) Escolher a capacidade térmica de um ar condicionado para refrigerar uma oficina de reparos de computadores, com as seguintes características: Área de oficina 30 m², altura da oficina 3 m, instalações situadas no andar térreo, com duas janelas sem cortinas, recebendo sol da tarde, cada janela com 2 m². Na oficina trabalham 6 pessoas, que a cessam o ambiente através de 2 portas com 2 m² cada uma. A oficina esta equipada com 1 ferro de solda de 200 watts, uma bancada de teste electrónico de 100W, 8 lâmpadas de 60W cada, um fax 20W, um osciloscópio de 30W, 2 computadores de 60W cada. Solução: Recinto 90 m³ = 1440 Kcal Janelas: 4 m², sol da tarde sem cortina = 1640 Kcal Pessoas: 6 pessoas = 750 kcal Portas: 4 m² = 500 Kcal Ferro de Solda 200W = 180 Kcal Bancada de Teste 60W = 45 kcal Lâmpadas 8 x 60 = 480W = 450 Kcal FAX = 30W = 45 Kcal 1 osciloscópio 30W = 45 Kcal 2 computadores 2 x 60W = 120W = 135 Kcal TOTAL: 1440 + 1640 + 750 + 500 + 180 + 45 + 450 + 45 + 45 +135 = 5.230 Kcal EM BTU’s TEMOS: 5230 x 3,92 = 20.501,6 = 21.000 BTU
  • 18. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 18 2. PARA RAIOS 2.1. Introdução A descarga atmosférica é um dos fenómenos mais imprevisíveis e destrutivos da natureza. Grandes prejuízos ocorrem todos os anos em consequência de raios que atingem pessoas, aviões, animais, edifícios, residências, instalações industriais e agro- pecuárias, redes eléctricas, campos e florestas. Assim, é importante adoptar certas medidas de prevenção para evitar os danos, às vezes irreparáveis, das descargas atmosféricas. A seguir destacam-se alguns pontos importantes sobre ofenómeno das descargas atmosféricas. • Durante muito tempo o raio esteve ligado a crendices populares, sendo considerado manifestação dos deuses. Seu estudo científico teve início em 1752, quando Benjamim Franklin empinou, utilizando uma linha metálica, um papagaio em um dia nublado e constatou que ocorriam choques quando se tocava a linha metálica. Verificou-se, portanto, que os raios eram fenômenos elétricos. • O avanço da tecnologia propiciou a medição das correntes dos raios. A Tabela 12.1 apresenta os valores registrados, bem como sua porcentagem. • A tensão eléctrica causada pelo raio pode atingir, inicialmente, centenas de milhões de volts entre as nuvens e a terra, sendo que vários milhões de volts podem ser transferidos para o objecto atingido durante a ocorrência da descarga eléctrica do raio. • A probabilidade de um raio cair em um local mais alto é maior do que nos locais mais baixos. • Ao se falar em protecção contra descargas atmosféricas deve-se levar em conta os seguintes factores: • a probabilidade de ocorrência de descargas atmosféricas em uma dada área é estimada com base no número de trovoadas por ano;
  • 19. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 19 • os pára-raios instalados para a proteção de linhas e redes elétricas não protegem as edificações contra descargas atmosféricas diretas; • as edificações isoladas estão mais sujeitas a danos causados por descargas atmosféricas que caminham pelas linhas elétricas e atingem as instalações internas destas edificações. 1.2. Considerações sobre a origem dos raios: O raio é um fenômeno da natureza que desde os primórdios vem intrigando o homem, tanto pelo medo provocado pelos trovões, como pelos danos causados pelo seu impacto em florestas, seres vivos e edificações. Antecedendo uma tempestade, ou durante a mesma, componentes (gotículas) das nuvens se apresentam em contínua movimentação, provocando a liberação de elétrons (eletrização por atrito com o ar), que se concentram em algumas nuvens. Verifica-se experimentalmente que as cargas elétricas positivas ocupam a parte superior da nuvem, enquanto as cargas elétricas negativas se posicionam na sua parte inferior, acarretando, consequentemente, uma intensa migração de cargas positivas na superfície da terra para a área correspondente à localização da nuvem, conforme se observa na Figura 12.1. Figura 12.1: Distribuição das cargas elétricas das nuvens e no solo. Como se pode deduzir da Figura 12.1, a concentração de cargas elétricas positivas e negativas em uma determinada região faz surgir uma diferença de potencial entre a terra
  • 20. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 20 e a nuvem. No entanto, o ar apresenta um certa rigidez dielétrica, normalmente elevada, que depende de certas condições ambientais. O aumento dessa diferença de potencial poderá atingir um valor que supere a rigidez dielétrica do ar interposto entre a nuvem e a terra, fazendo com que as cargas elétricas migrem em direção a terra, um trajeto tortuoso e normalmente cheio de ramificações, cujo fenômeno é conhecido como descarga piloto. A ionização do caminho seguido pela descarga piloto propicia condições favoráveis de condutibilidade do ar ambiente. Mantendo-se elevado o gradiente de tensão na região entre a nuvem e a terra, surge, em função da aproximação do solo de uma das ramificações da descarga piloto, uma descarga ascendente, constituída de cargas elétricas positivas, denominada de descarga de retorno ou principal, de grande intensidade, responsável pelo fenômeno conhecido como trovão, que é o deslocamento da massa de ar circundante ao caminhamento do raio em função da elevação de temperatura e, consequentemente, do aumento de volume. Na tentativa de se manter o equilíbrio dos potenciais elétricos no interior da nuvem, surgem nesta intensas descargas que resultam na formação de novas descargas reflexas ou secundárias, no sentido da nuvem à terra, tendo como canal condutor aquele seguido pela descarga de retorno que, em sua trajectória ascendente, deixou o ar intensamente ionizado. Essas descargas secundárias podem acontecer por várias vezes, após cessada a descarga principal. A Figura 12.2 retrata o exposto. Figura 12.2: Seqüência de eventos de uma descarga atmosférica.
  • 21. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 21 Os pára-raios são utilizados para proteção do sistema elétrico e de edificações. No sistema elétrico utiliza-se pára-raios formados por um centelhador em série com um resistor não linear, encapsulados em porcelana. Todo equipamento elétrico instalado em redes (transformadores, banco de capacitores, reguladores de tensão, etc.) é melhor protegido se contar com um pára-raios instalado junto a ele. As edificações contam com proteção do tipo Franklin ou Faraday. A Figura 12.3 retrata os elementos utilizados em um sistema de proteção contra descargas atmosféricas em uma edificação. O para-raios é uma haste que fica no topo de algumas estruturas e serve para protegê-las dos raios. Ele direciona as descargas elétricas para a terra, minimizando seus danos. "O para-raios é um equipamento de segurança que fornece um caminho adequado para uma descarga elétrica. Ele funciona devido ao princípio do poder das pontas, em que as cargas elétricas se acumulam em nas pontas, atraindo os raios para que assim sejam conduzidos até o solo." "Como funciona um para-raios? O princípio de funcionamento dos para-raios é o princípio do poder das pontas, que diz que em condutores metálicos e pontiagudos as cargas elétricas ficam concentradas em suas pontas. Quando o raio se aproxima de alguma estrutura, ele acaba sendo atraído pelo corpo que apresenta mais cargas elétricas, que são as pontas dos para-raios, para
  • 22. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 22 que ele o atinja e seja orientado por fios condutores, localizados na fachada, até uma placa metálica aterrada ao solo, para assim ser dissipado. Para-raios sendo atingido por um raio. Os para-raios guiam os raios até o solo. Caso o para-raios fosse um condutor metálico esférico, as suas cargas elétricas ficariam distribuídas igualmente ao seu redor, e a possibilidade de atrair o raio seria mínima, aumentando as chances de ele atingir a estrutura, ou as pessoas dentro dela, ou ao seu redor. Quais são os tipos de para-raios? Os tipos de para-raios são os para-raios de Franklin, de Melsens e os radioativos. Para-raios de Franklin: é o para-raios formado por uma ou mais hastes metálicas e pontiagudas no topo e um fio capaz de conduzir eletricidade da parte superior até a terra. Ele é o mais empregado devido à sua enorme eficiência em direcionar as descargas elétricas para a terra. Para-raios de Melsens: também chamado de gaiola de Faraday, é o para-raios formado por uma haste metálica e pontiaguda no topo e um sistema de fios condutores metálicos que recobrem toda a estrutura, conduzindo a eletricidade da antena até a terra. Ele é empregado em construções industriais ou de grande porte. Para-raios radioativo: foi o para-raios formado por um ou mais discos metálicos que envolviam uma haste metálica e pontiaguda e o radioisótopo Amerício-241, emissor das radiações gama e alfa. Ele foi empregado nas décadas de 70 e 80 no Brasil, mas atualmente é proibido devido à ausência de comprovação científica de seu funcionamento. Sistemas de Proteção contra Descarga Atmosférica (SPDA) De acordo com a norma NBR 5419 de 2015, o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas é um “sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas; é composto de um sistema externo e de um sistema
  • 23. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 23 interno de proteção”. Geralmente, ele é composto por um para-raios, fios de cobre instalados em toda a fachada e placa metálica enterrada na Terra. Qual é a altura mínima para colocar um para-raios? De acordo com a NBR 5419, a altura mínima para instalação dos para-raios depende de algumas características das estruturas, como: Risco de exposição aos raios: estruturas que têm risco de explosão necessitam do nível mais alto de proteção contra os raios. Tipo de ocupação da estrutura: se são casas, fábricas, oficinas, laboratórios ou outros. Natureza da construção: se é de aço revestido, concreto armado, alvenaria, madeira ou outros materiais. Valor de seu conteúdo, ou os efeitos indiretos dos raios: se são residências comuns, edifícios de escritórios, usinas de gás, centrais telefônicas, estações de rádio, monumentos antigos ou prédios históricos, escolas, hospitais, etc. Localização da estrutura: se estão em métropoles, florestas ou outros lugares. Altura da estrutura: se são planícies, elevações moderadas, colinas, montanhas entre 300 m e 900 m ou montanhas acima de 900 m. Depois da análise dessas características e dos cálculos necessários, determina-se o nível de proteção da estrutura, que varia de I a IV, sendo fornecida a altura mínima para colocar os captadores, que são as pontas dos para-raios: Nível de proteção I: 20 metros de altura. Nível de proteção II: 30 metros de altura. Nível de proteção III: 45 metros de altura. Nível de proteção IV: 60 metros de altura.
  • 24. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 24 Riscos dos para-raios Quando os para-raios são mal fabricados ou mal instalados, eles não são capazes de desempenhar a sua função corretamente. Em razão disso, os edifícios, residências e construções acabam ficando desprotegidos contra possíveis raios. "Resumo sobre para-raios  Os para-raios são dispositivos fabricados para conduzir o raio do topo das edificações até o solo.  Funcionam pelo poder das pontas.  Os tipos de para-raios são: o para-raios de Franklin, o para-raios de Melsens e o para-raios radioativo.  Os para-raios fazem parte do sistema de proteção contra descargas atmosféricas.  A altura mínima para colocar um para-raios depende da análise e cálculo do nível de proteção da estrutura.  Caso os para-raios sejam mal fabricados ou mal instalados, os edifícios perdem a sua proteção contra os raios.  Benjamin Franklin é considerado o criador dos para-raios." 3. INSTALACAO TELEFONICA 3.1. Conceitos gerais: BLOCO TERMINAL: Bloco de material isolante, destinado a permitir a conexão de cabos e fios telefónicos. CAIXA: Designação genérica para as partes da tubulação destinadas a possibilitar a passagem, emenda ou terminação de cabos e fios telefônicos. CAIXA DE DISTRIBUIÇÃO: Caixa pertencente à tubulação primária, cuja finalidade é dar passagem aos cabos e fios telefônicos, bem como abrigar os blocos terminais. PONTO TERMINAL DA REDE (PTR): Caixa na qual são terminados e interligados os cabos da rede externa da Concessionária e os cabos intensos do edifício.
  • 25. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 25 CAIXA DE ENTRADA DO EDIFÍCIO: Caixa subterrânea, situada em frente ao edifício, junto ao alinhamento predial, a fim de que se permita a entrada do cabo subterrâneo da rede externa da Concessionária. CAIXA DE PASSAGEM: Caixa destinada a limitar o comprimento da tubulação, eliminar curvas e facilitar o puxamento de cabos e fios telefônicos. CAIXA SUBTERRÂNEA: Caixa de alvenaria ou concreto, instalada sob o solo, com dimensões suficientes para permitir a instalação e emenda de cabos e fios telefônicos subterrâneos. CAIXA DE SAÍDA: Caixa designada a dar passagem ou permitir a saída de fios de distribuição, conectados aos aparelhos telefônicos. CANALETA: Conduto metálico, rígido, de seção retangular, que substitui a tubulação convencional em sistemas de distribuição no piso. CUBÍCULO: Tipo especial de caixa de grande porte que pode servir como caixa de distribuição geral, caixa de distribuição ou caixa de passagem. MALHA DE PISO: Sistema de distribuição em que os pontos telefônicos são atendidos por um conjunto de tubulações ou canaletas interligadas a uma caixa de distribuição. POÇO DE ELEVAÇÃO: Tipo especial de prumada, de seção rectangular, que possibilita a instalação de cabos de grande capacidade. PONTO TELEFÔNICO: Previsão de demanda de um telefone principal ou qualquer serviço que utilize pares físicos de um edifício. PRUMADA: Tubulação vertical que se constitui na espinha dorsal da tubulação telefônica do edifício e que corresponde, usualmente, à tubulação primária do mesmo. SALA DO DISTRIBUIDOR GERAL: Compartimento apropriado, reservado para uso exclusivo da Concessionária, que substitui a caixa de distribuição geral em alguns casos.
  • 26. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 26 TUBULAÇÃO DE ENTRADA: Parte da tubulação que permite a entrada do cabo da rede externa da Concessionária e que termina na caixa de distribuição geral. Quando subterrânea, abrange também a caixa de entrada do edifício. TUBULAÇÃO PRIMÁRIA: Parte da tubulação que abrange a caixa de distribuição geral, as caixas de distribuição e as tubulações que as interligam. TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA: Parte da tubulação que abrange as caixas de saída e as tubulações que as interligam às caixas de distribuição. TUBULAÇÃO TELEFÔNICA: Termo genérico utilizado para designar o conjunto de tubulações destinadas aos serviços de telecomunicação de um edifício. 3.2. Disposições Gerais As tubulações telefónicas às quais se referem essas instruções devem ser destinadas exclusivamente ao uso da Concessionária, que, a seu critério, nelas poderá instalar os serviços de telecomunicações conectados à rede pública, como telefonia, telex, centrais privadas de comutação telefônica de propriedade da Concessionária, música ambiente, transmissão de dados ou outros serviços correlatos. Os serviços de comunicação interna do edifício não pertencentes à Concessionária como interfones, sinalizações internas, antenas coletivas ou outros sistemas de telecomunicações particulares não conectados à rede pública requererão uma tubulação independente e exclusiva, que poderá ser dimensionada de acordo com os critérios estabelecidos por essa Norma, mas que não necessitará ter seu projeto e sua instalação aprovados pela Concessionária. 3.2.1 As tubulações telefônicas para as redes das centrais privadas de comutação telefônica dos tipos P(A)BX e Key System, que não pertençam à Concessionária, deverão ser separadas e independentes da tubulação telefônica do edifício. Seus projetos, no entanto, terão de ser submetidos à aprovação da Concessionária. 3.2.2 A Concessionária, a seu critério, poderá exigir que as tubulações telefônicas para as redes das centrais privadas de comutação telefônica de sua propriedade sejam separadas e independentes da tubulação telefônica do edifício.
  • 27. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 27 3.2.3 As tubulações telefônicas para as redes das centrais privadas de comutação telefônica deverão ser interligadas às tubulações de uso exclusivo da Concessionária através da caixa de distribuição da prumada mais próxima, para facilitar a instalação das linhas tronco ao equipamento do assinante. O construtor do edifício será responsável pelo projeto e pela execução das tubulações telefônicas do edifício. Todos os projetos de tubulações telefônicas, referentes a edificações com três ou mais pavimentos e/ou seis ou mais pontos telefônicos, deverão ser submetidos à aprovação da Concessionária. Em tais casos, nenhuma tubulação telefônica deverá ser executada sem que seu projeto tenha sido aprovado. Todas as tubulações executadas em edifícios com três ou mais pavimentos e/ou seis ou mais pontos telefônicos deverão ser vistoriadas pela Concessionária. Em tais casos, nenhum cabo ou fio telefônico deverá ser instalado se essas tubulações não tiverem sido vistoriadas e aprovadas. Todas as modificações que o construtor precisar introduzir em um projeto de tubulação já aprovado necessitarão ser analisadas e aprovadas previamente pela Concessionária. As modificações a serem efetuadas não poderão contrariar os critérios estabelecidos pela presente instrução. Todos os entendimentos feitos entre o construtor e a Concessionária deverão ser confirmados por escrito. A Concessionária deve orientar o construtor quanto à necessidade de que ele solicite a vistoria das tubulações tão logo estas estejam em condições de uso, e não apenas quando o edifício estiver totalmente concluído, a fim de que se permita que os cabos e fios telefônicos estejam já instalados quando o edifício for ocupado. 3.3. Esquema Geral das Tubulações Telefônicas em Edifícios Para fins desta Norma, as tubulações telefônicas em edifícios são divididas em três partes: Tubulação de Entrada:
  • 28. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 28 Parte da tubulação que dá entrada ao cabo da rede externa da Concessionária, compreendida entre a caixa de distribuição geral e o ponto terminal de rede. Tubulação Primária: Parte da tubulação que compreende a caixa de distribuição geral, as caixas de distribuição e as tubulações que as interligam. Tubulação Secundária: Parte da tubulação que abrange as caixas de saída e as tubulações que as interligam às caixas de distribuição. A Figura D.1 ilustra as diversas partes da tubulação telefônica de um edifício, em corte esquemático.
  • 29. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 29 Em edifícios de grande porte, com elevado número de pontos telefônicos, a tubulação da prumada deve ser substituída por um poço de elevação – o qual consiste em uma série de cubículos alinhados e dispostos verticalmente, interligados através de abertura na laje, conforme exemplificado no corte esquemático da Figura D.2.
  • 30. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 30 Figura D.2 Os projetos de tubulação telefônica têm por finalidade dimensionar e localizar o trajeto dentro do edifício das tubulações de entrada, primária e secundária. O critério básico utilizado para o dimensionamento dessas tubulações é o número de pontos telefônicos previstos para o edifício ou para qualquer uma de suas partes.
  • 31. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 31 3.4. Critérios e Tabelas Adoptados na Elaboração de Projectos de tubulação CRITÉRIOS PARA A PREVISÃO DOS PONTOS TELEFÔNICOS As tubulações telefônicas são dimensionadas em função do número de pontos telefônicos previstos para o edifício, acumulados em cada uma de suas partes. Cada ponto telefônico corresponde à demanda de um telefone principal ou qualquer outro serviço que utilize pares físicos e que deva ser conectado à rede pública, não estando incluídas nessa previsão as extensões dos telefones ou serviços principais. Os critérios para a previsão do número de pontos telefônicos são fixados em função do tipo de edificação e do uso a que se destinam, ou seja: Residências ou apartamentos: De até 2 quartos — 1 ponto telefônico. De 3 quartos — 2 pontos telefônicos. De 4 ou mais quartos — 3 pontos telefônicos. Lojas: 1 ponto telefônico/50 m2. Escritórios: 1 ponto telefônico/10 m2. Indústrias: Área de escritórios: 1 ponto telefônico/10 m2. Área de produção: estudos especiais, a critério do proprietário. Cinemas, teatros, supermercados, depósitos, armazéns, hotéis e outros: Estudos especiais, em conjunto com a Concessionária, respeitando os limites estabelecidos nos critérios anteriores. CRITÉRIOS PARA A DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE CAIXAS DE SAÍDA O número de caixas de saída previsto para determinada parte de um edifício deve corresponder ao número de pontos telefônicos mais as extensões necessárias para aquela parte do prédio.
  • 32. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 32 O número de caixas de saída e sua localização devem ser determinados de acordo com os seguintes critérios, respeitando-se sempre os valores estabelecidos no item 5.1: Residências ou apartamentos: Prever, no mínimo, uma caixa de saída na sala, na copa ou cozinha e nos quartos. As seguintes regras gerais devem ser observadas na localização dessas caixas de saída: Sala: A caixa de saída deve ficar, de preferência, no hall de entrada, se houver, e, sempre que possível, próximo à cozinha. As caixas previstas devem ser localizadas na parede, a 30 cm do piso. Quartos: Se for conhecida a provável posição das cabeceiras das camas, as caixas de saída devem ser localizadas ao lado dessa posição, na parede, a 30 cm do piso. Cozinha: A caixa de saída deve ser localizada a 1,50 m do piso (caixa para telefone de parede) e não deverá ficar nos locais onde provavelmente serão instalados o fogão, a geladeira, a pia ou os armários. Lojas: As caixas de saída devem ser projetadas nos locais onde estiverem previstos os balcões, as caixas registradoras, empacotadeiras e mesas de trabalho, evitandose as paredes onde estiverem previstas prateleiras ou vitrines. Escritórios: Em áreas onde estiverem previstas até 10 (dez) caixas de saída, as mesmas devem ser distribuídas de modo equidistante ao longo das paredes, a 30 cm do piso. Em áreas onde estiverem previstas mais de 10 (dez) caixas de saída, deverão ser projetadas caixas de saída no piso, de modo a distribuir uniformemente as caixas previstas dentro da área a ser atendida. Nesse caso, é necessário projetar uma malha de piso, com tubulação convencional ou canaleta (ver item 7). Indústrias, cinemas, teatros, supermercados, depósitos, armazéns, hotéis e outros: Estudos especiais, de acordo com o item 5.1.
  • 33. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 33 DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA O diâmetro dos tubos para cada trecho das tubulações primárias e secundária é determinado em função do número de pontos telefônicos acumulados em cada um desses trechos, conforme estabelece a Tabela D.1. * A critério da Concessionária, deverá ser utilizado poço de elevação. DIMENSIONAMENTO DAS CAIXAS INTERNAS As caixas de passagem, de distribuição e distribuição geral, instaladas dentro do edifício, são dimensionadas em função do número de pontos telefônicos acumulados em cada trecho da tubulação, conforme estabelece a Tabela D.2. * A critério da Concessionária, deverá ser utilizado poço de elevação.
  • 34. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 34 No caso de edificações com mais de um bloco, um deles deverá ter sua caixa de distribuição geral dimensionada para o somatório dos pontos de todos os blocos que constituem o conjunto (ver item 8). As dimensões padronizadas para as caixas referidas na Tabela D.2, correspondentes aos números indicados, encontram-se na Tabela D.3. DIMENSIONAMENTO DA TUBULAÇÃO DE ENTRADA Se o cabo de entrada do edifício for subterrâneo, a tubulação de entrada deverá ser dimensionada de acordo com a Tabela D.4. Caso o cabo de entrada do edifício seja aéreo, a tubulação de entrada – que se estende da caixa de distribuição geral até o ponto em que o cabo da rede externa entra na fachada do edifício – deverá ser dimensionada de acordo com a Tabela D.1.
  • 35. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 35 DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DAS TUBULAÇÕES EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE CURVAS EXISTENTES Os comprimentos dos lances de tubulações são limitados para que se facilite a enfiação do cabo no tubo. O maior limitante para o comprimento das tubulações, porém, é o número de curvas existentes entre as caixas. As curvas admitidas nos lances de tubulações devem obedecer aos seguintes critérios: As curvas não podem ser reversas. O número máximo de curvas que pode existir é 2. Os comprimentos máximos admitidos para as tubulações primária e secundária, ou para a tubulação de entrada, no caso de cabos aéreos, dimensionadas conforme a Tabela D.1, são os seguintes: a) Trechos retilíneos: até 15 m para tubulações verticais e 30 m para tubulações horizontais. b) Trechos com uma curva: até 12 m para tubulações verticais e 24 m para tubulações horizontais. c) Trechos com duas curvas: até 9 m para tubulações verticais e 18 m para tubulações horizontais. d) Os comprimentos máximos admitidos para as tubulações de entrada subterrâneas, dimensionadas conforme a Tabela D.4, são os seguintes:  Trechos retilíneos: até 60 m para tubulações horizontais.  Trechos com uma curva: até 50 m para tubulações horizontais.  Trechos com duas curvas: até 40 m para tubulações horizontais. DIMENSIONAMENTO DE POÇOS DE ELEVAÇÃO Os poços de elevação destinam-se a substituir as tubulações convencionais e são obrigatórios nos casos em que o número de pontos telefônicos acumulados na prumada exceder a 420. Os poços de elevação são constituídos por uma sucessão de cubículos dispostos verticalmente, com a altura de cada um deles correspondendo ao pé direito dos andares e ligados entre si através de abertura nas lajes. A continuidade dos poços de elevação é estabelecida por meio de duas aberturas quadradas, de 0,30 × 0,30 m, no mínimo,
  • 36. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 36 executadas nas lajes de cada andar, junto às paredes dos cubículos. Tais aberturas devem ser vedadas com material termoisolante removível enquanto não estiverem sendo usadas. A largura e a profundidade mínimas de um poço de elevação serão, respectivamente, 1,50 m e 0,40 m. As portas dos cubículos devem ser providas de soleiras reforçadas – de 0,10 m de altura e ter 2,10 m de altura mínima. Sua largura precisa corresponder à largura do cubículo e pode ter uma ou duas folhas. As folhas das portas devem abrirse para fora e possuir fechaduras. Os cubículos devem ser equipados com painéis de madeira, de dimensões mínimas de 1,20 m × 1,20 m e espessura de 0,025 m, centralizados nas paredes do fundo dos cubículos. A extremidade inferior desses painéis tem de estar situada a 0,50 m do piso. As tubulações secundárias de cada andar devem sair pelo piso, encostadas à parede do fundo do cubículo. Suas extremidades precisam ser salientes e ter um comprimento livre de 0,10 m. As tubulações não podem sair pelas paredes laterais dos cubículos, pois estas receberão o cabo da rede interna, que obstruiria tais saídas, prejudicando os futuros usuários do edifício. Sequência Básica para a Elaboração de Projectos: Na elaboração de um projecto de tubulação, os estudos devem ser indicados pela tubulação secundária, passando em seguida para a tubulação primária e terminando na tubulação de entrada, qualquer que seja o tipo de edifício para o qual a mesma está sendo projectada. As etapas básicas para a elaboração de projectos, definidas a seguir, aplicam-se a qualquer tipo de prédio, independentemente do uso a que se destina. ETAPAS DO PROJETO DE TUBULAÇÃO SECUNDÁRIA Determinar o número e os locais onde deverão ser instaladas as caixas de saída em cada parte do edifício (apartamento, loja, escritórios etc.), de acordo com os critérios estabelecidos no item 5.2 para os diferentes tipos de prédios, incluindo-se, caso existam, a portaria, a casa do zelador, o salão de festas e demais dependências.
  • 37. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 37 Definir, dentro de cada parte do edifício, o local onde ficará a caixa de saída principal que será interligada à caixa de distribuição que atende ao andar. Determinar o trajecto da tubulação dentro de cada parte do edifício, de modo a se interligarem todas as caixas de saída à caixa de saída principal, projectando caixas de passagem, se estas forem necessárias, para que se limitem o comprimento das tubulações e/ou o número de curvas, conforme os critérios estabelecidos no item 5.8. Estabelecer o diâmetro dos tubos e as dimensões das caixas pertencentes à tubulação secundária, utilizando os valores indicados nas Tabelas D.1 e D.2 (itens 5.3 e 5.4). Em edifícios comerciais, onde existem áreas de escritórios com mais de 10 caixas de saída, devem ser utilizados sistemas de distribuição em malha no piso para a interligação das caixas de saída à caixa de saída principal. Depois de elaborado o projecto da tubulação secundária, é preciso que se faça o projeto da tubulação primária. Os cubículos devem ser equipados com painéis de madeira, de dimensões mínimas de 1,20 m × 1,20 m e espessura de 0,025 m, centralizados nas paredes do fundo dos cubículos. A extremidade inferior desses painéis tem de estar situada a 0,50 m do piso. As tubulações secundárias de cada andar devem sair pelo piso, encostadas à parede do fundo do cubículo. Suas extremidades precisam ser salientes e ter um comprimento livre de 0,10 m. As tubulações não podem sair pelas paredes laterais dos cubículos, pois estas receberão o cabo da rede interna, que obstruiria tais saídas, prejudicando os futuros usuários do edifício. DIMENSIONAMENTO DE SALAS DO DISTRIBUIDOR GERAL Quando o porte do edifício for tal, que exigir uma caixa de distribuição geral de grandes dimensões, será necessário projetar uma sala especial para o distribuidor geral. As dimensões da sala do distribuidor geral têm de ser determinadas em conjunto entre a Concessionária e o construtor, e sua altura deve corresponder à altura do pavimento onde estiver localizada.
  • 38. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 38 A área necessária para a sala do distribuidor geral pode ser estabelecida pelos critérios a seguir, os quais não são rígidos; servem apenas como orientação: Edifícios com até 1 000 pontos: 6 m2. Edifícios com mais de 1 000 pontos: 1 m2 adicional para cada 500 pontos ou fração que ultrapassar os 1 000 pontos iniciais.
  • 39. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 39 CAPITULO IV: CONCLUSAO: Segundo nos resultados obtidos no presente estudo chega-se as seguintes conclusões: Basicamente, a exemplo do que ocorre com um refrigerador (geladeira), a finalidade do ar condicionado é extrair o calor de uma fonte quente, transferindo-o para uma fonte fria. Isto é possível através do sistema evaporador e condensador. No aparelho de ar condicionado existe um filtro, em forma de lençol, no qual passa o ar antes de ir para o evaporador, o que permite eliminar umidade e impurezas. Existem aplicações muito especiais, nas quais a pressão do ar ambiente pode vir a ser controlada. Estes ambientes podem ser destinados tanto ao conforto humano ou animal e neste caso os sistemas aplicados são vulgarmente chamados de ar condicionado de conforto, ou pode-se apresentar um ambiente destinado ao desenvolvimento de um determinado processo industrial ou laboratorial e o sistema passa a ser chamado de ar condicionado de processo. A instalação dos fios telefônicos deve ser feita em todos os lances de tubulação secundária, da caixa de distribuição do andar até a primeira caixa de saída da edificação. Da caixa de distribuição do andar até a primeira tomada, pode ser utilizado o fio telefónico FI-60-R, com os dois condutores de 0,60 mm de diâmetro, trançados, estanhados e com isolamento reforçado de PVC na cor cinza, ou cabo CCI 2 pares. Os fios devem ser contínuos e sem emenda nos lances de tubulação. A partir da primeira caixa de saída, deve ser utilizado o cabo CCI de dois pares, codificado por cores..
  • 40. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 40 CAPITULO V: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:  AR CONDICIONADO. História do ar condicionado. Disponível em: <http://www.arcondicionado.ind.br/historia_ar_condicionado.asp>. Acesso em: 13 de Abril de 2024;  AR CONDICIONADO AMBIENTE. Como funciona? Disponível em: <https://sites.google.com/site/arcondicionadoambiente/>. Acesso em: 16 de Abril de 2024.  BRAIN, MARSHALL. Como funciona o ar condicionado. Disponível em: <http://casa.hsw.uol.com.br/ar-condicionado.htm>. Acesso em 14 de Abril de 2024.  BRÜEL & KJÆR. Sound Intensity Booklet. 1993. Disponível em: <https://www.bksv.com/media/doc/br0476.pdf>. Acesso em 13 de Abril de 2024.  DOSSAT, Roy J. Princípios de refrigeração/ teoria, prática, exemplos, problemas, soluções. São Paulo: Hemus, c2004 884 p. ISBN 8528901599 (broch.).
  • 41. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 41 ANEXOS:
  • 42. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 42
  • 43. ENGENHARIA CIVIL INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO. INSTALACAO ELECTRICA EM EDIFICIO - À POLITÉCNICA - 2024 Página 43