2. CRONOANÁLISE
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SUMÁRIO
1- APLICABILIDADE 3
2- CRONOMETRAGEM NO ESTUDO DE TEMPOS E MÉTODOS 5
3- RACIONALIZAÇÃO INDUSTRIAL 10
4- CRONOANÁLISE INDUSTRIAL 14
5- ENGENHARIA INDUSTRIAL 17
6- PRODUÇÃO PARADA: MOTIVOS, CONSEQUÊNCIAS E COMO EVITAR 25
7- CRONOMETRAGEM 32
REFERÊNCIAS
3. CRONOANÁLISE
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1- APLICABILIDADE
Já considerou medir o tempo e os movimentos da produção de sua empresa? Com
a ferramenta da Cronoanálise será possível determinar quanto tempo e esforço são
necessários para a execução de cada tarefa dentro do seu estabelecimento.
Cronoanálise é uma ferramenta avançada de qualidade que tem 3 principais objetivos:
Otimização dos processos;
Economia de tempo e recursos;
Aumento da qualidade.
A grande vantagem da cronoanálise é a possibilidade de aplicar o método em qualquer
etapa do trabalho e poder mensurar os esforços de forma individual, obtendo resultados
confiáveis sobre a velocidade das tarefas e os movimentos realizados. Assim, é possível
definir a capacidade produtiva de qualquer setor ou unidade, fazer comparações de
desempenhos e gerar informações essenciais à tomada de decisão da gestão.
Para aplicar a Cronoanálise na sua empresa são necessários 7 passos:
1° Passo: Defina a operação a ser medida: dentre os processos, selecione os mais
importantes da produção para fazer a medição de forma estratégica.
2° Passo: Escolha o operador que participará: é muito importante indicar um operador
que tenha uma performance dentro da média, que representa a sua força de trabalho
como um todo.
3° Passo: Prepare seus instrumentos: um cronômetro e um meio para anotar os
resultados.
4° Passo: Realize as medições: verifique se o operador está num ritmo normal de
trabalho e faça as medições em 10 ciclos, ou seja, 10 repetições da mesma atividade.
5° Passo: Cheque a estabilidade das medições da cronoanálise: é preciso verificar se
as medições estão se baseando em tarefas estáveis ou se há variáveis influenciando os
resultados.
6° Passo: Avalie o ritmo de trabalho durante a cronoanálise e determine tolerâncias:
para analisar o ritmo de trabalho, você deve considerar um funcionário em condições
normais com o ritmo de 100%, levando em conta todas as variações para cima e para
baixo durante o expediente para calcular uma média padrão e estabelecer uma taxa de
tolerância, levando em conta imprevistos de trabalho como ir ao banheiro e tomar um
café.
4. CRONOANÁLISE
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7° Passo: Calcule o Tempo Padrão da Cronoanálise:
Primeiro, você precisa calcular o chamado “Tempo Normal”, que é a média do
tempo gasto em cada fase da operação. Considerando o rendimento, que é a
porcentagem que o funcionário com relação ao ideal.
Tempo Normal = Tempo Médio x Rendimento/ 100.
Segundo, você deve calcular a Tolerância em medição de tempo, assim como na
fórmula a seguir.
Tolerância = Tempo Normal x Taxa de Tolerância / 100
Por fim, calcule o tempo padrão da produção.
Tempo Padrão = Tempo Normal – Tolerância
5. CRONOANÁLISE
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2- CRONOMETRAGEM NO ESTUDO DE TEMPOS E MÉTODOS
O estudo de tempos e métodos visa desenvolver o método de trabalho mais adequado
buscando o menor custo possível. É uma ferramenta valiosa que permite analisar os
processos e criar métodos eficazes para aumentar a produtividade e melhorar os
resultados da organização.
A cronometragem por meio da obtenção de uma medida de tempo padrão permite
conhecer o tempo ideal para execução de uma atividade, visando a racionalização do
trabalho, onde toda operação industrial deve ser um processo planejado, padronizado e
livre de qualquer tipo de desperdícios.
As melhorias decorrentes do estudo dos tempos e métodos são constatadas
rapidamente. Os resultados obtidos geram dados e informações para auxiliar os gestores
na tomada de decisões mais assertivas. Permite controlar melhor a operação, fazer
melhor uso dos seus recursos e criar indicadores de desempenho.
Origem do Estudo de Tempos
Frederick Taylor foi o precursor do estudo de tempos através da administração cientifica.
Taylor buscava métodos de trabalho mais eficientes e que pudessem ser comprovados
cientificamente.
Segundo Milnitz (2018, p. 29),
Os estudos sobre medida do trabalho iniciaram em 1881 com as verificações precursoras
de Frederick W. Taylor. Ao empregar o cronômetro para medida do trabalho, começou-
se um extraordinário campo da Gestão Industrial, conhecido atualmente como “Estudo
do Tempo e Métodos”, “Cronoanálise” ou “Medida do Trabalho”.
O estudo do tempo está diretamente relacionado ao método do trabalho. Taylor
desenvolveu uma análise detalhada do trabalho, selecionou os trabalhadores mais
hábeis de cada departamento, estudou suas operações e movimentos, cronometrou o
tempo gasto para realização das tarefas e eliminou os movimentos desnecessários.
Cujo estudo resultou na racionalização do trabalho que pudesse ser mensurado através
de uma medida de tempo padrão. Onde toda operação industrial deve ser um processo
planejado e padronizado, livre de qualquer tipo de desperdício.
6. CRONOANÁLISE
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Segundo Barnes (1999, p. 24) “O estudo de tempo é o elemento da administração
científica que torna possível a transferência da habilidade da administração para os
operários”.
Para Milnitz (2018, p. 3) “O estudo dos tempos e métodos, também chamado de estudo
do trabalho, é um fator fundamental para avaliar a capacidade e a produtividade dentro
das organizações”.
Com o passar dos anos e diante de muitas evoluções tecnológicas o estudo de tempos
continua sendo uma ferramenta valiosa que permite analisar os processos e criar
métodos eficazes para aumentar a produtividade e melhorar os resultados das
organizações.
O Tempo Padrão
O tempo padrão é uma medida de tempo ideal necessário para execução de uma
atividade, seja executado por um operador ou uma máquina.
Há diferentes maneiras de realizar a coleta de tempos. O método a ser utilizado depende
do objetivo da coleta, dos dados disponíveis ou por convenção prévia estabelecida pela
empresa que deseja realizar a coleta.
De acordo com Martins e Laugeni (2005, p. 84),
A eficiência e os tempos padrões de produção são influenciados pelo tipo do fluxo de
material dentro da empresa, processo escolhido, tecnologia utilizada e características do
trabalho que está sendo analisado. Os tempos de produção de linhas automatizadas
variam muito pouco, e quanto maior a intervenção humana na produção, maior é a
dificuldade de se medir corretamente os tempos, uma vez que cada operador tem
habilidades, força e vontades diferentes.
Segundo Milnitz (2018, p. 29 apud Coelho, 1997), “é indispensável que sejam aplicadas
certas técnicas para definir o tempo necessário à realização de uma determinada
atividade [...]”.
As principais técnicas para determinação do tempo padrão são: tempos históricos,
tempos estimados, amostragem do trabalho, M.T.M (Methods-Time Measurement) e
cronometragem.
A cronometragem é uma das técnicas mais utilizadas, por isso será aprofundada a
seguir.
A Cronometragem
7. CRONOANÁLISE
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A cronometragem é uma das técnicas mais utilizadas para determinação dos tempos. É
um método direto, pois consiste na tomada de tempo de uma operação in loco gerando
dados bastante confiáveis e resultados satisfatórios.
Conforme Martins e Laugeni (2005, p. 84),
A cronometragem é um dos métodos mais empregados na indústria para medir o
trabalho. Em que pese o fato de o mundo ter sofrido consideráveis modificações desde
a época em que F.W.Taylor estruturou a Administração Cientifica e o estudo de tempos
cronometrados, objetivando medir a eficiência individual, essa metodologia continua
sendo muito utilizada para que sejam estabelecidos padrões para a produção e para os
custos industriais.
A cronometragem permite o conhecimento detalhado das operações, evidenciando
pontos de melhoria, a criação de métodos de trabalho mais adequados e livres de
desperdícios, o aumento da produtividade atrelado ao menor custo possível.
Conforme Milnitz (2018, p. 43),
A cronometragem é de grande valor para manufatura atualmente, pois é empregada
como instrumento que, além de auxiliar na definição do tempo padrão, ajuda na
estruturação dos processos, sendo um instrumento que segue o desenvolvimento
contínuo das melhorias.
A tomada de tempo efetuada pela cronometragem é uma atividade simples, porém
requer um profissional habilitado, com conhecimentos das técnicas necessárias.
Os equipamentos indispensáveis são um cronômetro mecânico ou digital. Atualmente o
cronômetro digital é mais eficiente pela sua facilidade na leitura, pois já fornece o tempo
real, e possui marcação contínua. Ou seja, as leituras são feitas diretamente no
cronômetro e registradas e uma folha para apontamentos.
Uma filmadora ou máquina fotográfica são equipamentos auxiliares que permitem avaliar
com mais detalhes a operação, pois fazem registros fiéis de todos os movimentos
executados permitindo avaliar se o método do trabalho e a velocidade foram respeitados.
Também é indispensável uma folha de observações e apontamentos. Onde serão
registrados os respectivos tempos e demais informações relativas as operações
coletadas e também uma prancheta utilizada para apoiar a folha de observações e o
cronômetro.
Para a realização da cronometragem é necessário executar uma operação de acordo
com um método pré estabelecido. Considerando um operador apto e treinado, que
8. CRONOANÁLISE
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possui uma habilidade média, trabalhando num esforço médio durante toda sua jornada
de um dia de trabalho.
Para calcular o tempo padrão (TP) é preciso considerar as variáveis como: o tempo
médio (TM), a avaliação da velocidade do operador, que é determinado como fator de
ritmo (FR), tempo normal (TN) e fator de tolerância (FT) que diz respeito a fadiga e tempo
para necessidades pessoais.
A Cronometragem constitui-se numa ferramenta valiosa que permite analisar os
processos e criar métodos eficazes para aumentar a produtividade e melhorar os
resultados da organização. Pode ser aplicada a qualquer tipo de negócio ou atividade
manufatureira que deseja através de levantamento de tempos, movimentos e de análises
de métodos obter as seguintes vantagens:
Auxilia na medição da produtividade e na identificação da capacidade produtiva;
Gera subsídios fundamentais para o balanceamento de linhas e células de
produção e a consequente estimativa de mão-de-obra;
Fornece bases para a criação de programas de incentivo por produção;
Ao ser associada com a padronização, permite estabelecer os melhores padrões
de execução de atividades e tarefas;
Fornece dados para a determinação de custos para produtos novos;
Constitui-se num aliado do estudo de arranjos físicos.
Enfim, se conduzido de maneira sistemática, mantendo os cuidados com a atualização
de parâmetros atividades críticas a Cronoanálise atua para minimizar desperdícios
diversos e encurtar tempos de ciclo e de atravessamento.
O estudo dos tempos e métodos é uma ferramenta valiosa que permite analisar os
processos e criar métodos eficazes para melhorar os resultados da organização. Está
diretamente relacionado ao método de trabalho e as melhorias são constatadas
rapidamente.
A utilização dessa ferramenta traz inúmeras vantagens competitivas e com baixo custo
de investimento. Pois o segredo está na análise dos dados e informações obtidos pelo
estudo de tempos e métodos. Assim como na aplicação de diversas técnicas para
racionalização do trabalho e eliminação dos desperdícios.
9. CRONOANÁLISE
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As medidas de tempo padrão, a criação de melhores condições de trabalho e a
produtividade são atividades interligadas e formam a base de uma administração mais
eficiente e focada em resultados reais.
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3- RACIONALIZAÇÃO INDUSTRIAL
Racionalização da produção significa dizer que os processos produtivos são pensados
de forma científica, em especial voltados à produtividade, eficiência e eficácia, as mais
conhecidas são fordismo, taylorismo e toyotismo.
Fazendo alusão a Weber, o processo a racionalização da produção é um reflexo do
desencantamento do mundo. Ou seja, os processos produtivos passam a ser baseados
cada vez mais na tecnologia, no cálculo, na técnica e não mais na ação tradicional ou
afetiva. A primeira grande iniciativa de racionalização da produção ficou conhecida
como fordismo-taylorismo a qual surgiu no início do século XX.
Taylorismo
A produção escala cada vez mais global e a necessidade de diminuição do tempo e do
esforço de trabalho demandou novas estratégias de racionalização da produção para
esse fim. Um dos primeiros idealizadores das estratégias de racionalização da produção
foi o engenheiro norte americano Frederick Taylor (1856-1915) que passou a pensar a
produção de forma científica.
O taylorismo ou administração científica, partia do pressuposto de que a divisão social
do trabalho deveria ser pautada pela separação radical entre gerência e execução. Isso
repercutia em grande especialização do trabalho e gerou muitos postos de trabalho.
Pensando a partir das ideias de Marx é possível dizer que houve uma ampliação da
alienação uma vez que o trabalhador não mais reconhece o produto do seu trabalho
como também perdeu o domínio não apenas dos meios de produção, mas também
perdeu o domínio sobre como produzir.
As principais características do taylorismo são:
-Separação entre gerência e execução;
– Especialização das atividades;
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– Padronização da produção;
– Remuneração por desempenho
Fordismo
Criado pelo engenheiro americano Henry Ford (1863-1947). O fordismo é uma aplicação
prática do taylorismo, parte do mesmo pressuposto das ideias de Taylor e acrescenta
um nome elemento: a esteira da linha de produção. Além do trabalhador perder a forma
de organização do trabalho, perde também o ritmo do seu trabalho o qual é ditado pela
donos dos meios de produção que controla a esteira de produção.
Outra grande inovação do fordismo é pensar o trabalhador para além da fábrica. Neste
sentido, Ford defendia que o trabalhador não era um mero produtor de mercadorias, mas
também um consumidor. Fato que lhe encorajava a pagar melhores salários visto que
parte desse dinheiro retornaria na forma de venda de bens de consumo aos próprios
operários.
As principais características do fordismo são:
– Aperfeiçoamento da linha de montagem por meio da esteira (semi-automatização);
– Produção e consumo em massa;
– Baixa exigência de qualificação profissional;
– Operário funcionava como uma peça de máquina e realizavam uma única tarefa;
-Trabalhador era visto também como consumidor;
O elo econômico e político do fordismo
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O sistema de produção fordista estava em grande sintonia com o modelo de estado
conhecido como Estado de Bem-estar social ou Welfare State. Enquanto a iniciativa
privada funcionava sob a luz do fordismo o Estado garantia uma boa arrecadação de
impostos os quais financiavam serviços públicos. Com os salários valorizados e políticas
públicas fortes, a renda do trabalhador potencializava o consumo, favorecendo os
capitalistas.
Com a Crise do Petróleo – entre outras nas décadas de 1970 e 1980 – o modelo fordista
passou a perder espaço por não oferecer a variedade e diversidades de produtos que o
mercado globalizado exigia, concomitante a isso houve aumento do setor de serviços
por conta da automatização intensa da produção. Para atender a um mercado mais
globalizado, exigente e segmentado foram criadas formas mais flexíveis de organização
da produção, dentre as quais destaca-se o toyotismo.
Toyotismo
Essa forma de racionalização o trabalho foi criado por Taiichi Ohno (1912-1990). A
principal característica do toyotismo é a flexibilização das atividades produtivas para
sobreviver as crises sistêmicas do capitalismo com vistas a aperfeiçoar a qualidade,
eficiência e eficácia. As principais características desse sistema são:
– Descentralização da produção;
– Articulação entre as ilhas de produção;
– Primazia pela qualidade;
– Customização das massas;
– Flexibilidade do fluxo de produção e modelos dos produtos;
– Organização da produção e entrega rápida ( no momento e na quantidade exata);
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– Diminuição do desperdício;
– Número reduzido de trabalhadores;
– Funções polivalentes (multitarefas) e alta especialização;
Os sistema flexíveis de produção representaram diminuição dos custos de produção e
aumentaram a variedade de produtos. Por outro lado do ponto de vista do trabalho,
embora tenham tornado as tarefas mais criativas e menos, repetitivas e enfadonhas,
continuou alienando o trabalhador do seu produto de trabalho. Os empregados
continuaram sendo controlados não mais de forma vertical, por gerentes e supervisores;
mas principalmente pelo seus próprios colegas de trabalho. Além disso, a
descentralização enfraqueceu a organização dos trabalhadores visto que o poder de
barganha de um sindicato vinculado a uma empresa centralizada era muito maior do que
neste modelo no qual os trabalhadores ficam dispersos em varias ilhas de produção
espalhadas mundo a fora.
14. CRONOANÁLISE
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4- CRONOANÁLISE INDUSTRIAL
Assim como o corpo humano só funciona direito quando todos os órgãos ❤
desempenham suas funções naturais, o mesmo acontece no ambiente corporativo �.
A gestão de processos é uma excelente forma de garantir o desempenho e a
produtividade de todos os setores da empresa. Em essência, é a organização de todas
as atividades realizadas dentro de um negócio.
Fato é que gerir um negócio é uma tarefa bem complexa e nessa missão necessita-se
de uma série de estratégias para a otimização de processos, a fim de se obter lucros
e resultados positivos.
Para isso existe uma série de técnicas e estratégias desenvolvidas para alavancar um
negócio, como é o caso da cronoanálise industrial, uma das melhores estratégias a ser
aplicada por quem visa uma gestão de processos mais eficiente.
Cronoanálise Industrial na gestão de negócios
A cronoanálise industrial é quase uma fórmula mágica para parar de desperdiçar
tempo em um negócio e concentrar os esforços de trabalho da melhor forma, tudo isso
por meio da análise de rendimento.
Resumidamente, a cronoanálise industrial é a cronometragem � do tempo padrão de
uma operação de cada etapa de uma linha de produção.
Essa cronometragem serve para estimar o tempo necessário para a realização das
tarefas de cada de funcionário, bem como para identificar o que pode ser otimizado
nesse processo. E mais ainda, com base nisso é possível estipular metas e incentivar a
produtividade de uma equipe.
A cronometragem também serve para gerar uma dimensão real da capacidade de
produção de uma empresa. Afinal,� = 💰!
15. CRONOANÁLISE
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Para aplicar a cronoanálise industrial é preciso se atentar para algumas etapas antes da
propriamente dita cronometragem.
Como começar a fazer cronoanálise industrial em empresas
O primeiro passo para começar a fazer a cronoanálise industrial em uma empresa
é definir a operação a ser medida, ou seja, qual setor e atividade serão analisados.
Depois de definir qual será a operação medida, selecione qual operador participará dela.
Essa escolha é fundamental pois esse funcionário e seu tempo de execução servirão de
parâmetro para aquela atividade. Portanto, não escolha alguém que desempenhe suas
funções rápido demais, porque isso, provavelmente, não é o ritmo de trabalho dos outros.
Mas agora chega de papo!!! Hora de cronometrar! Então, pegue seu relógio ou
cronômetro e sente-se ao lado do colaborador escolhido, então o observe pelo menos
por 10 ciclos de trabalho, ou seja, 10 repetições da mesma atividade. Dessa maneira
você terá amostras variadas para o cálculo a seguir.
Apesar de parecer um pouco complexo, o cálculo é simples e consiste em 5 etapas.
1. Gere uma média do tempo gasto em cada fase da tarefa que está sendo analisada;
2. Some essas médias por etapas e você terá a média final da atividade.
3. Calcule o Tempo Normal da atividade. Para fazer isso será preciso pegar o tempo
médio (em segundos) da atividade, multiplicar pelo rendimento e dividir por cem.
TN = Tempo Médio x Rendimento / 100
Por exemplo, se o seu colaborador é um empacotador cujo tempo médio foi 3 minutos a
um rendimento de 95%, a conta seria:
TN = 180 (segundos) x 95 / 100
Portanto, o tempo normal que ele gasta para realizar a tarefa analisada é de 2 minutos
e 51 segundos (ou 171 segundos).
16. CRONOANÁLISE
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4. Descubra o Tempo Padrão da atividade. Para isso, basta tirar a tolerância do total
do tempo normal gasto pelo funcionário.
Digamos que a tolerância estabelecida seja de 10%, dessa forma, ao multiplicar 171 por
10 e dividir por 100 chegaremos a 17,1 segundos. O que significa que o empacotador
perde 17,1 segundos durante a realização da atividade em questão.
Por fim, o Tempo Padrão resultará da subtração da tolerância do tempo normal:
TP = Tempo Normal – Tolerância
TP = 171 – 17,1 = 153,9 segundos.
Portanto, o Tempo Padrão da atividade equivale a 2 minutos e 56 segundos.
Com o resultado em mãos avalie para traçar metas e objetivos. É importante ressaltar
que durante a cronoanálise é preciso estabelecer uma taxa de tolerância, que leve em
consideração as possíveis pausas que o funcionário fará durante o trabalho, como idas
ao banheiro por exemplo.
Tempo é dinheiro
Otimizar o uso do tempo é um dos pilares da boa gestão de processos organizacionais,
e, como vimos, a cronoanálise é a estratégia ideal para isso.
Com base nos resultados obtidos é possível melhorar a distribuição e organização das
atividades rotineiras, identificando erros e falhas que estão fazendo o desempenho da
equipe cair, e corrigi-los o mais breve possível.
E num contexto empresarial cada vez mais concorrido, é preciso estar com tudo
funcionando da melhor forma para garantir que seu negócio gere resultados positivos.
Portanto, oferecer produtos, serviços e atendimento de qualidade será muito mais fácil
se sua empresa estiver organizada e bem gerida. Sendo a competitividade
empresarial consequência de todos estes esforços concentrados em seu negócio. E
como tempo é dinheiro, é hora de parar de desperdiçá-lo e garantir a saúde de sua
empresa e aplicar a cronoanálise na gestão de processos do seu negócio.
17. CRONOANÁLISE
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5- ENGENHARIA INDUSTRIAL
A importância do profissional da engenharia de produção em uma indústria
Como engenheiro de produção e escrevendo diversos artigos para o Blog Industrial,
pensei que seria muito interessante falar sobre a importância do profissional
da engenharia de produção em uma indústria. No mês de dezembro temos duas datas
especiais para esse profissional tão valioso para as indústrias brasileiras: dia 11 é o dia
do engenheiro e dia 17 o dia do engenheiro de produção.
Nada melhor do que encerrar o ano com este artigo que eu espero inspirar cada vez
mais pessoas procurarem a engenharia de produção e trabalhar nas indústrias como
opção de carreira. Tenho certeza que com mais e melhores profissionais de engenharia
de produção nas indústrias, o Brasil vai conseguir retomar o crescimento de maneira
sustentada e gerar mais riquezas.
O crescimento exponencial da engenharia de produção
A engenharia de produção vem tendo um papel cada vez mais relevante no
desenvolvimento da nossa sociedade. Tanto que isso é refletido no aumento da procura
por engenheiros e engenheiras de produção, não só nas indústrias, como também em
diversas outras áreas de atuação.
Para você ter uma ideia, quando fiz meu vestibular em 1997, havia apenas 1 curso de
engenharia de produção plena na cidade do Rio de Janeiro e 3 no estado; ano passado
havia mais de 70 cursos no estado. O restante do Brasil teve um crescimento tão
expressivo quanto este.
Entretanto, muitas pessoas ainda não sabem da importância que esta engenharia tem e
muito menos o que o profissional faz. Não poderíamos conceber a ideia de um viaduto
sem um engenheiro civil e de um motor de carro sem um engenheiro mecânico, certo?
18. CRONOANÁLISE
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E o engenheiro de produção, qual o seu foco? A resposta pode ser resumida nas
palavras projeto e gestão de sistemas, envolvendo não só tecnologias e processos,
mas também pessoas, clientes, fornecedores e governo, com fluxos constantes de
informação, material e dinheiro.
O que é a engenharia de produção?
A engenharia de produção é o ramo das engenharias que trabalha com a melhoria
e implantação de sistemas, envolvendo:
pessoas
materiais
equipamentos
energias
informações
Compete a ela projeto, implantação, operação, melhoria e manutenção de sistemas
produtivos integrados de bens e serviços. Ou seja, a produção não trata somente de
bens, mas também de serviços. Não sei se você já parou para pensar nisso, mas
normalmente quando se fala em produto, se pensa em um bem, entretanto um serviço
também pode ser considerado como produto do trabalho de quem o realiza.
Na realidade, a produção nada mais é do que a transformação de algo de um estado
para outro. Por exemplo, a produção de móveis transforma madeira, pregos e parafusos
em mesas, cadeiras etc. Por outro lado, um salão de beleza transforma o cabelo de longo
para curto; os correios transformam um pacote em São Paulo para um pacote em
Manaus, e assim por diante.
O que faz um engenheiro de produção?
Antes de falar sobre o que faz uma engenheira ou um engenheiro de produção, acho
importante citar uma definição de engenheiro que achei bastante interessante, direto
da Wikipédia:
19. CRONOANÁLISE
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“Um engenheiro é um profissional de engenharia, preocupado com a aplicação do
conhecimento científico, matemática e criatividade para desenvolver soluções para
problemas técnicos.”
Portanto, os engenheiros e engenheiras de produção são parte extremamente
importante em indústrias e empresas que procuram soluções para seus problemas de
produção de bens e serviços. Com isso, é possível aumentar a produtividade e serem
mais rentáveis.
A partir do conhecimento de engenharia conectado a técnicas de administração e bases
de economia, o engenheiro de produção adota alguns procedimentos para facilitar
o trabalho, melhorar técnicas de produção e ajustar atividades financeiras,
logísticas e comerciais. Além disso, é ele quem define como matérias-primas, mão-de-
obra e equipamento são integrados; especifica, prevê e avalia os resultados obtidos
destes sistemas.
O que faz um engenheiro de produção em uma indústria?
Engenheiros de produção industriais determinam quais os modos mais eficientes para
utilizar os fatores básicos de produção (pessoas, máquinas, materiais, informações e
energia) para fornecer um serviço ou fabricar um produto. Eles são o elo entre as metas
propostas pela administração e o desempenho operacional e buscam a todo momento
aumentar a produtividade através da gestão de pessoas, métodos, organização de
tecnologias e processos de negócios.
Para elucidar problemas de produção e organizacionais, os engenheiros industriais
estudam os produtos e suas demandas. Desenvolvem sistemas de controle gerencial
para auxiliar no controle de custos e gestão financeira, além de projetar sistemas de
planejamento e controle da produção.
Também é função deste profissional aperfeiçoar os sistemas de distribuição de bens e
serviços, determinar em qual local de uma fábrica há a melhor combinação de
disponibilidade de matérias-primas, infraestrutura de transporte e custos. Os
20. CRONOANÁLISE
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engenheiros de produção usam computadores para simular e controlar as mais variadas
atividades e dispositivos da sua indústria, como linhas de montagem e robôs
automatizados.
Como é a graduação de um curso Engenharia de Produção?
A graduação possui as disciplinas básicas das engenharias, aulas de administração,
economia e matérias específicas de gestão de investimento e organização do trabalho,
sendo trabalhada em cima de 4 grandes eixos:
Conhecimentos Gerais – Ciências básicas que trazem a área da engenharia e
formação humanística
Gestão Empresarial – Disciplinas direcionadas para a visão integral e sistêmica
da indústria no âmbito socioeconômico na qual ela está inserida.
Base Tecnológica – Aqui são trabalhadas matérias de arquitetura industrial,
mecânica, elétrica, automação e gestão ambiental
Formação Específica – É onde são trabalhadas disciplinas escolhidas com a
área de atuação, como qualidade, produtos, processos, logística, ergonomia,
sistemas de produção, finanças e estruturas organizacionais.
A duração média do curso é de 5 anos e para conseguir o diploma é necessário fazer
estágio e apresentar um projeto final de curso ou uma monografia.
Em quais áreas um Engenheiro de Produção pode atuar em uma indústria?
Em uma indústria, um engenheiro habilitado em produção pode trabalhar em setores
como:
Compras
Comercial
Programador da Produção
Marketing
Financeiro
Supervisor de Linha
Analista de PCP
21. CRONOANÁLISE
21
Gerente de Produção
Diretor Industrial
Qual o futuro da engenharia de produção?
Se você está pensando em se tornar um profissional da engenharia de produção saber
o futuro da profissão é fundamental.
Como falei no início deste artigo, a engenharia de produção é uma área em crescimento,
tanto no número de profissionais formados quanto na contratação desta mão de obra.
Cada vez mais as indústrias precisam otimizar seus processos e controlar a produção e
para isso o profissional da engenharia de produção é fundamental.
Em 11 anos o número de cursos de Engenharia de Produção cresceu cerca de 70 vezes
só no Rio de Janeiro.
Outro indicativo a favor do profissional da engenharia de produção é a sua característica
genérica e com perfil técnico.
Ou seja, durante a formação em Engenharia de Produção o profissional estuda
disciplinas de outras engenharias e assim torna o curso multidisciplinar.
Além disso, o profissional da Engenharia de Produção tem as bases matemáticas,
econômicas e estatísticas, o que faz com que seja mais adaptável em diferentes
situações do mercado de trabalho.
Para finalizar, o curso está em constante evolução e hoje existem novidades como:
Internet das coisas (IOT – Internet of Things)
Inteligência artificial
Impressora 3D
Análise massiva de dados
22. CRONOANÁLISE
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Quero começar, como conseguir um estágio em Engenharia de Produção?
O estágio é uma fase fundamental na formação de qualquer profissional. É um período
de aprendizado e também de avaliação, tanto da empresa, quanto do estagiário, para
ver se aquilo irá dar certo e se irá atender as expectativas de ambos os lados.
Entretanto, conseguir um estágio nem sempre é uma tarefa tão fácil e por isso vou
compartilhar com você algumas dicas e opiniões pessoais para aumentar sua chance de
ser contratado.
Primeiro de tudo, tenha uma atitude para vencer, seja positivo. Muitas pessoas são
pessimistas e dizem que não estão contratando engenheiros, usando o velho argumento
externo da crise.
É preciso se reinventar e dar o seu melhor. Comece como estagiário e caso o plano de
carreira da indústria que escolher for começar com um cargo mais baixo do que
engenheiro, não desanime.
Mostre que você é capaz de gerar resultado para empresa e rapidamente o seu valor
será reconhecido. Além de engenheiro de produção, sou um dos fundadores da Nomus
e aqui valorizamos as pessoas que trazem soluções. Se você fizer isso estará dando
mais de 100%.
Outra dica que dou é estar presente nas redes sociais e estudar bem a empresa antes
de uma entrevista. Se você demonstrar conhecimento e interesse no setor e na indústria
em si, as chances são que os avaliadores ficarão com uma boa impressão da sua
dedicação.
Quais cursos extracurriculares são importantes para profissionais da engenharia
de produção?
Justamente por conta da multidisciplinaridade da Engenharia de Produção que citei no
tópico anterior, as possibilidades de cursos extracurriculares disponíveis para um
profissional da área são vastas.
23. CRONOANÁLISE
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Quais livros são importantes para um profissional da Engenharia de Produção
A leitura é fundamental para o sucesso de um profissional da Engenharia de Produção
e por isso separei alguns dos mais importantes livros do setor, confira a lista:
Edwards Deming
o A Nova Economia para a Indústria, o Governo e a Educação
o Saia da crise
Shingeo Shingo
o Kaizen e a Arte do Pensamento Criativo
o O Sistema Toyota de Produção
o Sistema de Troca Rápida de Ferramenta
Ram Charan
o Execução – A Disciplina Para Atingir Resultados
o Know How
o Pipeline de Liderança
Jim Collins
o Empresas feitas para vencer
o Feitas para durar – Práticas bem sucedidas de empresas visionárias (Jim
Collins e Jerry Porras)
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6- PRODUÇÃO PARADA: MOTIVOS, CONSEQUÊNCIAS E COMO EVITAR
A produção parada é quando a linha de produção é interrompida por algum motivo,
como por exemplo: problema técnico, setup, ociosidade e motivos externos.
Algumas vezes a produção parada pode ser intencional e programada, como por
exemplo, por falta de demanda e excesso de estoque.
Entretanto, na maioria das vezes a produção parada não é intencional e vira uma
verdadeira dor de cabeça para o gestor.
Isso porque a produção parada traz problemas como:
Geração de gargalos
Falta de estoque
Atraso de pedidos
Baixa produtividade
Entre outros…
Motivos que levam a produção parada
Produção parada por problema nas máquinas
A primeira causa de produção parada que podemos listar é a mais óbvia, problemas em
seus equipamentos industriais.
Normalmente esses problemas podem ocorrer de duas formas:
Problema mais grave, como uma quebra da máquina que impede totalmente o
seu funcionamento.
Problema de ajuste, caso alguma máquina precise ser recalibrada para continuar
produzido no padrão necessário.
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Produção parada para o setup do equipamento
Essa parada é quando a produção é interrompida para a preparação (setup) do
equipamento utilizado.
Também está enquadrado aqui o tempo necessário para finalizar a produção e realizar
uma manutenção/limpeza regular.
Alguns exemplos, são:
Troca de cor em uma gráfica
Parametrização das máquinas para a produção
Limpeza do equipamento
Produção parada por ociosidade
A ociosidade é outra grande causa para a produção parada. Essa categoria pode ser
dividida em diversas situações.
Aqui estão alguns exemplos:
Falta de operador
o Não há operadores disponíveis para a máquina e por isso a produção está
parada.
Não conformidades
o A produção pode parar se o equipamento e o processo não estão atingindo
o nível de qualidade requerido.
Falta de material
o A produção pode parar aguardando reabastecimento de materiais ou
insumos para o equipamento
Movimentação no chão de fábrica
o A produção pode ser interrompida aguardando alguma movimentação
no chão de fábrica, como por exemplo uma empilhadeira, carro de
transporte etc
Esperando produto da etapa anterior
o A produção pode parar devido a uma demora na entrega na etapa anterior
da atual
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Esperando a etapa seguinte liberar
o A produção pode parar se a etapa seguinte estiver sobrecarregada e é
necessário esperar a disponibilidade necessária.
Produção parada por causa externa
Podem ocorrer paradas na produção que são causadas por motivos externos e não estão
diretamente ligadas a sua equipe ou seus equipamentos.
Alguns exemplos são:
Falta de demanda
Falta de energia ou água
Equipamento reservado para testes de mudanças na produção
Parada preventiva da produção
A parada preventiva da produção ocorre quando a empresa se programa para a
realização de manutenções necessárias.
Produção parada por acidente de trabalho
O acidente de trabalho é um problema que pode gerar grandes custos a empresa e
também gerar uma parada na produção.
É preciso identificar as causas do acidente para reduzir os riscos e aumentar a segurança
no trabalho dos colaboradores da empresa.
Indústrias que possuem alto índice de acidentes acabam com grandes períodos de
produção parada.
Quais são as consequências da produção parada
A produção parada traz diversas consequências para o resultado da empresa ao longo
do tempo.
Aqui estão os impactos mais importantes e comuns da produção parada:
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Gargalos na produção
Os gargalos na produção são inevitáveis, entretanto, devem ser reduzidos
continuamente para melhorar cada vez mais a produção.
Quando há uma parada na produção, o gargalo daquela etapa é amplificado e acaba
prejudicando todo o processo.
Se a demanda estiver alta, quanto menos paradas, menos gargalo e logo mais
resultados.
Problemas no estoque
A produção parada pode impactar diretamente no planejamento do estoque, já que altera
a quantidade de produtos fabricados no período.
Sem uma previsibilidade segura da produção, o gestor não consegue fazer um
planejamento de estoque e distribuição eficaz e acaba prejudicando esse setor.
Atrasos na produção e nas entregas
Se a produção parar, existem grandes chances dos pedidos dos seus clientes atrasarem.
Isso é péssimo no ponto de vista comercial e competitivo da sua empresa, já que pode
gerar clientes insatisfeitos e rescisões de parcerias.
Baixa produtividade da equipe
Sem a produção rodando, boa parte da sua equipe pode acabar ociosa, já que estarão
aguardando o retorno das atividades produtivas.
Isso gera uma subutilização da mão de obra além de uma queda da motivação e
empenho da equipe.
Perda de materiais
Podem ocorrer também a perda de materiais e insumos na produção durante essas
paradas.
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Além disso, os custos fixos se mantém os mesmo e acaba encarecendo o valor usado
para produzir cada produto.
Como reduzir a produção parada
Agora que já sabemos o que é a produção parada e quais suas consequências, vamos
entender como reduzir ao máximo essas paradas.
Aqui estão dicas práticas para reduzir a parada de máquina na sua fábrica, confira:
Priorize os equipamentos gargalos
Agora que você entende o que está acontecendo na sua fábrica, comece as melhorias
com o equipamento gargalo.
Esse é o equipamento que mais afeta no resultado da sua produção. Ou seja, se ele
produzir mais, toda a fábrica produz mais e se ele ficar parado, toda a fábrica é
prejudicada.
Identifique esses equipamentos no seu processo produtivo e trabalhe em melhorar suas
paradas.
Defina as causas e registre as paradas de máquina
O primeiro passo para reduzir o tempo de parada é entender quais são as causas de
parada de máquina e registrar cada uma.
É preciso entender o que está acontecendo antes de avaliar quais são as melhores
atitudes a serem tomadas.
Use um sistema para controle do chão de fábrica, como o Nomus ERP Industrial, para
registrar todas as paradas de máquina e suas causas.
Defina um indicador de máquina parada
Determine um indicador de máquina parada que seja simples de entender e que a sua
equipe consiga monitorar regularmente através de um painel de gestão.
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Dê visibilidade para a máquina parada
O ideal é mostrar rapidamente que um equipamento está parado ou operando em
velocidade reduzida.
Isso faz com que o problema seja resolvido mais rapidamente, principalmente quando a
parada é ocasionada por falta de operador.
Para isso, você pode usar soluções como:
Painel de gestão visível com cores para determinar a situação da máquina (verde,
amarelo e vermelho)
Colunas luminosas no chão de fábrica para mostrar a atual situação da máquina
Mantenha a manutenção em dia
Organize sua rotina para realizar inspeções nos equipamentos da sua fábrica e assim
garantir que a manutenção preventiva está em dia.
Durante essas inspeções é possível identificar situações de risco e sinais de
necessidade de manutenção.
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Aproveite e aplique os conceitos do 5S para manter o ambiente e as máquinas
organizadas e limpas. Além disso atente-se para a segurança e o bem estar do
colaborador.
Treine e empodere sua equipe
Boa parte dos problemas podem ser resolvidos muito mais rápido se os próprios
operadores souberem o que fazer e tiverem a liberdade para fazer.
Por isso, invista na capacitação dos seus operadores e também na equipe de
manutenção.
Acompanhe o seu chão de fábrica com um sistema de gestão completo
A melhor forma de controlar a produção parada é possuindo controle total do seu chão
de fábrica.
É preciso monitorá-lo em tempo real e assim aplicar a melhoria continua para melhorar
cada vez mais.
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7- CRONOMETRAGEM
A cronometragem é usada na Indústria para obtenção do tempo padrão de modelos
fabricados. A metodologia empregada na execução da cronometragem depende das
técnicas de Cronoanálise atribuídas ao processo, onde são levados em conta Ritmo,
fatores de fadiga e perdas, por exemplo.
Um momento específico da atividade é convencionado como início da medição e outro
momento é convencionado como fim da atividade, cujo resultado gerado em função
desse tempo transcorrido é um Produto do trabalho, assim designado operação.
Utilizar cronômetro com segundo centesimal apresenta facilidade para cálculos diretos
por já estar no sistema decimal, base10.
Frederick Taylor, considerado o Pai da Administração Científica, foi um dos primeiros a
utilizar técnicas de cronometragem em estudos de eficiência e eficácia operacional na
administração industrial.