Este documento resume os resultados de 2,5 anos de um programa de tratamento de fraturas do quadril em um hospital. 144 pacientes foram tratados, a maioria entre 65-89 anos. 59 pacientes tiveram fraturas do colo do fêmur que foram tratadas principalmente com osteossíntese ou próteses parciais ou totais do quadril. 70 pacientes tiveram fraturas transtrocanterianas tratadas com haste cefalomedular ou placa DHS. A taxa de mortalidade foi de 16% e 26,4% dos pacientes tiveram complicações, principal
Ortogeriatria - Resultados de 2.5 Anos do Programa HVC
1. Resultados de 2,5 anos
do Programa do HVC
Enfermagem
Médicos
Fisioterapeutas
Ortopedia
Internistas
UTI
Pronto Socorro
CME
Centro Cirúrgico
Alas de Internação
Outubro de 2016Dr. Ricardo de Souza e Silva Morelli
4. Fraturas do Colo do Fêmur
59 pacientes
10 osteossínteses com
Parafusos “in situ”
26 Próteses
Parciais
do Quadril
16 Próteses
Totais
do Quadril
Prótese parcial
Boa escolha?
5. Fraturas Transtrocanterianas
70 pacientes
17 osteossínteses com
Haste Cefalomedular
Instáveis em pacientes
deambuladores
53 osteossínteses com
Placa DHS
Estáveis ou em pacientes
que não deambulam
Refinar esta
escolha
7. Avaliação os processos
Indicadores do Processo
Percentual de
Falhas
Cirurgia em < 36 horas 6 casos 4,1 %
2014 2015 1 sem de
2016
Total
3 3
0
6
Número de falhas
2014 2015 1 sem de
2016
Total
16,3%
9,8%
3,5%
11,1%
Cirurgias adiadas ( > 36 hs)
por motivos médicos
16 em 144 (11,1%)
Pqe foram
adiadas?
8. Com AAS: 24 (16,7%)
Outros : 22 (13,7%)
Anticoagulação Pré-op
Dos 16 pacientes com outros anticoagulantes
em 6 casos houve a opção por retardar a cirurgia
Para nenhum paciente em uso pré-op de AAS
houve a opção por retardar a cirurgia
Comparar perda
sanguínea
9. Effect of early surgery after hip fracture on mortality
and complications: systematic review and meta-analysis
CMAJ • OCTOBER 19, 2010 • 182(15)
• O que é cirurgia precoce? 24, 48 ou 72 hs?
• Há benefícios?
13.478 pacientes
116 estudos (metanalise)
Cirurgia precoce: 19% de diminuição no risco (mortalidade)
independente do tempo de avaliação pós op (1, 6 ou 12 meses)
(RR 0.81, 95% CI 0.68–0.96, p = 0.01, I2 = 0%).
Tempo até a cirurgia ( 24, 48 ou 72 hs) não influenciou
(mortalidade) aos 30 dias (n = 3485; RR 0.90, 95% CI 0.71–1.13, p = 0.86, I2 =0%)
ou aos três e seis meses (n = 1650; RR 0.87,95% CI 0.44–1.72, p = 0.68, I2 = 87%)
Cirurgia precoce
10. Effect of early surgery after hip fracture on mortality
and complications: systematic review and meta-analysis
CMAJ • OCTOBER 19, 2010 • 182(15)
Cirurgia precoce
Complicações ( 4 estudos) 5.377 pacientes
Pneumonia: 2 estudos (n = 2793 pacientes)
Redução de risco de 41% cirurgia precoce em relação
à retardada(> 24 or 48 horas) (RR 0.59, 95% CI 0.37–0.93, p = 0.02)
Úlceras de pressão: 3 estudos (n = 3023 pacientes)
Redução de risco de 52% cirurgia precoce em relação
à retardada(> 24 or 48 horas) (RR 0.48, 95% CI 0.34–0.69, p < 0.001)
TVP/TEP : 2 estudos (n = 4679 pacientes) 56 eventos.
Cirurgia precoce não teve influencia
11. Por que escolhemos 36 horas?
Porque há evidências da vantagem da cirurgia
precoce e 36 hs é considerado precoce
Fatores administrativo
Logística
Time mais experiente e mais
descansado durante o diia
12. Avaliação os processos
Outros indicadores
Indicadores do Processo
Percentual de
Falhas
Avaliação clínica pré-op 2 em 144 (1,3%)
Avaliação anestesista pré-op 0,0%
Acompanhamento clínico pós- op 0,0%
Reabilitação fisioterápica pós-op 0,0%
2014 2015 1 sem
de 2016
Total
2
0 0
2
Número de falhas
13. Desfechos Clínicos
Mortalidade
2014 2015 1 sem de 2016 Total
18,2%
13,1%
17,9%
16%
Índice de Mortalidade
O prognóstico das fraturas do fêmur proximal é
ruim, com a taxa de mortalidade em 1 ano estimada
entre 20 e 30 %.
Ortho-Geriatric Care Models and Outcomes in Hip Fracture Patients:
A Systematic Review and Meta-Analysis
J Orthop Trauma. 2014 March ; 28(3): e49–e55
K. V. Grigoryan, .H. Javedan, .J. L. Rudolph.
23 em 114
(16%)
Fatores
prognósticos
14. Mortality and morbidity after hip fractures . G. S. Keene, M. J Parker, G. A. Pryor
BMJ VOLUME 307 13 NOVEMBER 1993
Mortalidade
NHS : 28% em 6 meses
85 a 89 anos 42%
> 90 anos 51%
15. Grau de dependência
Índice de Katz (83 pacientes)
Muito dependente 14 %
Moderadamente dependente 17 %
Independente 65 %
A critical review of the long-term disability
outcomes following hip fracture .
Fragility Fracture Network (FFN)
Rehabilitation Research Special Interest Group
Dyer et al. BMC Geriatrics (2016) 16:158
Avaliação de qualidade de vida
Avaliação
da eficiência
16. Grau de dependência Capacidade de marcha
Mortality and morbidity after hip fractures . G. S. Keene, M. J Parker, G. A. Pryor
BMJ VOLUME 307 13 NOVEMBER 1993
Avaliação
da capacidade
de marcha
17. Complicações
2014 2015 1 sem de
2016
Total
25,40%
29,50%
21,40%
26,40%
Percentual de pacientes com complicações
Delirium 17
Insuf. Renal Aguda 8
Pneumonia 5
Fibrilação Atrial 3
TEP / TVP 2
ITU 2
Inst. Hemodinâmica 2
Hematêmese 1
Obstrução. intestinal 1
Depressão grave 1
Escara de calcâneo 1
Broncoaspiração 1
AVCI 1
Broncoespasmo 1
ICC descomp. 1
Isquemia Miocárdio 1
38 pacientes de 144 (26,4%)
Com 48 complicações
Delirium?
Critério diagnóstico.
18. Complicações
Delirium
Reducing delirium after hip fracture: a randomized trial.
Marcantonio ER, Flacker JM, Resnick NM. J Am Geriatr Soc 2001 May;49(5):516-22.
Acompanhamento do geriatra X sem acompanhamento
Delirium aconteceu:
Em 20 /62 (32%) dos pacientes acompanhados,
versus 32 / 64 (50%) dos não acompanhados (P =.04).
Representando um risco relativo de 0.64
(95% intervalo de confiança (IC) = 0.37-0.98)
Delirium?
Check List
19. Complicações Pós-Op Ortopédicas
2014 2015 1 sem de
2016
Total
1,8%
4,9%
7,1%
6,3%
Complicações ortopédicas
9 em 144 (6,3%)
Metanálise (n= 3,279) Fraturas transtrocantéricas
estáveis e instáveis.
57/1,357 (4.2%) Com haste céfalomedular
35/1,415 (2.4%) Com DHS
Norwegian Hip Fracture Register : trocantérica
oblíqua reversa e subtrocantérica (n =2,716)
6.4% com DHS 3,8% com haste céfalomedular
Complicações mecânicas
21. 2014 2015 1 sem de 2016 Total
23,6%
29,5%
21,4%
25,7%
5,4%
9,8%
7,1% 7,6%
por todas as causas
Diretamente relacionadas
Reinternação
Por todas as causas
37 pacientes
dos 144 (25,7%)
Diretamente relacionado
11 pacientes
dos 144 (7,6%)
Dos 37 reinternados 11 óbitos
(29,7%)
22. 2014 2015 1 sem de 2016 Total
0%
3,2%
7,1%
2,8%
Infecção em
Sítio Cirúrgico
Infecção em Sítio Cirúrgico
4 pacientes em 144
(2,8%)
2 em Prótese Total do Quadril
1 em Prótese Parcial do Quadril
1 em Osteossíntese DHS
23. 2014 2015 1 sem de 2016 Total
5,2
6,6 6,6
6,1
Média de dias de internação
Tempo de Internação
Permaneceram 7 ou mais dias
35 dos 144 pacientes (24,3%)
Excetuando-se os pacientes que
permaneceram 7 ou mais dias
O tempo médio de internação seria de 4,5 dias.
Média de
6,1 dias