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A crise do séc. XIV
• Ao longo do séc. XIV, ocorre uma convergência de factos que explicam a designação
de trilogia de morte:
– A crise agrícola que provoca fomes como a de 1315-1317, a oscilação dos
preços, o despovoamento dos campos e o agudizar dos conflitos sociais.
– A Peste Negra (1348) e as várias epidemias que assolam o mundo. A população
subalimentada não resiste.
A crise do séc. XIV
As guerras que tornam ainda mais negro o
quadro económico e social, quer pelas mortes
que provocam, quer pelas pilhagens e
devastações.
A agravar esta situação, as tensões, desordens
sociais e revoltas provocadas pelo sentimento de
mal-estar generalizado.
Consequências da crise
• A ruína e abandono dos campos – a população rural inicia uma fuga desordenada para
as cidades, onde procuravam obter uma vida melhor.
• A quebra dos rendimentos senhoriais - Os senhores reagem com vista compensar as
perdas e adaptar a economia às novas exigências do mercado, aumentando as taxas.
• As revoltas sociais, que acontecem mais ou menos por toda a parte, provocadas pelos
aumentos das taxas senhoriais.
• As desordens sociais e o bandoleirismo organizado - aumenta o roubo e a pilhagem.
• A crise monetária e as desvalorizações constantes. A prática das desvalorizações
consistia em recolher a moeda corrente, refundi-la aumentando a liga e reduzindo o metal
precioso e cunha-la de novo como o mesmo valor facial da anterior.
Em Portugal
• A ruína e abandono dos campos é cada vez maior. Torna-se necessário manter os
camponeses na terra, para desenvolver novamente a agricultura. É então que em vários
países surgem medidas reais, como é o caso da Lei das Sesmarias de D. Fernando em
Portugal. A rarefação da mão-de-obra provocou o aumento dos salários, o que leva ao
tabelamento do índice de pagamentos - D. Afonso IV e as Leis do Trabalho e as Posturas
Municipais.
• A situação agrava-se com a participação de D. Fernando em várias guerras com os
espanhóis (Guerras Fernandinas).
A crise dinástica
D. Pedro I
D. Constança
D. Inês de
Castro
D. Teresa
Lourenço
D. Fernando
Infante D.
João
Infante
D. Dinis
D. João, Mestre de
Avis
D. Leonor Teles
D. João, rei de CastelaD. Beatriz
Pretendentes ao trono
Apoiantes:
• Povo ou “arraia-miúda”.
• Burguesia.
• Alguns nobres.
Divisão dos Portugueses durante a
Revolução de 1383-85.
João, Mestre de Avis D. Beatriz
Apoiantes:
• Alta nobreza e alto
clero, que ansiavam
pelos benefícios da
união com Castela.
(O Mestre de Avis
representava a
independência nacional
relativamente a Castela).
(D. Beatriz representava
uma ameaça à perda da
independência de
Portugal relativamente a
Castela).
D. João I seria aclamado pelo
povo como “Regedor e Defensor
do Reino”.
Como reação à aclamação de D. João I pelo povo, o
rei de Castela invadiu Portugal.
D. Nuno Álvares Pereira
comandou as tropas
portuguesas na Batalha de
Atoleiros, obtendo a vitória
sobre as tropas castelhanas.
1ª invasão castelhana (1384).
O cerco de Lisboa durou quatro
meses e tinha como objetivo
obrigar o Mestre
de Avis a render-se.
Mas o cerco foi levantado
porque as tropas castelhanas
foram atingidas pela peste.
Em 1385 o Dr. João das Regras demonstrou que a escolha de D. Beatriz levaria à
perda da independência. O Mestre de Avis foi aclamado rei de Portugal, com o
nome de D. João I, dando início à dinastia de Avis.
O Dr. João das Regras discursa nas Cortes de Coimbra.
As cortes de Coimbra
A afirmação da independência
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recebida por D. João I, de Castela, que lançou uma
segunda invasão sobre Portugal.
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O Tratado de Windsor
Em 1386, D. João I celebrou um tratado com a Inglaterra – o Tratado de Windsor – no
qual os dois reinos comprometiam-se a ajudar-se mutuamente.
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casamento de D. João I
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Os conflitos com Castela só terminaram em 1411, com a assinatura de um tratado de paz.
Casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre, na Sé do Porto.
A nova sociedade
A grande nobreza e o alto clero, que tinham apoiado
Castela, foram expulsos.
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nobreza mais empreendedora.
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Crise sec. xiv

  • 1. A crise do séc. XIV • Ao longo do séc. XIV, ocorre uma convergência de factos que explicam a designação de trilogia de morte: – A crise agrícola que provoca fomes como a de 1315-1317, a oscilação dos preços, o despovoamento dos campos e o agudizar dos conflitos sociais. – A Peste Negra (1348) e as várias epidemias que assolam o mundo. A população subalimentada não resiste.
  • 2. A crise do séc. XIV As guerras que tornam ainda mais negro o quadro económico e social, quer pelas mortes que provocam, quer pelas pilhagens e devastações. A agravar esta situação, as tensões, desordens sociais e revoltas provocadas pelo sentimento de mal-estar generalizado.
  • 3. Consequências da crise • A ruína e abandono dos campos – a população rural inicia uma fuga desordenada para as cidades, onde procuravam obter uma vida melhor. • A quebra dos rendimentos senhoriais - Os senhores reagem com vista compensar as perdas e adaptar a economia às novas exigências do mercado, aumentando as taxas. • As revoltas sociais, que acontecem mais ou menos por toda a parte, provocadas pelos aumentos das taxas senhoriais. • As desordens sociais e o bandoleirismo organizado - aumenta o roubo e a pilhagem. • A crise monetária e as desvalorizações constantes. A prática das desvalorizações consistia em recolher a moeda corrente, refundi-la aumentando a liga e reduzindo o metal precioso e cunha-la de novo como o mesmo valor facial da anterior.
  • 4. Em Portugal • A ruína e abandono dos campos é cada vez maior. Torna-se necessário manter os camponeses na terra, para desenvolver novamente a agricultura. É então que em vários países surgem medidas reais, como é o caso da Lei das Sesmarias de D. Fernando em Portugal. A rarefação da mão-de-obra provocou o aumento dos salários, o que leva ao tabelamento do índice de pagamentos - D. Afonso IV e as Leis do Trabalho e as Posturas Municipais. • A situação agrava-se com a participação de D. Fernando em várias guerras com os espanhóis (Guerras Fernandinas).
  • 5. A crise dinástica D. Pedro I D. Constança D. Inês de Castro D. Teresa Lourenço D. Fernando Infante D. João Infante D. Dinis D. João, Mestre de Avis D. Leonor Teles D. João, rei de CastelaD. Beatriz Pretendentes ao trono
  • 6. Apoiantes: • Povo ou “arraia-miúda”. • Burguesia. • Alguns nobres. Divisão dos Portugueses durante a Revolução de 1383-85. João, Mestre de Avis D. Beatriz Apoiantes: • Alta nobreza e alto clero, que ansiavam pelos benefícios da união com Castela. (O Mestre de Avis representava a independência nacional relativamente a Castela). (D. Beatriz representava uma ameaça à perda da independência de Portugal relativamente a Castela). D. João I seria aclamado pelo povo como “Regedor e Defensor do Reino”.
  • 7. Como reação à aclamação de D. João I pelo povo, o rei de Castela invadiu Portugal. D. Nuno Álvares Pereira comandou as tropas portuguesas na Batalha de Atoleiros, obtendo a vitória sobre as tropas castelhanas. 1ª invasão castelhana (1384). O cerco de Lisboa durou quatro meses e tinha como objetivo obrigar o Mestre de Avis a render-se. Mas o cerco foi levantado porque as tropas castelhanas foram atingidas pela peste.
  • 8. Em 1385 o Dr. João das Regras demonstrou que a escolha de D. Beatriz levaria à perda da independência. O Mestre de Avis foi aclamado rei de Portugal, com o nome de D. João I, dando início à dinastia de Avis. O Dr. João das Regras discursa nas Cortes de Coimbra. As cortes de Coimbra
  • 9. A afirmação da independência A aclamação do Mestre de Avis como rei não foi bem recebida por D. João I, de Castela, que lançou uma segunda invasão sobre Portugal. Batalha de Aljubarrota.
  • 10. O Tratado de Windsor Em 1386, D. João I celebrou um tratado com a Inglaterra – o Tratado de Windsor – no qual os dois reinos comprometiam-se a ajudar-se mutuamente. Este tratado originou o casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre. Os conflitos com Castela só terminaram em 1411, com a assinatura de um tratado de paz. Casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre, na Sé do Porto.
  • 11. A nova sociedade A grande nobreza e o alto clero, que tinham apoiado Castela, foram expulsos. Muitas das suas terras foram distribuídas por uma nova nobreza mais empreendedora. Muitos membros da burguesia ocuparam postos influentes do reino.