O documento descreve a crise do século 14 em Portugal, incluindo a peste negra, guerras, e revoltas populares. Também discute o Tratado de Salvaterra de Magos e a questão dinástica após a morte de D. Fernando, levando à afirmação da independência nacional sob D. João I.
2. 1) Introdução;
2) Crise agrária;
3) A peste negra;
4) As guerras e as revoltas populares;
5) A crise do século XIV(14) em Portugal;
6) O Tratado de Salvaterra;
7) A questão dinástica;
8) A afirmação da independência nacional;
9) Conclusão;
10) Bibliografia.
3. Nós com este trabalho esperamos aprender
coisas sobre Crises e Revoluções no século
XIV(14). Esperamos gostar de fazer este
trabalho, que não seja difícil e que tenhamos
boa nota.
4. A produção agrícola começou a ser insuficiente para alimentar uma
população em crescimento, devido aos seguintes factores:
• Alterações climáticas, com um clima mais frio e de fortes chuvas
que destruíam as colheitas, provocando maus danos agrícolas;
• Esgotamento de terras agrícolas, devido a uma exploração
prolongada.
Com esta situação, a fome instala-se na Europa. As crises
cerealíferas provocaram falta de alimentos e subida dos preços,
dando origem a uma crise económica. Muitos morreram de fome
ou ficaram doentes.
5. Como a população subalimentava e debilitava, juntamente com
más condições de higiene, foi fácil o contagio de doenças
epidémicas, sendo a mais grave a Peste Negra. Esta epidemia
espalhou-se por toda a Europa, incluindo Portugal, entre 1347 e
1352. A quebra demográfica provocada pelo elevado número de
mortes foi de tal forma catastrófica que a Europa perdeu cerca de
um terço dos seus habitantes.
7. As calamidades da fome e da peste juntou-se a guerra. Instalaram-
se muitos conflitos públicos. Os mais graves foram a Guerra dos
Cem Anos (1337-1453), entre a França e a Inglaterra , e as guerras
fernandinas e da independência , entre Portugal e Castela. Nas
suas deslocações e combates, os exércitos destruíam áreas
agrícolas e habitacionais, pilhando e devastando tudo.
Durante o século XIV (14) sucederam-se os conflitos sociais. As
consequências da crise económica, o aumento de impostos para
manutenção das guerras e é desvalorização monetária ( valor da
moeda não correspondia ao valor real) provocaram numerosas
revoltas dos camponeses contra a nobreza e a burguesia. Esta
agitação social, movida pelo desespero e miséria, sentiu-se nos
meios rurais e urbanos de toda a Europa, nomeadamente Portugal.
9. A Peste Negra propagou-se rapidamente em Portugal, arrastando o país
para uma grande crise económica, que se fez sentir nos reinados de
D.Afonso IV, D.Pedro I e D.Fernando I.
A Peste Negra vitimou cerca de um terço da população portuguesa .A taxa
de mortalidade era superior nos centros urbanos, onde a concentração de
pessoas facilitava o contagio da epidemia. Muitos camponeses
abandonaram as suas terras e deslocaram-se para as cidades em busca de
melhores condições de vida. A falta de mão de obra rural provocou uma
queda na produção agrícola, subida de preços e aumento dos tributos dos
camponeses pagavam aos senhores. O descontentamento popular era
geral, o que conduziu a conflitos e revoltas em toda a Europa. Os reis
portugueses procuraram solucionar estes problemas através das seguintes
medidas:
10. • Publicação das Leis de Trabalho e tabelamento dos salários, por D.
Afonso IV(4), em 1349.
• Publicação das Leis das Sesmarias, por D. Fernando, em 1375.
Estas leis obrigavam todos os proprietários rurais a cultivarem as
suas terras e os camponeses a trabalhar nos campos e proibiam a
mendicidade.
No reinado de D. Fernando a situação agravou-se ainda mais,
devido às guerras com Castela, e Portugal viveu uma grave crise
financeira que conduziu à desvalorização da moeda e à subida de
preços.
11. Anos Acontecimentos
1367 Inicio do reinado de D. Fernando
1369 1ª Guerra Fernandina contra Castela;
Quebra da moeda.
1371 Falta de cereais;
Protestos nas cortes de Lisboa;
Porto contra as guerras Fernandinas.
1372 Celebração do casamento de D. Fernando com
a D. Leonor Teles.
1373 2ª Guerra Fernandina contra Castela.
1374 Maus anos agrícolas e epidemias.
1375 Leis das Sesmarias
1381/82 3ªGuerra Fernandina.
1383 Tratado de Salvaterra de Magos;
Morte de D. Fernando.
13. D.Fernando considerava-se com direito ao trono de Castela, devido a
laços familiares, razão pela qual travou três guerras entre 1369 e 1382.
Em 1383, o Tratado de Salvaterra de Magos pôs fim a estas a guerras.
D. Fernando aceitava casar a sua única filha, D. Beatriz, com o rei de
Castela, D. João I. Este tratado colocava como futuro herdeiro do trono o
filho primogénito de D. Beatriz. Salvaguardava ainda a possibilidade de
D. Leonor Teles vir a reger o país enquanto o filho de D. Beatriz não
atingisse os 14 anos de idade. Contudo, este acordo colocava em perigo
a independência da nação, no caso de não existirem descendentes,
tendo nessa situação o rei de Castela direito à coroa de Portugal.
Pouco tempo depois da celebração deste tratado, em Outubro de 1383,
D.Fernando morre. Instalou-se, então, uma crise politica em Portugal
com o problema da sucessão ao trono.
14. Com a morte de D.Fernando em 1383, coloca-se o problema da
sucessão ao trono, que dividiu o pais. Grande parte da alta nobreza
apoiava D.Beatriz. Já a pequena nobreza, a burguesia e o povo
apoiavam o mestre de Avis.
De acordo com o Tratado de Salvaterra de Magos, D. Leonor de Teles
assume a regência do reino e, logo, manda aclamar D.Beatriz rainha de
Portugal. Este facto gerou descontentamento entre o povo de muitas
cidades e vilas, receosos da perda da independência de Portugal.
É neste ambiente que se prepara uma conspiração para afastar D.Leonor
e matar o seu conselheiro, o conde João Fernandes Andeiro, fidalgo
galego. Com este propósito o Mestre de Avis entra no Paço Real e
assassina o conde Andeiro. Entretanto, D.Leonor foge para Santarém e
pede ajuda a D.João I de Castela, seu genro. Nesta altura, o povo dava
seguimento à revolução e aclamava nas ruas D.Dinis o Mestre de Avis
como Regedor e Defensor do Reino.
15. Com a pretensão de travar a revolução e defender o direito ao trono de sua
mulher, D.Beatriz, o rei de Castela, D.João I, invade Portugal, no inicio do
ano de 1384. Cerca a cidade de Lisboa, com um exército bem equipado e
numeroso, que foi obrigado a retirar-se devido à epidemia da Peste Negra
ter-se propagado e assolado entre as tropas Castelhanas.
O exercito português, sob o comando de Nuno Alvares Pereira, vence os
Castelhanos na Batalha de Atoleiros, no Alto Alentejo.
Entretanto, em 1385, nas cortes de Coimbra, o Mestre de Avis é aclamado
rei de Portugal, com o nome de D.João I. A tese defendida pelo legista João
das Regras para defesa dos seus direitos contribuiu para a sua aclamação.
Pouco tempo depois, o rei de Castela invade novamente Portugal, com um
poderoso exercito, sendo outra vez derrotado na Batalha de Aljubarrota.
Esta batalha assegurou a independência de Portugal. A Inglaterra foi
sempre aliada de Portugal na luta contra Castela. O casamento de D.João I
com a princesa Inglesa consolidou os laços entre Portugal e Inglaterra e
deu origem a Dinastia de Avis.
17. Nós gostamos de fazer este trabalho e não foi
tão difícil como nós pensamos e aprendemos
muitas coisas. Estamos á espera de ma boa
nota neste trabalho porque nos esforçamos.