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Quais foram as causas da crise europeia do século XIV?
As causas das crises do século XIV
Com as mudanças económicas, sociais e políticas
que o antecederam, o século XIV viveu grandes crises:
• As más condições climatéricas prejudicaram as colheitas, o que
levou à miséria dos camponeses e ao corte no abastecimento das
cidades.
Fome, morte e revoltas populares.
• A peste negra dizimou um terço da população europeia,
desnutrida devido à fraca alimentação.
• A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre França e Inglaterra
provocou muitos danos colaterais.
A crise económica e política na Idade Média
X
X
Ao longo do século XIV, a população europeia diminuiu drasticamente.
Crise do séc. XIV
Maus anos
agrícolas
Falta de condições
de higiene
Guerras
Fome
Epidemias, Peste Negra
Quebra demográfica
Diminuição da mão de obra
Quebra de produção Subida de salários
Tabelamento de salários; exigência de retorno ao trabalho no campo;
aumento de impostos e obrigações senhoriais
Revoltas populares no campo e na cidade
A Crise económica, social e política vivida em Portugal no
século XIV
Portugal à semelhança de outros países europeus, sofreu os efeitos da
crise do século XIV. As Guerras Fernandinas, que opuseram D. Fernando
I, de Portugal, ao rei de Castela, por questões dinásticas (semelhantes à
disputa entre Franceses e Ingleses na Guerra dos Cem Anos) tornaram as
condições de vida da população portuguesa ainda mais difíceis.
A redução da produção agrícola, devido à falta de mão de obra
provocou:
● Aumento dos salários;
● Diminuição da circulação de produtos;
● Desvalorização monetária;
● Aumento dos preços e dos impostos;
● Fuga da população para as cidades à procura de melhores condições
de vida.
Grave crise económica
A Agitação Social
Para combater os efeitos da crise, os monarcas portugueses tomaram
as seguintes medidas:
• D. Afonso IV publicou as Leis do Trabalho, que fixavam os salários;
• D. Fernando publicou a Lei das Sesmarias, que obrigava os
proprietários a cultivar as terras.
Estas medidas desencadearam revoltas e motins populares por todo o país.
A revolução de 1383/85
A questão dinástica
As Guerras Fernandinas terminaram com a derrota de D. Fernando, que se viu
obrigado a celebrar o Tratado de Salvaterra de Magos, que estabelecia as regras
de sucessão ao trono de Portugal e do casamento de sua filha D. Beatriz com o
rei de Castela, D. João I.
As Guerras Fernandinas
O Tratado de Salvaterra de Magos
O tratado estabelecia que à morte de Fernando:
• Caso o rei não tivesse um filho varão, seria o filho de Beatriz (neto de D.
Fernando) o sucessor ao trono;
• Mas se D. Beatriz não tivesse um filho homem, ou se este filho fosse menor
de idade (até aos 14 anos), ficaria a rainha D. Leonor Tele (mulher de
Fernando) como regente do reino.
A revolução de 1383/85
D. Fernando morreu no mesmo ano da
assinatura do Tratado com Castela e,
como consequência, D. Leonor Teles
assumiu a regência do reino e mandou
aclamar a sua filha D. Beatriz como
rainha de Portugal.
D. Leonor Teles
A revolução de 1383/85
A decisão de D. Leonor encontrou a oposição das camadas populares, que
receavam a perda da independência nacional
Face à contestação relativamente à aclamação de D. Beatriz, em Lisboa,
D. João, Mestre de Avis, meio irmão de D. Fernando, foi aclamado pelo
povo “Regedor e Defensor do Reino”. Estava em marcha a Revolução
de 1383/85, com o povo, em fúria, a perseguir todos os nobres e
membros do clero que apoiavam Beatriz.
As invasões castelhanas
Em resposta ao pedido de auxilio de D. Leonor, o rei de Castela invadiu
Portugal, em 1384, com dois exércitos:
• Um dos grupos do exercito castelhano entrou pela Guarda e dirigiu-se a
Lisboa, com o objetivo de cercar a cidade e obrigar o Mestre de Avis a
render-se;
• Outro grupo militar invadiu Portugal pelo Alentejo, sendo combatido e
derrotado pelas tropas portuguesas. D. Nuno Álvares Pereira liderou
esses militares, na sua maioria elementos do povo, naquela que ficou
conhecida como a Batalha dos Atoleiros.
As Cortes de Coimbra e a aclamação de D. João I
Em abril de 1385, na cidade de Coimbra, reuniram-se as Cortes, com o objetivo de
decidir qual dos candidatos tinha direito à coroa.
Apresentavam-se como pretendentes ao trono:
 D. Beatriz, filha legitima de D. Fernando, casada com d. João I, rei de Castela. A
sua escolha poderia levar à perda da independência;
 D. João, Mestre de Avis, filho ilegítimo de D. Pedro I (e, por isso, meio-irmão de
D. Fernando). Representava a independência nacional. Era apoio por alguns
nobres, pela burguesia e pelo povo, que já o havia proclamando como “Regedor
e Defensor do Reino”;
 D. João e D. Dinis, filhos ilegítimos de D. Pedro I( Pai de D. Fernando).
Após a discussão das propostas, o legislador João das Regas demonstrou que o
Mestre de Avis era o único que sempre tinha defendido a independência do reino
e, por isso, deveria ser acalmado rei de Portugal, com o nome de D. João I.
O rei de Castela, não concordou com a decisão, e nesse mesmo ano, o monarca
castelhano lançou um novo ataque a Portugal, tendo sido derrotado na Batalha de
Aljubarrota, num episódio que marcou a afirmação da independência nacional,
muito embora a paz de definitiva entre dos dois reinos só viesse a ser alcançada
alguns anos mais tarde, em 1411.
A Batalha de Aljubarrota
A Batalha de Aljubarrota ocorreu em agosto de 1385 e opôs o
exército português ao castelhano, este último em superioridade
numérica.
A Batalha de Aljubarrota
Retaguarda de
D. João I
Porta-
estandarte
Ala dos
Namorados
Abatises
Covas
de lobo
Vanguarda
castelhana
Vanguarda
portuguesa
Ala esquerda
castelhana
Exército
português
Exército
castelhano
A escolha de um terreno favorável, o uso de armadilhas (covas de lobo) e o apoio
dos arqueiros ingleses permitiram a vitória do exército português, apesar de se
encontrar em inferioridade numérica.
As Cortes de Coimbra e a aclamação de D. João I
A Revolução de 1383/85 deu inicio à dinastia de Avis e renovou alguns
grupos sociais da sociedade portuguesa:
• A nobreza, que apoiara D. João I, recebeu títulos, cargos e
propriedades;
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desempenhar cargos de confiança política e na administração do reino
Casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre
Crise em Portugal séc. XIV
Fomes Pestes
Guerras
fernandinas
Quebra demográfica
Campos abandonados e quebra de produção
Leis do Trabalho e Lei das
Sesmarias
Crise dinástica
Quem sucede a D. Fernando?
• Infanta D. Beatriz casada com D. João de Castela
• D. João, Mestre de Avis
Revoltas populares Triunfo do Mestre de Avis:
• Decisão das Cortes de Coimbra
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As crises do século xiv

  • 1.
  • 2. Quais foram as causas da crise europeia do século XIV?
  • 3. As causas das crises do século XIV Com as mudanças económicas, sociais e políticas que o antecederam, o século XIV viveu grandes crises: • As más condições climatéricas prejudicaram as colheitas, o que levou à miséria dos camponeses e ao corte no abastecimento das cidades. Fome, morte e revoltas populares. • A peste negra dizimou um terço da população europeia, desnutrida devido à fraca alimentação. • A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre França e Inglaterra provocou muitos danos colaterais.
  • 4. A crise económica e política na Idade Média X X Ao longo do século XIV, a população europeia diminuiu drasticamente.
  • 5. Crise do séc. XIV Maus anos agrícolas Falta de condições de higiene Guerras Fome Epidemias, Peste Negra Quebra demográfica Diminuição da mão de obra Quebra de produção Subida de salários Tabelamento de salários; exigência de retorno ao trabalho no campo; aumento de impostos e obrigações senhoriais Revoltas populares no campo e na cidade
  • 6. A Crise económica, social e política vivida em Portugal no século XIV Portugal à semelhança de outros países europeus, sofreu os efeitos da crise do século XIV. As Guerras Fernandinas, que opuseram D. Fernando I, de Portugal, ao rei de Castela, por questões dinásticas (semelhantes à disputa entre Franceses e Ingleses na Guerra dos Cem Anos) tornaram as condições de vida da população portuguesa ainda mais difíceis. A redução da produção agrícola, devido à falta de mão de obra provocou: ● Aumento dos salários; ● Diminuição da circulação de produtos; ● Desvalorização monetária; ● Aumento dos preços e dos impostos; ● Fuga da população para as cidades à procura de melhores condições de vida. Grave crise económica
  • 7. A Agitação Social Para combater os efeitos da crise, os monarcas portugueses tomaram as seguintes medidas: • D. Afonso IV publicou as Leis do Trabalho, que fixavam os salários; • D. Fernando publicou a Lei das Sesmarias, que obrigava os proprietários a cultivar as terras. Estas medidas desencadearam revoltas e motins populares por todo o país.
  • 8. A revolução de 1383/85 A questão dinástica As Guerras Fernandinas terminaram com a derrota de D. Fernando, que se viu obrigado a celebrar o Tratado de Salvaterra de Magos, que estabelecia as regras de sucessão ao trono de Portugal e do casamento de sua filha D. Beatriz com o rei de Castela, D. João I. As Guerras Fernandinas
  • 9. O Tratado de Salvaterra de Magos O tratado estabelecia que à morte de Fernando: • Caso o rei não tivesse um filho varão, seria o filho de Beatriz (neto de D. Fernando) o sucessor ao trono; • Mas se D. Beatriz não tivesse um filho homem, ou se este filho fosse menor de idade (até aos 14 anos), ficaria a rainha D. Leonor Tele (mulher de Fernando) como regente do reino. A revolução de 1383/85 D. Fernando morreu no mesmo ano da assinatura do Tratado com Castela e, como consequência, D. Leonor Teles assumiu a regência do reino e mandou aclamar a sua filha D. Beatriz como rainha de Portugal. D. Leonor Teles
  • 10. A revolução de 1383/85 A decisão de D. Leonor encontrou a oposição das camadas populares, que receavam a perda da independência nacional Face à contestação relativamente à aclamação de D. Beatriz, em Lisboa, D. João, Mestre de Avis, meio irmão de D. Fernando, foi aclamado pelo povo “Regedor e Defensor do Reino”. Estava em marcha a Revolução de 1383/85, com o povo, em fúria, a perseguir todos os nobres e membros do clero que apoiavam Beatriz.
  • 11. As invasões castelhanas Em resposta ao pedido de auxilio de D. Leonor, o rei de Castela invadiu Portugal, em 1384, com dois exércitos: • Um dos grupos do exercito castelhano entrou pela Guarda e dirigiu-se a Lisboa, com o objetivo de cercar a cidade e obrigar o Mestre de Avis a render-se; • Outro grupo militar invadiu Portugal pelo Alentejo, sendo combatido e derrotado pelas tropas portuguesas. D. Nuno Álvares Pereira liderou esses militares, na sua maioria elementos do povo, naquela que ficou conhecida como a Batalha dos Atoleiros.
  • 12. As Cortes de Coimbra e a aclamação de D. João I Em abril de 1385, na cidade de Coimbra, reuniram-se as Cortes, com o objetivo de decidir qual dos candidatos tinha direito à coroa. Apresentavam-se como pretendentes ao trono:  D. Beatriz, filha legitima de D. Fernando, casada com d. João I, rei de Castela. A sua escolha poderia levar à perda da independência;  D. João, Mestre de Avis, filho ilegítimo de D. Pedro I (e, por isso, meio-irmão de D. Fernando). Representava a independência nacional. Era apoio por alguns nobres, pela burguesia e pelo povo, que já o havia proclamando como “Regedor e Defensor do Reino”;  D. João e D. Dinis, filhos ilegítimos de D. Pedro I( Pai de D. Fernando). Após a discussão das propostas, o legislador João das Regas demonstrou que o Mestre de Avis era o único que sempre tinha defendido a independência do reino e, por isso, deveria ser acalmado rei de Portugal, com o nome de D. João I. O rei de Castela, não concordou com a decisão, e nesse mesmo ano, o monarca castelhano lançou um novo ataque a Portugal, tendo sido derrotado na Batalha de Aljubarrota, num episódio que marcou a afirmação da independência nacional, muito embora a paz de definitiva entre dos dois reinos só viesse a ser alcançada alguns anos mais tarde, em 1411.
  • 13. A Batalha de Aljubarrota A Batalha de Aljubarrota ocorreu em agosto de 1385 e opôs o exército português ao castelhano, este último em superioridade numérica.
  • 14. A Batalha de Aljubarrota Retaguarda de D. João I Porta- estandarte Ala dos Namorados Abatises Covas de lobo Vanguarda castelhana Vanguarda portuguesa Ala esquerda castelhana Exército português Exército castelhano A escolha de um terreno favorável, o uso de armadilhas (covas de lobo) e o apoio dos arqueiros ingleses permitiram a vitória do exército português, apesar de se encontrar em inferioridade numérica.
  • 15. As Cortes de Coimbra e a aclamação de D. João I A Revolução de 1383/85 deu inicio à dinastia de Avis e renovou alguns grupos sociais da sociedade portuguesa: • A nobreza, que apoiara D. João I, recebeu títulos, cargos e propriedades; • Alguns membros da burguesia forma promovidos a passaram a desempenhar cargos de confiança política e na administração do reino Casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre
  • 16. Crise em Portugal séc. XIV Fomes Pestes Guerras fernandinas Quebra demográfica Campos abandonados e quebra de produção Leis do Trabalho e Lei das Sesmarias Crise dinástica Quem sucede a D. Fernando? • Infanta D. Beatriz casada com D. João de Castela • D. João, Mestre de Avis Revoltas populares Triunfo do Mestre de Avis: • Decisão das Cortes de Coimbra • Vitória na Batalha de Aljubarrota UMA NOVA DINASTIA – AVIS