1. O século XIV europeu
A crise do século XIV:
- fome, peste e guerra;
- revoltas e massacres.
Cátia Botelho
2. METAS CURRICULARES
• Compreender o século XIV europeu
• Referir o século XIV europeu como uma época de fomes, pestes e
guerras.
• Relacionar a fome, a peste e a guerra com o agravamento das
condições de vida do povo e com as revoltas populares do século XIV.
• Referir as épocas de crise como momentos suscetíveis de provocar o
aumento da intolerância (exemplificar com as perseguições que
atingiram as comunidades judaicas europeias aquando do surto da
peste negra).
12. A fome em Portugal
Quebra
demográficaMilhões de hab.
13.
14.
15.
16. A população protegia-se evitando o
contacto com os infetados e
marcando com uma cruz a morada
destes.
17.
18. A Dança da Morte representada em mural da Igreja de Santa Maria, Polônia
19. Será que as pessoas da Idade Média sabiam
como se transmitia a peste?
Infelizmente, elas não sabiam. A ciência da época
era incapaz de tratar a doença por desconhecê-la.
Em face da forte influência religiosa, rapidamente as
pessoas acreditaram que a Peste Negra era um
castigo divino. Vários grupos passaram a se flagelar
em busca do perdão divino. Muitos judeus foram
atacados por serem apontados como os
responsáveis pelo suposto castigo.
Crises
originam
Aumento da
intolerância
Culparam os judeus
acusando-os de envenenarem
fontes e poços
Intolerância: Tendência
para não aceitar diferentes
opiniões, crenças ou
comportamentos.
Judiaria: Bairro ou parte da
cidade onde os Judeus eram
obrigados, por lei, a viver.
22. Guerra
Guerra dos Cem Anos (França e
Inglaterra)
Guerras fernandinas (Portugal e
Castela) Guerra dos Cem Anos - começou em 1337 quando o rei da
Inglaterra reivindicou a Coroa da França e terminou em
1453, ano em que os ingleses foram definitivamente
expulsos do território francês.
23. Guerra dos Cem Anos
Batalha de Crécy, um dos conflitos da Guerra dos Cem Anos, que
opôs Inglaterra a França entre 1337 e1453.
Guerras
Quebra
demográfica
24. D. Fernando
Guerras fernandinas (1369 a 1382)
D. Fernando considerava-
se com direito ao reino de
Castela, logo, invadiu o
país vizinho três vezes.
• Exércitos roubavam
e destruíam tudo o
que podiam
Guerras fernandinas
Guerras Gastos
25. Medidas tomadas pelos reis europeus para solucionar a crise
Todos os homens e mulheres com menos de 60 anos, que não tiverem
nenhuma ocupação definida, fortuna ou terras deverão trabalhar, quando
para isso forem requeridos, e aceitar os salários em vigor em 1346 ou nos
5 ou 6 anos precedentes sob pena de prisão.
Se qualquer trabalhador, uma vez contratado, partir sem licença ou causa
justificável, antes do termo combinado, ninguém o deverá empregar e ele
será preso.
Todos os artífices e operários apenas devem pedir os salários de 1346, sob
pena de prisão.
Todos os vendedores de víveres, deverão vender, sob vigilância dos
municípios, a um preço razoável e habitual, sob pena de pagar ao
queixoso o dobro da soma recebida.
Quem der esmola a um mendigo válido é preso.
Inglaterra 1350, In Jacques Le Goff, A Idade Média
Leis do trabalho obrigam
camponeses, artesãos e pessoas
saudáveis a trabalhar mediante o
salário que recebiam antes da
crise se instalar
Tabelamento de
preços
Controlo da
inflação
Abandono
dos
campos
Aumento dos
impostos
para
compensar
as perdas
Revoluções
populares
Camponeses
exigiam
aumento dos
salários
Muitas
mortes /
Falta de mão
de obra
26.
27.
28. Preocupações de D.
Fernando:
- falta de cereais;
- terras sem cultivo.
Leis:
- obrigava senhores a
camponeses a cultivar
as suas terras
Medidas tomadas por D.
Fernando para solucionar a crise
– Lei das Sesmarias
D. Fernando, pela graça de
Deus rei de Portugal e do
Algarve, verificando como por
todas as partes de nossos
Reinos há falta de trigo e de
cevada […] por falta de lavras
que os homens deixam,
dedicando-se a outras obras e
outros mesteres […].
Estabelecemos, ordenamos e mandamos que
todos os que tenham terras suas ou arrendadas
sejam obrigados a lavrá-las todas […]. Todos os
que forem achados a pedir sejam obrigados a
servir nalgum ofício.
Lei das Sesmarias, 1375
29. LEI
DAS
SES
MAR
IAS
A lei pretendia:
• obrigar os proprietários a cultivar as
terras senão eram retiradas;
• obrigar todos os que fossem filhos ou netos
de lavradores a trabalhar na agricultura;
• obrigar os lavradores a terem o gado
necessário para a lavoura;
• proibir a criação de gado que não fosse para
trabalhos de lavoura;
• fixar preços de rendas;
• aumentar o número de trabalhadores rurais
para acabar com mendigos e vadios.
Portugal vivia em crise:
• havia poucos cereais;
• falta de mão-de-obra;
• a falta de gado para a
lavoura;
• as rendas pedidas
pelos donos da terra
eram elevadas.
30. Fomes, pestes e guerras
causaram
Muitas mortes e falta de mão-de-obra
o que fez
Diminuir a produção e reduzir os
lucros dos senhores
provocando
Aumento dos impostos e rendas dos
camponeses e sua fuga para as cidades
Revoltas populares
A miséria e a fome provocaram a revolta de
grupos de camponeses que, armados e mal
organizados, geraram o pânico entre a nobreza.
Seguiu-se um período de violentas perseguições e
pilhagens dos castelos dos nobres.
Revolta de camponeses.
31.
32. Todavia, a resposta dos
senhores não se fazia
esperar e demonstrava a
mesma violência que as
ações levadas a cabo pelos
camponeses. Depois de
reunirem os seus exércitos,
os revoltosos eram
massacrados e as suas
aldeias destruídas.
Dessa forma, avançando com armas e bandeiras, percorreram toda a região, matando todos os nobres que
podiam encontrar e até o seu próprio senhor.
Os cavaleiros uniram as suas forças e, desejando vingar-se, percorreram os campos, degolando sem piedade os
camponeses, tanto os revoltosos como os outros, quer estivessem nas suas casas ou ocupados a trabalhar nas
vinhas e nos campos.
Jean de Venette, Crónica, 1340-1368
33. Os campos ficaram ao abandono: os poucos que
tinham sobrevivido à fome e à peste exigiam
melhores salários e condições de arrendamento para
continuarem a trabalhar as terras dos senhores.
Muitos fugiram à miséria e abandonaram os campos,
procurando nas cidades ocupação no comércio e nos ofícios.
Apesar da prosperidade da cidade, nem todos o conseguiam.
Ao excesso de oferta de mão de obra, somava-se a falta de
experiência ou conhecimentos desta gente do campo para se
adaptar a novas atividades como o comércio ou o artesanato.
34. D. Fernando
Guerras fernandinas (1369 a 1382)
Portugal foi derrotado, foi
invadido e destruído pelos
exércitos castelhanos
1383 – Portugal e Castela
assinam o Tratado de
Salvaterra de Magos para pôr
fim às Guerras Fernandinas
Zonas de combate entre
Portugal e Castela
35.
36. Completa o seguinte esquema sobre a crise do século XIV colocando a
informação no primeiro retângulo adequado.
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