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O século XIV europeu
A crise do século XIV:
- fome, peste e guerra;
- revoltas e massacres.
Cátia Botelho
METAS CURRICULARES
• Compreender o século XIV europeu
• Referir o século XIV europeu como uma época de fomes, pestes e
guerras.
• Relacionar a fome, a peste e a guerra com o agravamento das
condições de vida do povo e com as revoltas populares do século XIV.
• Referir as épocas de crise como momentos suscetíveis de provocar o
aumento da intolerância (exemplificar com as perseguições que
atingiram as comunidades judaicas europeias aquando do surto da
peste negra).
Relembrando….
Séculos XII e XIII – crescimento económico e
populacional
Relembrando….
Séculos XII e XIII – crescimento económico e
populacional
Todavia, esta fase de crescimento foi interrompida por uma
profunda crise económica e social no século XIV.
Fomes
Guerra
Peste
1348 13
69
Da guerra, da peste e da
fome, livrai-nos, Senhor.
Oração medieval
A fome em PortugalMaus anos agrícolas (chuvas intensas)
Diminuição da produção (as sementes
apodreciam)
Aumento do preço dos produtos
Fome
Fome
Pouca resistência a doenças
Falta de condições de higiene
Peste
A fome em Portugal
Quebra
demográficaMilhões de hab.
A população protegia-se evitando o
contacto com os infetados e
marcando com uma cruz a morada
destes.
A Dança da Morte representada em mural da Igreja de Santa Maria, Polônia
Será que as pessoas da Idade Média sabiam
como se transmitia a peste?
Infelizmente, elas não sabiam. A ciência da época
era incapaz de tratar a doença por desconhecê-la.
Em face da forte influência religiosa, rapidamente as
pessoas acreditaram que a Peste Negra era um
castigo divino. Vários grupos passaram a se flagelar
em busca do perdão divino. Muitos judeus foram
atacados por serem apontados como os
responsáveis pelo suposto castigo.
Crises
originam
Aumento da
intolerância
Culparam os judeus
acusando-os de envenenarem
fontes e poços
Intolerância: Tendência
para não aceitar diferentes
opiniões, crenças ou
comportamentos.
Judiaria: Bairro ou parte da
cidade onde os Judeus eram
obrigados, por lei, a viver.
Flagelantes:
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religioso místico
que surgiu como
reação à peste
Judeus queimados
vivos, Crônica de
Nuremberg, 1493
Guerra
Guerra dos Cem Anos (França e
Inglaterra)
Guerras fernandinas (Portugal e
Castela) Guerra dos Cem Anos - começou em 1337 quando o rei da
Inglaterra reivindicou a Coroa da França e terminou em
1453, ano em que os ingleses foram definitivamente
expulsos do território francês.
Guerra dos Cem Anos
Batalha de Crécy, um dos conflitos da Guerra dos Cem Anos, que
opôs Inglaterra a França entre 1337 e1453.
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Quebra
demográfica
D. Fernando
Guerras fernandinas (1369 a 1382)
D. Fernando considerava-
se com direito ao reino de
Castela, logo, invadiu o
país vizinho três vezes.
• Exércitos roubavam
e destruíam tudo o
que podiam
Guerras fernandinas
Guerras Gastos
Medidas tomadas pelos reis europeus para solucionar a crise
Todos os homens e mulheres com menos de 60 anos, que não tiverem
nenhuma ocupação definida, fortuna ou terras deverão trabalhar, quando
para isso forem requeridos, e aceitar os salários em vigor em 1346 ou nos
5 ou 6 anos precedentes sob pena de prisão.
Se qualquer trabalhador, uma vez contratado, partir sem licença ou causa
justificável, antes do termo combinado, ninguém o deverá empregar e ele
será preso.
Todos os artífices e operários apenas devem pedir os salários de 1346, sob
pena de prisão.
Todos os vendedores de víveres, deverão vender, sob vigilância dos
municípios, a um preço razoável e habitual, sob pena de pagar ao
queixoso o dobro da soma recebida.
Quem der esmola a um mendigo válido é preso.
Inglaterra 1350, In Jacques Le Goff, A Idade Média
Leis do trabalho obrigam
camponeses, artesãos e pessoas
saudáveis a trabalhar mediante o
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crise se instalar
Tabelamento de
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Abandono
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campos
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para
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Revoluções
populares
Camponeses
exigiam
aumento dos
salários
Muitas
mortes /
Falta de mão
de obra
Preocupações de D.
Fernando:
- falta de cereais;
- terras sem cultivo.
Leis:
- obrigava senhores a
camponeses a cultivar
as suas terras
Medidas tomadas por D.
Fernando para solucionar a crise
– Lei das Sesmarias
D. Fernando, pela graça de
Deus rei de Portugal e do
Algarve, verificando como por
todas as partes de nossos
Reinos há falta de trigo e de
cevada […] por falta de lavras
que os homens deixam,
dedicando-se a outras obras e
outros mesteres […].
Estabelecemos, ordenamos e mandamos que
todos os que tenham terras suas ou arrendadas
sejam obrigados a lavrá-las todas […]. Todos os
que forem achados a pedir sejam obrigados a
servir nalgum ofício.
Lei das Sesmarias, 1375
LEI
DAS
SES
MAR
IAS
A lei pretendia:
• obrigar os proprietários a cultivar as
terras senão eram retiradas;
• obrigar todos os que fossem filhos ou netos
de lavradores a trabalhar na agricultura;
• obrigar os lavradores a terem o gado
necessário para a lavoura;
• proibir a criação de gado que não fosse para
trabalhos de lavoura;
• fixar preços de rendas;
• aumentar o número de trabalhadores rurais
para acabar com mendigos e vadios.
Portugal vivia em crise:
• havia poucos cereais;
• falta de mão-de-obra;
• a falta de gado para a
lavoura;
• as rendas pedidas
pelos donos da terra
eram elevadas.
Fomes, pestes e guerras
causaram
Muitas mortes e falta de mão-de-obra
o que fez
Diminuir a produção e reduzir os
lucros dos senhores
provocando
Aumento dos impostos e rendas dos
camponeses e sua fuga para as cidades
Revoltas populares
A miséria e a fome provocaram a revolta de
grupos de camponeses que, armados e mal
organizados, geraram o pânico entre a nobreza.
Seguiu-se um período de violentas perseguições e
pilhagens dos castelos dos nobres.
Revolta de camponeses.
Todavia, a resposta dos
senhores não se fazia
esperar e demonstrava a
mesma violência que as
ações levadas a cabo pelos
camponeses. Depois de
reunirem os seus exércitos,
os revoltosos eram
massacrados e as suas
aldeias destruídas.
Dessa forma, avançando com armas e bandeiras, percorreram toda a região, matando todos os nobres que
podiam encontrar e até o seu próprio senhor.
Os cavaleiros uniram as suas forças e, desejando vingar-se, percorreram os campos, degolando sem piedade os
camponeses, tanto os revoltosos como os outros, quer estivessem nas suas casas ou ocupados a trabalhar nas
vinhas e nos campos.
Jean de Venette, Crónica, 1340-1368
Os campos ficaram ao abandono: os poucos que
tinham sobrevivido à fome e à peste exigiam
melhores salários e condições de arrendamento para
continuarem a trabalhar as terras dos senhores.
Muitos fugiram à miséria e abandonaram os campos,
procurando nas cidades ocupação no comércio e nos ofícios.
Apesar da prosperidade da cidade, nem todos o conseguiam.
Ao excesso de oferta de mão de obra, somava-se a falta de
experiência ou conhecimentos desta gente do campo para se
adaptar a novas atividades como o comércio ou o artesanato.
D. Fernando
Guerras fernandinas (1369 a 1382)
Portugal foi derrotado, foi
invadido e destruído pelos
exércitos castelhanos
1383 – Portugal e Castela
assinam o Tratado de
Salvaterra de Magos para pôr
fim às Guerras Fernandinas
Zonas de combate entre
Portugal e Castela
Completa o seguinte esquema sobre a crise do século XIV colocando a
informação no primeiro retângulo adequado.
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GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
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análise de redação completa - Dissertação
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O seculo xiv europeu

  • 1. O século XIV europeu A crise do século XIV: - fome, peste e guerra; - revoltas e massacres. Cátia Botelho
  • 2. METAS CURRICULARES • Compreender o século XIV europeu • Referir o século XIV europeu como uma época de fomes, pestes e guerras. • Relacionar a fome, a peste e a guerra com o agravamento das condições de vida do povo e com as revoltas populares do século XIV. • Referir as épocas de crise como momentos suscetíveis de provocar o aumento da intolerância (exemplificar com as perseguições que atingiram as comunidades judaicas europeias aquando do surto da peste negra).
  • 3. Relembrando…. Séculos XII e XIII – crescimento económico e populacional
  • 4. Relembrando…. Séculos XII e XIII – crescimento económico e populacional
  • 5. Todavia, esta fase de crescimento foi interrompida por uma profunda crise económica e social no século XIV. Fomes Guerra Peste 1348 13 69
  • 6.
  • 7. Da guerra, da peste e da fome, livrai-nos, Senhor. Oração medieval
  • 8. A fome em PortugalMaus anos agrícolas (chuvas intensas) Diminuição da produção (as sementes apodreciam) Aumento do preço dos produtos Fome
  • 9. Fome Pouca resistência a doenças Falta de condições de higiene Peste
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  • 12. A fome em Portugal Quebra demográficaMilhões de hab.
  • 13.
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  • 15.
  • 16. A população protegia-se evitando o contacto com os infetados e marcando com uma cruz a morada destes.
  • 17.
  • 18. A Dança da Morte representada em mural da Igreja de Santa Maria, Polônia
  • 19. Será que as pessoas da Idade Média sabiam como se transmitia a peste? Infelizmente, elas não sabiam. A ciência da época era incapaz de tratar a doença por desconhecê-la. Em face da forte influência religiosa, rapidamente as pessoas acreditaram que a Peste Negra era um castigo divino. Vários grupos passaram a se flagelar em busca do perdão divino. Muitos judeus foram atacados por serem apontados como os responsáveis pelo suposto castigo. Crises originam Aumento da intolerância Culparam os judeus acusando-os de envenenarem fontes e poços Intolerância: Tendência para não aceitar diferentes opiniões, crenças ou comportamentos. Judiaria: Bairro ou parte da cidade onde os Judeus eram obrigados, por lei, a viver.
  • 21. Judeus queimados vivos, Crônica de Nuremberg, 1493
  • 22. Guerra Guerra dos Cem Anos (França e Inglaterra) Guerras fernandinas (Portugal e Castela) Guerra dos Cem Anos - começou em 1337 quando o rei da Inglaterra reivindicou a Coroa da França e terminou em 1453, ano em que os ingleses foram definitivamente expulsos do território francês.
  • 23. Guerra dos Cem Anos Batalha de Crécy, um dos conflitos da Guerra dos Cem Anos, que opôs Inglaterra a França entre 1337 e1453. Guerras Quebra demográfica
  • 24. D. Fernando Guerras fernandinas (1369 a 1382) D. Fernando considerava- se com direito ao reino de Castela, logo, invadiu o país vizinho três vezes. • Exércitos roubavam e destruíam tudo o que podiam Guerras fernandinas Guerras Gastos
  • 25. Medidas tomadas pelos reis europeus para solucionar a crise Todos os homens e mulheres com menos de 60 anos, que não tiverem nenhuma ocupação definida, fortuna ou terras deverão trabalhar, quando para isso forem requeridos, e aceitar os salários em vigor em 1346 ou nos 5 ou 6 anos precedentes sob pena de prisão. Se qualquer trabalhador, uma vez contratado, partir sem licença ou causa justificável, antes do termo combinado, ninguém o deverá empregar e ele será preso. Todos os artífices e operários apenas devem pedir os salários de 1346, sob pena de prisão. Todos os vendedores de víveres, deverão vender, sob vigilância dos municípios, a um preço razoável e habitual, sob pena de pagar ao queixoso o dobro da soma recebida. Quem der esmola a um mendigo válido é preso. Inglaterra 1350, In Jacques Le Goff, A Idade Média Leis do trabalho obrigam camponeses, artesãos e pessoas saudáveis a trabalhar mediante o salário que recebiam antes da crise se instalar Tabelamento de preços Controlo da inflação Abandono dos campos Aumento dos impostos para compensar as perdas Revoluções populares Camponeses exigiam aumento dos salários Muitas mortes / Falta de mão de obra
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  • 27.
  • 28. Preocupações de D. Fernando: - falta de cereais; - terras sem cultivo. Leis: - obrigava senhores a camponeses a cultivar as suas terras Medidas tomadas por D. Fernando para solucionar a crise – Lei das Sesmarias D. Fernando, pela graça de Deus rei de Portugal e do Algarve, verificando como por todas as partes de nossos Reinos há falta de trigo e de cevada […] por falta de lavras que os homens deixam, dedicando-se a outras obras e outros mesteres […]. Estabelecemos, ordenamos e mandamos que todos os que tenham terras suas ou arrendadas sejam obrigados a lavrá-las todas […]. Todos os que forem achados a pedir sejam obrigados a servir nalgum ofício. Lei das Sesmarias, 1375
  • 29. LEI DAS SES MAR IAS A lei pretendia: • obrigar os proprietários a cultivar as terras senão eram retiradas; • obrigar todos os que fossem filhos ou netos de lavradores a trabalhar na agricultura; • obrigar os lavradores a terem o gado necessário para a lavoura; • proibir a criação de gado que não fosse para trabalhos de lavoura; • fixar preços de rendas; • aumentar o número de trabalhadores rurais para acabar com mendigos e vadios. Portugal vivia em crise: • havia poucos cereais; • falta de mão-de-obra; • a falta de gado para a lavoura; • as rendas pedidas pelos donos da terra eram elevadas.
  • 30. Fomes, pestes e guerras causaram Muitas mortes e falta de mão-de-obra o que fez Diminuir a produção e reduzir os lucros dos senhores provocando Aumento dos impostos e rendas dos camponeses e sua fuga para as cidades Revoltas populares A miséria e a fome provocaram a revolta de grupos de camponeses que, armados e mal organizados, geraram o pânico entre a nobreza. Seguiu-se um período de violentas perseguições e pilhagens dos castelos dos nobres. Revolta de camponeses.
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  • 32. Todavia, a resposta dos senhores não se fazia esperar e demonstrava a mesma violência que as ações levadas a cabo pelos camponeses. Depois de reunirem os seus exércitos, os revoltosos eram massacrados e as suas aldeias destruídas. Dessa forma, avançando com armas e bandeiras, percorreram toda a região, matando todos os nobres que podiam encontrar e até o seu próprio senhor. Os cavaleiros uniram as suas forças e, desejando vingar-se, percorreram os campos, degolando sem piedade os camponeses, tanto os revoltosos como os outros, quer estivessem nas suas casas ou ocupados a trabalhar nas vinhas e nos campos. Jean de Venette, Crónica, 1340-1368
  • 33. Os campos ficaram ao abandono: os poucos que tinham sobrevivido à fome e à peste exigiam melhores salários e condições de arrendamento para continuarem a trabalhar as terras dos senhores. Muitos fugiram à miséria e abandonaram os campos, procurando nas cidades ocupação no comércio e nos ofícios. Apesar da prosperidade da cidade, nem todos o conseguiam. Ao excesso de oferta de mão de obra, somava-se a falta de experiência ou conhecimentos desta gente do campo para se adaptar a novas atividades como o comércio ou o artesanato.
  • 34. D. Fernando Guerras fernandinas (1369 a 1382) Portugal foi derrotado, foi invadido e destruído pelos exércitos castelhanos 1383 – Portugal e Castela assinam o Tratado de Salvaterra de Magos para pôr fim às Guerras Fernandinas Zonas de combate entre Portugal e Castela
  • 35.
  • 36. Completa o seguinte esquema sobre a crise do século XIV colocando a informação no primeiro retângulo adequado. 4 1 2 3