O documento descreve a formação do Reino de Portugal a partir do Condado Portucalense, concedido a D. Henrique pela vitória na Reconquista. Após a morte de D. Henrique, seu filho D. Afonso Henriques lutou para alcançar a independência de Portugal, derrotando as forças de sua mãe D. Teresa na Batalha de São Mamede em 1128. Em 1143, o Tratado de Zamora reconheceu oficialmente a independência de Portugal.
2. A história do nosso
país começa com D.
Afonso VI, rei de
Leão e Castela,
sucessor dos
primeiros reis cristãos
que iniciaram a
RECONQUISTA
CRISTÃ das terras
ocupadas pelos
muçulmanos.
3. O Condado Portucalense e a Reconquista
Quando o rei de Leão e Castela, Afonso VI, teve
dificuldades na luta contra os Muçulmanos, pediu
ajuda aos cavaleiros cristãos da Europa (cruzados).
4.
5. Entre os cruzados, destacaram-se dois primos
D. Raimundo e D. Henrique.
Como
recompensa dos
serviços
prestados:
- D. Raimundo
casou com a
filha legítima do
rei Afonso VI e
recebeu o
condado da
Galiza.
6. O Condado Portucalense
• D. Henrique de
Borgonha, um nobre
de origem franca
(francesa) foi um dos
primeiros Cruzados a
chegar à Península
Ibérica na época da
Reconquista Cristã e,
rapidamente, se
destacou no combate
aos mouros.
.
7. Na época, era costume os reis
cristãos recompensarem estes
cavaleiros, atribuindo-lhes, sob
certas condições, o governo de
extensos territórios.
Deste costume beneficiou
também o Conde D. Henrique.
8. • D. Henrique
recebeu de D.
Afonso VI, rei de
Leão uma parte do
seu reino – o
Condado
Portucalense –
casando com uma
filha ilegítima (que
quer dizer :
nascida fora do
casamento) do
REI, D. Teresa.
9.
10. O novo Conde tinha
a seu cargo o
governo, a defesa, o
desenvolvimento e o
alargamento para o
sul do Condado
Portucalense.
Senhor do seu
território, D. Henrique
era, no entanto, um
súbdito, obrigado a
prestar lealdade,
auxílio e vassalagem
ao seu legítimo rei, D.
Afonso VI.
12. D. Afonso VI
D. Urraca
D. Afonso Henriques
D.Teresa
D. Afonso VII
D. Raimundo D. Henrique
13. O Condado portucalense
• O Condado situava-se entre os rios Minho e
Mondego. O conde D. Henrique, continuava
dependente de D. Afonso VI, devendo-lhe
obediência, lealdade e auxílio militar.
Com a morte de D. Henrique, ficou a
governar D. Teresa. Com 16 anos, D.
Afonso Henriques, arma-se, a si
próprio, cavaleiro, ato próprio só de
reis.
14. • Quando D. Henrique
morre em 1112, o seu
filho Afonso tem apenas 4
anos.
• O governo do Condado
passa, então, para as
mãos de D. Teresa, sua
mulher.
15. Desde sempre ligada à
nobreza galega e
leonesa, D. Teresa
cedo se constitui
como obstáculo às
aspirações de
independência de
parte da sociedade
portucalense.
16. O País divide-se em dois…
• D. Teresa, um
joguete nas mãos
do seu
conselheiro ,Fernão
Peres de Trava ,com
quem virá a casar ,
representa a
nobreza mais antiga
de origem Galega e
Leonesa e pretende
que o condado
continue ligado ao
Reino de Leão e
Castela.
17. • D. Afonso
Henriques, que
com 16 anos arma
-se a si próprio
Cavaleiro, na
catedral de
Zamora, é apoiado
pelo povo e pela
nobreza
portucalense de
formação mais
recente e nível
mais baixo, na luta
pela
independência.
18. A Batalha de S. Mamede
Em 1128,D. Afonso Henriques, apoiado por nobres do
condado portucalense, derrotou o exército de sua mãe.
Objectivos: alcançar a independência e alargar o
território.
19. Egas Moniz, o aio de D. Afonso Henriques, apresenta-
-se com a família perante o rei de Leão, uma vez que tinha dado a
sua palavra de honra ao rei de castela que D. Afonso Henriques
prestaria vassalagem e este não o fez.
20. • A partir de 1128, com a vitória dos seus partidários sobre os de
sua mãe, D. Teresa, no campo de S. Mamede perto de Guimarães,
D. Afonso Henriques passa a governar de facto o Condado
Portucalense.
• Depois de pôr em causa a autoridade de seu primo e soberano, o
auto-proclamado , Imperador Afonso VII, D. Afonso Henriques vai
mais longe desafiando o Papa, ao nomear para Bispo de
Coimbra, Pires Çoleima, um moçárabe.
• Esta atitude atitude custou-lhe O CASTIGO DO papa que o
PROIBIU de ser cristão, ou seja excomungou-o.
Batalha de
S. Mamede
21. A luta pela independência foi feita com
avanços e recuos.
D. Afonso Henriques, tendo que dar resposta
aos ataques dos muçulmanos que tentavam
reconquistar os territórios a sul, foi obrigado a
assinar a Paz de Tui (1137) com o
seu primo, o rei D. Afonso VII, rei de Leão e
Castela.
22. A PAZ de TUI era um acordo, uma trégua
quase uma rendição para conseguir ganhar
tempo. Aí reconheceu novamente, por pouco
tempo como era seu costume, a soberania a D.
Afonso VII, rei de Leão e Castela, prestando-
lhe a devida vassalagem.
23. • Pelo “Tratado de
Zamora , é pela 1ª
vez reconhecida a
independência do
Condado
Portucalense que, a
partir de então, se
passa a chamar
Reino de
Portugal, em 5
de Outubro de
1143.
24.
25. O Reino de Portugal
Depois de algumas batalhas (Cerneja e Arcos de Valdevez ),
é assinado o tratado de Zamora, em 1143. Neste tratado D.
Afonso VII reconhece a independência do condado que passa
a chamar-se Reino de Portugal, tendo D. Afonso Henriques
como rei.
26. O “ MILAGRE DE OURIQUE “
O episódio do “ Bispo Negro “ , isolando ainda mais D. Afonso
Henriques a nível externo , serviu, no entanto, para reforçar à
volta do rei a coesão de um reino que nascia contra tudo e
contra todos, mas com” Deus do seu lado”.
Em 1139, a lendária vitória na Batalha de Ourique , alcançada
através da “milagrosa intervenção divina”, ajudará a consolidar
o seu prestígio e autoridade.
27. O reconhecimento do Papa
Naquele tempo era preciso que o Papa reconhecesse a
independência e confirmasse o título de rei. Em 1179 o
Papa Alexandre III, reconhece D. Afonso Henriques
como rei, através de uma bula, Bula Manifestis
Probatum.
29. Em 1147, D. Afonso
Henriques
conquistou Santarém
e Lisboa, aos
mouros.
30. Em 1158 conquista Alcácer do
Sal e em 1159 conquista Évora
e Beja.
Nestas batalhas destacaram-se
figuras como Gonçalo Mendes
da Maia, o Lidador, D. Fuas
Roupinho e Geraldo Sem Pavor.
31. O Alargamento do Reino
• Reconhecido como Rei a norte,
a acção de D. Afonso Henriques
centra-se, agora, a sul. Atingir a
linha do Tejo é, agora, o
principal objetivo.
• As conquistas de Leiria, 1145,
Santarém, 1147, e Lisboa,
ainda no mesmo ano, são disto
prova.
• Lisboa, foi tomada pelo cerco,
por mar e por terra , com a
ajuda dos Cruzados
Normandos, Francos e Anglo-
Saxões. Estes dirigiam-se à
Terra Santa, na altura sob
ocupação Muçulmana, para a
reconquistar.
32. Morte de Martim Moniz
D. Fuas Roupinho
Geraldo Sem Pavor
Gonçalo, Mendes da
Maia
33. • Em 1185, ano da morte de D. Afonso Henriques e depois
de muitas conquistas no Alentejo, os muçulmanos já
tinham reconquistado muitas terras. Os seus sucessores
, D. Sancho I, D. Afonso II, D. Sancho II e D. Afonso III
irão continuar a sua obra.
34. • D. Afonso Henriques
( O Conquistador ) morre em
1195, assistindo ainda à
perda de quase todos os
territórios do Alentejo.
A Reconquista Cristã e a
formação do Reino de
Portugal foram, de facto,
feitos de avanços e recuos.
• Finalmente ,Em 1249, no
reinado de D. Afonso III ( O
Bolonhês ), são
conquistadas as últimas e
mais ricas cidades
muçulmanas em território
português – Faro e Silves.
Conquista de Silves
35. Conquista definitiva do Algarve
Em 1249. com D.
Afonso III, conquista-se
definitivamente o
Algarve, terminando a
Reconquista em território
português.
Em 1279, é assinado,
no reinado de D. Dinis,
o tratado de Alcanizes,
que definiu as fronteiras
de Portugal, sendo um
dos países mais antigos
da Europa.
36. Participação da população
Rei – Chefiava os exércitos, governava o reino, aplicava a
justiça, decidia da paz e da guerra.
Senhores nobres e monges guerreiros – comandavam
os seus guerreiros e recebiam terras em paga dos
serviços prestados.
Homens do povo – combatiam a pé , e eram a maior parte
dos combatentes,
37. Reis da Dinastia Afonsina ou
Borgonha
D. Afonso Henriques, O Conquistador
D. Sancho I, O Povoador
D. Afonso II, O Gordo
D. Sancho II, O Capelo
D. Afonso III, O Bolonhês
D. Dinis, O Lavrador
D. Afonso IV, O Bravo
D. Pedro I, O Justiceiro
D. Fernando, O Formoso