O documento descreve a formação da Bíblia, incluindo como os livros foram escritos, em quais materiais e línguas, e quem os escreveu. Também explica como os livros foram selecionados para fazer parte da Bíblia e quem teve a palavra final nesse processo. Por fim, resume os principais critérios usados para determinar quais livros entrariam na seleção canônica.
3. COMO OS LIVROS DA BÍBLIA
FORAM ESCRITOS?
EM QUAIS MATERIAIS E
LÍNGUAS? QUEM OS
ESCREVEU?
QUEM DECIDIU QUAIS
LIVROS DEVERIAM COMPOR
A BÍBLIA? QUEM DEU A
ÚLTIMA PALAVRA?
4. PORQUE ESSES 66 LIVROS
ENTRARAM NA BÍBLIA,
ENQUANTO OUTROS NÃO
ENTRARAM?
QUAIS OS CRITÉRIOS
ESTABELECIDOS PARA QUE OS
LIVROS FIZESSEM PARTE DA
SELEÇÃO DE LIVROS
BÍBLICOS?
5. 1) A PALAVRA DE DEUS
ESCRITA
“Haja Luz” – As primeiras
palavras
Deus falava diariamente
com o homem (Gênesis 3:8)
6. “Sabendo, primeiramente, isto:
que nenhuma profecia da Escritura
provém de particular elucidação;
porque nunca jamais qualquer
profecia foi dada por vontade
humana; entretanto, homens
[santos] falaram da parte de Deus,
movidos pelo Espírito Santo” (2
Pedro 1:20-21).
7. RAZÕES PARA ESCREVER AS
PALAVRAS DE DEUS
1) Para evitar o ocultismo – as
palavras que Deus disse não
são para ser examinadas
apenas por alguns, antes,
todos podem verificar se, de
fato, Deus disse aquilo.
8. 2) Para a instrução das gerações
seguintes – em Israel os pais deveriam
ensinar os filhos (Dt 6:6-9) “E estas
palavras, que hoje te ordeno, estarão
no teu coração e as ensinarás a teus
filhos e delas falarás sentado em casa
e andando pelo caminho, ao deitar-te
e ao levantar-te. Também as amarrarás
como sinal na mão e como faixa na
testa; e as escreverás nos batentes da
tua casa e nas tuas portas”.
9. Uma geração deveria contar as
maravilhas de Deus à outra geração 6;
89:4; 102:18; 135:13; 145:4).
“A posteridade o servirá; a geração
futura ouvirá falar do SENHOR” (Sl
22:30).
“Não os encobriremos aos seus filhos,
contaremos às gerações vindouras
sobre os louvores do SENHOR, seu
poder e as maravilhas que tem feito”
10. “Para que a futura geração os
conhecesse, para que os filhos que
nasceriam se levantassem e os
contassem a seus filhos” (Sl 78:6).
“Estabelecerei tua descendência para
sempre e firmarei teu trono por todas
as gerações” (Sl 89:4).
11. “Escreva-se isso para a geração
futura, para que um povo que será
criado louve ao SENHOR” (Sl 102:18).
“Ó SENHOR, teu nome permanece
para sempre; e tua memória, SENHOR,
por todas as gerações” (Sl 135:13).
“Uma geração contará à outra das
tuas obras e anunciará os teus atos
poderosos” (Sl 145:4).
12. Na Igreja Deus colocou
pastores/mestres (Ef 4:11) para a
edificação do corpo. Esses são os
motivos principais pelos quais a
Palavra de Deus foi registrada, mas a
bíblia, uma vez escrita tem uma
quádrupla função, segundo ela mesma
testemunha em 2 Timóteo 3:16:
“ensinar, repreender, corrigir e instruir
em justiça”.
13. 2) O ANTIGO TESTAMENTO
Deus revelou por meio de uma
voz direta aos homens. Assim
falou Ele aos patriarcas, a Moisés,
aos juízes de Israel, e a reis e
profetas. Às vezes essa voz de
Deus era audível como em 1
Samuel 3:1-21;
14. Outras vezes era acompanhada
por uma epifania ou aparição em
forma visível do Senhor, como em
Gênesis 18 ou Juízes 6 (mas
noutras ocasiões Deus também
falou por intermédio de um
mensageiro celestial que não era o
Senhor, como em Daniel 9:21-22,
de forma que nem sempre as
epifanias eram aparições divinas,
mas também podiam ser um anjo);
15. Contudo, na maioria das vezes, os
profetas que ouviram a voz de
Deus e escreveram a mensagem,
fizeram-no sem declarar se isso
lhes foi transmitido por visão, por
voz audível, ou por terem escrito
sem perceber o método pelo qual
o Espírito Santo inspirava as
Escrituras.
16. A REVELAÇÃO BÍBLICA É
PROGRESSIVA.
Deuteronômio 12:32: “Obedecerás
a tudo o que te ordeno. Nada
acrescentarás nem diminuirás”. E
quanto a Josué e seu livro?
“Assim diz o SENHOR” é o selo de
qualidade divina do Antigo
Testamento.
17. Os materiais utilizados para a
escrita do Antigo Testamento,
foram desde Pedras (Êx 31:18;
34:1, 4; Dt 4:13; 9:11; 10:3), a
couro de animais preparados
especialmente para esse fim. As
regras fixadas para a cópia desses
manuscritos eram bem rígidas,
vejamos algumas delas:
18. 1) O pergaminho tinha de ser feito
da pele de animais
cerimonialmente limpos, e as
peles, costuradas umas à outras,
com cordões tirados de animais
limpos, era um trabalho que devia
ser feito por um judeu.
19. 2) Cada coluna tinha de ter não
mais de sessenta linhas e não
menos de quarenta e oito.
3) A tinta, feita segundo fórmula
especial, era negra.
20. 4) O escriba tinha que copiar de
um manuscrito autêntico e nunca
deveria escrever qualquer palavra
de memória.
5) Com reverência, tinha que
limpar sua pena antes de escrever
a palavra “Deus”, e era
absolutamente necessário banhar
todo o corpo antes de escrever a
palavra “Jeová” (Yavé - YHWH).
21. 6) Havia regras escritas a respeito
da forma das letras, dos espaços
entre as letras, palavras e divisões,
a cor do pergaminho, o uso da
pena, etc.
22. 7) O rolo tinha que ser revisado
dentro dos trinta dias seguintes
depois de terminado, ou ficaria
sem valor. Um erro condenava a
folha; três erros encontrados
numa folha só condenava todo o
manuscrito; por três palavras
escritas fora da linha, o todo era
rejeitado.
23. 8) Cada palavra e cada letra eram
contadas, e se uma letra faltava ou
sobrava, ou se uma letra tocava
em outra, tudo era condenado e
queimado em seguida. E havia
ainda muitas outras regras.
24. O Antigo Testamento foi, quase
todo, escrito em hebraico. As
exceções são Daniel 2:4-7:28;
Esdras 4:8-6:18; 7:12-26; e
Jeremias 10:11, que foram escritas
em Aramaico, e, com uma simples
leitura das passagens fica claro o
porquê disso.
25. 3) O NOVO TESTAMENTO
O texto do Novo Testamento foi
produzido num período de tempo
bem menor que o do A.T.,
enquanto aquele levou cerca de
1500 anos sendo escrito, desde
Gênesis a Malaquias, o N.T. levou
menos de 100 anos desde Tiago a
Apocalipse, cronologicamente.
26. O processo que envolveu a escrita
do N.T. também foi muito mais
simples, no que diz respeito às
cópias produzidas. Enquanto havia
uma série de regras para a cópia
de um livro do A.T. o N.T. foi
copiado por muitos cristãos e a
maioria deles não era copistas
profissionais, de acordo com a
necessidade de uma cópia.
27. Lembremos que a impressa só foi
inventada no século XV e nos
primeiros séculos uma cópia
custava muito caro.
28. Os apóstolos e pessoas ligadas
aos apóstolos escreveram o N.T. e
endereçaram cada livro ou carta a
uma comunidade específica,
podendo até mesmo pedir que
seus escritos fossem algo circular
entre as igrejas (Cl 4:16; Ap 2:1;
2:8; 2:12; 2:18; 3:1; 3:7; 3:14).
29. “Depois de lida entre vós, fazei
com que esta carta também seja
lida na igreja dos Laodicenses; e
procurai ler também a carta de
Laodiceia” (Cl 4:16).
30. Logo surgiram milhares de cópias
do texto do Novo Testamento, a
maioria com apenas algumas
passagens do mesmo, outras com
apenas os 4 evangelhos, algumas
com as cartas paulinas, cartas
joaninas apenas, e etc. De modo
que hoje em dia já foram
encontrados mais de 24.000
manuscritos do Novo Testamento,
31. ... incluindo as línguas grega,
armênia, latina, georgiana, gótica
e árabe, sendo mais de 5.700 só
em grego. Aliás o grego coinê, isto
é, comum, o grego falado pelo
povo, foi a língua que Deus quis
que o N.T. fosse escrito
originalmente.
32. Diante disso podemos até nos
perguntar: “se Deus quis que sua
Palavra ficasse registrada para nós
na língua que as pessoas comuns
falavam, por que há tanta gente
querendo falar da bíblia de uma
maneira tão complicada hoje?”. Ao
todo o N.T. foi citado, nos
primeiros séculos, mais de 1
milhão de vezes. Sua
33. 4) O CÂNON BÍBLICO
Quem, enfim, determinou quais
livros passariam a fazer parte da
bíblia? Foi Deus. E Ele o fez por
meio da aceitação dos livros por
ele inspirados na Igreja. O uso dos
livros bíblicos no mundo todo
(catolicidade), a autoridade de um
apóstolo a alguém ligado a eles ...
34. ... (apostolicidade), e a sã doutrina
ali presente, foram as características
presentes nos livros inspirados por
Deus. A Igreja não determinou, por
assim dizer, quais livros fariam
parte da bíblia, antes, a Igreja
reconheceu e recebeu os livros de
Deus. Não foi nenhum concílio ou
mesmo o imperador Constantino,
como dizem céticos ignorantes,
35. Usamos a palavra “cânon” para se
referir à “coleção de livros que
formam a bíblia”. Originalmente a
palavra cânon significava uma regra
ou vara de medir, e figurativamente
fala dos livros bíblicos, que estão de
acordo com as regras de Deus para
serem recebidos pelo povo de ...
36. ... Deus como Sua santa Palavra. O
cânon do Antigo Testamento
repousa, sobretudo no selo “Assim
diz o SENHOR” já o cânon do N.T. foi
estabelecido após um herege
chamado Marcião ter elaborado o
seu próprio cânon com apenas 11
livros, sendo 10 das cartas de Paulo
e o Evangelho de Lucas, ainda assim
muito editado.
37. As listas de livros Canônicos foram
muitas até que no ano 367 d. C. o
bispo Atanásio escreveu a primeira
relação de livros canônicos que
temos notícia, com os 27 livros do
N.T. e na ordem que conhecemos.
Isso só mostrava que a Igreja de
Deus já havia adotado, há muito
tempo, os livros que conhecemos
hoje como Novo Testamento.
38. CONCLUSÃO
A Bíblia é a Palavra de Deus
inspirada pelo Espírito Santo e
usada por Jesus Cristo para a
transformação do homem que
crê. Não há motivos racionais
para que duvidemos da
veracidade da Bíblia. Deus é
quem vela para cumprir Sua
Palavra.
39. Cada vez que lemos uma passagem bíblica, em
oração, podemos nos perguntar:
Há um exemplo a ser seguido?
Há um pecado a se evitar?
Há uma promessa a se apossar?
Há uma oração a se repetir?
Há um mandamento a se obedecer?
Há uma condição a se atender?
Há um versículo a memorizar?
Há um erro a se notar?
Há um desafio a se enfrentar?
40. REFERÊNCIAS
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Almeida. 2 ed. Revisada e atualizada com o novo acordo ortográfico. São Paulo: Vida
Nova, 2010.
BRUCE, F. F. O Cânon das escrituras. São Paulo: Hagnos, 2011.
______. Merece confiança o novo testamento? 3 ed. São Paulo: Vida Nova, 2012.
COSTA, Hermisten Maia Pereira da. A Inspiração e inerrância das escrituras: uma
perspectiva reformada. São Paulo: Cultura Cristã, 1998.
GEISLER, Norman. E NIX, William. Introdução bíblica: como a bíblia chegou até nós. São
Paulo: vida, 2006.
GRUDEM, Wayne, COLLINS, C. John, Et alli. Origem, confiabilidade e significado da bíblia.
São Paulo: Vida Nova, 2013.
HENDRICKS, Howard e HENDRICKS, William. Vivendo na Palavra. São Paulo: Batista
Regular, 2010.
Manual do seminário de ciências bíblicas. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2008.
TURNER, Donald D. Introdução ao velho testamento. São Paulo: Batista Regular, 2004.
41. ACESSE O SITE WWW.BRUNO-
CESAR.COM
FACEBOOK.COM/BRUNOCESARTE
OLOGIA
42.
43. Em breve Cursos Bíblicos e
Teológicos Online pelo site
www.bruno-cesar.com