SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
     1 - Fase aguda (inflamação)

     2 - Fase subaguda (reparo fibroblástico)

     3 - Fase de maturação (remodelação)

        Observações:
        Fases contínuas
        … sobrepõem-se
        … não têm pontos iniciais ou finais

     Quatro sinais da inflamação:

     Rubor
     Calor
     Inchaço
     Dor
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO

          Funções da inflamação :

          1 – Protege o corpo contra a infecção

          2 – Repara o tecido lesionado ao estimular o crescimento de
          novas células, as quais sintetizam novas fibras para a reparação.
    Dois tipos de traumatismo:

    1 Directo – Traumatismo não penetrante em desportos de contacto.

    2 Indirecto
              a) agudo – ocorre com a sobrecarga súbita
              b) crónico ou de uso excessivo – ocorre em consequência da sobrecarga
              repetida e/ou resistência ao atrito.

    3 Agudo sobre o crónico – Ocorre como resultante de um trauma sobre uma
    lesão persistente.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
 1 - Fase Aguda / inflamação (vascular):


          Este tipo de inflamação dura tipicamente 24 a 48 horas. Em alguns casos,
          pode durar 4 a 6 dias.

          - Dilatação das artérias, veias e capilares, causando rubor e calor.

          - Saída do plasma sanguíneo, gerando edema.

          - Aumento do número de fibroblastos e macrófagos. Os fibroblastos
          aumentam em tamanho e sintetizam substância fundamental e colagénio.
          Este processo começa 4 horas depois da lesão e pode durar de 4 a 6 dias.
          A princípio, o colagénio forma uma rede de fibras fraca e com arranjo aleatório.

          - A dor é produzida pela pressão a partir do edema e pela irritação química
          que estimula os receptores da dor (nociceptores).
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
     Formação de coágulo:
         - Evento inicial que forma o coágulo é uma complexa conversão
           molecular.

         - A formação de coágulo começa pouco tempo após a lesão e é
           concluída em cerca de 48 horas.

         - A área lesionada fica desprotegida durante o estágio inflamatório
          de cicatrização.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
       Consequências neuromusculares da inflamação:

       - A inflamação leva à estimulação dos receptores de dor que causam
       adaptações compensatórias que facilitam os músculos, gerando
       hipertonicidade, ou inibem os músculos, provocando fraqueza.




       - A inflamação crónica pode causar sensibilização dos mecanoreceptores,
       de tal forma que estímulos mecânicos normais (exemplo, movimento de
       uma articulação dentro da sua amplitude normal) fazem o mecanoreceptor
       desenvolver dor.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
   2 - Regeneração e reparação:

            O processo de regeneração e reparação inicia-se de 2 a 6 dias após a lesão
            e dura cerca de 3 semanas.

            - Novos capilares são formados no tecido cicatricial.
            Os capilares são dispostos numa orientação aleatória, a menos que a área
            seja mobilizada.

            - A actividade fibroblástica e a formação de colagénio aumentam. O tecido conjuntivo
            imaturo é menos denso e, desta forma, lesionado com maior facilidade. A dor não
            indica o nível de reparação, de modo que se deve ter cuidado com a quantidade de
            pressão aplicada numa massagem.

            - Nestes estágios iniciais, o colagénio é depositado num padrão aleatório e
            desorganizado, geralmente num plano perpendicular ao eixo longitudinal,
            tendo, portanto, pouca força. O colagénio desenvolve ligações cruzadas anormais
            que deixam o tecido menos flexível.

            - O paciente pode ainda sentir sensibilidade ao toque ou mesmo dor, embora
            estas queixas tenham tendência para desaparecer.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
      Fibrose

        - A fase normal de eventos na fase de reparação leva à formação de
          tecido de cicatriz mínimo.

        - Ocasionalmente uma resposta inflamatória persistente e a libertação
          continuada dos produtos inflamatórios pode promover uma fibroplasia
          estendida o que pode levar a lesão tecidual irreversível.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
3 - Maturação / remodelação:

O processo de remodelação vai do 21º ao 60º dia

         - Nos estágios iniciais desta fase, o colagénio amadurece numa rede completamente
         desorganizada numa estrutura em gel. Esta estrutura pode ser palpada como tecido
         espesso ou fibroso. A diminuição relativa na vascularização ocorre à medida que aumenta
         a densidade de colagénio.

         - Cerca de 2 meses depois, a actividade fibroblástica diminui e há menor síntese de colagénio.

         - A orientação aleatória do colagénio fornece pouca sustentação contra a tracção.

         - De 2 meses a 2 anos depois, o colagénio pode desenvolver um alinhamento linear funcional
         em resposta aos estímulos e pode ser reorientado até à linha de tensão.

         - A imobilização leva à formação de aderências significativas, à osteoporose ou perda da
         densidade óssea, bem como à atrofia dos músculos, das cápsulas e dos ligamentos.

         - A inflamação crónica pode resultar a partir de episódios repetidos de microtraumatismos
         ou da irritação crónica dos tecidos.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
   Factores que impedem o processo de cicatrização:

    Extensão da lesão

              - As microrupturas do tecido mole envolvem somente dano menor e
                mais frequentemente estão associadas com o uso repetido.

              - As macrorupturas são geralmente ocasionadas por trauma agudo
                e envolvem destruição significativamente maior do tecido mole,
                resultando em sintomas clínicos e alterações funcionais.
     Edema
              - A pressão aumentada ocasionada pelo inchaço retarda o processo de
              cicatrização, dificulta a reparação dos tecidos, inibe o controle
              neuromuscular, produz mudanças neurofisiológicas reflexas e impede
              a nutrição na parte lesionada.

      Hemorragia
              - O sangramento produz os mesmos efeitos negativos na cicatrização da
              acumulação do edema. A presença de sangue produz um dano
              adicional ao tecido e exacerba a lesão.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
   Factores que impedem o processo de cicatrização:

    Suprimento vascular pobre

              - Lesões nos tecidos com suprimento vascular pobre cicatrizam fraca
               e lentamente.
    Separação do tecido

              - A separação mecânica do tecido pode atrasar significativamente o
              curso de cicatrização

    Espasmo muscular

              - O espasmo muscular tracciona o tecido rompido, separa as duas
              extremidades e impede a aproximação. A isquémia local e generalizada
              pode originar-se do espasmo.
    Atrofia
              - A atrofia do tecido muscular começa imediatamente após a lesão. O
              fortalecimento e a mobilização precoce da estrutura lesionada retardam a
              atrofia.
PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO
   Factores que impedem o processo de cicatrização:

      Cicatrizes hipertróficas

                 - Aparecem no caso de a produção de colagénio ser excessiva durante a
                 fase de maturação de cicatrização. Este processo leva à hipertrofia do
                 tecido cicatricial, particularmente em volta da periferia da ferida.
      Infecção

                 A presença de bactérias na ferida pode retardar a cicatrização.

      Saúde, idade e nutrição

                 - As qualidades elásticas da pele diminuem com o envelhecimento.
                 Doenças degenerativas, como diabetes e ateroesclerose também
                 podem afectar a cicatrização. A nutrição é importante para este
                 processo. Em particular as vitaminas k (coagulação) e A e E (síntese
                 de colagénio).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Aula feridas e curativos
Aula feridas e curativosAula feridas e curativos
Aula feridas e curativos
 
Feridas e curativos
Feridas e curativosFeridas e curativos
Feridas e curativos
 
Ostomias
OstomiasOstomias
Ostomias
 
Feridas e Curativos
Feridas e CurativosFeridas e Curativos
Feridas e Curativos
 
Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)
Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)
Tudo sobre curativo (Avaliação/Princípios/Técnicas de Realização)
 
Tratamento de feridas - Aula 01
Tratamento de feridas - Aula 01Tratamento de feridas - Aula 01
Tratamento de feridas - Aula 01
 
Fios cirurgicos
Fios cirurgicosFios cirurgicos
Fios cirurgicos
 
Equipe cirúrgica
Equipe cirúrgicaEquipe cirúrgica
Equipe cirúrgica
 
Curativos
CurativosCurativos
Curativos
 
Avaliacao das feridas
Avaliacao das feridasAvaliacao das feridas
Avaliacao das feridas
 
Limpeza de Feridas
Limpeza de FeridasLimpeza de Feridas
Limpeza de Feridas
 
Feridas e Curativos EEEP 2017 WFG
Feridas e Curativos EEEP 2017 WFGFeridas e Curativos EEEP 2017 WFG
Feridas e Curativos EEEP 2017 WFG
 
Curativos e coberturas
Curativos e coberturasCurativos e coberturas
Curativos e coberturas
 
História da Cirurgia
História da CirurgiaHistória da Cirurgia
História da Cirurgia
 
Tratamento de feridas - Aula 03
Tratamento de feridas - Aula 03Tratamento de feridas - Aula 03
Tratamento de feridas - Aula 03
 
SÍNTESE E FIOS DE SUTURA
SÍNTESE E FIOS DE SUTURASÍNTESE E FIOS DE SUTURA
SÍNTESE E FIOS DE SUTURA
 
Terminologia cirúrgica
Terminologia cirúrgicaTerminologia cirúrgica
Terminologia cirúrgica
 
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
Períodos Perioperatórios: Pré Operatório AULA 4
 
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
 
instrumentação e paramentação cirúrgica
instrumentação e paramentação cirúrgicainstrumentação e paramentação cirúrgica
instrumentação e paramentação cirúrgica
 

Semelhante a As 3 fases do processo de cicatrização

Cicatrização das Feridas Fases.doc
Cicatrização das Feridas Fases.docCicatrização das Feridas Fases.doc
Cicatrização das Feridas Fases.docBrunno Rosique
 
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdfFERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdfnayaraGomes40
 
Patologia 05 reparo celular - med resumos - arlindo netto
Patologia 05   reparo celular - med resumos - arlindo nettoPatologia 05   reparo celular - med resumos - arlindo netto
Patologia 05 reparo celular - med resumos - arlindo nettoJucie Vasconcelos
 
Fatores que afetam a cicatrização das feridas
Fatores  que  afetam  a cicatrização  das feridasFatores  que  afetam  a cicatrização  das feridas
Fatores que afetam a cicatrização das feridasSolange Moraes
 
Cicatrização e reparo
Cicatrização e reparoCicatrização e reparo
Cicatrização e reparoNathalia Fuga
 
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah Omar Mohamad Abdallah
 
Apostila - Módulo II - Unidade II – Indução Percutânea de Colágeno por Microl...
Apostila - Módulo II - Unidade II – Indução Percutânea de Colágeno por Microl...Apostila - Módulo II - Unidade II – Indução Percutânea de Colágeno por Microl...
Apostila - Módulo II - Unidade II – Indução Percutânea de Colágeno por Microl...LuisGonzagaAraujoLui
 
factors affecting wound healing.pptx
factors affecting wound healing.pptxfactors affecting wound healing.pptx
factors affecting wound healing.pptxPsiclogoClinicoclini
 
FERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdfFERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdfPedroArcanjo9
 
FERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdfFERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdfPedroArcanjo9
 
Apostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlocked
Apostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlockedApostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlocked
Apostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlockedlaercio cortez
 

Semelhante a As 3 fases do processo de cicatrização (20)

Cicatrização das Feridas Fases.doc
Cicatrização das Feridas Fases.docCicatrização das Feridas Fases.doc
Cicatrização das Feridas Fases.doc
 
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdfFERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
 
Ferida senac
Ferida senacFerida senac
Ferida senac
 
Patologia 05 reparo celular - med resumos - arlindo netto
Patologia 05   reparo celular - med resumos - arlindo nettoPatologia 05   reparo celular - med resumos - arlindo netto
Patologia 05 reparo celular - med resumos - arlindo netto
 
Estrias atróficas
Estrias atróficas  Estrias atróficas
Estrias atróficas
 
Lesões da pele 1111.ppt
Lesões da pele 1111.pptLesões da pele 1111.ppt
Lesões da pele 1111.ppt
 
Cicatrização
CicatrizaçãoCicatrização
Cicatrização
 
Fatores que afetam a cicatrização das feridas
Fatores  que  afetam  a cicatrização  das feridasFatores  que  afetam  a cicatrização  das feridas
Fatores que afetam a cicatrização das feridas
 
Cicatrização e reparo
Cicatrização e reparoCicatrização e reparo
Cicatrização e reparo
 
úLceras de pressão
úLceras de pressãoúLceras de pressão
úLceras de pressão
 
Reparo dos tecidos
Reparo dos tecidosReparo dos tecidos
Reparo dos tecidos
 
Texto unidade 1
Texto   unidade 1Texto   unidade 1
Texto unidade 1
 
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah
 
paciente+queimado.pptx
paciente+queimado.pptxpaciente+queimado.pptx
paciente+queimado.pptx
 
Apostila - Módulo II - Unidade II – Indução Percutânea de Colágeno por Microl...
Apostila - Módulo II - Unidade II – Indução Percutânea de Colágeno por Microl...Apostila - Módulo II - Unidade II – Indução Percutânea de Colágeno por Microl...
Apostila - Módulo II - Unidade II – Indução Percutânea de Colágeno por Microl...
 
Apresentação 3.pptx
Apresentação 3.pptxApresentação 3.pptx
Apresentação 3.pptx
 
factors affecting wound healing.pptx
factors affecting wound healing.pptxfactors affecting wound healing.pptx
factors affecting wound healing.pptx
 
FERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdfFERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdf
 
FERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdfFERIDAS E CURATVOS.pdf
FERIDAS E CURATVOS.pdf
 
Apostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlocked
Apostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlockedApostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlocked
Apostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlocked
 

Mais de Hugo Pedrosa

Reflexologia Podal
Reflexologia PodalReflexologia Podal
Reflexologia PodalHugo Pedrosa
 
Apresentação - Curso de Reflexologia
Apresentação - Curso de ReflexologiaApresentação - Curso de Reflexologia
Apresentação - Curso de ReflexologiaHugo Pedrosa
 
Biblioteca 5 guia de patologias para massoterapeutas
Biblioteca 5   guia de patologias para massoterapeutasBiblioteca 5   guia de patologias para massoterapeutas
Biblioteca 5 guia de patologias para massoterapeutasHugo Pedrosa
 
Portfólio formação Massagem Terapêutica e Desportiva
Portfólio formação Massagem Terapêutica e DesportivaPortfólio formação Massagem Terapêutica e Desportiva
Portfólio formação Massagem Terapêutica e DesportivaHugo Pedrosa
 
Biblioteca 4 - Massoterapia Clínica
Biblioteca 4 - Massoterapia ClínicaBiblioteca 4 - Massoterapia Clínica
Biblioteca 4 - Massoterapia ClínicaHugo Pedrosa
 
Efeitos da Massagem
Efeitos da MassagemEfeitos da Massagem
Efeitos da MassagemHugo Pedrosa
 
Biblioteca 3 - Yokochi Atlas FotográFico De Anatomia
Biblioteca 3 - Yokochi Atlas FotográFico De AnatomiaBiblioteca 3 - Yokochi Atlas FotográFico De Anatomia
Biblioteca 3 - Yokochi Atlas FotográFico De AnatomiaHugo Pedrosa
 
Biblioteca 2 - Stretching Anatomy
Biblioteca 2 - Stretching AnatomyBiblioteca 2 - Stretching Anatomy
Biblioteca 2 - Stretching AnatomyHugo Pedrosa
 
Biblioteca 1 - Técnicas Neuromusculares Modernas
Biblioteca 1 - Técnicas Neuromusculares ModernasBiblioteca 1 - Técnicas Neuromusculares Modernas
Biblioteca 1 - Técnicas Neuromusculares ModernasHugo Pedrosa
 
Expectativas Formador
Expectativas FormadorExpectativas Formador
Expectativas FormadorHugo Pedrosa
 
Ligaduras Funcionais
Ligaduras FuncionaisLigaduras Funcionais
Ligaduras FuncionaisHugo Pedrosa
 
Miologia posterior do tronco
Miologia posterior do troncoMiologia posterior do tronco
Miologia posterior do troncoHugo Pedrosa
 
Fisiologia Muscular
Fisiologia MuscularFisiologia Muscular
Fisiologia MuscularHugo Pedrosa
 
CV tradicional versus Portfólio fotografico
CV tradicional versus Portfólio fotograficoCV tradicional versus Portfólio fotografico
CV tradicional versus Portfólio fotograficoHugo Pedrosa
 
Excerto do manual de Massagem dos Tecidos Profundos
Excerto do manual de Massagem dos Tecidos ProfundosExcerto do manual de Massagem dos Tecidos Profundos
Excerto do manual de Massagem dos Tecidos ProfundosHugo Pedrosa
 
Portfolio Massagem Tecidos Profundos
Portfolio Massagem Tecidos ProfundosPortfolio Massagem Tecidos Profundos
Portfolio Massagem Tecidos ProfundosHugo Pedrosa
 

Mais de Hugo Pedrosa (20)

Reflexologia Podal
Reflexologia PodalReflexologia Podal
Reflexologia Podal
 
Bibliografia 1
Bibliografia 1Bibliografia 1
Bibliografia 1
 
Apresentação - Curso de Reflexologia
Apresentação - Curso de ReflexologiaApresentação - Curso de Reflexologia
Apresentação - Curso de Reflexologia
 
Biblioteca 5 guia de patologias para massoterapeutas
Biblioteca 5   guia de patologias para massoterapeutasBiblioteca 5   guia de patologias para massoterapeutas
Biblioteca 5 guia de patologias para massoterapeutas
 
Portfólio formação Massagem Terapêutica e Desportiva
Portfólio formação Massagem Terapêutica e DesportivaPortfólio formação Massagem Terapêutica e Desportiva
Portfólio formação Massagem Terapêutica e Desportiva
 
Biblioteca 4 - Massoterapia Clínica
Biblioteca 4 - Massoterapia ClínicaBiblioteca 4 - Massoterapia Clínica
Biblioteca 4 - Massoterapia Clínica
 
Efeitos da Massagem
Efeitos da MassagemEfeitos da Massagem
Efeitos da Massagem
 
Biblioteca 3 - Yokochi Atlas FotográFico De Anatomia
Biblioteca 3 - Yokochi Atlas FotográFico De AnatomiaBiblioteca 3 - Yokochi Atlas FotográFico De Anatomia
Biblioteca 3 - Yokochi Atlas FotográFico De Anatomia
 
Biblioteca 2 - Stretching Anatomy
Biblioteca 2 - Stretching AnatomyBiblioteca 2 - Stretching Anatomy
Biblioteca 2 - Stretching Anatomy
 
Apresentações
ApresentaçõesApresentações
Apresentações
 
Biblioteca 1 - Técnicas Neuromusculares Modernas
Biblioteca 1 - Técnicas Neuromusculares ModernasBiblioteca 1 - Técnicas Neuromusculares Modernas
Biblioteca 1 - Técnicas Neuromusculares Modernas
 
Expectativas Formador
Expectativas FormadorExpectativas Formador
Expectativas Formador
 
Ligaduras Funcionais
Ligaduras FuncionaisLigaduras Funcionais
Ligaduras Funcionais
 
Miologia posterior do tronco
Miologia posterior do troncoMiologia posterior do tronco
Miologia posterior do tronco
 
Manual Thera Cane
Manual Thera CaneManual Thera Cane
Manual Thera Cane
 
Anamnese
AnamneseAnamnese
Anamnese
 
Fisiologia Muscular
Fisiologia MuscularFisiologia Muscular
Fisiologia Muscular
 
CV tradicional versus Portfólio fotografico
CV tradicional versus Portfólio fotograficoCV tradicional versus Portfólio fotografico
CV tradicional versus Portfólio fotografico
 
Excerto do manual de Massagem dos Tecidos Profundos
Excerto do manual de Massagem dos Tecidos ProfundosExcerto do manual de Massagem dos Tecidos Profundos
Excerto do manual de Massagem dos Tecidos Profundos
 
Portfolio Massagem Tecidos Profundos
Portfolio Massagem Tecidos ProfundosPortfolio Massagem Tecidos Profundos
Portfolio Massagem Tecidos Profundos
 

Último

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1Michycau1
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptxANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptxlvaroSantos51
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptxCLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptxFranciely Carvalho
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 

Último (20)

Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptxANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
ANATOMIA-EM-RADIOLOGIA_light.plçkjkjiptx
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptxCLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
CLASSE DE PALAVRAS completo para b .pptx
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 

As 3 fases do processo de cicatrização

  • 2. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 1 - Fase aguda (inflamação) 2 - Fase subaguda (reparo fibroblástico) 3 - Fase de maturação (remodelação) Observações: Fases contínuas … sobrepõem-se … não têm pontos iniciais ou finais Quatro sinais da inflamação: Rubor Calor Inchaço Dor
  • 3. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Funções da inflamação : 1 – Protege o corpo contra a infecção 2 – Repara o tecido lesionado ao estimular o crescimento de novas células, as quais sintetizam novas fibras para a reparação. Dois tipos de traumatismo: 1 Directo – Traumatismo não penetrante em desportos de contacto. 2 Indirecto a) agudo – ocorre com a sobrecarga súbita b) crónico ou de uso excessivo – ocorre em consequência da sobrecarga repetida e/ou resistência ao atrito. 3 Agudo sobre o crónico – Ocorre como resultante de um trauma sobre uma lesão persistente.
  • 4. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 1 - Fase Aguda / inflamação (vascular): Este tipo de inflamação dura tipicamente 24 a 48 horas. Em alguns casos, pode durar 4 a 6 dias. - Dilatação das artérias, veias e capilares, causando rubor e calor. - Saída do plasma sanguíneo, gerando edema. - Aumento do número de fibroblastos e macrófagos. Os fibroblastos aumentam em tamanho e sintetizam substância fundamental e colagénio. Este processo começa 4 horas depois da lesão e pode durar de 4 a 6 dias. A princípio, o colagénio forma uma rede de fibras fraca e com arranjo aleatório. - A dor é produzida pela pressão a partir do edema e pela irritação química que estimula os receptores da dor (nociceptores).
  • 5. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Formação de coágulo: - Evento inicial que forma o coágulo é uma complexa conversão molecular. - A formação de coágulo começa pouco tempo após a lesão e é concluída em cerca de 48 horas. - A área lesionada fica desprotegida durante o estágio inflamatório de cicatrização.
  • 6. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Consequências neuromusculares da inflamação: - A inflamação leva à estimulação dos receptores de dor que causam adaptações compensatórias que facilitam os músculos, gerando hipertonicidade, ou inibem os músculos, provocando fraqueza. - A inflamação crónica pode causar sensibilização dos mecanoreceptores, de tal forma que estímulos mecânicos normais (exemplo, movimento de uma articulação dentro da sua amplitude normal) fazem o mecanoreceptor desenvolver dor.
  • 7. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 2 - Regeneração e reparação: O processo de regeneração e reparação inicia-se de 2 a 6 dias após a lesão e dura cerca de 3 semanas. - Novos capilares são formados no tecido cicatricial. Os capilares são dispostos numa orientação aleatória, a menos que a área seja mobilizada. - A actividade fibroblástica e a formação de colagénio aumentam. O tecido conjuntivo imaturo é menos denso e, desta forma, lesionado com maior facilidade. A dor não indica o nível de reparação, de modo que se deve ter cuidado com a quantidade de pressão aplicada numa massagem. - Nestes estágios iniciais, o colagénio é depositado num padrão aleatório e desorganizado, geralmente num plano perpendicular ao eixo longitudinal, tendo, portanto, pouca força. O colagénio desenvolve ligações cruzadas anormais que deixam o tecido menos flexível. - O paciente pode ainda sentir sensibilidade ao toque ou mesmo dor, embora estas queixas tenham tendência para desaparecer.
  • 8. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Fibrose - A fase normal de eventos na fase de reparação leva à formação de tecido de cicatriz mínimo. - Ocasionalmente uma resposta inflamatória persistente e a libertação continuada dos produtos inflamatórios pode promover uma fibroplasia estendida o que pode levar a lesão tecidual irreversível.
  • 9. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO 3 - Maturação / remodelação: O processo de remodelação vai do 21º ao 60º dia - Nos estágios iniciais desta fase, o colagénio amadurece numa rede completamente desorganizada numa estrutura em gel. Esta estrutura pode ser palpada como tecido espesso ou fibroso. A diminuição relativa na vascularização ocorre à medida que aumenta a densidade de colagénio. - Cerca de 2 meses depois, a actividade fibroblástica diminui e há menor síntese de colagénio. - A orientação aleatória do colagénio fornece pouca sustentação contra a tracção. - De 2 meses a 2 anos depois, o colagénio pode desenvolver um alinhamento linear funcional em resposta aos estímulos e pode ser reorientado até à linha de tensão. - A imobilização leva à formação de aderências significativas, à osteoporose ou perda da densidade óssea, bem como à atrofia dos músculos, das cápsulas e dos ligamentos. - A inflamação crónica pode resultar a partir de episódios repetidos de microtraumatismos ou da irritação crónica dos tecidos.
  • 10. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Factores que impedem o processo de cicatrização: Extensão da lesão - As microrupturas do tecido mole envolvem somente dano menor e mais frequentemente estão associadas com o uso repetido. - As macrorupturas são geralmente ocasionadas por trauma agudo e envolvem destruição significativamente maior do tecido mole, resultando em sintomas clínicos e alterações funcionais. Edema - A pressão aumentada ocasionada pelo inchaço retarda o processo de cicatrização, dificulta a reparação dos tecidos, inibe o controle neuromuscular, produz mudanças neurofisiológicas reflexas e impede a nutrição na parte lesionada. Hemorragia - O sangramento produz os mesmos efeitos negativos na cicatrização da acumulação do edema. A presença de sangue produz um dano adicional ao tecido e exacerba a lesão.
  • 11. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Factores que impedem o processo de cicatrização: Suprimento vascular pobre - Lesões nos tecidos com suprimento vascular pobre cicatrizam fraca e lentamente. Separação do tecido - A separação mecânica do tecido pode atrasar significativamente o curso de cicatrização Espasmo muscular - O espasmo muscular tracciona o tecido rompido, separa as duas extremidades e impede a aproximação. A isquémia local e generalizada pode originar-se do espasmo. Atrofia - A atrofia do tecido muscular começa imediatamente após a lesão. O fortalecimento e a mobilização precoce da estrutura lesionada retardam a atrofia.
  • 12. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Factores que impedem o processo de cicatrização: Cicatrizes hipertróficas - Aparecem no caso de a produção de colagénio ser excessiva durante a fase de maturação de cicatrização. Este processo leva à hipertrofia do tecido cicatricial, particularmente em volta da periferia da ferida. Infecção A presença de bactérias na ferida pode retardar a cicatrização. Saúde, idade e nutrição - As qualidades elásticas da pele diminuem com o envelhecimento. Doenças degenerativas, como diabetes e ateroesclerose também podem afectar a cicatrização. A nutrição é importante para este processo. Em particular as vitaminas k (coagulação) e A e E (síntese de colagénio).