O documento discute sobre obsessão e como momentos de invigilância, como emoções negativas, podem abrir a porta para a influência obsessiva. Também destaca que muitas vezes "Nós mesmos somos os obsessores" ao tentar impor nossas vontades e ideias aos outros, e lista vários comportamentos que podem caracterizar obsessão, como ciúme, críticas, manipulação e dependência emocional.
1. A PORTA PARA A
OBSESSÃO
OBSESSÃO E DESOBSESSÃO - SUELY CALDAS SCHUBERT
2. ‘Estai de sobreaviso,
“Olhai, vigiai e orai;
porque não sabeis
quando será o tempo.
Marcos, capítulo 13,
(versículo 33.)
3. A existência dos fatores
predisponentes
—causas cármicas —
facilitam a aproximação dos
obsessores, que, entretanto,
necessitam descobrir o
momento propicio para a
efetivação da sintonia completa
que almejam.
4. Este momento tem o nome de .
É a porta que se abre para o mundo
intimo, facilitando a incursão de
pensamentos estranhos, cuja finalidade é
sempre o conúbio degradante entre
mentes desequilibradas,
5. o inevitável encontro
entre credor e devedor,
os quais não conseguiram
resolver suas divergências
pelos caminhos do
perdão e do amor.
6. É o instante em que o
cobrador, finalmente, bate às
portas da alma de quem lhe
deve.
7. E, sempre o faz, nessas
circunstâncias, pela agressão,
que poderá vir vestida de
sutilezas, obedecendo a um
plano habilmente traçado ou
de maneira frontal para
atordoar e desequilibrar de vez
a vitima de hoje.
9. Citaremos alguns dos estados emocionais que representam
invigilância em nossa vida:
revolta, ódio, ideias negativas de
qualquer espécie, depressão, tristeza,
desânimo, pessimismo, medo, ciúme,
avareza, egoísmo, ociosidade,
irritação, impaciência, maledicência,
calúnia, desregramentos sexuais, vícios
— fumo, álcool, tóxicos, etc.
10.
11. Adverte-nos Scheilla:
“Toda vez que um destes sinais venha
a surgir no trânsito de nossas ideias, a
Lei Divina está presente,
recomendando-nos a prudência de
parar no socorro da prece ou na luz
do discernimento.” (7)
12. Um momento de invigilância
pode ocasionar sérios
problemas, se este for o
instante em que o obsessor
tentar conseguir a sintonia de
que necessita para levar
avante os seus planos de
vingança.
13. Convém ressaltar que um minuto ou um instante de
medo, revolta, impaciência, etc., não significa
necessariamente que a pessoa esteja obsidiada.
Mas, sim, que uma ocasião destas poderá ser
utilizada pelo obsessor como ensejo que ele
aguarda para insuflar na vítima as suas ideias
conturbadas.
14. Vamos atentar ao seguinte:
Influência não é obsessão!
Portanto, temos o livre arbítrio de acolher
ou não essa influência, vai depender do
nível da minha condição moral, se me
esforço pra melhorar, terei mais chance de
não cair na armadilha, mas se sou
displicente e não me importo com minha
melhoria moral, serei um alvo fácil.
15. Os três obsessores em sua
vida
Um homem chegou a um centro espírita muito desconfiado
de que estava com vários obsessores. Ele contou sua
história para o médium do centro. Revelou sua crença de
que os obsessores haviam convencido sua esposa a
terminar com ele.
Revelou que os obsessores estavam travando sua vida e
que ele não conseguia mais seguir em frente pois estava
sentindo muito medo. Revelou também que não queria
mudar, pois sua vida estava confortável do jeito que
estava, e que os obsessores estavam fazendo de tudo
para desestabilizá-lo.
16. O médium resolveu iniciar os trabalhos. Fechou
os olhos e ficou alguns minutos concentrado.
Depois abriu os olhos, olhou para o homem e
disse:
– De fato, há três obsessores com você, mas eles
são muito poderosos e não posso tirá-los.
O homem ficou com medo e pensou que estava
arruinado, pois se nem o médium conseguia
tirá-los, sua vida seria arrasada pelos
espíritos negativos.
17. – “Quem são esses obsessores?” , perguntou o
homem.
O médium respondeu: – São três os seus
obsessores:
– O primeiro obsessor é o
apego.
Sim, o apego que você tem em relação a sua
esposa. Ela já terminou com você e mesmo
assim você fica insistindo num casamento
que já deu claros sinais de término. O
apego é um grande obsessor, um dos maiores
18. – O segundo obsessor é o medo.
Esse é um obsessor fortíssimo, pois paralisa nossa vida
e não nos deixa caminhar. É outro grande obsessor do
ser humano.
– O terceiro obsessor que está em você é a
acomodação.
Sim, a acomodação vem da preguiça ou de uma fuga dos
problemas, e a acomodação nos faz estagnar, parar e até
mesmo morrer por dentro. Uma pessoa acomodada costuma
abdicar de suas forças para lutar e fica presa dentro
do próprio conformismo que criou.
19. Esses são os seus três obsessores.
Eles não são espíritos e não havia nenhum desencarnado
com você.
Esses e outros obsessores vivem no coração do ser
humano, e somente ele pode dissolvê-los para sempre. Se
vier algum espírito sombrio, ele só poderá agir em você
ativando alguns desses obsessores internos.
Por isso que eu disse que nada posso fazer para remove-
los, pois somente você é capaz de gerar essa
transformação em ti mesmo.
KARDEC RIO PRETO | Hugo Lapa
20. Desde que estes estados de
invigilância passem a ser
constantes, repetindo-se e
tornando-se uma atitude
habitual, aí obviamente estará
configurada a predisposição
para o processo obsessivo.
21. Recordemo-nos de que qualquer ideia fixa negativa que
venha nos perturbar emocionalmente, é sempre sinal de
alarme, ante o qual deveremos fazer valer em nossa vida o
sábio ensinamento do Mestre:
“Estai de sobreaviso, vigiai e orai; porque não sabeis
quando será o tempo.” (7)
Ideal Espírita, Autores Diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 27, 7ª
edição CEC.
22. Muitas pessoas religiosas acreditam em Espíritos malignos, demônios e
obsessores. Essas seriam Entidades Espirituais que podem nos prejudicar
e sugar nossas energias.
No entanto, muitas vezes
“Nós Mesmos Somos os Obsessores”
das outras pessoas.
Reflitamos:
23. Somos os Obsessores quando desejamos fazer prevalecer nossas ideias e impor
nossas verdades a outrem.
Somos os Obsessores quando criticamos, julgamos o condenamos o outro
sem pleno conhecimento de causa.
Somos os Obsessores quando temos ciúme e queremos obter a posse do
outro.
Somos os Obsessores quando batemos o pé e forçamos o outro
a seguir a nossa vontade.
24. Somos os Obsessores quando exigimos que o outro faça por nós algo que nos
cabe fazer.
Somos os Obsessores quando desejamos vencer uma discussão, instituir nossas
verdades e firmar nosso ponto de vista.
Somos os Obsessores quando burlamos o livre arbítrio alheio e o fazemos
trilhar o caminho que nós julgamos correto.
Somos os Obsessores quando tentamos ajudar sem nos preocupar no que é
melhor para o outro, mas sim seguindo apenas o que nós acreditamos ser o
melhor.
25. Somos os Obsessores quando desejamos comprar o afeto das pessoas com
presentes, regalias, benesses e mimos, esperando sempre algo em troca.
Somos os Obsessores quando não permitimos que o outro cresça, se
desenvolva, para não se tornar melhor do que nós.
Somos os Obsessores quando fazemos tudo pelo outro e não permitimos que
ele faça, erre e aprenda sozinho.
Somos os Obsessores quando vomitamos um longo falatório desordenado e
fútil acreditando que o outro tem obrigação de nos ouvir.
26. Somos os Obsessores quando não damos espaço para o outro, o prendemos, o
sufocamos, podamos seus movimentos, cobramos, oprimimos, sem permitir
sua independência.
Somos os Obsessores quando acreditamos que o outro deve corresponder aos
nossos padrões, nossos modelos, nossa religião, nossos costumes, nossas
crenças e nosso ideal de ser.
Somos os Obsessores quando geramos milhares de conflitos, discórdias e
desunião, quando criamos confusão, intrigas, fofocas e distorcemos a realidade
para prejudicar o outro.
27. Somos os Obsessores quando dissemos uma coisa ao outro e fazemos
outra, enganando, omitindo e dissimulando.
Somos os Obsessores quando vivemos reclamando e acreditamos que o
outro tem obrigação de aguentar nossas lamúrias.
Somos os Obsessores quando elogiamos para manipular, louvamos para
enganar, enchemos o ego do outro para confundi-lo a fazer o que
queremos.
28. Somos os Obsessores quando fazemos do outro a
nossa vida e depois ficamos magoados quando ele se
afasta deixando um buraco em nosso peito, um vazio
existencial e uma profunda infelicidade.
29. Procure a vida em ti mesmo. Não seja mais um
Obsessor do outro.
Não dependa de ninguém para ser feliz.
Não acredite que o Obsessor é sempre o outro…
Há sempre algo de Obsessor em nós mesmos.
Autor: HUGO LAPA https://gecasadocaminhosv.blogspot.com/
30. O problema não é termos adversários,
porque não iremos agradar todo mundo,
há quem nos deteste apenas pelo fato de
não conseguirem fazer o que fazemos, não
por não serem capazes, mas por
acomodação.
O problema é sermos inimigos dos outros!
Notas do Editor
O QUE É A OBSESSÃO “A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um Indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo 28º, Item 81.)
Olhai: examinando, ponderando, refletindo
Vigiai: não é um estado de atenção, consciente
Orai: é estar em sintonia com o criador
A que tempo o Mestre se referiu? A qualquer hora
Essa palavra CARMA, tem origem no sânscrito. Corresponde à Lei de Causa e Efeito
Se é considerado como causa e efeito, ele só existirá a partir de alguma causa que eu engendrei, de alguma atitude que eu desenvolvi, de alguma aventura da qual participei. Enfim, de uma má escolha que fiz.
Desse modo, quando nós falamos em carma, em Lei de Causa e Efeito, isso não é uma coisa aleatória, a Divindade não nos impõe um carma. O carma é sempre consequência da nossa liberdade de ação.
O carma será sempre consequência do nosso livre-arbítrio, essa capacidade que temos de arbitrar a respeito da nossa própria existência. O que eu faço ou deixo de fazer com minha própria vontade está na conta do meu livre-arbítrio.
Conúbio: a união de mentes
Essas sutilezas podem vir em forma de uma tristeza repentina, de um pensamento repentino e persistente que induza a pessoa a realizar algo que não vai ser positivo a ela, porque a entidade vai encontrar na pessoa os plugues necessários das imperfeições e das tendências negativas que essa pessoa tem.
Quando não sabemos usar nosso tempo disponível para coisas uteis e dignificantes, estaremos sendo alvo fácil de sermos influenciados.
Quando se baixa a vibração, as entidades que provavelmente já estão a espreita esperando esse momento, acha uma brecha para começar a influenciação, ou dependendo da situação acha condições para prejudicar seu alvo, criando situações que a levem a algum prejuízo, seja emocional, físico, ou material.