1. DA NATUREZA DAS COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES GROSSEIRAS,
FRÍVOLAS, SÉRIAS, INSTRUTIVAS
COEM – 3ª AULA TEÓRICA
2. • DA NATUREZA DAS COMUNICAÇÕES: Desde o instante em que se
observou com cuidado e detalhes as manifestações objetivas
(fenômenos de efeitos físicos), e se pode concluir pela inteligência
extra-física que os provocava e dirigia, e que se dizia ser a alma de uma
pessoa já falecida dando provas de identificação, um mundo novo se
abriu aos olhos da humanidade: O Mundo Espiritual, habitado pelos
seres invisíveis, que pelo fenômeno da morte já tinham abandonado o
veículo físico.
• Notou-se, porém, que os Espíritos não somente se manifestavam,
como, também, procuravam estabelecer um diálogo esclarecedor,
estabelecendo assim, uma verdadeira comunicação. Respondiam a
perguntas, esclareciam pontos obscuros, discorriam com seriedade
sobre questões controvertidas, faziam revelações.
3. • ALLAN KARDEC o Codificador do Espiritismo
Homem dotado de extraordinário bom senso,
todavia, concluiu, de início, que nem todos os
Espíritos estão aptos a responder a todas as
questões, e que cada um só pode falar daquilo
que sabe, não havendo impedimento porém, a
que Espíritos levianos, aproveitando-se da
credulidade e do excesso de fé de alguns,
impingissem certas orientações e ensinos que
não suportariam o mais leve raciocínio analítico e
lógico.
• "Um dos primeiros resultados que colhi das
minhas observações, foi que os Espíritos, nada
mais sendo do que as almas dos homens, não
possuíam nem a plena sabedoria, nem a ciência
integral. Que o saber de que dispunham se
circunscrevia ao grau que haviam alcançado, de
adiantamento, e que a opinião deles só tinha o
valor de uma opinião pessoal. Reconhecida
desde o princípio, esta verdade me preservou do
grave escolho de crer na infalibilidade dos
Espíritos e me impediu de formular teorias
prematuras, tendo por base o que fora dito por
um ou alguns deles". (Obras Póstumas, 2a. Parte,
A Minha Primeira Iniciação no Espiritismo).
4. • Segundo, em decorrência do primeiro juízo, concluiu que
há uma verdadeira hierarquia entre os Espíritos, sendo
que as suas posições se definem graças a um
desenvolvimento intelectual e moral adquirido na Terra.
Em consequência, as comunicações dos Espíritos "hão de
refletir a elevação ou a baixeza de suas idéias, o saber e a
ignorância deles, seus vícios e suas virtudes; numa
palavra, elas não se hão de assemelhar mais do que as
dos homens, desde os selvagens até o mais ilustrado
europeu". (O Livro dos Médiuns, 2a. parte, cap. X).
Segundo suas características, as comunicações podem
ser divididas em:
• a) grosseiras;
• b) frívolas;
• c) sérias;
• d) instrutivas
5. • COMUNICAÇÕES GROSSEIRAS: São comunicações de termos chãos, baixos
e indecorosos, provêm de Espíritos inferiores, ignorantes e revoltados que
extravasam o que lhes vai na alma. Geralmente, são entidades obsessoras que
se comunicam através daqueles a que perseguem. Em trabalhos especiais
essas entidades podem também se comunicar por médiuns que caridosamente
lhes proporcionem tal oportunidade, porém, a comunicação não terá o caráter
grosseiro graças à boa educação mediúnica, que a filtra, reprimindo o que seja
indesejável.
• De acordo com o caráter dos Espíritos grosseiros, elas podem ser:
• a) triviais;
• b) ignóbeis;
• c) obscenas;
• d) insolentes;
• e) arrogantes;
• f) malévolas;
• g) ímpias;
• COMUNICAÇÕES FRÍVOLAS. Emanam dos Espíritos:
• a) levianos;
• b) zombeteiros;
• c) brincalhões;
• d) maliciosos;
6. • São comunicações verborrágicas e que não trazem conteúdo
algum, às vezes pontilhadas de absurdos, pois são destituídas
de todo senso lógico. Nada têm de indecoroso e também nada
têm de sério; são mensagens de irresponsáveis.
• Às vezes são espirituosas e por trás do chiste, da graça,
apresentam duras verdades, que ferem com justeza.
• "A verdade é o que menos os preocupa; daí o maligno
encanto diz ALLAN KARDEC - que acham em mistificar os que
têm a fraqueza e mesmo a presunção de neles crer sob
palavra".
• "As pessoas que se comprazem nesse gênero de
comunicações naturalmente dão acesso aos Espíritos levianos
e falaciosos. Delas se afastam os Espíritos sérios do mesmo
modo que na sociedade humana, os homens sérios evitam a
companhia dos doidivanas".
• Geralmente, são os Espíritos que se prestam a revelar o
futuro, a fazer predições, a dar palpites no destino das criaturas
humanas, que, sem firme orientação doutrinária, buscam os
conselhos através das cartomantes, sortistas, etc....
7. • COMUNICAÇÕES SÉRIAS: São ponderadas quanto ao
assunto e elevadas, elegantes quanto à forma. "Nem
todos os Espíritos sérios são igualmente esclarecidos; há
muita coisa que eles ignoram e sobre as quais podem
enganar-se de boa fé. Por isso é que os Espíritos
verdadeiramente superiores nos recomendam de
contínuo que submetamos todas as comunicações ao
crivo da razão e da mais rigorosa lógica". (O Livro dos
Médiuns, 2a. parte, cap.x).
• "No tocante às comunicações sérias, cumpre se
distingam as verdadeiras das falsas, o que nem sempre
é fácil, porquanto, exatamente à sombra da elevação da
linguagem, é que certos Espíritos presunçosos ou
pseudo-sábios, procuram conseguir a prevalência das
mais falsas idéias e dos mais absurdos sistemas.
• E para melhor acreditados se fazerem e maior
importância ostentarem, não escrupulizam de se
adornarem com os mais respeitáveis nomes e até com os
mais venerados". (Idem, idem).
8. • COMUNICAÇÕES INSTRUTIVAS: São as que têm
caráter sério, são verdadeiras e induzem a algum
esclarecimento particular ou geral no campo da ciência,
da filosofia e da moral. São tanto mais profundas quanto
mais elevado for o Espírito que as dita. Têm como
características a continuidade, a regularidade e tal
esforço dos Espíritos secunda e dos encarnados
interessados no estudo e no esclarecimento, ficando
entregues aos Espíritos levianos e zombeteiros os que
vêem nas comunicações simples diversão e
entretenimento. Em uma reunião de pessoas
interessadas somente em passatempo, que faria um
homem de bem e de ciência? O mesmo ocorre no
mundo espiritual. O meio seleciona a categoria de
Espíritos que atua sobre si. "Nessa categoria, não
podemos, por conseguinte incluir certos ensinos que de
sério apenas têm a forma, muitas vezes empolada e
enfática, com que os Espíritos que os ditam, mais
presunçosos do que instruídos, contam iludir os que os
recebem". (O Livro dos médiuns, 2a. parte, cap.X).
9. • 1.Bibliografia essencial:
• ALLAN KARDEC - "O Livro dos Médiuns" - 2a. parte,
caps. X e XI.
• ALLAN KARDEC - "Obras Póstumas" - 2a. parte - A
Minha Iniciação no Espiritismo.
• 2.Bibliografia suplementar:
LÉON DENIS - "No Invisível" - Caps. XVI e XVII
11. • Conseguida a concentração, após um preparo adequado por
parte de todos os componentes do grupo, é necessário manter-
se o ambiente saturado de elementos fluídicos favorecedores
do intercâmbio com o plano espiritual.
• Manter-se atento às ocorrências da reunião, evitando dispersar
o pensamento para objetivos que não os da mesma.
• Pela vontade, exercitar-se na doação vibratória em favor de
outros componentes do grupo e das entidades espirituais que
por ventura estejam no recinto e precisem de vibrações de
carinho, afeto, compreensão.
• Mentalmente, envolver a todos em pensamentos agradáveis,
desejando-lhes o melhor que se possa dar, como se a nossa
mente estivesse emitindo forças e palavras de conforto e
esclarecimento.
• O cansaço após a concentração denota esforço em sentido
contrário à boa vibração. Significa que está havendo um mau
atendimento às normas de relaxamento e tranqüilidade.
• A vibração feita com técnica não cansa, ao contrário , traz um
bem estar profundo ao emitente, pela troca de bons fluidos que
se estabelece nessas ocasiões.
12. • LEITURA:
• Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
• "VINHA DE LUZ", cap. 155;
• "ENCONTRO MARCADO”, cap.41