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Não
viva de
Remendos
Impositivo da Renovação -Livro III Ensinos e parábolas de Jesus Parte II
“Ninguém deita remendo de pano novo em veste
velha, porque semelhante remendo rompe a veste, e
faz -se maior a rotura.
Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás,
rompem -se os odres, e entorna -se o vinho, e os
odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em
odres novos, e assim ambos se conservam.”
Essa mensagem evangélica reflete profundas
advertências para todos que querem afastar-se
dos comportamentos infelizes e pretendem
operar no bem, seguindo os ensinamentos do
Cristo. Neste sentido, o Evangelho, para ser
integralmente entendido e vivenciado, requer
rompimento com os antigos padrões
comportamentais, assimilados ao longo das
experiências reencarnatórias, aqui
representados pelos símbolos “veste velha” e
“odres velhos”, (pronuncia-se “ôdres”).
Quem deseja implementar mudanças de
comportamento, priorizando a própria
melhoria espiritual, deve estar consciente
que a transformação precisa ocorrer sob
novas bases.
É ilusão querer colocar remendo nas
imperfeições,
maquiando-as, ainda que existam
predisposições favoráveis.
A PARÁBOLA ORIENTAL da XÍCARA CHEIA.
Conta-se que um discípulo foi visitar o seu
mestre e lá se distendeu a revelar o quanto já
sabia de tudo, exibindo seus altos
conhecimentos na intenção de mostrar que já
havia aprendido o bastante. Enquanto isso o
sábio enchia a sua xícara sem parar, até que o
estudante, incomodado, interrompeu o seu
discurso, interrogando o motivo da estranha
atitude, pois que o chá já se derramava
abundantemente sobre a mesa.
O mestre então lhe devolveu a sábia lição: – assim está a sua mente, filho,
ela transborda conhecimentos e desse modo nada mais lhe será possível
aprender. É preciso urgentemente esvaziá-la.
Eis que, na atualidade, estamos como as xícaras cheias da parábola
oriental, pois orgulhosamente exibimos nossos fantásticos conhecimentos
como se tudo já soubéssemos, esquecidos da famosa recomendação de
Sócrates ao nos alertar que o homem inteligente é aquele que sabe que
nada sabe, e da sabedoria de Confúcio, quem nos afiançou que o
ignorante é aquele que é incapaz de mudar de ideia. Por isso precisamos
de que novos paradoxos nos esvaziem a mente, revelando os pontos
fracos de nossa pretensa sabedoria.
Há indivíduos que se aferram à rotina, aos preconceitos sociais, às
conveniências mundanas, ou por comodismo ou por orgulho.
Quais odres velhos que não suportam vinho novo, tais pessoas são inacessíveis
às ideias novas. Com pessoas dessa
categoria, o trabalhador de boa
vontade do Evangelho e do
Espiritismo nada tem a fazer.
É deixá-la entregues aos cuidados do
Pai Celestial, que por meio das
reencarnações em ambientes
diversos, lhes modificará a atitude
mental, transformando-as em odres
novos, aptos a receberem o
generoso vinho novo das ideias
novas e progressista.
Providências parciais, ou remendos na própria
personalidade, sempre resultam frustrações,
desilusões, que acabarão por trair e fazer sofrer o
indivíduo quando este se vê frente a frente com a
própria realidade.
Assim, é importante fazer análise mais apurada
destas incisivas exortações de Jesus:
“ninguém deita remendo de pano novo
em vestido velho”.
“Nem se deita vinho novo em odres
velhos”.
Esta recomendação não se aplica à
simples costura de roupas ou à produção
de vinhos, menos ainda aos processos de
renovação espiritual.
Um bom exemplo de transformação definitiva no bem, livre de
autopiedade ou autocondescendência, encontra-se em (Marcos,10:42),
que registra a seguinte cura de um cego:
Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus
discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de
Timeu, estava assentado junto ao caminho, mendigando. E,
ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar e a dizer:
Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E muitos o
repreendiam, para que se calasse;
Mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi, tem misericórdia de
mim! E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o
cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E
ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus. E
Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse:
Mestre, que eu tenha vista. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E
logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.
A citação demonstra, em linhas gerais, o seguinte:
Bartimeu não se limitou apenas ao desejo da própria cura, mas fez
alarde de forma enfática, no momento em que identificou aquele
que o curaria.
(“E, ouvindo que era Jesus de Nazaré”).
Encontrando Jesus, ouviu o que Ele pregava e partiu para a ação:
foi em busca da cura
(“E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus”).
Ao suplicar auxílio de forma insistente foi notado tanto pelos
que se sentiram constrangidos com a mudança revelada pelo
mendigo, daí repreendê-lo, quanto pelo próprio Cristo que,
acalmando-o, fez o cego testemunhar a vontade de curar-se.
Por este motivo pergunta ao mendigo: “Que queres que te
faça?”
O vinho foi amplamente trabalhado por
Jesus em suas mensagens. Assim, importa
considerar que o vinho novo indica
fermentação recente da uva, devendo ser
colocado em recipientes adequados porque,
durante o processo, há produção e expansão
de gases que multiplicam o volume do
líquido fermentado.
Tais vinhos, assim como as vestes velhas,
indicam que a Humanidade se defronta
com uma ciência materialista, uma
filosofia obscura que discute os efeitos
não as causas dos atos humanos, e,
também, uma religião distanciada da vida,
dogmática e inacessível.
A produção de vinho, de forma correta, indica na
mensagem um simbolismo que pode ser assim
esclarecido:
A maceração da uva é necessária para que surja o
substrato ou essência do vinho. Da mesma forma, é
preciso que o Espírito se entregue à “maceração” das
provas existenciais através dos inevitáveis sacrifícios,
afim de que surja a essência do homem de bem,
liberto das imperfeições.
É necessário que se dê o renascimento do Espírito pela
modificação das ideias, e do corpo, sem o que não se
verá o Reino de Deus.
A esta operação Paulo chamou “a substituição do
homem novo pelo despojamento do homem velho”; e
acrescentou:
“Os que são de Cristo se tornam novas criaturas.”
Os ensinamentos espíritas além de
oferecerem a chave para o entendimento
da mensagem cristã, em sua pureza e
sentido originais, esclarecem a criatura
humana a respeito das consequências dos
seus atos impensados e, também, como
corrigi-los.
Assim e só assim ele compreenderá que o
benefício próprio está no alheio benefício;
que a postergação dos direitos de outrem
vale pela postergação dos seus direitos e
que, se na luta pela vida corpórea e no
ambiente psíquico, em suma, a reação é
sempre igual à ação, o mesmo se dá para o
ambiente espiritual, no plano universal.3
A aceitação do Evangelho de
Jesus sem dogmas, sem
interpretação literal, representa
o vinho novo, livre de impurezas,
que é colocado em odres novos,
não contaminados, é proposta
do Espiritismo, na sua feição de
Cristianismo redivivo.
Essa mentalidade assim formada poderá, então e só
então resistir aos embates e seduções do mundo e,
onde quer que no mundo lhe seja dado irradiar
influências estas serão benéficas por colimarem
princípios e não pessoas, ideias e não interesses
efêmeros, visando não já uma família restrita, uma
classe, uma sociedade, um povo, mas a Humanidade
no que esta tem de mais grandioso e se não afere não
por um ciclo de gerações, mas de Eternidade.4
Fim...
Renova-me, Senhor Jesus
Já não quero ser igual
Renova-me, Senhor Jesus
Põe em mim Teu coração
Porque tudo que há
Tudo que há dentro de mim...
Precisa ser mudado, Senhor
Porque tudo que há
Dentro do meu coração
Precisa mais de Ti!
Sustenta-me, Senhor Jesus
Já não quero mais falir
Sustenta-me, Senhor Jesus
Já não quero ser igual!
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro.
126. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 17, item 3, p. 307-309. 2.
_____._____. Item 8, p.315. 3. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Reformador. Ano
45, n.º 17, setembro de 1927. Editorial, p. 382.
_____._____. p. 382-383. 5. RIGONATTI, Eliseu. O evangelho dos humildes. 15.
ed. São Paulo: Pensamento, 2003. Cap. IX, item: O jejum, p.77. 6.
SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e ensinos de Jesus. 20. ed. Matão: O Clarim, 2000.
Item: Odres novos — vinho novo. Odres velhos — panos novos e vestidos velhos,
p. 238-239.

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  • 1. Não viva de Remendos Impositivo da Renovação -Livro III Ensinos e parábolas de Jesus Parte II
  • 2. “Ninguém deita remendo de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste, e faz -se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem -se os odres, e entorna -se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.”
  • 3. Essa mensagem evangélica reflete profundas advertências para todos que querem afastar-se dos comportamentos infelizes e pretendem operar no bem, seguindo os ensinamentos do Cristo. Neste sentido, o Evangelho, para ser integralmente entendido e vivenciado, requer rompimento com os antigos padrões comportamentais, assimilados ao longo das experiências reencarnatórias, aqui representados pelos símbolos “veste velha” e “odres velhos”, (pronuncia-se “ôdres”).
  • 4. Quem deseja implementar mudanças de comportamento, priorizando a própria melhoria espiritual, deve estar consciente que a transformação precisa ocorrer sob novas bases. É ilusão querer colocar remendo nas imperfeições, maquiando-as, ainda que existam predisposições favoráveis.
  • 5. A PARÁBOLA ORIENTAL da XÍCARA CHEIA. Conta-se que um discípulo foi visitar o seu mestre e lá se distendeu a revelar o quanto já sabia de tudo, exibindo seus altos conhecimentos na intenção de mostrar que já havia aprendido o bastante. Enquanto isso o sábio enchia a sua xícara sem parar, até que o estudante, incomodado, interrompeu o seu discurso, interrogando o motivo da estranha atitude, pois que o chá já se derramava abundantemente sobre a mesa.
  • 6. O mestre então lhe devolveu a sábia lição: – assim está a sua mente, filho, ela transborda conhecimentos e desse modo nada mais lhe será possível aprender. É preciso urgentemente esvaziá-la. Eis que, na atualidade, estamos como as xícaras cheias da parábola oriental, pois orgulhosamente exibimos nossos fantásticos conhecimentos como se tudo já soubéssemos, esquecidos da famosa recomendação de Sócrates ao nos alertar que o homem inteligente é aquele que sabe que nada sabe, e da sabedoria de Confúcio, quem nos afiançou que o ignorante é aquele que é incapaz de mudar de ideia. Por isso precisamos de que novos paradoxos nos esvaziem a mente, revelando os pontos fracos de nossa pretensa sabedoria.
  • 7.
  • 8. Há indivíduos que se aferram à rotina, aos preconceitos sociais, às conveniências mundanas, ou por comodismo ou por orgulho. Quais odres velhos que não suportam vinho novo, tais pessoas são inacessíveis às ideias novas. Com pessoas dessa categoria, o trabalhador de boa vontade do Evangelho e do Espiritismo nada tem a fazer.
  • 9. É deixá-la entregues aos cuidados do Pai Celestial, que por meio das reencarnações em ambientes diversos, lhes modificará a atitude mental, transformando-as em odres novos, aptos a receberem o generoso vinho novo das ideias novas e progressista.
  • 10. Providências parciais, ou remendos na própria personalidade, sempre resultam frustrações, desilusões, que acabarão por trair e fazer sofrer o indivíduo quando este se vê frente a frente com a própria realidade. Assim, é importante fazer análise mais apurada destas incisivas exortações de Jesus:
  • 11. “ninguém deita remendo de pano novo em vestido velho”. “Nem se deita vinho novo em odres velhos”. Esta recomendação não se aplica à simples costura de roupas ou à produção de vinhos, menos ainda aos processos de renovação espiritual.
  • 12. Um bom exemplo de transformação definitiva no bem, livre de autopiedade ou autocondescendência, encontra-se em (Marcos,10:42), que registra a seguinte cura de um cego: Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto ao caminho, mendigando. E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar e a dizer: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E muitos o repreendiam, para que se calasse;
  • 13. Mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus. E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.
  • 14. A citação demonstra, em linhas gerais, o seguinte: Bartimeu não se limitou apenas ao desejo da própria cura, mas fez alarde de forma enfática, no momento em que identificou aquele que o curaria. (“E, ouvindo que era Jesus de Nazaré”). Encontrando Jesus, ouviu o que Ele pregava e partiu para a ação: foi em busca da cura (“E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus”).
  • 15. Ao suplicar auxílio de forma insistente foi notado tanto pelos que se sentiram constrangidos com a mudança revelada pelo mendigo, daí repreendê-lo, quanto pelo próprio Cristo que, acalmando-o, fez o cego testemunhar a vontade de curar-se. Por este motivo pergunta ao mendigo: “Que queres que te faça?”
  • 16. O vinho foi amplamente trabalhado por Jesus em suas mensagens. Assim, importa considerar que o vinho novo indica fermentação recente da uva, devendo ser colocado em recipientes adequados porque, durante o processo, há produção e expansão de gases que multiplicam o volume do líquido fermentado.
  • 17. Tais vinhos, assim como as vestes velhas, indicam que a Humanidade se defronta com uma ciência materialista, uma filosofia obscura que discute os efeitos não as causas dos atos humanos, e, também, uma religião distanciada da vida, dogmática e inacessível.
  • 18. A produção de vinho, de forma correta, indica na mensagem um simbolismo que pode ser assim esclarecido: A maceração da uva é necessária para que surja o substrato ou essência do vinho. Da mesma forma, é preciso que o Espírito se entregue à “maceração” das provas existenciais através dos inevitáveis sacrifícios, afim de que surja a essência do homem de bem, liberto das imperfeições.
  • 19. É necessário que se dê o renascimento do Espírito pela modificação das ideias, e do corpo, sem o que não se verá o Reino de Deus. A esta operação Paulo chamou “a substituição do homem novo pelo despojamento do homem velho”; e acrescentou: “Os que são de Cristo se tornam novas criaturas.”
  • 20. Os ensinamentos espíritas além de oferecerem a chave para o entendimento da mensagem cristã, em sua pureza e sentido originais, esclarecem a criatura humana a respeito das consequências dos seus atos impensados e, também, como corrigi-los.
  • 21. Assim e só assim ele compreenderá que o benefício próprio está no alheio benefício; que a postergação dos direitos de outrem vale pela postergação dos seus direitos e que, se na luta pela vida corpórea e no ambiente psíquico, em suma, a reação é sempre igual à ação, o mesmo se dá para o ambiente espiritual, no plano universal.3
  • 22. A aceitação do Evangelho de Jesus sem dogmas, sem interpretação literal, representa o vinho novo, livre de impurezas, que é colocado em odres novos, não contaminados, é proposta do Espiritismo, na sua feição de Cristianismo redivivo.
  • 23. Essa mentalidade assim formada poderá, então e só então resistir aos embates e seduções do mundo e, onde quer que no mundo lhe seja dado irradiar influências estas serão benéficas por colimarem princípios e não pessoas, ideias e não interesses efêmeros, visando não já uma família restrita, uma classe, uma sociedade, um povo, mas a Humanidade no que esta tem de mais grandioso e se não afere não por um ciclo de gerações, mas de Eternidade.4 Fim...
  • 24. Renova-me, Senhor Jesus Já não quero ser igual Renova-me, Senhor Jesus Põe em mim Teu coração Porque tudo que há Tudo que há dentro de mim... Precisa ser mudado, Senhor Porque tudo que há Dentro do meu coração Precisa mais de Ti! Sustenta-me, Senhor Jesus Já não quero mais falir Sustenta-me, Senhor Jesus Já não quero ser igual!
  • 25. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 126. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 17, item 3, p. 307-309. 2. _____._____. Item 8, p.315. 3. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Reformador. Ano 45, n.º 17, setembro de 1927. Editorial, p. 382. _____._____. p. 382-383. 5. RIGONATTI, Eliseu. O evangelho dos humildes. 15. ed. São Paulo: Pensamento, 2003. Cap. IX, item: O jejum, p.77. 6. SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e ensinos de Jesus. 20. ed. Matão: O Clarim, 2000. Item: Odres novos — vinho novo. Odres velhos — panos novos e vestidos velhos, p. 238-239.

Notas do Editor

  1. Odres eram feitos geralmente de peles de cabras, e precisam estar novos pq o vinho produzia gases da fermentação, se colocassem num odre velho ele endurecia com o tempo e perdia a elasticidade. Sendo assim se rompia, pela falta de flexibilidade
  2. Portanto, quando a vida chega e balança você (algo que com certeza irá acontecer), seja o que for que esteja dentro de você irá sair. É fácil fingir até que você seja chacoalhado. Então temos de perguntar a nós mesmos… o que há dentro da minha xícara?
  3. Processo é um procedimento para dar origem a alguma coisa
  4. Falar do significado da capa
  5. O que dá cor a uva é a casca, por isso a maceração é necessaria