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orque não faço o
Bem que quero, mas
o Mal que não quero
esse faço! Paulo de Tarso –
Romanos 7.24-25
Origem do bem e do mal
1. Sendo Deus o princípio de todas as coisas e sendo todo
sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele
procede há de participar dos seus atributos, porquanto o
que é infinitamente sábio, justo e bom nada pode produzir
que seja ininteligente, mau e injusto. O mal que observamos
não pode ter nele a sua origem.
Capítulo III -Gênese
2. Se o mal estivesse nas atribuições de um
ser especial, quer se lhe chame Arimane, quer
Satanás, ou ele seria igual a Deus, e, por
conseguinte, tão poderoso quanto este, e de
toda a eternidade como Ele, ou lhe seria
inferior.
No primeiro caso, haveria duas potências
rivais, incessantemente em luta, procurando
cada uma desfazer o que fizesse a outra,
contrariando-se mutuamente, hipótese esta
inconciliável com a unidade de vistas que se
revela na estrutura do universo.
No segundo caso, sendo inferior a Deus, aquele ser lhe
estaria subordinado. Não podendo existir de toda a
eternidade como Deus, sem ser igual a este, teria tido um
começo.
Se fora criado, só o poderia ter sido por Deus, que, então,
houvera criado o Espírito do mal, o que implicaria negação
da bondade infinita.
(Veja-se: O céu e o inferno, cap. IX: Os demônios.)
3. Entretanto, o mal existe e tem uma causa.
Os males de toda espécie, físicos ou morais, que
afligem a humanidade, formam duas categorias que
importa distinguir: a dos males que o homem pode
evitar e a dos que lhe independem da vontade.
Entre os últimos, cumpre se incluam os flagelos
naturais.
[...]5. Tendo o homem que progredir, os males a que se acha
exposto são um estimulante para o exercício da sua inteligência,
de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-o a
procurar os meios de evitá-los. Se ele nada houvesse de temer,
nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; o
espírito se lhe entorpeceria na inatividade; nada inventaria,
nem descobriria.
A dor é o aguilhão que o impele para a frente, na senda do
progresso.
6. Porém, os males mais numerosos são os que o homem
cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do
seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus
excessos em tudo.
7. Entretanto, Deus, todo bondade, pôs o
remédio ao lado do mal, isto é, faz que do
próprio mal saia o bem.
Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna
intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida.
Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no
bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio.
Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque
reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o
constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do
mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições
materiais da sua existência.
8. Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio
é a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido
especial, também o mal não é atributo distinto; um é o
negativo do outro.
Onde não existe o bem, forçosamente existe o mal.
Não praticar o mal, já é um princípio do bem.
Deus somente quer o bem;
Só do homem procede o mal.
Se na Criação houvesse um ser preposto ao
mal, ninguém o poderia evitar; mas, tendo o
homem a causa do mal em
SI MESMO, tendo simultaneamente o
livre-arbítrio e por guia as Leis divinas,
evitá-lo-á sempre que o queira.
Tomemos para comparação um fato vulgar.
Sabe um proprietário que nos confins de suas terras há um
lugar perigoso, onde poderia perecer ou ferir-se quem por
lá se aventurasse.
Que faz, a fim de prevenir os acidentes? Manda colocar perto um
aviso, proibindo que prossigam os que por ali passem, devido ao
perigo.
Aí está a lei, que é sábia e previdente.
Se, apesar de tudo, um imprudente
desatende o aviso, vai além do ponto onde
este se encontra e sai-se mal, de quem se
pode ele queixar, senão de si próprio?
Assim sucede com todo o mal: evitá-lo-ia o homem se
cumprisse as Leis divinas.
Por exemplo: Deus pôs limite à satisfação das necessidades;
por meio da saciedade o homem é avisado desse limite; se o
ultrapassa, fá-lo voluntariamente.
As doenças, as enfermidades, a morte, que daí podem
resultar, provêm da sua imprevidência, não de Deus.
9. Decorrendo, o mal, das imperfeições do
homem e tendo sido este criado por Deus,
dir-se-á, Deus não deixa de ter criado, se não
o mal, pelo menos, a causa do mal; se
houvesse criado perfeito o homem, o mal não
existiria.
Se fora criado perfeito, o homem fatalmente penderia
para o bem.
Ora, em virtude do seu livre-arbítrio, ele não pende fatalmente
nem para o bem, nem para o mal. Quis Deus que ele ficasse
sujeito à lei do progresso e que o progresso resulte do seu
trabalho, a fim de que lhe pertença o fruto deste, da mesma
maneira que lhe cabe a
responsabilidade do mal que por sua vontade pratique.
A questão, pois, consiste em
saber-se qual é, no homem,
a origem da sua propensão
para o mal.
E nessa linha disse Paulo:
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que
habita em mim.
E o que Paulo nos quer dizer com essa frase?
O depoimento de Paulo confirma como é difícil lutar contra
o homem velho que trazemos em nós.
Paulo faz outras advertências nesse mesmo sentido:
Todas as coisas me são licitas, mas nem todas me
Convêm.
Todas as coisas me são licitas, mas nem todas Edificam.
E continua...
Examinai tudo, mas retendes o Bem!
Se não queremos ser mais quem somos e ainda
não somos quem gostaríamos de ser, quem
realmente somos nós?.
Tal questionamento nos conduz a enxergar de maneira
clara, a complexidade que envolve a natureza humana
instituída de dois elementos complementares, porém,
distintos um do outro: corpo e alma.
Enquanto o homem buscar consolações no mundo
exterior e não em Deus, viverá desnorteado e
entregue ao sabor do vento, cultivando a vaidade
e procurando a satisfação dos seus desejos,
mesmo os inconfessáveis.
Cedo ou tarde necessitará reparar justamente a falta do Dever
cumprido. Porque somos juiz e cobradores da nossa própria
consciência. Já sabemos muitas vezes por onde desviaríamos
trilhar.
Para mantermo-nos no caminho do bem, porque a luta que
travamos em nós contra esse homem, ainda arraigado aos
instintos e as más paixões são grandes.
Portanto, o Dever moral que devemos ter para com nossas
atitudes é que será nossa bússola a nos guiar.
E o que é o Dever moral?
Para mantermo-nos no caminho do bem, porque a luta que
travamos em nós contra esse homem, ainda arraigado aos
instintos e as más paixões são grandes.
Portanto, o Dever moral que devemos ter para com nossas
atitudes é que será nossa bússola a nos guiar.
E o que é o Dever moral?
O Dever.
O dever é a obrigação moral da criatura
para consigo mesma, primeiro, e, em
seguida, para com os outros. O dever é
a lei da vida. Com ele deparamos nas
mais ínfimas particularidades, como nos
atos mais elevados. Quero aqui falar
apenas do dever moral e não do dever
que as profissões impõem.
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-
se, por se achar em antagonismo com as atrações do
interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias
e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever
íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio.
O aguilhão da consciência, guardião da probidade
interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se
impotente diante dos sofismas da paixão.
Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem;
como determiná-lo, porém, com exatidão?
Onde começa ele? onde termina?
O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto
em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso
próximo; acaba no limite que não desejais ninguém
transponha com relação a vós.
Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes,
ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que
cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer.
Com relação ao bem, infinitamente vária nas suas expressões, não é
o mesmo o critério.
A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que
quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum,
não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.[...]
Mas como também nos adverte o apóstolo Paulo:
“[...]
Não vos cansemos de fazer o bem, porque a seu
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(Gálatas, 6:9).
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  • 1. orque não faço o Bem que quero, mas o Mal que não quero esse faço! Paulo de Tarso – Romanos 7.24-25
  • 2. Origem do bem e do mal 1. Sendo Deus o princípio de todas as coisas e sendo todo sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede há de participar dos seus atributos, porquanto o que é infinitamente sábio, justo e bom nada pode produzir que seja ininteligente, mau e injusto. O mal que observamos não pode ter nele a sua origem. Capítulo III -Gênese
  • 3. 2. Se o mal estivesse nas atribuições de um ser especial, quer se lhe chame Arimane, quer Satanás, ou ele seria igual a Deus, e, por conseguinte, tão poderoso quanto este, e de toda a eternidade como Ele, ou lhe seria inferior.
  • 4. No primeiro caso, haveria duas potências rivais, incessantemente em luta, procurando cada uma desfazer o que fizesse a outra, contrariando-se mutuamente, hipótese esta inconciliável com a unidade de vistas que se revela na estrutura do universo.
  • 5. No segundo caso, sendo inferior a Deus, aquele ser lhe estaria subordinado. Não podendo existir de toda a eternidade como Deus, sem ser igual a este, teria tido um começo. Se fora criado, só o poderia ter sido por Deus, que, então, houvera criado o Espírito do mal, o que implicaria negação da bondade infinita. (Veja-se: O céu e o inferno, cap. IX: Os demônios.)
  • 6. 3. Entretanto, o mal existe e tem uma causa. Os males de toda espécie, físicos ou morais, que afligem a humanidade, formam duas categorias que importa distinguir: a dos males que o homem pode evitar e a dos que lhe independem da vontade. Entre os últimos, cumpre se incluam os flagelos naturais.
  • 7. [...]5. Tendo o homem que progredir, os males a que se acha exposto são um estimulante para o exercício da sua inteligência, de todas as suas faculdades físicas e morais, incitando-o a procurar os meios de evitá-los. Se ele nada houvesse de temer, nenhuma necessidade o induziria a procurar o melhor; o espírito se lhe entorpeceria na inatividade; nada inventaria, nem descobriria. A dor é o aguilhão que o impele para a frente, na senda do progresso.
  • 8. 6. Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. 7. Entretanto, Deus, todo bondade, pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o bem.
  • 9. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais da sua existência.
  • 10. 8. Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido especial, também o mal não é atributo distinto; um é o negativo do outro. Onde não existe o bem, forçosamente existe o mal. Não praticar o mal, já é um princípio do bem. Deus somente quer o bem; Só do homem procede o mal.
  • 11. Se na Criação houvesse um ser preposto ao mal, ninguém o poderia evitar; mas, tendo o homem a causa do mal em SI MESMO, tendo simultaneamente o livre-arbítrio e por guia as Leis divinas, evitá-lo-á sempre que o queira.
  • 12. Tomemos para comparação um fato vulgar. Sabe um proprietário que nos confins de suas terras há um lugar perigoso, onde poderia perecer ou ferir-se quem por lá se aventurasse. Que faz, a fim de prevenir os acidentes? Manda colocar perto um aviso, proibindo que prossigam os que por ali passem, devido ao perigo. Aí está a lei, que é sábia e previdente.
  • 13. Se, apesar de tudo, um imprudente desatende o aviso, vai além do ponto onde este se encontra e sai-se mal, de quem se pode ele queixar, senão de si próprio?
  • 14. Assim sucede com todo o mal: evitá-lo-ia o homem se cumprisse as Leis divinas. Por exemplo: Deus pôs limite à satisfação das necessidades; por meio da saciedade o homem é avisado desse limite; se o ultrapassa, fá-lo voluntariamente. As doenças, as enfermidades, a morte, que daí podem resultar, provêm da sua imprevidência, não de Deus.
  • 15. 9. Decorrendo, o mal, das imperfeições do homem e tendo sido este criado por Deus, dir-se-á, Deus não deixa de ter criado, se não o mal, pelo menos, a causa do mal; se houvesse criado perfeito o homem, o mal não existiria.
  • 16. Se fora criado perfeito, o homem fatalmente penderia para o bem. Ora, em virtude do seu livre-arbítrio, ele não pende fatalmente nem para o bem, nem para o mal. Quis Deus que ele ficasse sujeito à lei do progresso e que o progresso resulte do seu trabalho, a fim de que lhe pertença o fruto deste, da mesma maneira que lhe cabe a responsabilidade do mal que por sua vontade pratique.
  • 17. A questão, pois, consiste em saber-se qual é, no homem, a origem da sua propensão para o mal.
  • 18. E nessa linha disse Paulo: Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. E o que Paulo nos quer dizer com essa frase? O depoimento de Paulo confirma como é difícil lutar contra o homem velho que trazemos em nós.
  • 19. Paulo faz outras advertências nesse mesmo sentido: Todas as coisas me são licitas, mas nem todas me Convêm. Todas as coisas me são licitas, mas nem todas Edificam. E continua... Examinai tudo, mas retendes o Bem!
  • 20. Se não queremos ser mais quem somos e ainda não somos quem gostaríamos de ser, quem realmente somos nós?. Tal questionamento nos conduz a enxergar de maneira clara, a complexidade que envolve a natureza humana instituída de dois elementos complementares, porém, distintos um do outro: corpo e alma.
  • 21. Enquanto o homem buscar consolações no mundo exterior e não em Deus, viverá desnorteado e entregue ao sabor do vento, cultivando a vaidade e procurando a satisfação dos seus desejos, mesmo os inconfessáveis. Cedo ou tarde necessitará reparar justamente a falta do Dever cumprido. Porque somos juiz e cobradores da nossa própria consciência. Já sabemos muitas vezes por onde desviaríamos trilhar.
  • 22. Para mantermo-nos no caminho do bem, porque a luta que travamos em nós contra esse homem, ainda arraigado aos instintos e as más paixões são grandes. Portanto, o Dever moral que devemos ter para com nossas atitudes é que será nossa bússola a nos guiar. E o que é o Dever moral?
  • 23. Para mantermo-nos no caminho do bem, porque a luta que travamos em nós contra esse homem, ainda arraigado aos instintos e as más paixões são grandes. Portanto, o Dever moral que devemos ter para com nossas atitudes é que será nossa bússola a nos guiar. E o que é o Dever moral?
  • 24. O Dever. O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.
  • 25. Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir- se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão.
  • 26. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.
  • 27. Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vária nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.[...]
  • 28. Mas como também nos adverte o apóstolo Paulo: “[...] Não vos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecidos” (Gálatas, 6:9). Fim...

Notas do Editor

  1. Arimane para os seguidores do zoroastrismo, é o nome do senhor das trevas; seus métodos são vis e enganadores, ele corrompe os homens com desejos que os desviam da vida correta. Deus não nos vê como seres inferiores a Ele, mas como seres ignorantes.
  2. Sempre por efeito do seu livre arbítrio: ou seja, ninguém muda ninguém, e ninguém evolui pelo outro Inconveniente do outro: Que outro ele se refere aqui? mal
  3. O que é um atributo? são as particularidades, qualidades e características que são próprias de alguém ou algo. Não fomos criados maus, a maldade é uma escolha, um caminho que escolhemos
  4. Preposta ao mal, ou seja alguém que representasse esse mal
  5. Aqui limite a satisfação das necessidades: a maioria das pessoas não agem de forma a usar uma droga, a se alimentar mal, ou usar substancias que o leve a adoecer com proposito de morrer, pode não ter intenção disso, mas pelo fato de saber que isso é algo nocivo a sua saúde e pode o levar a ter uma doença e por consequência disso a morte não o tira a responsabilidade do seu livre arbítrio, ou seja a má escolha e isso terá consequência e se a pessoa não consegue compreender isso precisará da dor para o fazer despertar da ilusão que ele criou pra si mesmo, o isentando da responsabilidade de seus atos.
  6. Então onde está a causa do mal em nós? Nas nossas imperfeições
  7. Fatalmente, ou seja que não se pode evitar
  8. Nota de Allan Kardec: O erro está em pretender-se que a alma haja saído perfeita das mãos do Criador, quando este, ao contrário, quis que a perfeição resulte da depuração gradual do Espírito e seja obra sua. Houve Deus por bem que a alma, dotada de livre-arbítrio, pudesse optar entre o bem e o mal e chegasse às suas finalidades últimas de forma militante e resistindo ao mal. Se houvera criado a alma tão perfeita quanto Ele e, ao sair-lhe ela das mãos, a houvesse associado à sua beatitude eterna, Deus tê-la-ia feito, não à sua imagem, mas semelhante a si próprio. (Bonnamy, A razão do espiritismo, cap. VI.
  9. Esse pecado a que Paulo se refere aqui podemos claramente interpretar como nossas inferioridades