2. 2
3.º CICLO PÁG. 56
DIGULGAÇÃO DE CLUBES PÁG. 49
BIBLIOTECA ESCOLAR PÁG. 3
EDITORIAL PÁG. 2
Editorial
Isabel Pereira
https://erte.dge.mec.pt/cic-clubes
PROJETO CLARA SOLIDÁRIA PÁG. 72
1.º CICLO EB JOÃO DE DEUS PÁG. 51
Agrupamento de Escolas
Clara de Resende
DeClara nº 52 Março 2022
2.º CICLO PÁG. 53
SERVIÇO PSICOLOGIA E ORIENTAÇÃO PÁG. 71
RECONSTRUIR O MUNDO PÁG. 77
ERASMUS+ PÁG. 48
PÁSCOA 2022 EMRC PÁG. 73
ODE À PAZ PÁG. 78
Chegou a Primavera! Mudou a hora e fica no ar
esperança da renovação, de que tudo mude para
melhor e Paz reine entre nós!
Os dias estão já mais longos, mas, mesmo assim, o
tempo escassa para tantas tarefas que ainda
temos pela frente.
Este mês destaca-se o Concurso Nacional de
Leitura, o Plano 21|23, o Programa Erasmus+ do
CFEPO, as sugestões de leitura, a Análise Histórica
e Global do conflito Ucrânia Rússia, feito pelo novo
elemento da equipa do Jornal, o João Henrique
Guimarães, do 10ºG, e todas as notícias e artigos
que foram enviadas e publicados! Reúnem um
pouco do nosso trabalho em março!
E quando achamos que não há muito mais a dizer
somos surpreendidos com o convite da DGE para
participarmos no “Encontro Nacional de Jovens
Jornalistas”, em Lisboa, no próximo mês de abril.
Porquê? Segundo a opinião de um elemento da
Direção Geral da Educação -DGE.- “…A Escola Clara
de Resende destacou-se com o projeto editorial
DeClara que tem vindo a desenvolver…”.
Parabéns a todos os colaboradores do Jornal!
Muito obrigada e até breve!
3. 3
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Concurso Nacional de Leitura
A Fase Municipal do Concurso Nacional de Leitura 2021-2022 da responsabilidade
das Bibliotecas Municipais do Porto, decorreu no dia 3 março 2022. De manhã, estiveram
presentes a realizar a prova escrita (online) , na Biblioteca da Escola, os alunos:
- 2.º ciclo: Maria Francisca Crespo de Magalhães, 6.º B e Pedro Barbosa, 5.ºD
- 3.º ciclo: Marta Leonor Costa e Silva, 9.ºF; Madalena Ferreira, 8.ºC
- Ensino Secundário: Francisco Manta Rodrigues, 12.ºC e Ana Marques Pinto, 10.ºC
Os alunos apurados na fase interna do concurso, que decorreu dia 3 de fevereiro, leram
as obras de leitura obrigatória selecionadas para a Fase Municipal Porto, da autoria do premiado
escritor radicado na cidade do Porto desde 1990, Richard Zimler, a saber:
2.º Ciclo do Ensino Básico:
- O cão que comia a chuva. Porto: Porto Editora, 2016.
3.º Ciclo do Ensino Básico:
- Ilha Teresa. Alfragide: D. Quixote, 2011.
Ensino Secundário:
- Os anagramas de Varsóvia. Alfragide: Oceanos, 2009
Fase Municipal
4. 4
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Concurso Nacional de Leitura
Alguns momentos antes e durante a prova…
Parabéns a todos os concorrentes pela participação, postura e desempenho!
5. 5
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Concurso Nacional de Leitura
A aluna Maria Francisca Crespo de Magalhães, 6.º B, foi uma das finalistas apurada
para a Prova oral, que decorreu de tarde, na Biblioteca da Escola (online), entre as 14h e as 17h,
e foi uma das vencedoras Fase Municipal - categoria 2ºciclo.
Fez uma excelente prova, de acordo com os elementos do júri (Dra. Catarina Araújo,
Vereadora do Pelouro da Educação, o escritor Richard Zimler e Inês Vila, Chefe da Divisão
Municipal das Bibliotecas).
PARABÉNS!
https://bmp.cm-porto.pt/CNL2022vencedores
1. Todos os alunos receberão um Certificado e um Prémio de Participação.
2. A cerimónia de entrega de Certificados e Prémios de Participação decorrerá no dia 23 de abril (sábado)
de 2022, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor.
6. 6
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Concurso Nacional de Leitura
A organização da Fase intermunicipal esteve a cargo da Biblioteca Municipal de
Santa Maria da Feira.
A aluna Maria Francisca Crespo de Magalhães, 6.º B, leu a obra de leitura
obrigatória para o 2.º ciclo “ Por sorte o leite” de Neil Gaiman e representou a Escola Clara de
Resende e o concelho do Porto na Fase intermunicipal, realizando a prova escrita, que
decorreu online na manhã do dia 23 de março 2022.
Parabéns Francisca!
As obras para leitura obrigatória, durante as diferentes fases do concurso, foram gentilmente
emprestadas pelas Bibliotecas da Câmara Municipal do Porto, às quais agradecemos a
simpatia e o excelente serviço prestado.
Muito obrigada!
7. 7
Biblioteca Escolar: Plano 21|23 Escola+ Escola a Ler
A ação «Escola a ler», da responsabilidade da Rede de Bibliotecas Escolares, do Plano Nacional de
Leitura 2027 e da Direção-Geral de Educação, resulta da agregação de todas as propostas
respeitantes à ação Escola a ler, integrada no Plano Escola + 21|23.
Visa trabalhar a leitura de forma sistemática, estruturada e diversificada e constituir uma rede
colaborativa de trabalho e partilha, no âmbito desta medida.
Público-alvo
Todos os Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas (doravante escolas) do subsistema
público, são convidados a inscrever-se nesta ação, selecionando as atividades que pretendem
implementar.
Atividades
1. As atividades a implementar são as que constam do Plano Escola+ 21|23, a saber:
a) Leitura orientada
Realização de atividades que proporcionem o contacto dos alunos com livros que os motivem e
estimulem a prática regular e continuada da leitura e da escrita: uma hora por dia no primeiro
ciclo do ensino básico e uma hora por semana no segundo ciclo do ensino básico.
b) Projeto Pessoal de Leitura
Desenvolvimento de projetos individuais de leitura que explicitem objetivos de leitura e
impliquem o contacto com temas comuns em obras, em géneros e em manifestações artísticas
diferentes (obras escolhidas em contrato de leitura com o(a) professor(a). Continua…
DeClara nº 52 Março 2022
8. 8
c) Tempo para ler e pensar!
Leitura e exploração de livros, jornais, revistas e/ ou outros materiais de leitura na biblioteca
escolar em articulação com docentes de diferentes áreas curriculares, com periodicidade e
tempo estipulados (desejavelmente mensal, em cada turma).
d) Vou levar-te comigo!
Dinamização periódica de sessões de requisição domiciliária na biblioteca escolar, em articulação
com os docentes da turma e com recurso a estratégias motivadoras.
e) Livr’ à mão
Leitura silenciosa de um livro que o aluno traz sempre consigo.
A atividade e respetiva seleção de livros é organizada pela biblioteca e desenvolve-se de forma
articulada com o professor titular de turma/ professor de português/ diretor de turma, podendo
aderir qualquer docente do conselho de turma.
f) Equipas de leitura
Seleção de alunos com bom desempenho leitor, disponíveis para prestarem apoio aos alunos/
colegas na dinamização de sessões regulares de leitura.
Orientação das sessões e preparação das atividades de leitura pelo professor bibliotecário e/ou
outros docentes.
2. De entre as seis atividades propostas, o nosso Agrupamento selecionou quatro, que
considerou adequarem-se ao seu contexto, a saber:
a) Leitura orientada
b) Projeto Pessoal de Leitura
c) Tempo para ler e pensar!
d) Vou levar-te comigo!
A trabalhar até 31 de julho de 2023.
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Plano 21|23 Escola+ Escola a Ler
9. 9
A BE apoia a Leitura Orientada em Sala de Aula
Plano 21|23 Escola+
https://pnl2027.gov.pt/np4/file/3074/LeituraOrientadaemSaladeAula.pdf
A leitura é fundamental para o sucesso dos alunos pela sua transversalidade e pela
forma como influencia as aprendizagens em todas as áreas curriculares. O sucesso neste
domínio está diretamente relacionado com a frequência de contactos com livros e com práticas
de leitura, pelo que o tempo dedicado à leitura condiciona de forma decisiva os progressos na
compreensão, cabendo à escola um papel relevante no ensino da leitura e na promoção do
gosto de ler.
No âmbito do Plano 21|23 Escola+, que visa a recuperação das aprendizagens,
procurando garantir que ninguém fica para trás, o PNL2027 disponibiliza propostas de trabalho
integradas na ação Escola a Ler: para os 1.º e 2.º ciclos, Leitura Orientada na Sala de Aula e,
para o 3.º ciclo, Contratos de Leitura.
O PNL2027 propõe que os docentes do ensino básico reforcem as atividades em
torno do livro e, nesse sentido, apresenta um conjunto de orientações organizadas em oito
áreas:
https://www.leituraorientada.pnl2027.gov.pt/orienta%C3%A7%C3%B5es
Isabel Pereira
Biblioteca Escolar: Plano 21|23 Escola+
DeClara nº 52 Março 2022
10. 10
O Jornal da Agrupamento de Escolas Clara de Resende, o DeClara, é um projeto de
promoção da leitura, de caráter mensal e pretende colocar toda a comunidade escolar a ler e
escrever, de modo formativo, informativo e recreativo. Dar a conhecer tudo o que se faz na
escola, presencial ou digitalmente, e dar voz a todos aqueles que querem partilhar algo com a
comunidade educativa… Pretende constituir-se como um instrumento de educação para a
cidadania, de promoção do espírito crítico e de integração dos diferentes saberes, com recurso
às diferentes tecnologias da informação e comunicação, a um nível transversal.
Este projeto dirige-se e envolve alunos do 1.º ao 12.º ano, professores, funcionários,
pais/encarregados de educação e Comunidade educativa em geral. É gratuito, enviado
digitalmente por email para toda a comunidade escolar e fica disponível no blogue das
Bibliotecas do Agrupamento Clara de Resende.
http://bibliotecaescolarclararesende.blogspot.pt/
As notícias para publicação podem ser enviadas para o email:
isabelpereira@clararesende.pt
Com a vossa colaboração e participação, o Jornal será "mais nosso" e sairá muito mais
enriquecido!
https://erte.dge.mec.pt/cic-clubes
Isabel Pereira
Biblioteca Escolar: Plano 21|23 Escola+
DeClara – A Escrever, a Ler e a Recuperar Aprendizagens
DeClara nº 52 Março 2022
11. 11
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Análise Histórica e Global
Guerra russo-ucraniana e situação atual
Atualmente, a notícia que corre o mundo assenta na invasão russa da Ucrânia. É difícil
ficar indiferente a esta situação, a esta “loucura”, segundo o papa Francisco; que afeta todos os
ucranianos, europeus e demais pessoas ao redor do mundo. Os preços de diversos produtos
aumentam, nomeadamente, da energia, alimentos e materiais de construção, setores fulcrais da
economia russa, tendo como o seu principal pilar uma política económica de exportações
controlada pelo Estado- ou seja, um conjunto de oligarcas- e pouco livre, assente,
essencialmente, na planificação económica e nos planos quinquenais, instituídos por Joseph
Stalin no início da década de 30 do séc. XX.
Mesmo que Ocidente sofra as consequências desta posição agressiva no teatro
geopolítico por parte da Federação Russa, julgo que deve ser tomada uma posição forte de apoio
à comunidade e Estado ucraniano, tentando, sempre, evitar um conflito à escala global; algo
desafiante nesta altura.
Neste campo, pode ser colocada a seguinte questão: como pode um país, no séc. XXI,
declarar guerra a outra nação soberana sem uma justificação de guerra plausível? Recordo que
desde o início do séc. XVI, com a extinção de exércitos mercenários e auxiliares na Península
Itálica- em teoria- uma justificação de guerra passou a ser um requisito para atacar um país
terceiro, todavia tal facto foi reforçado após as guerras franco-prussianas e a sua consequência
evidente, facilmente subentendida. Lembro, também, que a justificação da 1ªGuerra Mundial é
tida como aceitável pela grande maioria de historiadores e investigadores modernos, tese que
sigo. Contrariamente, a justificação da 2ªGuerra Mundial, “Danzig ou Guerra” é, honestamente,
muito semelhante à atual, juntamente com a anexação do País dos Sudetas, representada,
atualmente, pelas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. Aqui, friso apenas uma das mais
relevantes frases que revelam a importância da História e a relevância de ser recordada:
por João Henrique Guimarães/nº20/10ºG
12. 12
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Análise Histórica e Global
João Henrique Guimarães/nº20/10ºG;
A 2ª Guerra Mundial iniciou-se alguns meses depois, conflito que mataria mais de 80 milhões de
pessoas e alteraria o mundo de modo irreversível.
Vista sobre a Ucrânia
A Ucrânia localiza-se na região este do continente europeu e a sua capital é Kiev,
desde a sua independência da União Soviética em 1991.
13. 13
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Análise Histórica e Global
História da Ucrânia
Como referi anteriormente, qual a base da declaração de guerra à Ucrânia? Como em
todas as guerras, existem justificações aparentes e oficiais e as mais simples e reais, camufladas à
vista de todos. Neste caso, as oficiais- mesmo que muito pouco justificativas- alicerçam-se em
quatro fatores, sendo eles a “desnazificação” da Ucrânia; o “genocídio” da população russófila na
província do Donbass; o papel da Ucrânia como “palco para a invasão da Nato” e o facto de a
Ucrânia ser um dos berços da nação russa, ponto em que me vou debruçar.
Esta teoria é defendida por Vladimir Medinsky, anterior ministro da cultura, e um dos
principais conselheiros de Vladimir Putin, responsável pela teoria da visão da Ucrânia como um
núcleo criador da Rússia. Para verificar a sua veracidade, vou analisar a História da Ucrânia até
aos dias de hoje.
Pré-História
Os primeiros seres humanos modernos, ou seja, Homo sapiens, estabeleceram-se na
Ucrânia a cerca de 44 000 a.C.
Posteriormente, no período neolítico, foi criada na região a cultura de Cucuteni, que se
estendia desde o sul da Roménia até à Ucrânia, durante 5500 a.C. e 2750 a.C.
As maiores cidades ucranianas são Kiev, Kharkiv, Odessa, Dnipro, Lviv e Donetsk, cidade
independente de facto faz já vários anos
Na Ucrânia, a moeda utilizada é o grívnia, desde 1996; tem um índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,779, um valor em permanente subida; um PIB de cerca de
181 mil milhões de dólares; e possui uma população de cerca de 43 milhões de pessoas. No
entanto, devido aos efeitos da guerra, é agora próxima de 38 milhões, e continuará a sofrer
grandes reduções ao longo dos próximos meses com a crise migratória em curso.
14. 14
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Análise Histórica e Global
Antiguidade Clássica.
A primeira civilização a dominar a região foi a Confederação da Cítia, um poderoso
conjunto de Estados detentores de algumas das melhores unidades de cavalaria da História. Dos
seus Estados constituintes o mais relevante era a Realeza Cítia.
Desde o séc.VI a.C. estabeleceram-se na região várias colónias, primeiramente, gregas
e, depois, romanas e bizantinas. São exemplos de colónias Tyras, Olbia e Quersoneso.
Durante os séc. V e VI, estabeleceram-se na região os povos Antas, ancestrais dos
atuais ucranianos.
Era Medieval
É na Era Medieval que a justificação de Putin se alicerça e detém, sem dúvida, uma
certa razão nos seus raciocínios apresentados, contudo, tal facto não justifica invadir um país
que tem uma origem comum após mais de 1000 anos.
Em primeiro lugar, durante a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média Plena, existia um
Estado muito extenso entre a região de Novgorod e Odessa, chamado Роусь, em eslávico
oriental antigo, Rússia de Kiev, em português. Esta confederação é um assunto muito
controverso, visto que há poucas informações sobre este Estado isolado e misterioso, sem
qualquer conexão com os restantes territórios europeus, ou mesmo asiáticos. Todavia,
contrariamente à desconhecida capital Kiev, a dinastia de Novgorod, a norte, era um ponto
comercial fulcral nas rotas da Liga Hanseática e comércio com a Polónia; esta era, efetivamente,
a capital económica da Rússia de Kiev.
A extensa Rússia de Kiev teve um fim abrupto, com a invasão mongol no início do séc.
XIII, culminando no cerco e, consequente, saque de Kiev.
15. 15
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Análise Histórica e Global
Era Moderna e Contemporânea
Em 1648, durante a Era Moderna, Bohadan Khmelnytsky liderou as grandes revoltas
cossacas na Ucrânia e fundou o Hetmanato Cossaco, que terminaria em 1764, um protetorado e,
depois, província russa.
A Ucrânia permaneceria uma província russa até à queda do Império Russo em 1917,
devido à revolução bolchevique. Durante este período, muitas unidades militares cossacas
ucranianas foram criadas, uma vez que as tradições militares e equinas ucranianas eram das mais
desenvolvidas e prestigiadas da Europa.
A guerra de independência ucraniana foi um conflito muito complexo, associado a uma
grande instabilidade na região, provocada pelas pretensões soviéticas em relação ao território
ucraniano, destabilizado com o fim da 1ªGuerra Mundial.
Neste contexto, muitas facões participaram no conflito, nomeadamente, a República
Nacional da Ucrânia, a República Nacional da Ucrânia Ocidental, o Império Alemão e a Segunda
República Polaca. Ainda assim, até o exército ucraniano estava dividido, composto por batalhões
de cossacos-livres, unidades tradicionais ucranianas, essencialmente, montadas a cavalo; pelo
exército regular, o principal interveniente no conflito; por estudantes do colégio militar nacional
ucraniano; e pelo batalhão galaico-bucoviniano, composto por antigos prisioneiros de guerra
austro-húngaros. A partir de 1919, com a saída do exército alemão que controlava de facto o país,
a Ucrânia mergulhou num estado de total anarquia, ocorrendo a união da República Nacional da
Ucrânia com a República Nacional da Ucrânia Ocidental e, portanto, o conflito incluía, na altura, a
República Nacional Unida da Ucrânia, o exército gálata ucraniano e os russos brancos, aliados
durante alguns períodos; o exército vermelho da Rússia Soviética; tropas polacas, que combatiam
todos; e muitos exércitos de tropas anárquicas, destacando-se “O Território Livre”, aliado do
exército vermelho. Por fim, havia, também, a Entente, ou seja, a França, Reino Unido e Estados
Unidos; que apoiava o exército ucraniano.
16. 16
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Análise Histórica e Global
Após 1917, deu-se um período de grande devastação e sofrimento para o povo
ucraniano, eternamente martirizado pela guerra de independência ucraniana, na verdade, uma
guerra-civil; e pelo domínio soviético, principalmente, durante o domínio de Joseph Stalin e
durante a 2ªGuerrra Mundial.
Holodomor e 2ªGuerra Mundial
No período entre guerras, a população ucraniana sofreu muito com a Holodomor, ou
seja, “Grande Fome”, ocorrida devido à política de coletivização da agricultura soviética, incluída
no primeiro plano quinquenal, onde a agricultura sofreu um terrível declínio, juntamente com
uma perseguição em massa de agricultores que fizessem contrabando e críticos do partido
comunista.
Em adição, durante a 2ªGuerra Mundial, a Ucrânia foi palco de alguns dos mais
violentos combates, como por exemplo, a batalha de Kiev, a primeira batalha de Kharkov, a
batalha do Dniepre e a batalha de Korsun-Cherkassy; provocando uma enorme destruição da
região e abalando a Ucrânia até os dias de hoje.
Guerra Fria e Atualidade
Com o fim da 2ªGuerra Mundial e início da Guerra Fria, a Ucrânia permaneceu no Bloco
de Leste e viu um reduzido desenvolvimento da região, pelo menos, até à morte de Joseph Stalin
e ascensão de Nikita Khrushchev como secretário-geral do partido, algo que levou a um maior
desenvolvimento das restante repúblicas constituintes da União Soviética, para além da Rússia.
Este empenho no desenvolvimento da Ucrânia foi continuado por Leonid Brejnev, nascido na
Ucrânia. Em 1986 ocorreu o desastre de Chernobyl, um dos maiores acidentes nucleares da
História da Humanidade, que levou à propagação de uma intensa radiação por toda a região
norte da Ucrânia e Bielorrússia.
17. 17
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Análise Histórica e Global
A guerra terminou em 1921, com os sobreviventes ucranianos na Polónia a escaparem
de campos de prisioneiros de guerra e a regressarem à Ucrânia, onde combateram durante
algum tempo, com base num exército irregular e desenvolvendo táticas de guerrilha; até serem
aniquilados após a batalha de Malimanca.
Por fim, a Ucrânia tornou-se independente em 1991 com a queda da União Soviética.
Atualmente, a Ucrânia é um dos maiores produtores de cereais e energia nuclear do
mundo. É, também, um país com o setor turístico bastante desenvolvido, com importantes
músicos, por exemplo, Jamala, que venceu o festival da Eurovisão em 2016, e é um país com uma
grande tradição desportiva, principalmente, no futebol e boxe.
Veredicto Final sobre a questão:
“A justificação de guerra por parte da Rússia é válida?”
Eis uma resposta que tem apenas uma base, que é a seguinte: Se uma união histórica
com mais de 1000 anos for mais relevante que centenas de anos de conflitos prol
independência, sim, é válida; caso não o seja, não vejo qualquer razão em tal justificação, se bem
que cada um deva refletir e ponderar sobre o assunto. Quanto aos restantes motivos
apresentados por Vladimir Putin, penso que não merecem muita atenção, dada à sua evidente
fraqueza e certa irrelevância.
Para concluir, julgo que quem estiver interessado na matéria pode assistir a vários
comentadores televisivos que analisam diariamente a situação na Ucrânia, por exemplo, Paulo
Portas na TVI e Armando Guedes, José Milhazes e Miguel Monjardino na SIC.
18. 18
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Análise Histórica e Global
Trabalho Realizado por:
João Henrique Guimarães/nº20/10ºG
19. 19
DeClara nº 52 Março 2022
Como lembram os professores..
O lado bom da Escola: Mestres da minha vida
A bem da verdade poderei testemunhar, todos os meus professores me marcaram,
fizeram de mim uma Pessoa Melhor, afinal eu admirava-os, absorvia a doação do que, com
toda a certeza, melhor sabiam e podiam fazer. Havia verdade, bem querer, a fluir naturalmente,
pelo menos era assim que o intuía.
Na primária, a minha querida professora Judite, já no final da carreira, cujo afeto, carinho, pelas
crianças extravasava, ao ponto de acolher a ninhada de gatinhos, debaixo da sua secretária,
descobri que nunca estamos sós. O proteger, cuidar do outro, estimula o cuidar de nós e do
coletivo, desinteressadamente, FANTÁSTICO, só os queremos preparar para o trajeto maior que
os espera. Ali senti-me pertença do mundo, de algo maior.
O professor Castro, 3ª e 4ª classe, um senhor alinhado no seu fato completo, de bata
branca aberta, deu-me um dia, duas valentes reguadas por não saber ler o texto, este foi o meu
"calcanhar de Aquiles" durante algum tempo, mas não foi isso que me marcou... Marcou-me
sim, o muito que nos ensinou nas diferentes áreas da vida quotidiana, já sabia ler, fazer contas
dificílimas de dividir, saber as horas, contar o dinheiro, ter a destreza de fazer o troco nas
compras com a mãe. Como era útil, já estava crescida, mas, o que me ficou mais na saudosa
lembrança, foi a visita de estudo ao Jardim Botânico, ali pertinho da Escola do Bom Sucesso, e
quando no regresso fomos beber a água cristalina da nascente das suas mãos enormes, limpas
e, certamente, macias, em forma de concha, tão diferentes das gretadas e ásperas do meu pai.
No segundo ciclo, na Escola Gomes Teixeira, dei um salto gigante. Toda a diversidade
de disciplinas, professores no feminino e no masculino dedicados, envolvidos, a proporcionar-
nos o melhor das suas experiências pedagógicas profissionais, também era assim que o intuía
porque é assim que os recordo... A minha segunda casa, como era feliz.
O lado bom da Escola
Por Mª do Céu B. Alves
Professora de FQ)
20. 20
DeClara nº 52 Março 2022
O meu querido professor de Matemática, ao qual seguiu-se a Sra. Professora, ambos
nunca entorpecem a minha natural predisposição por estas áreas da ciência, bem pelo
contrário, era duma agilidade mental que até dói e a partilha do meu saber adquirido com os
coleguinhas de turma, que delicia. Não esqueço aos sábados na Biblioteca, o professor
Eugénio, penso ser assim o seu nome, através de jogos, nos estimular o gosto pela matemática.
A professora de Francês que não se livrava dos beijinhos, a professora de Ciências que realizava
trabalho de campo, os de Educação Física, que nos ensinaram todas as modalidades
desportivas em jogos de grupo e individual, e organizavam as atuações artísticas a apresentar
no espetáculo de final de ano. A professora de História, pequenina e gordinha, a falar,
entusiasticamente, dos painéis de S. Vicente. Tal qual, a professora de Português do 10º ano a
ensinar apaixonadamente "Os Lusíadas". Sempre houve alma, respeito, bem querer... querer
fazer melhor. Como vos recordo com carinho.
A estes e todos os que passaram na minha vida e contribuíram para a minha
formação só me resta AGRADECER. Com vocês aprendi, e diariamente, ponho em prática, a
exigência, o exemplo, a verdade, o respeito, que de vocês recebi e fiz crescer, CRESCER, um
pouquinho mais para lá da, pouco conhecida e reconhecida, Alegria de Ensinar. É assim que
concretizo a docência na Escola Pública que me fez gente de valor, é no mínimo para retribuir o
tanto que conquistei.
Adoro-vos Professores, em uníssono com a singeleza dos meus Pais, fizeram de mim
uma pessoa ÍNTEGRA, Trabalhadora; HUMANA que ama mais, pra lá da conta.
Mª do Céu B. Alves
(Prof FQ)
Como lembram os professores…
O lado bom da Escola: Mestres da minha vida
21. 21
DeClara nº 52 Março 2022
Quando entrei para o 7ºano de escolaridade em 1982, com 12 anos, fiz a minha
matrícula e deliberadamente escolhi a disciplina de EMRC (não foi por me ter enganado a
escolher a cruz do prescinde ou não prescinde, sabia bem a diferença). Os meus pais apesar de
católicos, na altura não eram grandes praticantes, a não ser em momentos de crise…
Conheci o professor António Rocha, Padre Jesuíta, que lecionava a disciplina de Moral
na Escola Filipa de Vilhena, no Porto, dava missa na Igreja de Cedofeita, trabalhava também na
livraria Paulinas, dinamizava grupos de jovens, grupos de casais e falava-nos de projeto de vida,
cidadania, valores, entre muitos outros temas. Falávamos de tantos assuntos nas aulas, que
muitas vezes me esquecia que estava em EMRC. Usava, já na altura, vários recursos para lecionar
as suas aulas e nos despertar para a importância do nós e do outro. Ouvia-nos com atenção,
respeitava as nossas opiniões e refletia no conselho ou resposta a dar. Dinamizava muitas
atividades. Até ao sábado à tarde (de manhã, naquela época, havia aulas aos sábados de manhã)
para fazermos concursos de cultura geral, cantar, conviver, partilhar o lanche (o que não era
possível durante a semana). Sabia, de forma única, fazer-se respeitar, sem gritar, castigar,
praguejar…tinha paciência e sempre muitas histórias para contar: Era Açoriano, não me lembro
de que ilha. Tendo desde pequeno o desejo de ser padre e sendo oriundo de uma família
humilde e numerosa, os seus pais tiveram de vender uma ovelha para possibilitar a sua vinda
para estudar no Continente. Isto comoveu-me bastante. Sempre gostei muito de histórias de
vida.
Como lembram os professores…
O lado bom da Escola: Mestres da minha vida
O lado bom da Escola…
Por Isabel Pereira
(professora Geografia
e professora Bibliotecária)
22. 22
DeClara nº 52 Março 2022
Eu achava que o professor era uma biblioteca humana, com tanta sapiência! Estava
constantemente a fazer cursos e formações, normalmente nos Jesuítas, em Espanha.
Posteriormente partilhava connosco muitas das aprendizagens feitas. Eu gostava de ouvir e
aprender.
Lembro-me quando nos contou que o ordenado que recebia ia diretamente para a
instituição de que fazia parte. Se precisasse comprar alguma coisa, um par de sapatos, por
exemplo, tinha de pedir ao tesoureiro. Claro que ficava com algum dinheiro de bolso (muito
pouco, para o mínimo imprescindível).
Um dia perguntei-lhe a idade. Apesar de apresentar um aspeto e um discurso jovial,
já devia ter alguma idade, com tanto conhecimento, pensava eu. Quando me disse que tinha
38 anos, respondi: só? Que deselegância da minha parte! Claro que percebeu e não valorizou.
No Natal, Carnaval, Páscoa, final do ano letivo, ou quando entendia, oferecia-nos um
marcador personalizado, com uma bela imagem, uma reflexão e a sua dedicatória. Nunca se
esquecia de nós!
Ousava muitas vezes na escola, de forma ponderada e equilibrada, desafiar o
sistema, o que lhe trazia por vezes algumas agruras. No ano letivo de 1985-86 levou os seus
alunos a Vigo (numa altura em que na escola se faziam poucas atividades). Tivemos de ir ao
notário para reconhecer autorização de saída do país dada pelo nosso Encarregado de
Educação. Que aventura! Havia muitos alunos que nunca tinham ido a Espanha e as fronteiras
eram ainda controladas.
Como lembram os professores…
O lado bom da Escola: Mestres da minha vida
23. 23
DeClara nº 52 Março 2022
Estive inscrita na disciplina do 7.º até ao 11.º ano e assim fui crescendo. No fim do
11ºano, com grande pena minha, tive de mudar de escola. Eu era da área Científico Natural e a
Escola Filipa de Vilhena, nessa altura, não tinha essa oferta, dedicava-se mais à área de
Economia. Fui para a Escola António Nobre fazer o 12.º ano e como tudo mudou na minha vida…
No ano seguinte, já em 1987, quando fui à escola (agora antiga) e claro que perguntei
pelo professor. Soube, por uma colega da secretaria, que trocava correspondência com ele, que
estava na Amazónia, a trabalhar com uma comunidade de índios. Grande desafio, pensei!
Nasceu em mim a vontade de fazer voluntariado e de me ligar a algumas instituições e
causas que podem fazer a diferença na vida do ser humano. Também eu poderia ousar…
Lembrar-me do professor desperta uma sensação agradável, de calma, respeito,
alegria, animação, esperança, dedicação, trabalho, exemplo, altruísmo e empatia.
Nunca mais vi o professor António Rocha, nem soube nada dele. Ainda fui
perguntando e pesquisando (com a ajuda da internet), mas… em vão.
Como lembram os professores…
O lado bom da Escola: Mestres da minha vida
Por Isabel Pereira
(professora Geografia
e Professora Bibliotecária)
24. 24
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Sugestão de Leitura
Francisco Manta Rodrigues, 12.º C
“Os Anagramas de Varsóvia”, de Richard Zimler
Erik Cohen, um velho psiquiatra judeu, conta a história de como é forçado a ir viver
com a sobrinha, Stefa, e com o sobrinho-neto de nove anos, Adam, para um apartamento
minúsculo no gueto de Varsóvia, à data do encerramento dos judeus no gueto, no outono de
1940. Entre a fome, o frio extremo, doenças e outras dificuldades geradas pelas condições
miseráveis do gueto, Adam desaparece e, na manhã seguinte, o seu corpo é descoberto, sem
uma perna, que fora cortada. Desesperado e com a ânsia de fazer justiça pelo sobrinho-neto,
Erik parte numa aventura sinistra e perigosa para descobrir quem está por detrás deste crime
hediondo, junto com Izzy, amigo de infância, que o impede de perder a esperança, e, quando o
corpo de outra criança aparece, igualmente mutilado, aumenta a possibilidade da existência de
um judeu traidor dentro do gueto. Contudo, para além deste mistério, existe ainda outro que
prevalece ao longo de toda a obra: Erik, supostamente, está morto e pode estar a mentir sobre
a sua identidade.
Este thriller histórico leva-nos até aos lugares mais sombrios e arrepiantes de Varsóvia,
dentro e fora do gueto, conta-nos uma história comovente de luta pela sobrevivência e dá-nos
uma visão acerca da vida quotidiana dos judeus no gueto e do seu sofrimento e das atrocidades
contra eles cometidas.
25. 25
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Sugestões de Leitura
26. 26
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Ideias de Leitura PNL
27. 27
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Ideias de Escrita PNL
28. 28
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Poemas escolhidos…
Natureza morta com maçãs e laranjas (Paul Cézanne) – 1895
Oh as casas as casas as casas
Ruy Belo, O país possível, Assírio & Alvim
Oh os dias os dias os dias
fastidiosos e impacientes
cheios de planos. Ideias:
Escrevo junto a esta janela
que recebe o azul molhado
e a aragem fria lá de fora.
Esta metade de laranja
doce, sumarenta e fecunda,
ontem furtada do braço
vergado da árvore-mãe.
Fruto ofertado, não a maçã
do pecado ou da discórdia
nem
o bago cálido da romã.
Oh os frutos as cores as ideias
imersos no rubor cósmico em
que ardem as palavras.
João Santos
13/03/2022
Professor Grupo 300 AECR
29. 29
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Poemas escolhidos…
O inverno já está a passar e,
este ano, não quis chorar muito.
Maroto! Mas a culpa não é dele, é do bicho
humano que não deixa
que ele chore,
que nos molhe com chuva ou neve.
Geada, houve alguma.
Tudo para desespero daqueles que a terra
trabalham,
daqueles que nos dão o pão.
O Carnaval chegou e, com ele, vem a folia.
Na minha Terra,
os Caretos, tradição Celta, já chocalham as
moças solteiras
e o butelo com cascas não falta na mesa.
Noutras Terras um Carnaval mais brasileiro,
tirando as matrafonas de Torres Vedras.
Carnaval recorda o "Valor da Carne" ou o
inferno da escravatura.
Baianas, escravas negras das casas grandes,
sempre vestidas de algodão branco
e as plumas de pássaros exóticos
exibem-se nos corpos dançantes dos
cortejos exuberantes.
Portugal, país pequeno e esclavagista,
também foi o primeiro a acabar com o
flagelo da escravatura.
Agora, num grito do "Ipiranga",
resta dançar, mesmo de tanga,
libertando as amarras da atual guerra e da
pandemia
nos três dias em que o Diabo, a Morte e a
Censura andam à solta
para arrastar a história por entre as
gerações vindouras.
Os pequenitos, esses querem viver a sua
libertação em fatos de fantasia;
adormecem na alegria de verem um sonho
futuro concretizado.
Amanhã vão ser eles a rezar a nossa
história,
vão ser eles a deixar memória
e a glória de terem levado a cabo
o que imaginaram ser naquele simples
cortejo de escola.
T.M.
Votos de uma Primavera muito feliz!
Foto: Mayovskyy Andrew / Shutterstock.com
30. 30
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Página Cultural
Professora Fátima Noronha Peres Miranda,
Grupo 300
O valor do vento
Está hoje um dia de vento e
eu gosto do vento
O vento tem entrado nos
meus versos de todas as
maneiras e
só entram nos meus versos
as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento
dos cabelos
O vento do inverno o vento
do verão
O vento é o melhor veículo
que conheço
Só ele traz o perfume das
flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar
em agosto
Mas só hoje soube o
verdadeiro valor do vento
O vento atualmente vale
oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande da
janela do meu quarto
Ruy Belo (1933-1978)
Coup de vent, 1881, by Claude Monet
"Vi já que a Primavera, de contente,
De mil cores alegres, revestia
O monte, o rio, o campo, alegremente."
Luís de Camões
Jardim de Montgeron by Claude Monet
31. 31
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Literacia Geográfica
O equinócio de primavera sinaliza o primeiro dia da primavera, o que ocorre todos os anos
entre os dias 20 e 21 de março. Este ano, ele aconteceu no dia 20 de março às 15h 33m. Este
instante marca o início da primavera no hemisfério norte.
Equinócio é uma palavra em latim que aglutina dois termos com significados diferentes.
Aequus significa "igual" e nox, "noite". O termo quer dizer literalmente "noites iguais", isto
porque nessa altura a noite e o dia têm sensivelmente a mesma duração, 12 horas.
Como acontece o Equinócio de primavera?
A Astronomia define como equinócio o instante em que o Sol, assim como o vemos do
planeta Terra, cruza o plano do equador celeste, isto é, a linha do equador terrestre que é
projetada na esfera celeste. É exatamente nessa hora que tem início a estação da primavera.
Quando este evento acontece em março, chama-se de equinócio de primavera, no hemisfério
norte. No hemisfério sul, o equinócio de primavera acontece em setembro.
No hemisfério norte, o equinócio de setembro dá início à estação do outono, pelo que ele é
chamado de equinócio de outono.
O equinócio acontece duas vezes por ano, tal como o solstício que, por sua vez, marca o início
do verão e do inverno.
Trata-se de uma celebração do renascimento da natureza
33. 33
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Reflexões
Tudo pode ser esquecido a partir do momento que não é lembrado.
Pensar que não é preciso alguém com um peso único, alguém sem fim para que o
fim aconteça.
Ninguém estará livre até ao momento em que não exista liberdade … poderá o ser
humano pensar que sem liberdade somos todos livres? se vivermos todos com as mesmas
restrições e tudo for igual … poderemos ser livres sem liberdade?
E pensar que tudo o que nos faz pensar é mais complexo do que aquilo que nos faz
viver … O corpo é passível de ser estudado … A alma e o pensamento que ocorre no cérebro
não … estudamos as ligações que nele ocorrem o que nele se liberta … mas nunca saberemos o
que …
Sempre que pensamos em estudar o cérebro estudamos o que ELE quer que estudemos
porque … é através do mesmo pensamos a sua existência.
É … o que pensar quando tudo o que pensamos é controlado por algo que
desconhecemos … e que apenas conheceremos o que ELE desejar nada a mais … nada a
menos …
Afinal seremos realmente livres?
Ou parcialmente livres?
O que nos faz querer viver é o que nos faz não quere … o que nos faz quere chorara é
o que nos faz querer rir … somos tão controlados sem o reconhecermos … e por isso alguns
afirmam ser livres … por alguma liberdade disposta em planos que no fundo não controlam na
totalidade.
Mas … poderão existir vários padrões de liberdade? porque podemos ser fisicamente
livres … podemos ser livres quando não pensamos … podemos ser livres quando ninguém nos
conhece, nem nós próprios … mas até que ponto isso é a liberdade da unidade?
34. 34
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Reflexões
Talvez possamos ser livres em frações … nunca totalmente livres …
Mas e se a liberdade fosse total, para todos, para todos os pensamentos, para todas as
almas e reações … provavelmente seria impossível … nesse instante em que tudo fosso livre da
mesma forma, a liberdade iria ser ela própria uma prisão … a prisão da liberdade … sem fim ,
sem condutor ,sem reflexão e sem … sem o sentido individual de cada ser …
A liberdade exige direitos e deveres, caso contrário deixaria de ser algo tão
ambicionado …
O que seria o limite?
I^D´FL~
35. 35
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Imagem do mês de março 2022
Imagem
do
mês
março
de
2022
Notícias em revista…
I^D´FL~
36. 36
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Imagem do mês de março 2022
I^D´FL~
Composição da Imagem do mês março de 2022 das Notícias em revista…
37. 37
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Literacia Científica - Animal do Mês
Continua
Animal do mês:
Javali
Características
Os javalis variam seu peso, conforme a disponibilidade de recursos da área em que
vivem, mas um macho pode pesar até 270 kg e uma fêmea até 200 kg. Podem atingir um metro
de altura e até 2 metros de comprimento, contando com a cauda.
Possuem caninos superiores voltados para cima, chegando a medir 12 cm para fora da
boca. Os machos possuem caninos maiores, que são utilizados para competir com outros
machos e para se defenderem contra predadores. São animais fortes, que podem levantar
estruturas de 50 Kg. É omnívoro e fuça o dia todo em busca de frutos, raízes, sementes, matéria
vegetal em geral. Tomam banho de lama para regular a temperatura corporal, uma vez que não
possuem glândulas sudoríparas, para proteção contra insetos e parasitas e podem usar dos
odores da lama para relações sociais e estratégias reprodutivas. Alimentam-se geralmente ao
anoitecer, mas podem fazê-lo também durante o dia.
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Suidae
Género: Sus
Espécie: Sus scrofa
38. 38
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Literacia Científica - Animal do Mês
Professor Artur Neri
Reprodução
Estes porcos vivem em grupos matriarcais grandes que podem ter uma centena de
indivíduos e são formados por fêmeas aparentadas. Já os machos deixam o bando entre 1 e 2
anos de idade e vivem solitários, até encontrar os grupos de fêmeas durante o período de
acasalamento.
São animais competitivos e lutam para se acasalarem com as fêmeas. O período
reprodutivo será influenciado pelo clima e a disponibilidade de recursos, podendo ser em
qualquer época do ano. Uma fêmea pode ter duas ninhadas, por ano e a gestação dura de 108
a 120 dias, nascendo de 2 a 3 filhotes. Eles são desmamados entre a 8ª e 12ª semana após o
nascimento. Machos atingem a maturidade sexual por volta dos 5 a 7 meses e as fêmeas aos
10 meses, mas continuam a crescer até os 5 anos de idade. Os machos não ajudam a cuidar
dos filhotes, já as fêmeas fazem um trabalho coletivo no cuidado com suas crias.
Quando se deslocam, os jovens ficam no centro do grupo, enquanto a frente e a retaguarda
ficam protegidos pelos adultos. Podem viver até 10 anos de idade, na natureza.
39. 39
DeClara nº 52 Março 2022
Professor Artur Neri
Resposta ao desafio de fevereiro
Quantas letras têm em comum as palavras CANGURU e PROBLEMA?
Professor Artur Neri
Desafio de matemática de março
De quantos algarismos precisas, no total, para escrever todos os números de 1 a
100?
Resposta do mês de fevereiro: 2 letras (A e R)
40. As secas do mês #45
Atenção: Estas anedotas são extremamente secas. Mesmo
muito secas! As mais secas que já alguma vez ouviste!
40
Informação (in)útil #3
Os fundadores da Hewlett-Packard fizeram cara ou coroa para decidir qual nome apareceria
primeiro na empresa.
ISP
Francisco Manta Rodrigues 12.ºC
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Sugestões do mês
Porque é que o cão abana a cauda?
- Porque a cauda não tem força para
abanar o cão.
O que acontece quando se come
demasiado melão?
- Fica-se com melancólicas.
Voltei a dizer à minha mãe que
queria ser pianista.
Ela diz que estou sempre a bater
na mesma tecla.
41. 41
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: 17 de março Dia de São Patrício Irlanda
O Dia de São Patrício, conhecido por St. Patrick's Day, celebra-se a 17 de março. Padroeiro da
Irlanda, nesse dia realizam-se grandes festas e desfiles em homenagem ao santo.
Com forte teor religioso, a data lembra a chegada do Cristianismo no país, ao mesmo tempo
que celebra os costumes e as tradições dos irlandeses.
São Patrício utilizou um trevo de três folhas para explicar a Santíssima Trindade aos
irlandeses, como um todo feito de três partes, razão pela qual o trevo passou a ser um
símbolo das festividades do Dia de São Patrício.
É comum as pessoas vestirem-se de verde nas festas realizadas na Irlanda e ainda, nos
Estados Unidos, Canadá e Austrália, países estes que receberam muitos imigrantes
irlandeses.
42. 42
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: St. Patrick's Day in Ireland
43. 43
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: St. Patrick's Day in Ireland
St. Patrick's Day in Ireland
The shamrock is a popular symbol that is seen on St Patrick's Day
What do people do?
People throughout Ireland hold parades and festivals that celebrate Irish culture. The largest
parade is in Dublin. Many towns and villages also have their own parade. Local musicians often
perform during the parades. Week long festivals of Irish visual and performing arts and music
are held in many regions. The atmosphere is welcoming and friendly.
Background
St Patrick was born in 387 CE and grew up near the present day border between Scotland and
England. He was taken to Ireland as a slave when he was 16. He fled back to Great Britain after
six years before returning to Ireland as a missionary later in his life. He played an important role
in converting Ireland's inhabitants to Christianity. According to legend, he drove all snakes from
the island, although these "snakes" probably represent a particular group of pagans or druids.
Many Christians believe that Patrick died on March 17 in the year 461 CE or 493 CE. He is
buried under Down Cathedral in Downpatrick, County Down. He was never formally canonized
but many Christian churches view him as a saint. St Patrick, St Brigid of Kildare and St Columba
are Ireland's patron saints.
St Patrick's Day became a public holiday in Ireland due to the Bank Holiday (Ireland) Act 1903.
It is also celebrated around the world, particularly in Australia, Canada, the United
Kingdom and the United States.
Public life
Banks, post offices and many other businesses and organizations are closed in Ireland on St
Patrick's Day. However, stores and pubs are generally open, although they may open later and
close earlier than usual. Public transport service schedules vary depending on where one lives
and intends to travel. There may be some local disruption to traffic because of the parades and
large scale celebrations, particularly in Dublin. If March 17 falls on a Sunday, the public holiday
is on Monday, March 18.
44. 44
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: St. Patrick's Day in Ireland
Symbols
The shamrock, the Republic of Ireland's flag, and the colors green, white and orange are St
Patrick's Day symbols. The shamrock is the leaf of the clover plant and an Irish Catholic symbol of
the Holy Trinity. It is also a symbol of Ireland and a registered trademark of the Republic of
Ireland. The Republic of Ireland's flag is twice as wide as it is high and consists of three vertical
bars colored green, white and orange.
Professora
de
Inglês:
Paula
Cunha
45. 45
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Dia mundial do livro Português
26 de março: O Dia do Livro Português
A data foi criada pela Sociedade Portuguesa de Autores com o intuito de destacar a
importância do livro, do saber e da língua portuguesa em todo o mundo.
Foi escolhido o dia 26 de março para esta celebração pois foi neste dia, em 1487,
que se imprimiu o primeiro livro em Portugal: o “Pentateuco”, em hebraico. O livro saiu das
oficinas do judeu Samuel Gacon, na Vila-a-Dentro, em Faro.
Já o primeiro livro escrito em português foi impresso no Porto, dez anos depois, em
4 de janeiro de 1497. Produzido pelo primeiro impressor luso, Rodrigo Álvares, o livro tinha o
título de “Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto”.
Fonte: https://www.calendarr.com/portugal/dia-do-livro-portugues/
Entre os grandes livros da literatura portuguesa podemos destacar:
- Os Lusíadas – Luís de Camões
- Os Maias – Eça de Queirós
- Amor de Perdição – Camilo Castelo Branco
- Mensagem – Fernando Pessoa
- Auto da Barca do Inferno – Gil Vicente
- Memorial do Convento – José Saramago
- Peregrinação – Fernão Mendes Pinto
- As Pupilas do Senhor Reitor – Júlio Dinis
- Bichos – Miguel Torga
- Viagens na Minha Terra – Almeida Garrett
-Aparição – Vergílio Ferreira
- O Livro de Cesário Verde – Cesário Verde
- Clepsidra – Camilo Pessanha
- Gaibéus – Alves Redol
- Balada da Praia dos Cães – José Cardoso Pires
- Mau Tempo No Canal – Vitorino Nemésio
- As Mãos e os Frutos – Eugénio de Andrade
- A Sibila – Augustina Bessa-Luís
- Pena Capital – Mário Cesariny
-O Medo – Al Berto
- A Colher na Boca – Herberto Helder
- Felizmente Há Luar! – Luís de Sttau Monteiro
- Sinais de Fogo – Jorge de Sena
- Charneca em Flor – Florbela Espanca
- Poesia – Sophia de Mello Breyner Andresen
- (...)
46. 46
Biblioteca Escolar:
Concursos “Isto também é comigo!” e "Jornalistas em Rede"
O concurso “Isto também é comigo!” insere-se numa parceria entre o PÚBLICO na
Escola e a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE). Tem como destinatários alunos do 9.º ao 12.º
ano, desafiados a escrever um texto de opinião a propósito de um trabalho do jornal PÚBLICO
O regulamento do concurso está disponível online.
Em cada mês, o estudante vencedor recebe uma coleção de livros do PÚBLICO e vê o
seu texto publicado nas plataformas digitais do PÚBLICO na Escola e da RBE e respetivas redes
sociais. À escola é oferecida uma assinatura digital anual do PÚBLICO ou uma coleção de livros
para a biblioteca.
Integram o júri do concurso: Bárbara Simões, coordenadora do PÚBLICO na Escola;
Cláudia Sá, professora de Português e coordenadora do Clube de Jornalismo da Escola Básica
António Correia de Oliveira, em Esposende; Joana Amaral, aluna do 12.º ano na Escola
Secundária Emídio Navarro, em Almada; e Raquel Ramos, elemento da equipa do Gabinete
Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares.
Um outro concurso, “Jornalistas em Rede”, está também a decorrer neste ano letivo,
no âmbito da mesma iniciativa conjunta, apresentada, no final de outubro, num programa no Ao
Vivo do PÚBLICO: “Aceita o desafio: da tua biblioteca ao PÚBLICO”.
Participa!
DeClara nº 52 Março 2022
47. 47
REPÓRTER XS – faz uma reportagem sobre a tua escola!
Um desafio que deverá passar pelo espaço da biblioteca escolar e que tem como objetivos
promover a leitura, a escrita e o sentido crítico, com recurso aos media.
#rededebibliotecasescolares #rbe #parcerias #concursos #projetos
Destinatários
Poderão concorrer todos os alunos dos 1.º e 2.º ciclos das escolas de Portugal Continental,
correspondendo cada ciclo a um escalão.
Participação
Cada Agrupamento de Escolas/ Escola não Agrupada apenas poderá enviar uma reportagem
por escalão – 1.º ciclo e 2.º ciclo, com duração máxima de 3 minutos.
Submissão
A submissão das reportagens é formalizada pelo professor bibliotecário até 26 de abril de
2022.
Participa!
DeClara nº 52 Março 2022
Biblioteca Escolar: Concurso Repórter XS
48. 48
DeClara nº 52 Março 2022
Erasmus +: Job Shadowing – Mobilidade Jesuítas Barcelona
Jesuïtes Bellvitge. Centre d'Estudis Joan XXIII
De 7 a 11 de março 2022, a Diretora do Agrupamento de Escolas Clara de Resende,
Ana Alves, o Diretor do Agrupamento Garcia de Orta, Rui Silva, e a Coordenadora de Cidadania
e Desenvolvimento do Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas, Maria João Félix,
participaram numa atividade de job shadowing de um Programa Erasmus+ 2020 do consórcio
constituído pelas escolas e agrupamentos de escolas da área geográfica do Porto Ocidental,
organizado pelo CFEPO (Centro de Formação de Escolas Porto Ocidental).
http://cfepo.pt/
Durante a sua permanência no Centro de Estudos Joan XXIII, Jesuitas Bellvitge, em Barcelona,
frequentaram as diferentes atividades que decorreram nas salas de aula do ensino secundário
NEI-TQE, Bacharelado e Ciclos de formação intermédios e avançados.
Fonte: adaptação https://bit.ly/3MHWFSX
Isabel Pereira
Elemento da SFM do CFEPO
50. 50
O Clube da Ciência, pela primeira vez a funcionar na nossa escola, tem as suas
atividades no Laboratório Polivalente à quinta-feira, das 14:20 h às 15:10 h.
Temos trabalhado com os nossos jovens temas diversos. Fizemos algumas experiências
de Química, construímos um “vulcão efusivo”, fizemos um presépio com material de laboratório
e material reciclado, testamos soluções ácidas e básicas de uso comum com papel indicador
universal, fizemos experiências de eletricidade estática, testamos a água da Ribeira da Granja,
procuramos o amido em alguns alimentos, vimos rosas brancas a ficarem coloridas e vimos flores
de papel a desabrochar, etc. Começamos também a fazer cartazes sobre a reciclagem de papel e
plástico/metal.
As inscrições no Clube continuam abertas aos alunos das várias turmas do ensino
básico (2.º e 3.º ciclos).
Vem fazer parte desta equipa jovem e curiosa!
As Professoras responsáveis pelo Clube da Ciência
Cristina Pereira e Fátima Vieira
DeClara nº 52 Março 2022
Divulgação / Convite: Clube de Ciência
51. 51
DeClara nº 52 Março 2022
1.º ciclo EB João de Deus: Ser Escola – o que é?
Ser escola …
O que é?
Ora aí está uma questão difícil de responder.
Ser escola o que é?
Será ter alunos nas salas de aula a aprender conteúdos dados pelos docentes?
Será aprender brincando com materiais e matérias de forma interativa?
Será sentir-se bem no local onde estamos como se estivéssemos num local agradável
construindo-o – a escola?
O que é ser escola?
Será um bocadinho de tudo isto?
Pois ser escola é bem mais complexo. Ter a visão global de uma escola com todas as
particularidades e singularidades, com a gestão de todos sabendo de antemão que todos
somos diferentes, promover a interação e a participação de forma concertada, organizada,
sentindo que a escola se alimenta e cresce um pouco todos os dias com as experiências,
dúvidas, anseios, surpresas, …, de todos e cada um, é um desafio constante e diário.
Ser escola é estar aberto a novos desafios, a novas experiências partilhadas por todos aqueles
que, no dia-a-dia, fazem viver a escola enriquecendo-a.
É valorizar todos os que lá trabalham e dão um pouco de si para que tudo funcione
diariamente.
Ser escola é bem mais do que ensinar e aprender, do que brincar e correr, do que partir à
descoberta do desconhecido mesmo que ele esteja mesmo ali, pertinho de nós.
Ser escola é …. ser um bocadinho de tudo.
52. 52
DeClara nº 52 Março 2022
1.º ciclo: EB João de Deus Ser Escola – o que é?
Ser escola é um desafio que precisa de abraços, sorrisos, gritos, correrias, tropelias, conversas,
ouvir, dizer, agir, partilhar ,…, sentir que estamos a construir dia-a-dia um novo futuro mesmo
agora, aqui, no presente.
Ser escola é pedir ajuda, é agradecer, é dar e receber, é respeitar e ser respeitado para que todos
possamos construir uma escola: a escola do ensinar e a escola do crescer e viver.
Obrigada a todos aqueles que, diariamente, ajudam a construir a nossa escola
A Coordenadora
Fátima Vaz
A entrada da escola
53. 53
DeClara nº 52 Março 2022
2.º ciclo: HGP 8 de março - Dia Internacional da mulher
DIA INTERNACIONAL DA MULHER – DIREITO AO VOTO
No dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Esta data foi instituída
em 1975 pelas Nações Unidas. É por isso uma data comemorada em mais de 100 países, mas
completamente ignorada noutros.
Neste dia pretende-se recordar as conquistas das mulheres, ao longo da História, por
direitos iguais entre géneros. Um desses direitos conquistados em Portugal foi o direito ao voto.
A primeira mulher a votar em Portugal chamava-se Carolina Beatriz Ângelo. Foi no ano de 1911,
um ano após a implantação da Primeira República Portuguesa. À data a lei era clara, podiam
votar “todos os cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e
fossem chefes de família”. Carolina preenchia esses requisitos, pois era médica ginecologista,
viúva com uma filha menor a seu cargo e tinha mais de 21 anos.
54. 54
DeClara nº 52 Março 2022
2.º ciclo: HGP 8 de março - Dia Internacional da mulher
O seu direito foi inicialmente rejeitado pela Comissão de Recenseamento e pelo
Ministério do Interior. No entanto, Carolina Ângelo não desistiu e recorreu para tribunal onde
obteve uma sentença favorável pelo juiz João Baptista de Castro. Este na sua sentença referiu:
“Excluir a mulher (…) só por ser mulher é simplesmente absurdo e em oposição com as próprias
ideias da democracia e justiça proclamadas pelo Partido Republicano (…) e mando que a
reclamante seja incluída no recenseamento eleitoral.”
Com esta decisão, um mês depois, a 28 de maio de 1911, Carolina Ângelo dirigiu-se
novamente às urnas na freguesia de S. Jorge em Arroios e votou, sagrando-se a primeira mulher a
exercer este direito em Portugal.
Em 1913 é aprovada uma lei que impede o direito ao voto a todas as mulheres. Nesta
esclarecia-se: “são eleitores de cargos legislativos os cidadãos portugueses do sexo masculino,
maiores de 21 ou que completem essa idade até ao termo das operações de recenseamento, que
estejam em pleno gozo dos seus direitos civis e políticos, saibam ler e escrever português e
residam no território da República Portuguesa.”
A coragem de Carolina Beatriz Ângelo, serviu de exemplo para uma luta que durou
algumas décadas em Portugal.
Em 1931 as mulheres conseguem novamente o direito ao voto, com limitações.
Em 1934, três mulheres são eleitas para a Assembleia Nacional: Maria Guardiola, Domitília de
Carvalho e Cândida Pereira.
Mas só depois do 25 de Abril de 1975 é que o direito ao voto em Portugal se torna
realmente universal – sufrágio universal.
Gonçalo Caetano de Melo, 6ºA nº8
Professora de HGP:
Laurentina Alegria Ferreira
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2.º ciclo: Cidadania & Desenvolvimento
Algumas turmas do 6º ano participaram nas Olimpíadas de Educação Financeira
durante o mês de fevereiro, na aula de Cidadania e Desenvolvimento. Os alunos da turma do
6ºA foram vencedores municipais, juntamente com outras escolas do país. A educação
financeira tem por propósito auxiliar os consumidores na administração dos seus
rendimentos, nas suas decisões de poupança e investimento, no seu consumo consciente e
na prevenção de situações de fraude.
A todos os alunos os PARABÉNS por terem participado.
Laurentina Alegria Ferreira
Olimpíadas de Educação Financeira
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3.º ciclo: Cidadania & Desenvolvimento 8.º A e 8.ºB
“A importância da água em tempo de seca”
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No âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento as turmas do 8.º A e 8.º B, orientadas
pela professora da disciplina, Clementina Torres, trabalharam o tema “A importância da Água”.
Fizeram vários trabalhos, muito interessantes, criativos e pertinentes que estão expostos na
entrada da Biblioteca da escola e têm suscitado o interesse dos alunos!
3.º ciclo: Cidadania & Desenvolvimento 8.º A e 8.ºB
Biblioteca Escolar
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3.º ciclo Ciências Naturais: VISITA DE ESTUDO AO IPATIMUP
No âmbito da disciplina de Ciências Naturais, foi realizada, nos dias 21 e 23 de
fevereiro, com as turmas 9.º F e 9.º E, respetivamente, uma visita de estudo/aula laboratorial
ao Laboratório Aberto do IPATIMUP, para participar na atividade “ABC das Hemácias”.
O Laboratório Aberto é um projeto do IPATIMUP- Instituto de Patologia e Imunologia Molecular
da Universidade do Porto, instituto que integra o consórcio científico i3S. O Laboratório Aberto
conta também com a colaboração da Câmara Municipal do Porto e da Agência Ciência Viva.
O principal objetivo do Laboratório Aberto é o ensino experimental das Ciências, fomentando o
interesse dos alunos pala ciência e pela tecnologia.
Os alunos deslocaram-se de metro da escola para as instalações do IPATIMUP,
situadas junto do Polo Universitário, em Paranhos, e foram acompanhados pelas professoras
das disciplinas de Ciências Naturais e Físico Química, respetivamente, Cristina Pereira (CN- 9.º E
e F), Márcia Oliveira (FQ- 9.º F) e Helena Pimentel (FQ-9.º E). Já no laboratório Aberto os
alunos foram recebidos por duas monitoras/investigadoras e a turma foi dividida em dois
grupos. De seguida, os alunos dirigiram-se para as duas salas, sala Mullis e sala Feynman, onde
as monitoras explicaram sucintamente a constituição e funções do sangue, o sistema ABO e o
sistema Rh, bem como as compatibilidades e incompatibilidades entre os diversos grupos.
Posteriormente, os alunos relembraram as características da imagem ao microscópio,
registando na sua folha as letras R e A e observaram-nas ao microscópio. De seguida
observaram os componentes do sangue ao microscópio e desenharam os principais
constituintes. Por último, os alunos realizaram a atividade experimental para determinação de
grupos sanguíneos. Para tal, os alunos aprenderam primeiro a utilizar uma micropipeta, e
realizaram a determinação do grupo sanguíneo da “sua” amostra de sangue. No final da
atividade, foi preenchida a grelha de todos os tipos de sangue identificados na atividade e
discutidos os resultados.
Visita ao IPATIMUP
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3.º ciclo Ciências Naturais: VISITA DE ESTUDO AO IPATIMUP
Assim, nesta atividade “ABC das Hemácias”, os alunos puderam relembrar alguns
conceitos e aprendizagens adquiridas nas aulas de Ciências Naturais, como a constituição e
funções do sangue, puderam observar os constituintes do sangue ao microscópio e realizar
experimentalmente a determinação do grupo sanguíneo das amostras e ainda prever as
incompatibilidades existentes entre os grupos sanguíneos.
A Professora de Ciências Naturais, Cristina Vilaça Pereira
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3.º ciclo Ciências Naturais: VISITA DE ESTUDO AO IPATIMUP
A Professora de Ciências Naturais,
Cristina Vilaça Pereira
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3.º ciclo Ciências Naturais: 9.º E
Visita ao IPATIMUP
No dia 22 de Fevereiro de 2022, os alunos da turma E do 9º ano, foram ao Laboratório
Aberto do IPATIMUP (Instituto de Patologias e Imunologia Molecular da Universidade do Porto),
junto ao Pólo Universitário realizar uma atividade.
O Laboratório Aberto era um edifício antigo, branco e que chegou a funcionar como
escola primária escola primária. Fomos bem recebidos por duas cientistas, a Dra. Jéssica e a Dra.
Ângela, que nos conduziram aos laboratórios e explicaram as atividades que viríamos a
desenvolver, que tinham o objetivo de aproximar os jovens e a ciência.
A atividade realizada chamava-se “O ABC das Hemácias” e primeiramente foi nos dada
uma breve revisão sobre os vários componentes sanguíneos, com destaque para as hemácias
(também designados por glóbulos vermelhos ou eritrócitos). Seguidamente começou a atividade
prática. Para a atividade cada aluno recebeu um kit com uma micropipeta, três tubos com
amostras de anticorpos (o Anti-A, o Anti-B e o Anti-Rhesus), uma amostra sintética de sangue e
uma placa de petri com três recipientes (ou “Poços”) dentro. A experiência consistiu então em
testar as reações da amostra de sangue com os vários anticorpos e na elaboração de uma tabela
que nos permitia com os dados obtidos determinar o grupo sanguíneo e as compatibilidades
sanguíneas da amostra.
Em conclusão, esta experiência foi útil porque permitiu aprofundar os nossos
conhecimentos e experiência prática sobre as hemácias, as compatibilidades sanguíneas e os
grupos sanguíneos e permitiu-nos realizar uma experiência que não poderia ser realizada na
escola.
Artigo:
Diogo Aboim, Duarte Carvalho, Maria Dias, Sofia Pereira - 9ºE
23/2/2022
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3.º ciclo Ciências Naturais 9.º E
Visita de estudo ao IPATIMUP
No dia 23 de fevereiro, os alunos da turma 9ºE, em conjunto com a professora de
ciências, Cristina Vilaça Pereira, e com a professora de Fisico-Química, Maria Helena Rodrigues,
foram ao Laboratório Aberto do IPATIMUP (Instituto de Patologias e Imunologia Molecular da
Universidade do Porto) no âmbito da disciplina de ciências naturais.
A turma foi dividida em dois grupos, sendo o grupo 1 e o grupo 2, respetivamente,
orientados pelas monitoras Angela Moreira e Jessica Sofia Costa, que de seguida nos
conduziram aos laboratórios e explicaram as atividades que viríamos a desenvolver.
A atividade foi efetuada individualmente cujo denomina-se “ABC das Hemácias”.
Primeiramente foi nos dada uma revisão sobre os constituintes do sangue. De
seguida, observámos umas letras ao microscópio (RA) com isso podem concluir que a imagem
fica invertida e virada ao contrário. Posteriormente, escrevemos os resultados obtidos numa
folha de análise e observamos uma amostra sintética de sangue, à qual se pode observar na
figura a baixo.
Letras RA observadas ao microscópio Amostra de sangue observada ao microscópio
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3.º ciclo Ciências Naturais 9.º E
Seguidamente, realizamos a atividade prática, para a qual cada aluno usufruiu de um
kit com uma micro pipeta, uma amostra sintética de sangue, três tubos com amostras de
anticorpos (o Anti-A, o Anti-B e o Anti-Rhesus), e uma placa petri com três recipientes no seu
interior.
Material utilizado
A experiência consistiu em testar as reações de aglutinação da amostra de sangue com
os diferentes anticorpos e na elaboração de uma tabela que nos permitia com os dados obtidos
determinar o grupo sanguíneo e as compatibilidades sanguíneas da amostra.
Em conclusão, gostei muito desta experiência porque me permitiu ficar a conhecer
melhor as hemácias e os grupos sanguíneos assim como as suas compatibilidades.
Maria Miguel Ribeiro
nº19 9ºE
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3.º ciclo TIC 7.ºC, 7.ºD e 7.ºE – Dia Mundial da Árvore
Para assinalar o Dia Mundial da Árvore (21 de março) os alunos das turmas
7.ºC, 7.ºD e 7.ºE, na disciplina de TIC, elaboraram cartazes com fotografias e textos
representativos do tema do trabalho, no programa de edição de imagem, o “GIMP”.
Dia Mundial da Árvore
Sofia
Costa
e
Sofia
Melo
7.ºC
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Matilde Silva 7.ºD
3.º ciclo TIC 7.ºC, 7.ºD e 7.ºE – Dia Mundial da Árvore
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Tomás 7.ºD
3.º ciclo TIC 7.ºC, 7.ºD e 7.ºE – Dia Mundial da Árvore
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3.º ciclo TIC 7.ºC, 7.ºD e 7.ºE – Dia Mundial da Árvore
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Professora
da
disciplina
de
TIC:
Sofia
Ribeiro
3.º ciclo TIC 7.ºC, 7.ºD e 7.ºE – Dia Mundial da Árvore
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3.º ciclo: História 9.ºA, B, C, D – Efemérides - Março2022
Professora
de
História:
Célia
Rego
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Serviço de Psicologia e Orientação – Ação de Formação
“Gestão da Relação Pais-Filhos (adolescentes): Dicas e Estratégias”
No dia 16 de Março, o Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) dinamizou à distância
uma curta formação para pais do 2º e 3 ciclo do ensino básico com o título “Gestão da Relação
Pais-Filhos (adolescentes): Dicas e Estratégias”
Tendo em conta que as características desenvolvimentais de pais e filhos são
diferentes, uns encontram-se na idade adulta e outros na adolescência, conclui-se que a
existência de conflitos (oposições; choques; discórdias) é natural. Ao serem abordados vários
estilos de educação parental (autoritário; permissivo; negligente e democrático) percebeu-se
que a forma de lidar com esses conflitos é bem distinta, sendo assim discutidas algumas
estratégias que vão permitir tornar o relacionamento entre pais-filhos mais eficaz e satisfatório
para ambas as partes.
Este evento contou com a participação ativa e interessada por parte de todos os pais
e encarregados de educação presentes, ficando a disponibilidade e a abertura para novas
sessões à distância ou presenciais de forma a continuar o debate e a partilha de todos os
subtemas relacionados com a temática abordada.
Diogo Lima
(Psicólogo – Escola Clara de Resende)
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Projeto Clara Solidária: Campanha “Pinceladas de Ternura”
O projeto “Clara Solidária” associa-se desta vez ao Lar das Irmãzinhas dos Pobres, com a
proposta de realização de um postal solidário que faça chegar aos utentes mensagens de
conforto :
- à nostalgia de uma Vida repleta de memórias;
- à solidão dos dias longe das famílias;
- à superação das dores trazidas pela idade;
E acima de tudo que se convertam em mensagens com fortes “Pinceladas de Ternura”
Professora Fátima Ferreira
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E.M.R.C: Páscoa 2022
São os votos dos professores de Educação Moral e Religiosa Católica.
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Reconstruir o mundo: A Forma justa…
A FORMA JUSTA
Sei que seria possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos - se ninguém atraiçoasse - proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
- Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo
Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Forma Justa”