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DeClaraJornal do Agrupamento Escolas Clara de Resende
DeClaranº35julho2020
E@D
LuizaSalomãoLinardi,12ºC
2
9ºANO E.V. E@D PÁG. 36
7ºANO E.V. E@D PÁG. 28
BIBLIOTECA ESCOLAR E@D PÁG. 6
TRABALHOS ALUNOS E PROFESSORES:
7ºANO F.Q. e GEO E@DMEMÓRIAS PÁG. 22
12ºANO FÍSICA E@D INSTÂNTANEOS PÁG. 43
C&D / PROJETOS ECO-ESCOLAS E@D PÁG. 81
C&D E@D JAP PÁG.90
EDITORIAL PÁG. 2
DeClara nº 35 E@D julho 2020
11ºANO PORTUGUÊS E@D PÁG. 42
REFLEXÃO DE UM ALUNO (DES) PÁG. 3
12ºANO QUÍMICA E@D PÁG. 56
12ºANO FÍSICA E@D MEMÓRIAS PÁG. 47
PROJETOS E@D PÁG.100
BOAS FÉRIAS PÁG.110
Editorial
Estamos a chegar ao fim de mais um ano
letivo e, entretanto, preparamos já o
próximo ano na certeza da incerteza com
que vamos (re) começar!
Em breve estaremos de férias, mas não quis
deixar de partilhar convosco as últimas
notícias, artigos, textos que me foram
chegando e que encerram as edições do
DeClara 2019/2020: A excelente reflexão de
um aluno do 10ºano e colaborador Jornal,
as opiniões de alguns dos leitores do
DeClara, desafios, anedotas, sugestões de
leitura e escrita, receitas, poemas, contos,
memórias de visitas de estudo e visitas
virtuais de 7º e 12ºano, passeios, textos de
11ºano, trabalhos e EV de 7º e de 9ºano,
Instantâneos de Física Moderna de 12ºano,
Trabalho de 12ºano de Química, vários
trabalhos de Cidadania e desenvolvimento,
de Projetos. Anunciamos ainda, com muito
orgulho, que recebemos uma menção
Honrosa com o Painel de Alimentação
saudável - Alerta ao Sal e fomos os
vencedores do concelho do Porto do
Projeto Eco-código.
Espero que gostem, apreciem e valorizem
todo o trabalho feito, que foi imenso.
Resta-me desejar umas Boas férias, com
muita alegria, diversão e o merecido
descanso!
BOAS FÉRIAS
Isabel Santos Pereira
PRÉMIOS ECO-ESCOLAS E@D PÁG.108
SUGESTÃO DE LEITURA FÉRIAS PÁG.110
3
Reflexão de um aluno (des)confinado
DeClara nº 35 E@D julho 2020
Estávamos a meio do ano letivo, tudo parecia estar a correr bem: as aulas decorriam
normalmente, a Páscoa aproximava-se e, com ela, as amêndoas e os ovos de chocolate, apesar de
eu não ser grande fã destes últimos. Até que se começou a falar de um tal Coronavírus, que
surgiu em Wuhan, na China, e se espalhou por esse país a um ritmo alarmante, atravessando
fronteiras e espalhando-se pelo mundo a uma velocidade igualmente assustadora.
Algumas pessoas mostravam-se mais preocupadas, outras mais relaxadas. O que é certo
é que, no dia dois de março, foram confirmados os primeiros casos de Covid-19 em Portugal e,
desde aí, os casos não pararam de aumentar no país; no dia onze do mesmo mês, a Organização
Mundial da Saúde declarou pandemia; uma semana depois foi decretado o Estado de Emergência
Nacional, fechando-se a maioria dos estabelecimentos, cessando-se serviços, obrigando pessoas
a trabalhar a partir de casa. Infelizmente, algumas empresas suspenderam a atividade dos seus
trabalhadores, naquilo a que se chama de lay off, e alguns terão mesmo sido despedidos. Assim,
começou o confinamento, que só viria a ser levantado em maio, de forma gradual, dividido em
três fases, ao longo desse mês, marcando a reabertura de estabelecimentos e a retoma de
serviços e postos de emprego.
Agora, cá estamos nós, quatro meses depois, no final deste ano letivo atípico, durante o
qual a maioria dos alunos não voltou a pisar a escola, tanto para as atividades letivas como para
as iniciativas extracurriculares proporcionadas, como por exemplo, o Clube de Teatro, cujos
trabalhos foram interrompidos e os espetáculos cancelados, tendo sido posteriormente adaptado
à nova realidade, através de sessões online. Já o Jornal da Escola DeCLARA, mais habituado ao
trabalho à distância, estava mais preparado para estas novas circunstâncias e, desta forma,
continuou a desempenhar a sua função de partilha e divulgação dentro da comunidade escolar.
Reflexão de um aluno (des)confinado
4
Reflexão de um aluno (des)confinado
DeClara nº 35 E@D julho 2020
Muitas vezes, problemas com o computador ou Internet levaram à perda de uma aula, o que podia
ser bastante prejudicial. Também aos professores, o Ensino à Distância (E@D) trouxe novos
desafios, o que certamente exigiu um esforço adicional para a adaptação a esta nova realidade.
Não posso deixar de referir, enquanto aluno do 10.º ano, que este foi o único ano que não teve
direito nem a #EstudoEmCasa, nem a aulas presenciais, a partir de dezoito de maio, tendo tido ao
dispor o programa Estudar com autonomia, a Telescola da Região Autónoma da Madeira. A vida
académica/profissional dos alunos e professores foi muito afetada, até pelo facto de tudo isto ter
chegado sem aviso prévio, não permitindo qualquer preparação. Mas a vida pessoal, também,
sofreu alterações: por exemplo, entre os alunos, o confinamento foi visto inicialmente como uma
maneira de descansar um pouco das rotinas. Posteriormente, surgiram as saudades dos amigos e
das próprias rotinas e a ansiedade por não se poder sair de casa.
Na sociedade, também se sentiu uma mudança de atitudes: a população juntou-se
(mesmo à distância) em prol do bem comum, o do combate à pandemia, que, por agora, só é
possível através da proteção. Assim, a população ficou em casa, ajudando a travar a propagação
do vírus. Algo igualmente notável foram as ondas de apoio, divulgadas nas redes sociais, a todas as
entidades que fizeram inúmeros sacrifícios para ajudar a combater a pandemia, como são exemplo
os profissionais de saúde, os polícias e os pouco lembrados trabalhadores de supermercados ou
de outras lojas de bens essenciais, sem os quais a vida dos restantes cidadãos teria sido bastante
mais complicada. Infelizmente, continuou a notar-se ocasionais comportamentos pouco cívicos,
como ajuntamentos de muitas pessoas, de que se ouve falar nas notícias, que podem provocar e,
em alguns casos, provocaram novos surtos.
5
Reflexão de um aluno (des)confinado
DeClara nº 35 E@D julho 2020
Estes têm sido tempos muito estranhos. Fazem-nos refletir sobre como o mundo para
perante a ameaça de algo tão pequeno como um Coronavírus. Agora que somos privados de
tantas coisas, começamos realmente a valorizá-las. É importante ter em mente que o perigo não
desapareceu e que cabe a todos nós manter todos os cuidados para superar estes tempos difíceis
que atravessamos, mesmo que isso implique continuarmos a usar as desagradáveis máscaras
durante algum tempo mais. Temos de ser prudentes e tirar o melhor de tudo o que se está a
passar, para que o próximo ano letivo seja melhor do que este que está a terminar. Temos de
aprender a viver com este vírus, que veio para ficar. Se o conseguirmos, vai tudo correr bem!
Francisco Manta Rodrigues, nº 6, 10.º D
vai tudo correr bem!
6
A OPINIÃO DO LEITOR
DeClara
DeClara nº 35 E@D julho 2020
No âmbito das atividades de C&D/7º-E, promoveu-se a leitura crítica
de jornais. Aos alunos foi pedido que lessem e explorassem toda a
edição de Maio do DeClara, por forma a emitirem opinião. Deveriam
pronunciar-se sobre o interesse que, a mesma, despertou em cada
leitor, e, sobre a relevância da existência de um jornal da escola.
A-Eu gostei de ler o jornal escolar porque:
«Tem informação acerca da nossa escola, de todos os anos de escolaridade, e, assim, posso saber
o que está a acontecer na “escola” mesmo sem estar nela.» (André Lobo)
«Gosto de ver os trabalhos publicados dos alunos e professores, gosto de fazer os desafios que são
propostos e ler as piadas . O último número publicado do jornal, em maio, era sobre a
comemoração do dia do autor português. Gostei das ideias de leitura e de escrita, foi uma forma
de incentivo. Ao ler o jornal aprendemos sempre algo novo. Todos os meses vejo online o jornal da
escola.» (Renata Rosa)
«Consigo aprender coisas novas e também começo a perceber o que vou aprender nos próximos
anos; gosto de ver os trabalhos da minha turma porque vejo que se esforçaram para fazer bem os
trabalhos; e porque valorizo tudo que os professores fazem.» (Luana)
«Eu gostei de ler o Jornal Escolar porque é diversificado, ou seja, tem várias notícias
interessantes.» (M. Miguel)
«Apresenta muita diversidade de conteúdo escolar.» (Ronilson)
7
A OPINIÃO DO LEITOR
DeClara
DeClara nº 35 E@D julho 2020
B - O que mais gostei no jornal escolar foi:
«Dos relatórios científicos dos alunos do secundário.» (André Lobo)
«No jornal de maio, gostei da apresentação de C&D sobre os perigos na internet. É um tema
muito importante e serve para alertar todos sobre os perigos que existem e a forma de os
evitar.» (Renata Rosa)
«Os três artigos que mais gostei foram: o artigo dos melros, do E&D e a dimensão
experimental da química e da física, e, o artigo e sobre Trás-os-Montes.» (Duarte)
«Ver todas as turmas a darem o seu melhor em todos os trabalhos; e gostei muito dos
trabalhos realizados, em grupo, pela turma 7ºE porque foi uma prova “que juntos somos
mais fortes”.» (Luana)
«O que mais gostei no Jornal Escolar foi que tem noticias variadas ao longo da semana e
muitos trabalhos interessantes.» (M. Miguel)
«As piadas que são tão, mas tão más, que até “dá” graça. » (Ronilson)
8
A OPINIÃO DO LEITOR
DeClara
DeClara nº 35 E@D julho 2020
C- Acho importante existir um jornal escolar porque:
«Podemos seguir o decorrer da atividade escolar, de forma autómata e individual, ou podemos
comentá-lo com amigos e familiares; mas, o mais importante, é que estamos todos juntos como
escola; também, que esse jornal é a demonstração do nosso empenho ao longo dos meses.»
(André Lobo)
«O jornal é importante porque promove a nossa criatividade e participação nas atividades da
escola e dá a conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos professores e alunos de todos os anos
escolares. Sem o jornal, não teríamos esse conhecimento.» (Renata Rosa)
«Ensina-nos várias curiosidades e experiências de todas as áreas da ciência. Permite aos alunos
ter uma educação mais completa e desperta-lhes curiosidade.» (Duarte)
«Aprendemos coisas novas e percebemos todo o esforço dos professores e turmas para
conseguirem realizar um jornal; sempre com trabalhos de cada turma; e é uma coisa difícil de se
fazer.» (Luana)
«Acho importante existir um jornal escolar porque para podermos saber o que as outras turmas
andam a fazer durante a semana como por exemplo visitas de estudo...» (M. Miguel)
Os alunos podem ver trabalhos de outros alunos, e, inspirarem se a fazer outros grandes
trabalhos.(Ronilson)
9
A OPINIÃO DO LEITOR
DeClara
DeClara nº 35 E@D julho 2020
D - Se não existisse o DeClara…
«Nós não poderíamos comunicar com o resto da escola, visto que um jornal é um meio de
comunicação, e, não poderíamos demonstrar aos outros que estamos unidos no distanciamento»
(André Lobo)
«Se o jornal da escola não existisse, não tínhamos o registo documentado de todas as atividades
que fazemos na escola. Não existia tanta interação na troca e partilha de informação e de
conhecimentos da nossa comunidade escolar.» (Renata Rosa)
«As turmas perderiam a oportunidade de partilhar as suas experiências e as conclusões destas. A
escola perderia também um importante meio para a comunicação escola-alunos.» (Duarte)
«Não conseguiríamos aprender matéria nova com outras turmas e não perceberíamos o esforço
de trabalho de cada turma.» (Luana)
«Se não existisse o DeClara não conseguiríamos saber o que se passa na escola ao longo da
semana, e, neste caso, durante a quarentena.» (M. Miguel)
«Não poderíamos ver trabalhos maravilhosos de outos alunos nem rir das “piadas”.» (Ronilson)
E- Então, pelo que foi referido, é obrigatório dizer…
«Obrigada a todos os professores e turmas.»
Obrigada à professora Isabel Pereira e parabéns por este trabalho que tem realizado pela escola
Clara de Resende!!»
(Luana)
A turma do 7º-E
Docente de C&D (Helena Pimentel)
10
Desafio de matemática do mês julho
Professor Artur Neri
Biblioteca Escolar
Professor Artur Neri
Resposta ao desafio do mês de : o número tapado é o 7
DeClara nº 35 E@D julho 2020
A Alice adicionou corretamente dois números. Depois, com dois
adesivos, tapou dois algarismos iguais. Que algarismo está tapado
pelo adesivo?
Resposta ao desafio de matemática do mês de junho:
O João quer inserir o algarismo 3 no número 2014 de modo a obter um número com
5 algarismo. Em que posição deve colocar o 3 de modo a obter o menor número
possível?
Quebra-cabeças
Biblioteca Escolar
As secas do mês
Atenção: Estas anedotas são extremamente secas. Mesmo
muito secas! As mais secas que já alguma vez ouviste!
11
Sugestões do mês de julho
Francisco Manta Rodrigues, 10.ºD
Informação inútil
O único país cuja bandeira não é retangular é o Nepal.
Francisco Manta Rodrigues, 10.ºD
DeClara nº 35 E@D julho 2020
Vira-se o médico para o paciente:
-O seu raio-X ao tórax revelou duas
costelas fraturadas.
-Vou ter de ser operado?
-Não é preciso, já corrigi a imagem com
Photoshop.
No manicómio:
-Para quem é essa carta que estás a
escrever?
-Para mim.
-E o que diz?
-Sei lá, ainda não a recebi!
Um empregado vira-se para o patrão:
-O meu salário está desajustado às
minhas aptidões!
-Eu sei, eu sei. Mas também não
podíamos deixá-lo morrer à fome…
-Pai, quero um tampão para os meus
anos!
-Artur… sabes o que é um tampão?
-Não, mas sei que dá para correr, nadar,
dançar, andar de bicicleta, montar a
cavalo…
12
Sugestões de Leitura mês julho
Francisco Manta Rodrigues, 10.º D
DeClara nº 35 E@D julho 2020
“Mundo do fim do mundo”, de Luis Sepúlveda
Um adolescente, fascinado pela leitura de Moby Dick, aproveita as férias de
verão para embarcar num baleeiro e conhecer, nos confins austrais do continente
americano, as terras onde o mundo termina. Passados muitos anos, já adulto, jornalista
e membro de movimentos ecologistas, regressa a essa região para testemunhar o que
aconteceu a um grupo de piratas que se dedicava à caça ilegal de baleias.
Nesta obra, Luis Sepúlveda denuncia os interesses internacionais que
sustentam a caça ilegal de espécies protegidas, aqueles que a praticam e os que a
combatem, constituindo assim um apelo à importância da proteção de espécies em
risco.
13
Sugestões de Leitura mês junho
DeClara nº 35 E@D julho 2020
“Os Amigos Nunca São para as Ocasiões”
Os amigos nunca são para as ocasiões. São para sempre. A ideia utilitária da amizade, como
entreajuda, pronto-socorro mútuo, troca de favores, depósito de confiança, sociedade de
desabafos, mete nojo. A amizade é puro prazer. Não se pode contaminar com favores e ajudas,
leia-se dívidas. Pede-se, dá-se, recebe-se, esquece-se e não se fala mais nisso.
A decadência da amizade entre nós deve-se à instrumentalização que tem vindo a sofrer.
Transformou-se numa espécie de maçonaria, uma central de cunhas, palavrinhas, cumplicidades
e compadrios. É por isso que as amizades se fazem e desfazem como se fossem laços políticos ou
comerciais. Se alguém «falta» ou «não corresponde», se não cumpre as obrigações contratuais, é
logo condenado como «mau» amigo e sumariamente proscrito. Está tudo doido. Só uma miséria
destas obriga a dizer o óbvio: os amigos são as pessoas de que nós gostamos e com quem
estamos de vez em quando. Podemos nem sequer darmo-nos muito, ou bem, com elas. Ou
gostar mais delas do que elas de nós. Não interessa. A amizade é um gosto egoísta, ou
inevitabilidade, o caminho de um coração em roda-livre.
Os amigos têm de ser inúteis. Isto é, bastarem só por existir e, maravilhosamente, sobrarem-nos
na alma só por quem e como são. O porquê, o onde e o quando não interessam. A amizade não
tem ponto de partida, nem percurso, nem objetivo. É impossível lembrarmo-nos de como é que
nos tornámos amigos de alguém ou pensarmos no futuro que vamos ter.
A glória da amizade é ser apenas presente. É por isso que dura para sempre; porque não contém
expectativas nem planos nem ansiedade.
Miguel Esteves Cardoso,
in 'Explicações de Português'
14
Sugestões de Leitura do mês de julho
DeClara nº 35 E@D julho 2020
Biblioteca Escolar
15
Ideias de Leitura e Escrita do mês de julho
DeClara nº 35 E@D julho 2020
16
Ideias de Escrita do mês de julho
DeClara nº 35 E@D julho 2020
17
Ideias de Leitura do mês de julho
DeClara nº 35 E@D julho 2020
18
A espécie do mês julho 2020
DeClara nº 34 E@D junho 2020
Cágado-mediterrânico
Mauremys leprosa
Em Portugal, aparece de uma forma contínua a Sul do Tejo e
no Norte interior (incluindo as Beiras Baixa e Alta e Trás-os-
Montes). No Noroeste existem apenas pequenos núcleos
isolados.
Fatores de ameaça, a captura ilegal de animais desta espécie é um dos fatores que pode ameaçar
algumas das suas populações. Com efeito, os cágados são capturados para serem vendidos como
animais de estimação e, nalgumas zonas, para a alimentação. Também são capturados
acidentalmente nas redes de pesca, acabando por morrer por afogamento.
Outro fator de ameaça é a introdução de espécies exóticas, nomeadamente da tartaruga-verde
(Trachemys scripta) que tem maior crescimento e é mais agressiva e oportunista, competindo com
o cágado-mediterrânico pelos recursos.
Finalmente, a alteração e destruição do habitat também pode levar à fragmentação ou mesmo ao
desaparecimento de algumas populações desta espécie.
Habitat, Este cágado é comum numa grande variedade
de habitats de água doce ou de baixa salinidade, com
água parada ou pouca corrente. Assim, são facilmente
encontrados em charcos, lagoas, albufeiras, rios, ribeiras
e pauis. Raramente são encontrados em altitudes
elevadas. Preferem locais com muita vegetação aquática
e elevada insolação das margens.
Alimentação, os cágados-mediterrânicos consomem uma grande variedade de alimentos,
nomeadamente plantas, insetos, caracóis, lagostins, anfíbios, peixes e até pequenas aves.
Professor: Artur Neri
19
Receita do mês de julho
Receita culinária
Ingredientes
Preparação
Simplesmente delicioso e saudável!
Bom apetite
☺
DeClara nº 35 E@D julho 2020
• 4 bananas maduras
• 4 ovos
• 1/2 chávena de óleo (de milho ou de coco)
• 2 chávenas de flocos finos de aveia
• 2 colheres (de sopa) de fermento em pó
• 1 colher (de chá) de canela (opcional)
Bolo de banana com aveia - Sem açúcar e sem farinha
• Corte as bananas e coloque-as no liquidificador, juntamente com os ovos e o
óleo, bata bem.
• Coloque essa mistura numa tigela e adicione os flocos de aveia, a canela e
misture bem.
• Por último adicione o fermento e misture sem bater muito.
• Coloque toda a mistura numa forma previamente untada.
• Leve ao forno por aproximadamente 35 minutos à 180ºC.
20
Poema do mês…
DeClara nº 35 E@D julho 2020
Eu Sou do Tamanho do que Vejo
Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII"
Heterónimo de Fernando Pessoa
21
Conto do mês…
DeClara nº 35 E@D julho 2020
A janela
Uma família mudou para uma casa nova. Enquanto tomavam o pequeno almoço, a
mulher reparou, através da janela, numa vizinha que dependurava lençóis num estendal
e comentou com o marido:
- Q eu lençóis tão sujos ela está a pendurar!
O marido observou calado.
Alguns dias depois, de novo e à mesma hora, a vizinha colocava os lençóis a secar. A
mulher voltou a comentar com o marido:
- A nossa vizinha continua a dependurar lençóis sujos!
E assim, de vez em quando, a mulher repetia este discurso, enquanto a vizinha
dependurava as suas roupas no estendal.
Passado algum tempo, a mulher ficou surpreendida ao ver uns lençóis muito brancos a
serem estendidos e disse para o marido:
- Olha, ela aprendeu a lavar a roupa. Os lençóis estão muito brancos!
O marido então respondeu calmamente:
- Ontem levantei-me cedo e lavei os vidros das janelas da nossa casa. Não eram os
lençóis da vizinha que estavam sujos, mas os nossos vidros.
Tudo depende da janela através da qual observamos os factos. Antes de criticar os
outros, olhemos para os nossos defeitos e limitações. Talvez seja preciso ter uns olhos
novos.
in Cavaleiro da imaculada
22
DeClara nº 34 E@D junho 2020
MEMÓRIAS DE UMA VISITA DE ESTUDO E OUTRAS VISITAS VIRTUAIS
- AO CENTRO CIÊNCIA VIVA DE CONSTÂNCIA-
«No dia 28 de fevereiro, a turma do 7ºE estava muito agitada porque ia ter uma visita de estudo
ao CCV de Constância. A camioneta era enorme… e estava toda a gente a pôr música e a cantar.
Mal chegámos, fomos lanchar porque tinham passado duas horas e meia. Depois, a visita
começou pelo Sistema Solar e pelos carrosséis dos planetas
De seguida fomos para um “coberto” (um hangar) onde tinha um avião militar e dois giroscópios;
pudemos andar num deles e foi muito divertido. Até a professora andou! E pudemos entrar no
avião e mexer nos flaps.
Seguiu-se o jantar … mas muito rapidamente… Chamaram-nos para ir ver as estrelas ao
telescópio; conseguimos ver Vénus, a Lua e uma galáxia (cujo nome não me lembro, agora).
Fomos acabar de jantar num parque (junto à foz do rio Zêzere) e voltámos para casa.» (Diogo
Aboim)
E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
23
DeClara nº 34 E@D junho 2020
O QUE EU MAIS GOSTEI
O que mais gostei/ O que de mais importante aprendi foi:
«… o conceito de aerodinâmica (…) principalmente se viermos a seguir um curso de engenharia e
mais tarde engenharia aeronáutica»; (André Lobo)
«… foi de entrar para o avião a jato Lockeed T33, cedido pela Força Aérea Portuguesa»; (Ana
Mafalda)
«Embora já tenha andado de avião, a verdade é que nunca tinha tido a oportunidade de estar no
cockpit de um avião… por isso foi uma experiência um tanto única como inesquecível»; (Francisca
Nogueira)
«… antes de andarmos neles, esteve-nos a explicar quem foi Isaac Newton e o que é o peso e a
massa»; (Diogo Pereira)
“do giroscópio»; (Diogo Aboim)
«de fazer treino de orientação/ desorientação espacial. Neste treino, sentávamo-nos numa
cadeira que estava no meio de duas circunferências; estas formavam uma esfera. Depois, um
monitor rodava uma circunferência e ficávamos a andar à roda; de seguida ele rodava a outra e,
nós, ora ficávamos de cabeça para baixo, ora ficávamos de cabeça para cima; e isto sempre a
rodar»; (André Lobo)
«dos efeitos da falta de gravidade no corpo humano» (Diogo Aboim); «de quando o nosso guia
nos demonstrou como se sentia um astronauta depois de uma viagem ao espaço»; (Francisco);
«os efeitos físicos e psicológicos de exercer um cargo de astronauta… o próximo passo é a
exploração e colonização de outros planetas; e, para isso, o ser humano terá que desenvolver
naves espaciais mais avançadas e maneiras de neutralizar os efeitos da radiação no ser humano»;
(Daniel)
«… a monitora levou-nos para o local da foto e explicou-nos o eixo imaginário de cada planeta e a
inclinação dos mesmos. Falamos especificamente dos planetas Júpiter, Saturno, Terra e da estrela
Sol; e também nos mostrou um relógio de sol»; (Diogo Pereira)
E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
24
DeClara nº 34 E@D junho 2020
«… dos módulos no exterior: o da Via Láctea, onde numa estrutura plástica estavam
representados vários sistemas estrelares (…); o do nosso Sistema Solar, no qual me foi explicada
que a inclinação do planeta Vénus é de aproximadamente 177 graus porque foi atingido por um
meteoro que fez a sua inclinação quase perfeita; (…) o da esfera armilar, com os círculos máximos
da Terra; (…)o de Júpiter onde se representavam melhor as suas 4 luas: Io, Europa, Calisto e
Ganimedes; (…) o de Saturno que representava os seus anéis e o seu satélite mais conhecido,
Titã; (Henrique)
«… das curiosidades sobre os planetas e de como observar as constelações no céu à noite»; (Ana
Mafalda)
«… de quando o guia nos mostrou as estrelas e algumas constelações, com um LASER de grande
alcance»; (Francisco)
«… da observação da Constelação de Orionte. Por um lado, esta era realmente muito bonita e,
por outro, a sua forma fazia lembrar a de um cavaleiro, o que me surpreendeu bastante»;
(Francisca Nogueira)
«...depois de vermos as constelações (o guia) levou-nos a uma sala onde tinha um telescópio, a
partir do qual observámos o planeta Vénus, uma nebulosa, a constelação do Cão Maior e a Lua»;
(Diogo Pereira)
«… de observar a Lua e a galáxia… de observar as constelações e outros objetos celestes que
havia no céu. Destes objectos, para mim, o que se destacou mais foi a Lua, pois pude ver as
crateras de impacto presentes na superfície»; (Ana Mafalda)
E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
25
DeClara nº 34 E@D junho 2020
«… quando vimos a Lua em grande pormenor, com o maior telescópio de Portugal, com ampliação
máxima de 20 polegadas»; (Francisco)
«… a parte que mais apreciei da visita de estudo foi a observação da Lua; pois, como a Lua se
encontra relativamente mais perto da Terra, consegui observar a Lua com um grande rigor; e
graças a isto a imagem que vi ficará captada durante muito tempo»; (Daniel)
«… aprendi que o Sistema Solar é muito maior do que parece, e, mesmo assim, tem um tamanho
insignificante perto do da Via Láctea»; (Tomás)
«… construído no alto de uma serra, é a localização ideal para a observação dos astros»
(Henrique); «… com uma excelente vista panorâmica … o céu nocturno apresentava muita
qualidade, por não estar numa zona de poluição luminosa»; (Matvey)
«… mexer/ manusear um telescópio»; (Diogo Pereira)
«… gostei de tudo»; (Ana Luísa)
E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
O que menos gostei foi:
«… dos carrosséis porque quase ninguém andou»; (Diogo Aboim)
«… o que me menos me agradou foi o relógio de sol analemático, pois não entendi muito bem
como funcionava»; (Henrique)
«… do tempo de viagem mas, para poder ter esta experiência, era necessário e, no final, tudo
compensou»; (Ana Mafalda)
«… o momento menos bom da visita foi quando estávamos a vir para o Porto… toda a gente
estava cansada; já nem energia para falar tinham e alguns até adormeceram»; (Francisco)
«… tudo me agradou nesta visita, por isso, não tenho nenhum aspeto negativo a referir»; (Diogo
Pereira)
O QUE MENOS GOSTEI
«… para além de ter contribuído para expandir os meus horizontes
culturais, permitiu um relacionamento entre alunos e professores muito
diferente do da vida escolar, mais cúmplice…». (Francisca Nogueira)
« A visita de estudo (…) ensinou-me que os planetas são verdadeiras
preciosidades e merecem ser estudados e vistos (…). No início eu não
estava muito entusiasmado (…) não gosto muito de física (…); e também
gostei de estar com os meus colegas num sítio fora da escola (…) classifico
a visita com um 5»; (Ronilson)
CONCLUSÃO
«Eu classifico a visita de estudo com cinco, pois fizemos coisas que
nunca tínhamos feito, aprendemos coisas de formas diferentes,
revimos o que já sabíamos e além de tudo foi muito divertida»;
(M. Miguel)
«Fiquei a perceber muito melhor certas coisas!! Classifico esta
visita de estudo 5/5» (M. Luís)
«… clara e obviamente 5. Agradeço muito (…) pois a visita cativou os alunos, deixando-os
fascinados, com as maravilhas do universo e encantados com os estudos de astronomia»;
(André Lobo)
«Classificação de 4,5/5 porque pudemos observar coisas que muito provavelmente nunca
voltaremos a ver e foi uma experiência que gostei muito de ter e que voltaria a repetir»; (Ana
Mafalda)
«… 5 porque a visita foi excelente»; (Francisco)
«… nunca irei esquecer esta visita»; (Diogo Pereira)
E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
- VISITAS VIRTUAIS A GRANDES MUDEUS DE CIÊNCIA-
A Luana pesquisou sobre grandes museus de Ciência e Tecnologia do mundo:
- O Museu de Ciência de Londres, o 6º mais visitado do Reino Unido;
- O ArtScience Museum em Singapura, apresenta exposições que misturam arte, ciência, cultura e
tecnologia;
- O Ontario Science Centre é um museu de ciências em Toronto, Ontário, Canadá;
- A Cidade das Artes e das Ciências é um complexo arquitetónico, situado em Valência, Espanha;
Visita de estudo do 7ºE
A professora de FQ e DT: Helena Pimentel
E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
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E@D E.V 7ºano
Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada
DeClara nº 34 E@D junho 2020
Aplicar processos ligados ao desenho, conhecer e dominar o material específico, criar
uma narrativa de forma coerente, crítica, reflexiva e expressiva. Tendo por base a situação que
estamos a viver de isolamento social em virtude da pandemia COVID 19, elabora uma banda
desenhada, numa folha A4.
Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada
Francisco Encarnação, 7ºB
29
E@D E.V 7ºano
Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada
DeClara nº 34 E@D junho 2020
Carolina Guimarães, nº6, 7ºA
30
DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V 7ºano
Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada
Isabel Maruny, 7ºA
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V 7ºano
Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada
Leonor Gomes, 7ºA
32
DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V 7ºano
Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada
Matilde Gama, 7ºB
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V 7ºano
Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada
Rodrigo Campos, 7ºB
34
DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V 7ºano
Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada
Mariana Rocha, 7ºA
35
DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V 7ºano
Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada
Inês Lemos, 7ºB
Professora de E.V. Rita Furtado de Mendonça
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E@D E.V. 9ºano – Retrato: simplificação por nivelamento
DeClara nº 34 E@D junho 2020
Corresponde a uma atitude estabilizadora. Nivelar implica reduzir os pormenores considerados
não essenciais, até se obter um modelo sintético daquilo que se está a representar.
Retrato: Simplificação por nivelamento
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V. 9ºano - Retrato Simplificação por nivelamento
Manuel Barbosa, 9ºC
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V. 9ºano - Retrato Simplificação por nivelamento
Alexandra Pinho, 9ºC
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V. 9ºano - Retrato Simplificação por nivelamento
Miguel Augusto, 9ºC
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V. 9ºano - Retrato Simplificação por nivelamento
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D E.V. 9ºano - Retrato Simplificação por nivelamento
Professora de E.V. Rita Furtado de Mendonça
Teresa Pais 9ºC
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E@D Português 11º ano
DeClara nº 35 E@D julho 2020
UMA CONFUSÃO DE … POSSÍVEIS IDEIAS…
O tempo desconhecido pela verdade criada pela ilusão deixa de ser verdade?
A vida pode ser algo mais do que a nossa existência?
O que é ser humano? O que é o bem? O que é o mal?
O que é o mundo? A globalização? O capitalismo?
Talvez tenhamos de relembrar de que no fundo não é nem nunca será possível prever o futuro?
Mas podemos nós conhecer realmente o passado?
Penso que tudo depende de cada um e da dependência criada por cada um em si mesmos e numa
sociedade, num mundo, num Universo...
Será que existe alguma verdade Universal? E os princípios de cada um podem ser esquecidos?
Quem tem o direito de esquecer ou ser esquecido?
A inteligência artificial nunca terá definição definida quanto a sua prestação e necessidade.
Estará sempre implícito o termo de dependência, contudo.
A tecnologia pode facilitar a realização de algumas tarefas na conseguinte de que se o habito se
instalar quando não existirem condições para a utilização de tecnologia ninguém saberá trabalhar
de outra forma e algo ficara por fazer e novo sofrimento será criado um sofrimento ainda maior
do que o anterior pois os grandes sábios e mestres, que não tenham aprendizes como irão
perpetuar a sua arte e artifícios...
A inteligência artificial é uma falsa simplificação.
O trabalho o, real trabalho, nunca poderá ser menos trabalhado ou sofrido... Hoje em dia com
tudo o que existe seria impossível construir novamente as pirâmides do Egito, por exemplo.
Não podemos confiar na tecnologia como confiamos no papel... de tão desenvolvida e
comprometida ... a própria inteligência artificial na tecnologia é tão real e credível como a de
quem a criou ...é uma inteligência tão racional , detalhada e banalizada que há já quem não a
saiba distinguir de uma inteligência humana .
A realidade é um campo complicado onde nada... pode ser mais do que nada? Mas o que será
então o “tudo “ ou o “todo”.
Será e sempre foi um desafio viver neste mundo...haverá e sempre houve a desigualdade, o
sofrimento, a humilhação, a desagregação, haverá sempre vida e morte.
Não sei o que esperar do futuro porque talvez não esperasse nada do mesmo antes da
Pandemia....
A relatividade será sempre a sombra invasora da razão.
06/2020
Aluno 11º ano
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E@D Física 12º ano - Instantâneos de Física Moderna
DeClara nº 35 E@D julho 2020
INSTANTÂNEOS DE FÍSICA MODERNA I
Estabilidade Nuclear (excerto…)
O núcleo de um átomo é constituído por protões e neutrões. Apesar de não apresentarem carga,
os neutrões são muito importantes para a constituição do núcleo. Pela Lei de Coulomb, cargas do
mesmo sinal repelem-se, assim, se só houvesse protões no núcleo, sendo estes de carga positiva,
as forças eletrostáticas de repulsão entre protões, não permitiriam que o núcleo se formasse.
Deste modo, a estabilidade nuclear está assegurada pela existência dos neutrões e da
consequente força nuclear forte entre eles e os protões, mantendo o núcleo unido. Esta força
nuclear forte, sendo a mais intensa das quatro interações da Natureza, sobrepõe-se à força
eletromagnética repulsiva entre as cargas positivas. Exatamente por constituírem o núcleo, os
protões e os neutrões são chamados nucleões.
Verifica-se que existe uma diferença entre a massa de um núcleo atómico e a soma da massa dos
seus constituintes em repouso.
KHAN ACADEMY. Diferença de Massa e Energia de Ligação
https://pt.khanacademy.org/science/physics/quantum-physics/in-in-nuclei/ v/mass-defect-and-binding-energy
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano - Instantâneos de Física Moderna
Da diferença de massas resulta uma diferença de energia:
A energia de ligação, sendo libertada, como neste caso, em que se forma o núcleo, ou então
fornecida, quando se quer separar os nucleões, acabando por desintegrar o núcleo.
É possível concluir que a energia de ligação associada a um núcleo é um fator
determinante para a sua respetiva estabilidade.
Dos quase 2000 nuclídeos conhecidos, apenas 354 deles são estáveis. Algo que se observou ao
analisar um gráfico detalhado de nuclídeos foi que muitos dos núcleos estáveis são formados por
números “mágicos” de nucleões. Sendo eles: 2, 8, 20, 50, 82 e 114 para os protões e 2, 8, 20, 28,
50, 82, 126 (e 184 - número de neutrões que se estima que um nuclídeo estável muito pesado
tenha; este tipo de nuclídeos encontrar-se-iam na “ilha da estabilidade” que se acredita existir)
para os neutrões. Estes números “mágicos” são de alguma maneira análogos à regra do octeto
relativa aos eletrões de valência. Os átomos tendem a ligar-se segundo esta regra, obtendo
configurações eletrónicas semelhantes aos elementos químicos pertencentes ao grupo dos gases
nobres. Estes elementos que têm oito eletrões de valência são mais estáveis por não possuírem
eletrões desemparelhados. Relativamente aos protões e neutrões, talvez este padrão explique
porque é que por exemplo o estanho, Z = 50, tenha 10 isótopos estáveis enquanto que os seus
vizinhos com Z = 49 e Z = 51 apresentem apenas, cada um, 2 isótopos estáveis.
Um vídeo que encontrámos no Youtube sobre esta matéria e que é muito interessante e bem
aprofundado pela CEA Sciences é:
https://www.youtube.com/watch? v=UTOp_2ZVZmM
Bibliografia
-LIBRETEXTS CHEMISTRY. Nuclear Magic Numbers. 30 setembro, 2019 https:// chem.libretexts.org/Bookshelves/Physical_and_Theoretical_Chemistry_Textbook_Maps/
Supplemental_Modules_(Physical_and_Theoretical_Chemistry)/Nuclear_Chemistry/ Nuclear_Energetics_and_Stability/Nuclear_Magic_Numbers Acesso em 13/05/2020
-LIBRETEXTS CHEMISTRY. Patterns of Nuclear Stability. 5 de junho, 2019 https:// chem.libretexts.org/Courses/University_of_Missouri/MU%3A__1330H_(Keller)/
21%3A_Nuclear_Chemistry/21.2%3A_Patterns_of_Nuclear_Stability Acesso em 11/05/2020
-LIBRETEXTS CHEMISTRY - VITZ, Ed; MOORE, John W.; SHORB, Justin; PRAT-RESINA, Xavier; WENDORFF, Tim; HAHN, Adam. Nuclear Stability. 7 de fevereiro, 2020 https://
chem.libretexts.org/Bookshelves/General_Chemistry/ -Book%3A_ChemPRIME_(Moore_et_al.)/19Nuclear_Chemistry/19.07%3A_Nuclear_Stability Acesso em 13/05/2020
-SCHAPPO, Maurício Girardi. Um modelo concreto para o estudo da estabilidade nuclear no Ensino Médio. Departamento de Física, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, SC, Brasil. 2010. Física na Escola. http://www1.fisica.org.br/fne/ phocadownload/Vol11-Num2/a071.pdf Acesso em 11/05/2020
-KHAN ACADEMY. Diferença de Massa e Energia de Ligação https://pt.khanacademy.org/ science/physics/quantum-physics/in-in-nuclei/v/mass-defect-and-binding-energy
Acesso em 13/05/2020
-MACIEL, Noémia; MARQUES, M. Céu; VILLATE, Jaime E.; AZEVEDO, Carlos; CAÇÃO, Alice; MAGALHÃES, Andreia. Eu e a Física Manual 12º ano, 1 ed. Porto: Porto Editora, 2019
Mariana Carvalho e Tomás Ribeiro
Física 12º B
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano - Instantâneos de Física Moderna
INSTANTÂNEOS DE FÍSICA MODERNA II
AS FORÇAS NUCLEARES FORTES E FRACAS (excerto…)
Visualização de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=r7-cy_EuYpc
Visualização de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-xlcR-NtXBQ
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano - Instantâneos de Física Moderna
Visualização de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=cVnvjxIzk-E
Visualização de vídeo:https://m.youtube.com/watch?v=NryoN3AOeUk
Bibliografia
HUMBERTO GAROTTI. As Quatro Forças Fundamentais da Natureza. http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20032/Humberto/pagina1.html Acesso em 12/05/2020
MACIEL, Noémia; MARQUES, M. Céu; VILLATE, Jaime E.; AZEVEDO, Carlos; CAÇÃO, Alice; MAGALHÃES, Andreia. Eu e a Física Manual 12º ano, 1 ed. Porto: Porto Editora, 2019
Carlota Sá e Carlos Moreira
Física 12º B
Professora Helena Pimentel
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e…
MEMÓRIAS DE VISITAS DE ESTUDO II E VISITAS VIRTUAIS
- AO CEA*/ CADARACHE e ITER**, Aix-en-Provence/FRANÇA -
INTRODUÇÃO
Os CEA* são organismos públicos de investigação, desenvolvimento e inovação
avançadas, em diversas áreas científicas, geograficamente espalhados por França. No início de
fevereiro, o 12ºB/ Física visitou o centro que se situa na antiga floresta de Cadarache (em Saint
Paul lez Durance), 40 Km a norte da cidade de Aix-en-Provence e servido pelo Aéroport Marseille
Provence. O CEA/ Cadarache alberga o ITER**, ambos constituindo o maior centro tecnológico
mundial de investigação para a energia, numa área de 42 hectares. O ITER é um projeto
internacional, assinado em 2006, no Palácio do Eliseu, por um consórcio de 35 nações que
perfazem 50% da população mundial e 81% do PIB global. O orçamento previsto é de 13 milhões
de euros, o que o torna um investimento acessível, comparado com o da Taça Mundial de Futebol
de 2022 (de 200 milhões de dólares).
O CEA/ Cadarache integra o Institute For Magnetic Fusion Research (IRFM) que orienta a
realização dos testes experimentais de apoio à construção/ funcionamento do ITER. Este será o
maior reator de fusão termonuclearnuclear do mundo, sendo a sua escala um fator de viabilidade
científica e tecnológica. A primeira injeção de combustível (plasma de deutério e trítio, dois
isótopos de hidrogénio) está prevista para 2025. Terá uma potência térmica de 500 MW, com um
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e…
fator multiplicativo de 10. Ou seja, o ITER será um amplificador de potência elétrica: um grama de
plasma produzirá energia suficiente para um veículo dar três voltas à Terra; o equivalente a 9
toneladas de petróleo. Uma fonte de energia abundante, segura, limpa. Uma revolução energética
que poderá estar prestes a acontecer: o início da etapa industrial da fusão nuclear.
* Commissariat aux Energie Atomique et Energie Alternatives; **International Thermonuclear Experimental
Reactor;
ÁREAS DE INVESTIGAÇÃO NO CEA/ CADARACHE
Inicialmente pensado como um centro de investigação em armamento e defesa
nuclear, evoluiu para outras áreas de pesquisa e desenvolvimento: energias de baixo carbono
(nucleares e renováveis); investigação tecnológica para a indústria e investigação fundamental
(ciências da matéria e ciências da vida). Implementa projetos (444 em 2019), com colaboração de
numerosos parceiros académicos e industriais. É um centro de alta segurança, onde só entrámos
depois de devidamente identificados; onde só fomos autorizados e tirar uma fotografia de grupo;
onde fomos sempre orientados por guias.
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e…
O início da visita de estudo começou pela exploração de uma sala interativa e
informativa, de apresentação de todas estas áreas de investigação, seguida de um quiz e de uma
apresentação geral da história e da atividade científica e tecnológica do CEA. Perguntámos por
que razão a queima dos biocombustíveis é mais ecológica do que a dos combustíveis fósseis:
através da fotossíntese das plantas, há reciclagem do dióxido de carbono libertado na sua
combustão.
Um projeto em teste e divulgação, desde 2017, é o do Catamaran Energy
Observer, um barco exclusivamente movido a energia limpa (sem
emissão de gases de efeito de estufa ou partículas finas) e
autosustentável (sem dispêndio de uma gota de combustível) que foi
desenvolvido pelo CEA Tech. A dar a volta ao mundo, em seis anos,
passando por 50 países, a uma velocidade de 8-10 nós. Movido a
Movido a energias renováveis e hidrogénio (painéis solares, turbinas eólica, geradores de
hidrogénio, aproveitamento de forças hidráulicas) para gerar a energia elétrica que alimenta
motores, equipamentos de navegação e sistemas de comunicação. O hidrogénio (retirado da água
do mar e não de combustíveis fósseis) é considerado uma solução para o armazenamento de
energia eólica e solar. A testar a sua eficácia em ambientes hostis. O objetivo maior do projeto
será o de promover a transição para a criação de edifícios neutros em carbono e o
desenvolvimento de comunidades sustentáveis. Pensa-se que, um dia, esse sistema de energias
renováveis combinadas poderá ser usado em casas, fábricas e navios de carga. E fornecer energia
a 1,2 biliões de pessoas ainda sem acesso à eletricidade.
O ITER E OUTROS LOCAIS VISITADOS
O ITER é uma máquina (reator termonuclear do tipo Tokamak) do tamanho de um
prédio de 10 andares (30 metros x 30 metros), construído sobre uma plataforma anti-sísmica.
Considerado o maior puzzle do mundo, muitas das suas peças estão a ser finalizadas em
diferentes países. Os cabos elétricos necessários contornam 2,5 vezes o perímetro da Terra e foi
construída uma central elétrica para o alimentar. Necessita de uma potência disponível de 50
MW. Será o equivalente a “um Sol dentro de uma panela”. A câmara de reação tem um volume
superior a 800 m3.
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e…
O ITER vai reproduzir a reações termonucleares de fusão que acontecem no coração das
estrelas, a temperaturas e pressões muito elevadas (quando a matéria se encontra num estado
físico chamado plasma, com elevado nível de agitação e confinamento dos iões). Nestas
circunstâncias, dois núcleos leves de hidrogénio conseguem a fusão, originando um átomo de
hélio, com libertação de energia. Os combustíveis a utilizar são átomos de hidrogénio, do tipo
deutério (extraído da água) e trítio (fabricado a partir do Lítio); grande parte da energia libertada
ocorrerá na forma de energia de movimento dos neutrões, libertados na reação de fusão nuclear.
Esta é transferida para as paredes do reator, sob a forma de calor, fará aquecer água e, pelo
método clássico, acionar as turbinas de um gerador elétrico
Para criar as condições das estrelas, o ITER utiliza um processo que consiste em manter o plasma
muito quente (150 milhões de graus Celcius), necessariamente confinado por campos magnéticos
intensos, para não perder calor para um qualquer meio material. Estes são criados por
eletroímanes supercondutores, arrefecidos a temperaturas muito próximas do zero absoluto.
Criam como que uma caixa imaterial de forma toroidal com correntes helicoidais de plasma
quente no seu interior.
Para o plasma poder acumular a quantidade de energia suficiente, necessária à ocorrência das
reações de fusão, não arrefecendo rapidamente, é necessário que as máquinas de futuro tenham
dimensões mínimas de 1000 m3 de plasma. O aquecimento do plasma é feito através: das
correntes elétricas de circulação do plasma por ação magnética; da injeção a alta velocidade dos
átomos de deutério, aquecidos no exterior; por incidência de microondas sobre o plasma. É
possível, deste modo, conseguir reações nucleares de fusão estáveis e duradoiras (15’).
A era industrial surgirá quando a máquina conseguir trabalhar em contínuo (não se degradando,
pelo fluxo constante de neutrões) e gerando o trítio de que necessita (através de uma cobertura
de Lítio). Será o DEMO, previsto para 2050. Outros métodos estão a ser experimentados, como o
da fusão inercial, por incidência de raios LASER intensos sobre uma amostra de matéria
O WEST, o “pequeno” ITER: é um reator experimental, construído numa escala muito
inferior (cerca de 30 m3 de capacidade de plasma) que tem feito estudos pioneiros dos fenómenos
físicos ligados à fusão nuclear; melhorando tecnologias, para dar resposta à erosão dos materiais
da câmara interior e do seu funcionamento em contínuo. Melhorando os tempos de ignição do
plasma.Pelo número de tubos e cabos que saem da câmara de fusão termonuclear, percebe-se a
sofisticação e complexidade do processo experimental que está a ser implementado.
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e…
No interior deste reator (uma máquina do tipo Tokamak), cada peça é fruto de investigação
científica e teste. Observámos os cientistas a analisar materiais e à procura das melhores soluções.
Parte considerável da visita guiada, orientada por um cientista doutorado do CEA, decorreu nesta
zona de investigação. Pudemos tocar nas peças deterioradas que não resistiram aos testes
experimentais a que foram sujeitas.
Nos momentos de teste, o que se passa no interior do reator pode ser observado num écran de
“uma sala de comando” (semelhante às salas de controle de missões da NASA): pressões,
temperaturas, comportamento e tempos de ignição do plasma, interações indesejadas com os
materiais das paredes. E há braços robóticos, no interior do reator, dotados de câmaras que
podem ser movidos a partir do exterior, para observação e controlo, evitando a necessidade de
abrir o reator. A sala de controlo não estava ativa mas, a sua memória, é facilitadora da
interpretação de fotografias com plasmas em ignição.
O Reator de Investigação Jules/ Horowitz, para o estudo do comportamento dos
materiais e combustíveis sujeitos a irradiação, dará apoio aos reatores e indústria nuclear do
futuro. E assegurará a produção de radioelementos para medicina nuclear e para indústria não
nuclear. Próximo do local onde nos foi permitido tirar a nossa fotografia de grupo,
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e…
Com experiência no domínio nuclear o CEA/ Cadarache desenvolveu conhecimento especializado
nos domínios da radiobiologia e toxicidade nuclear. Estuda o impacto das atividades nucleares
sobre o homem e o ambiente.
Investigação em Energias Renováveis
O CEA/ Cadarache tem uma experiência de 30 anos de investigação nos domínios das energias
renováveis, sendo áreas prioritárias de estudo: a energia solar (térmica e fotovoltaica), o seu
armazenamento, a sua integração na paisagem e em rede, melhorando o rendimento e preço
dos painéis; a melhoria da performance, custo, segurança e fiabilidade de baterias para os
carros elétricos; o aperfeiçoamento e integração de toda a tecnologia do hidrogénio e da pilha
de combustível; os biocombustíveis de 2ª (por via termoquímica, com aproveitamentos de
biomassa) e 3ª geração (tirando partido de capacidades de microorganismos, como microalgas,
para produzir hidrogénio, lípidos ou álcoois). O grupo observou, no campo, um estudo
experimental com filas contínuas de espelhos curvos semicilíndricos que concentravam a
energia em tubos lineares, aquecendo água
TESTEMUNHOS DE PARTICIPANTES NA VISITA
Participantes na visita de estudo (Adam, Ana Sofia, Filipe, Gustavo, João, Miguel) redigiram algum
dos seguintes comentários, reflexivos e introspetivos, sobre a mesma:
«A visita que fizemos em fevereiro foi única para mim. Pude ver cidades novas, entrar em
contacto com o ambiente local e aproveitar as belíssimas cidades de Aix-en-Provence e
Marselha. Contudo, foi a visita ao centro de pesquisa e desenvolvimento em Cadarache que
mais me maravilhou. A entrar em contacto com o reator de fusão e com o cientista/
investigador italiano que guiou a nossa visita, eu senti que estava perante algo que pode mudar
o futuro da humanidade. A criança dentro de mim sentia-se numa fantasia, semelhante à
sensação da primeira vez que fui à Disney; sendo que a escala do reator permitiu-me mais
compará-lo a projetos fictícios, retirados de filmes como Star Wars ou Interstellar. Concluo,
também, que foi realmente inspirador perceber que a cooperação entre múltiplos países não
só é possível, como também próspera. Isto dá-me esperança para o futuro, num momento em
que a cooperação internacional parece estra a falhar.»
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano: Memórias…
«Eu gostei imenso da visita, uma vez que não só me enriqueceu a nível intelectual mas também a
nível cultural. Tanto Aix-en-Provence como Marselha são cidades muito bonitas que tivemos o
prazer de poder conhecê-las e explorá-las um pouco melhor. Na minha opinião, o ponto alto da
visita foi o contacto que tivemos com uma central nuclear em Cadarache, o que se revelou uma
experiência única que não é certamente vivida por muitas pessoas. Foi incrível ter estado tão
perto de um reator nuclear de fusão e ter aprendido tanto sobre esta tecnologia, tão avançada e
que eu acredito que irá ser “o nosso futuro”. Tendo isso em conta, foi certamente uma visita que
teve um grande impacto em mim e que eu realmente adorei.»
«A viagem a França foi interessante, produtiva, didáctica mas, principalmente, foi uma ponta de
novos interesses que se abriu em mim. A minha maneira de encarar a física mudou após esta
viagem. Não só me deu oportunidade de ver coisas únicas, como me suscitou um interesse de
querer saber mais sobre o assunto em questão. Foi uma viagem inesquecível. Para além disso, no
final da visita a Cadarache, penso que, o facto do guia nos revelar o caminho que seguiu na
faculdade e na escolha de cursos que fez, foi algo motivador para nós acreditarmos que somos
capazes de cumprir os nossos sonhos. Foi uma experiência inesquecível. Útil para aprender Física
a nível internacional, assim como para desfrutarmos de uma viagem deveras bonita.
«Sem dúvida uma viagem marcante. Nunca pensei que uma viagem de apenas três dias tivesse
um impacto tão positivo na minha vida estudantil. Sem dúvida um incentivo ao estudo da Física e
da Ciência em geral.»
«Vista com alguma relutância, a priori, a visita de estudo foi, a meu ver um grande sucesso. Um
centro de investigação, desconhecido pela maior parte das pessoas, tornou-se a minha melhor
experiência de visita de estudo. A capacidade dos investigadores de nos tratarem como adultos
e não como uma turma de miúdos, a visitar as instalações, contribuiu imenso para a qualidade da
visita. O que mais me surpreendeu foi a infinidade de projetos em desenvolvimento e a
existência de investimento nos mesmos. Para esta visita foi importantíssima o empenho e
dedicação da Professora Helena, a quem agradeço.»
«A viagem a Cadarache que se realizou de 3 a 5 de fevereiro, decorreu sem qualquer problema.
Aix-en-Provence é uma cidade belíssima embora pequena. Aí foi possível conhecer diversos
museus, nomeadamente a Fundação Vasarely, o Museu e a capela Granet, entre outras. No
entanto, sem dúvida alguma, que a parte mais cativante, interessante e educativa foi a visita ao
CEA- Cadarache. Pessoalmente, o momento mais fascinante foi a visita ao reator WEST. Durante
esse tempo, explicações do funcionamento do reator foram-nos fornecidas por um investigador
italiano que esclareceu todas as nossas questões. Entender não só o funcionamento científico do
WEST, como também a magnitude do projecto ITER fez-me olhar para a Ciência de uma
maneiradiferente e mais alargada, que terá, consequentemente, implicações diretas no
percurso do meu futuro. Concluindo, penso que esta visita superou as minhas expetativas, já
que me permitiu ver um mundo novo.»
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano: Memórias…
O CONTACTO COM A CIDADE
Todos ficámos conquistados pela vida na cidade e pelos seus lugares. Aix-en-Provence é
conhecida pela cidade das águas e das artes, com várias galerias e fontes, ao longo do Cours
Mirabeau e centro histórico.
Terra de Cézanne (1839-1906), impressionista e precursor do abstracionismo, pintou
incessantemente a luz, a natureza e as paisagens da Provença, com representação obsessiva do
Monte Sainte-Victoire.
A Fundação Vasarely é um expoente da Arte Ótica e Cinética. O Museu Granet dá acesso a
trabalhos de Degas, Renoir, Gauguin, Monet, Cézanne, Van Gogh, Picasso, (…), expostos na
Chapelle des Pénitents Blancs.
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Física 12º ano: Memórias…E VISITAS VIRTUAIS
- VISITAS VIRTUAIS À GRANDE CIÊNCIA &
TECNOLOGIA DO NOSSO TEMPO -
❖ Derniers résultats de simulation sur la fusion par confinement magnétique; Recherches sur
les plasmas de fusion (4:22’)
https://www.youtube.com/watch?v=3w4LAWcw1us
❖ La fusion contrôlée par confinement magnétique, le CEA et ITER (1:02:43 h)
https://www.youtube.com/watch?v=xezCtw8zHbc
❖ A fusão nuclear poderá salvar-nos? (19:35’)
https://www.youtube.com/watch?v=-UC8eSbQiWU
❖ ITER, la fusion nucléaire nous sauvera-t-elle? (52:11’)
https://www.youtube.com/watch?v=r1P41lNqkXM
❖ ITER Mythes et Réalités d'un projet nucléaire 1/5 (24:44’
https://www.youtube.com/watch?v=Fi_uurHZY-g
❖ HYDROGÈNE : L'ÉNERGIE DU FUTUR ? (32:07´)
https://www.youtube.com/watch?v=dUv3U9w1xz4
Visita de estudo do 12º B
(com as docentes de TIC e de Física)
Helena Pimentel
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E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
DeClara nº 35 E@D julho 2020
A Química dos Plásticos
Afinal, o que são os plásticos?
Estamos sempre a sempre a ouvir que temos de reduzir a produção/uso de plástico e
dos animais marítimos conviverem com partículas de plástico no seu habitat. Nada disto é bonito
e só prejudica o nosso futuro. Por isso tentem reduzir o uso de plástico. Neste artigo vão
compreender a complexidade destes nossos inimigos ambientais.
Os plásticos são materiais poliméricos (palavra chave mais
usada à frente) sintéticos, de constituição macromolecular, com
bastante maleabilidade. A maleabilidade dos plásticos deve ao calor
e pressão, daí termos garrafas de vários tamanhos e formas. O
plástico também pode ser proveniente do petróleo.
O plástico tem várias propriedades como a baixa densidade, a resistência à corrosão,
bons isolantes térmicos e a sua maleabilidade que permite obter uma grande variedade de
produtos.
Uma palavra chave que eu referi em cima foi polímeros. O plástico é um material
polímero, mas o que significa a palavra polímero?
Um polímero é uma macromoléculas (molécula orgânica de elevada massa molecular
relativa) formado por unidades com uma estrutura menor. Estes são chamados os monómeros.
As macromoléculas de um determinado polímero são
caracterizadas por um conjunto de átomos que se repete n
vezes para formar a molécula. Este conjunto de átomos é
designado por unidade estrutural.
Os polímeros obtém-se a partir de reações químicas
em cadeia, denominadas reações de polimerização, em que
participam espécies de baixa massa molar. Essas espécies
designam-se por monómeros.
O nome do polímero é geralmente dado pelo nome do monómero precedido do
prefixo poli-.
Existem uma variedade gigante de polímeros que não vou escrever aqui porque íamos
chegar a simples conclusão que maior parte das coisas que usamos no nosso dia é constituída
por plástico. Pode não se conseguir ver ao olho nu, mas isso não impede de existir.
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
Como eu referi em cima os polímeros começam o seu nome com poli-, por isso não é de
estranhar que os nomes que verás em baixo comecem todos por poli-.
Policarbonato- CDs, garrafas, recipientes para filtros, coberturas translúcidas, vitrines.
Poliuretano- chapas, revestimentos, molduras, filmes, isolamento térmico em roupas
impermeáveis, isolamento em refrigeradores industriais e domésticos.
Policloreto de vinilo ou cloreto de polivinil- telhas translúcidas, divisórias, persianas, perfis, tubos
e conexões para água, esgoto e ventilação, molduras para teto e parede.
Poliestireno- peças de máquinas e de automóveis, brinquedos,
isolante térmico.
Polipropileno- brinquedos, recipientes para alimentos, remédios,
produtos químicos, recargas de canetas, seringas de injeção,
material hospitalar esterilizável, peças para máquinas de lavar.
Polietileno Tereftalato- embalagens para bebidas, alimentos,
produtos de limpeza, condimentos; reciclado, presta-se a inúmeras
finalidades: tecidos, fios, sacarias, vassouras.
Estes são alguns exemplos da aplicação dos polímeros no dia a dia e consegues
perceber que só nesta pequena quantia de nomes apresentados, nós usamos algo que contém
plástico. O plástico tem uma composição bastante complexa a nível químico que é um desafio
para compreender como ajudar o ambiente na sua redução.
Por isso da próxima vez que pegares em algo simples como uma garrafa não
te esqueças que ela não é só isso, mas sim ligações atrás de ligações. E ajuda o
ambiente com a reutilização e reciclagem dos mesmos.
Beatriz Castro Neves nº4 12C
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
Em pleno 2020 usamos no dia a dia polímeros de condensação mas afinal o
que são e para que servem?
Os polímeros de condensação são macro moléculas formadas por meio de reações de
polimerização em que dois monômeros (iguais ou diferentes) unem-se e é eliminada uma
molécula pequena que não fará parte do polímero. Geralmente, essa molécula eliminada é a
água (H2O), porém, outros exemplos são o cloreto de hidrogénio (HCl), a amónia (NH3), o cianeto
de hidrogénio (HCN), entre outros.
I. Poliésteres: Resultam da condensação de poliácidos com poliálcoois. Um dos poliésteres mais
simples e mais importantes é obtido pela reação do éster metílico do ácido tereftálico com
etileno-glicol. É usado como fibra têxtil e recebe os nomes de terilene ou dacron. Em mistura
com outras fibras (algodão, lã, seda etc) constitui o tergal.
II.Poliamidas ou Nylons: Estes polímeros são obtidos pela polimerização de diaminas com ácidos
dicarboxílicos. Os nylons são plásticos duros e têm grande resistência mecânica. São moldados
em forma de engrenagens e outras peças de máquinas, em forma de fios e também se prestam à
fabricação de cordas, tecidos, garrafas, linhas de pesca etc. O mais comum é o nylon-66,
resultante da reação entre a hexametilenodiamina (1,6-diamino-hexano) com o ácido adípico
(ácido hexanodióico).
Polímero de adição
Muitos dos objetos plásticos que usamos em nosso dia a dia são obtidos através dos
polímeros de adição. Vamos entender um pouco do processo de formação destes polímeros?
Na polimerização de adição, todos os átomos do monômero são incorporados na
cadeia do polímero. O ponto de partida para as reações de adição é a quebra da ligação dupla
carbono-carbono (C = C) presente nos compostos orgânicos, como, por exemplo, no etileno.
Uma vez quebrada a ligação, forma-se um radical com eletrão ímpar. Esse eletrão atua
livremente, tornando o átomo de carbono altamente reativo. O radical se une então a outro
radical, e começa uma reação em cadeia até que se formem longas estruturas como a descrita
acima, a do polietileno. Agora já sabe por que a Reação de adição se chama assim, ela permite
somar mais carbonos à cadeia.
Bernardo Rebelo 12ºC
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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Já ouviste falar em polímeros?
Depois deste confinamento ao qual fomos submetidos,
nada melhor do que aprender um pouco de Química!!!
Reações de Polimerização
Os polímeros são obtidos através de uma ou mais reações químicas chamadas Reações
de Polimerização. A palavra “Polimerização” significa Poli: várias e Meros: partes, ou seja, é união
de vários “meros” que ao final da reação, formam uma cadeia longa chamada polímero, pode ser
ainda definida como um conjunto de reações através das quais monómeros1 reagem entre si,
formando macromoléculas poliméricas.
A polimerização por adição (em cadeia) envolve as seguintes etapas (exemplo de
polimerização do Polietileno):
1) Iniciação: formação de sítio reativo a partir de iniciador (R) e monómero:
R + CH2=CH2 → R-CH2CH2
2) Propagação da reação a partir dos centros reativos:
R-CH2CH2+ n CH2=CH2 → R-(CH2CH2)nCH2CH2
3) Terminação da reação:
R- (CH2CH2)n CH2CH2 + R’ → R-(CH2CH2)n CH2CH2-R’
fórmula química do polietileno
Continua
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
A massa molecular relativa de qualquer substância obtém-se a partir da soma das
massas atómicas relativas dos diversos átomos que a constituem, sendo a massa atómica relativa
de um elemento expressa numa escala em que a massa do 12C é de 12 unidades.
No caso partículas dos polímeros, a massa molecular relativa é função do número de
unidades repetitivas que os constituem. A este número de unidades repetitivas que formam um
polímero, atribui-se a designação e grau de polimerização e da massa molecular relativa da
unidade repetitiva.
Por exemplo, um polipropileno com um grau de polimerização de 2000 terá uma massa
molecular relativa de 84000. Dado que a massa molecular relativa da unidade repetitiva que
constitui o polipropileno é de 42 e sendo que o grau de polimerização é igual a 2 000, a massa
molecular do polímero será, então, igual a 84 000 (42×2 000).
fórmula química do polipropileno
No entanto, em ciência de polímeros, um cálculo deste tipo não apresenta grande
significado, pois uma das características mais importantes de um material polimérico sintético é
a impossibilidade de se lhe atribuir um número definido de unidades repetitivas que o
constituem e consequentemente, uma massa molecular relativa exata. Isto deve-se ao facto das
reações de polimerização (reações que conduzem à formação de um polímero) darem origem a
cadeias formadas aleatoriamente e, assim, o produto final da reação ser uma mistura de cadeias
de comprimento diferente.
Porém, em muitos casos, a distribuição dos comprimentos das cadeias pode ser
determinada estatisticamente e, assim, o polímero pode caracterizar-se pela distribuição das
massas moleculares relativas das moléculas que o constituem (e as massas moleculares médias
que lhe estão associadas).
Monómero1: molécula constituída por um único mero
Marta Costa 12C
Professora Química 12
Maria Isabel Pinto
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
Plásticos biodegradáveis e a sua obtenção
● Uma alternativa de minimizar os impactos ambientais dos resíduos plásticos é a produção
de novos plásticos que sejam biodegradáveis, ou seja, que sejam degradados por
microrganismos presentes no meio ambiente, convertendo-os em substâncias simples,
existentes naturalmente no nosso meio.
● Várias tentativas nesse sentido foram e continuam a ser feitas. Uma delas consiste em
adicionar amido aos plásticos durante a sua produção. Dessa forma, o amido é degradado e
restam pedaços minúsculos de plástico, prejudicando menos o ambiente.
● Outra alternativa tentada também para se produzir plástico biodegradável foi com a adição
de substâncias fotossensíveis, pois isso ajudaria o material plástico a se decompor na
presença de luz do sol.
Um plástico que tem vindo a fazer sucesso é o chamado “plástico verde”, pois não é
derivado do petróleo, mas sim de uma fonte renovável. O etanol das canas de açúcar passa por
um processo de desidratação intramolecular, produzindo o eteno que, por meio da sua
polimerização, forma o polietileno.
continua
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
O que são materiais de base sustentável?
Os materiais de base sustentável, têm de ser renováveis, recicláveis e
biodegradáveis, para além de serem economicamente viáveis. Devem permitir a diminuição
de resíduos, de poluição e, consequentemente, a preservação de fontes de matéria-prima.
Vantagens destes materiais:
● Produzidos a partir de fontes renováveis;
● Menor consumo de energia na sua produção;
● Menor dependência do petróleo;
● Biodegradáveis;
● Produtos de degradação não poluente.
Mariana Pinheiro, 12C
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
A indústria dos plásticos na sociedade contemporânea
Existem muitas marcas e produtos que estão a tomar a iniciativa de reduzir no
consumo de plástico. De certeza que conhecem algumas:
Como estas existem muitas outras marcas que já estão a fazer a diferença!!
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
A reciclagem de plásticos
Devem-se estar a perguntar como é que a reciclagem desses plásticos se faz!
Aqui vai uma explicação.
No geral, a reciclagem de plástico descartado consiste, basicamente, em três processos:
1. Coleta e separação: é a separação dos resíduos de acordo com o seu material;
2. Revalorização: é a fase na qual o material já separado passa por um processo que
faz com que ele volte a ser matéria-prima;
3. Transformação: fase em que o material transformado em matéria-prima gera um
novo produto.
4. Separação do lixo.
5. Existem dois tipos de reciclagem:
2. Reciclagem Energética:
• Reduz o consumo de petróleo;
• Reduz o consumo de energia;
• Evita o abate de árvores.
Mariana Pestana, 12ºC
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
1. Reciclagem Química
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
Os plásticos e os estilos de vida das sociedades atuais
Mas afinal, o que é o plástico?
A palavra “plástico” vem do grego plastikos, que significa “próprio para ser moldado ou
modelado”. Os plásticos são originados a partir de resinas derivadas do petróleo e pertencem ao
grupo dos polímeros, que são longas cadeias moleculares. Existem tipos diferentes de plásticos
que são determinados pela extensão e estrutura dos polímeros
Conhece os impactos dos objetos de plástico no meio ambiente?
O plástico está tão presente no nosso dia a dia que raramente paramos para pensar no quanto
este prejudica a natureza. Saiba que os efeitos deste podem ser muito piores do que
imaginamos! Por isso, em 2018, a ONU (Organização das Nações Unidas) iniciou um
movimento de conscientização global. Segundo a organização, a poluição causada pelo
descarte de objetos de plástico é um dos grandes desafios da atualidade.
Afinal, como reduzir o descarte de plástico
no meio ambiente?
Todo este panorama mostra uma demanda
muito urgente: como o ritmo de reciclagem
não acompanha a produção, não basta separar
o lixo – é importante reduzir o consumo ao
máximo.
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
Diante da necessidade latente de substituir outros materiais que estavam quase escassos
na natureza, ou inviabilizavam a produção em escala industrial, o plástico surgiu como a melhor
opção para o desenvolvimento de novas ideias e produtos. Logo, todos perceberam que este se
tornaria indispensável para a evolução de qualquer setor. Pode concluir-se então que o plástico
beneficia a economia e é e foi importante para o desenvolvimento económico.
Que vantagens e desvantagens têm os plásticos face a outros materiais?
Com o crescimento do uso de materiais plásticos nas mais diversas tecnologias e
mercados, como o agronegócio, o setor odontológico e o farmacêutico, cada vez mais, as
empresas procuram soluções em polímeros para substituir peças feitas tradicionalmente por
outras matérias-primas. Um exemplo disto é a substituição de metais por componentes plásticos,
que apresenta uma série de vantagens no processo.
Vantagens do uso de plástico:
- Peças mais leves por causa da baixa massa (5 a 8 vezes menor)
- Menor necessidade de operações secundárias (acabamento,cores,etc)
- Amplas possibilidades de projetos
- Melhor resistência química e à corrosão
- Melhor resistência mecânica de de alguns grades de polímeros.
Desvantagens do uso de plástico:
- Menor desempenho na função isolante térmico para altas temperaturas
- Baixa condução de calor
- Maior tempo de degradação no meio ambiente, quando não descartados corretamente.
A Indústria de plásticos em Portugal: perspetiva histórica e importância socioeconómica
Antigamente, Portugal era um país agrícola onde os artigos mais comuns do quotidiano
(pentes, botões, recipientes, objetos decorativos…) eram feitos de produtos naturais, como
chifres, cabelos, cascos, conchas de tartaruga, dentes de elefante, etc. e, como tal, a chegada dos
plásticos ao mesmo teve bastante impacto. Desde a sua aparição em meados de 1930, através da
baquelite, primeiro verdadeiro plástico, sem investigação química e tecnológica nem tradição
industrial, em contraste com os países industrialmente mais avançados, onde o plástico já se
assumia como emblema da modernidade Com a baquelite, tanto o período inter-guerras como o
pós-guerra assistem à massificação do consumo de termoplásticos como: aminoplásticos,
poliestireno, policloreto de vinilo, polietileno, acrílicos e teflon. Após a II Guerra Mundial, muitos
objetos da primeira geração acabaram por desaparecer e outros não se encontram em bom
estado de conservação, devido a alterações químicas ou físicas.
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Química 12º C
Casa Plástica, Leiria
Para evitar o sentimento populista sobre os produtos sintéticos, é necessário um
entendimento adequado desses materiais para alcançar uma imagem positiva e um
desenvolvimento sustentável e inovador. Os plásticos têm revolucionado o nosso quotidiano,
trazendo muitos benefícios à sociedade.
Agentes de mudança cultural, penetram diariamente nas nossas vidas, no nosso
quotidiano sob as mais diversas formas e funções: são materiais únicos, com propriedades e
características incomuns, que os tornam ideais para uma grande variedade de usos. São baratos,
leves, resistentes, duráveis, resistentes à corrosão, bons isoladores térmicos e elétricos,
versáteis...
Mesmo aqueles que possuem uma imagem negativa dos plásticos, utilizando o adjetivo
plástico como sinónimo de falso, superficial, trivial, artificial e aliando, no plano cultural, a palavra
“plásticos” a “plasticidade” de uma sociedade, caracterizada por certo artificialismo, por padrões
comportamentais postiços, destituídos de conteúdo e valores, usam diariamente e inúmeras
vezes os objetos de plástico.
Maria do Carmo Santa-Marta
Professora Química 12
Maria Isabel Pinto
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
Estrutura polimérica, estrutura vítrea e estrutura cristalina
Polímeros e vidros são materiais sólidos com estrutura desordenada que, ao passar da
fase sólida para a fase líquida, não sofrem verdadeira fusão, mas sim uma transição de fase
chamada de transição vítrea
Estrutura polimérica
Os polímeros são materiais compostos por repetição de uma unidade básica, chamada
mero.. Os meros estão dispostos um após o outro, como pérolas num colar.
Estrutura Vítrea
Qualquer que seja o tipo de vidro apresenta uma estrutura amorfa ou vítrea, isto é,
um estado de matéria que combina a estrutura ordenada dos materiais sólidos cristalinos, com a
estrutura desordenada, característica dos líquidos – estado vítreo.
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
Estrutura cristalina
A estrutura cristalina de um sólido é a designação dada ao conjunto de propriedades
que resultam da forma como estão espacialmente ordenados os átomos ou moléculas que o
constituem.
Cristalina Amorfa
Substitutos do vidro e do pyrex
Se se fizer uma comparação entre o vidro e os plásticos verifica-se que os plásticos
oferecem algumas vantagens, como custos reduzidos, manuseamento mais fácil, diminuição do
peso, entre outros. Mas quais são as melhores alternativas?
Acrílico Plásticos de alto desempenho
Foi descoberto no início de 1930 e teve a sua
primeira grande aplicação na segunda guerra
mundial, para janelas de submarinos e
aeronaves.
Alta resistência e estabilidade
Reciclagem do vidro
A reciclagem do vidro ocorre basicamente em três etapas: A coleta, a separação e a fusão para
diferentes usos .
Miguel Noya
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
O VIDRO
Tipos de vidros e as suas características
PYREX FIBRA DE VIDRO
O vidro, um material mais tradicional, que se estima ter sido descoberto em 4.000
a.C. pelos egípcios apresenta como propriedades intrínsecas a transparência e durabilidade.
Outras propriedades tornam-se significantes de acordo com o uso que lhe é colocado. Há
vários fluídos e modificadores que são introduzidos para facilitar a manufatura e que
conferem novas propriedades a este material. As principais propriedades do vidro são:
• A Resistência Térmica, dureza e resistência à abrasão, durabilidade às Intempéries
(Corrosão), densidade, resistência ao Fogo, isolamento sonoro, transparência, fragilidade,
ótimo isolante elétrico e a baixa condutividade térmica.
Como podemos ver, estes dois elementos possuem algumas semelhanças e diferenças.
Podemos ver que ambos são resistentes à corrosão, têm baixa condutividade térmica e têm
baixa densidade.
Contudo, estes dois componentes têm bastantes diferenças, sendo que no vidro
encontramos desvantagens tais como a sua fragilidade, peso e preço elevado, dificuldade no
fechamento hermético e a dificuldade de manipulação e maleabilidade.
Ao fazermos uma comparação a estes dois elementos, reparamos que o plástico nos oferece
vantagens tais como:
• Menos gastos de energia na sua produção, diminuição do peso do lixo, redução dos custos
da recolha e destino final, diminuição do peso, diminuição dos riscos no manuseamento,
maior versatilidade em termos de design, menos quebras etc...
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
O Vidro
O vidro geralmente é produzido nas indústrias em larga escala e artesanalmente
através de uma mistura de substâncias inorgânicas, que é denominada mistura vitrificável. Essa
mistura é formada por sílica ou dióxido de silício (SiO2) (oriundo, na maioria das vezes, do
quartzo), barrilha ou sódio (carbonato de sódio - Na2CO3) e calcário (carbonato de cálcio –
CaCO3). Esses três compostos inorgânicos são triturados, transformados em pó e misturados nas
proporções adequadas.
Essa mistura vitrificável é levada para um forno que está a uma temperatura de cerca
de 1500ºC. Assim, esses sólidos fundem-se (passam para o estado líquido), formando uma
massa pastosa e homogénea composta por silicatos de sódio e cálcio. Essa é, portanto, a
composição química do vidro comum.
O CO2 libertado durante esta fusão é eliminado no forno para que não se formem bolhas no
vidro. Depois da modelação do formato do objeto desejado, o vidro é resfriado de maneira a
depois ser possível a sua utilização.
Existem também outros métodos para a fabricação do vidro, e ele também pode ser feito com
outras substâncias.
Em relação ao estado físico do vidro e à sua estrutura, podemos dizer que é um sólido não
cristalino que apresenta o fenómeno de transição vítrea. Enquanto o sólido cristalino possui uma
estrutura microscópica periodicamente organizada, o sólido não cristalino, por outro lado, não
possui uma ordem atômica de longo alcance. Em vez disso, os átomos ficam espalhados, naquilo
que é conhecido como "ordenação localizada". Possui uma estrutura desordenada, com
ausência de simetria e periodicidade translacional. Assim, podemos dizer que o vidro é um
sólido não cristalino que exibe o fenómeno de transição vítrea, podendo ser produzido a partir
de materiais inorgânicos, orgânicos e metálicos.
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
Tipos de vidro:
Existem vários tipos de vidro consoante as suas utilizações ou preferência do
consumidor, entre os quais encontramos o vidro janela, o vidro comum que todos temos em casa ,
que podem ser duplos ou laminados, temos o Pyrex ou vidro borossilicato, um tipo de vidro que
apresenta óxido de boro e silicato na sua composição e graças a estes elementos fica mais
resistente ao calor e aos elementos químicos, sendo usado nos laboratórios, indústrias químicas,
equipamento de cozinha, iluminação e em janelas especiais. O vidro-cristal ou vidro chumbo é um
vidro de alta qualidade e transparência, com alto teor de óxido de chumbo (PbO) e que tem baixo
ponto de fusão e alta densidade. É muito utilizado como protetor para radiação e para peças em
vidro de requinte. O Vidro Ótico, é utilizado para a fabricação de instrumentos óticos, sobretudo no
campo da medicina, como em microscópios cirúrgicos, na produção de armas e em objetos com
visão noturna. A expressão Fibra de vidro é usada para denominar os filamentos e o conjunto de
polímeros cujo nome correto do material é Polímero Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV). É um
material composto pela aglomeração de finíssimos filamentos de vidro não rígidos e flexíveis. Essas
pequenas fibras são unidas pela aplicação de resina de poliéster (ou outro tipo de resina), feitos
com material plástico, derivado do petróleo. Em seguida, é colocado no material substâncias que
catalisam o processo de polimeração. Utilizamos este material em artigos náuticos (boias), na
aviação (hélices), construção civil (telhas) e no reforço para plásticos (capacetes de segurança).
Além deste tipo de vidros, temos muitos mais, cada um utilizado nas mais diversas atividades da
sociedade e que rapidamente poderão e deverão ser substituídas pelo plástico, visto que o
plástico é mais ecológico e em conta que este produto. O grande desafio hoje em dia é
conseguirmos economizar e salvar recursos do nosso planeta para que as futuras gerações
possam aqui habitar e sobreviver, para que o mundo de hoje seja o mundo de amanhã. Que
outros materiais poderemos nós substituir pelo plástico de maneira a garantir esta
sustentabilidade de que tanto precisamos? Poderemos nós no futuro viver só com objetos em
plástico? Haverá algum outro material ainda por descobrir que seja ainda mais eficiente? Bem...
quem sabe um dia possas vir a ser tu a responder a estas questões...!
Diogo Cardoso 12º C
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
A Indústria vidreira
A indústria vidreira em Portugal
O início da atividade da indústria vidreira em Portugal teve início no século XVII na Marinha Grande
que ainda hoje existe, também há relatos da indústria vidreira no século XV.
O vidro era obtido através da incineração de produtos naturais como carbonato de cálcio.
Estava-se no reinado do rei D. João V uma fábrica existente em Coina(Setúbal) foi transferida para a
Marinha grande em consequência da falta de combustível. Em 1748 a abundância de matérias
primas aconselhava a indústria vidreira a ficar localizada naquela região.
Em 1769 Marquês de Pombal estabeleceu na localidade subsídios e aproveitamento gratuito das
lenhas do pinhal do Rei. A fábrica da Marinha Grande desenvolveu-se ao ponto de ser Portugal, a
seguir á Inglaterra, o primeiro país a fabricar o cristal
Vidros e sua composição
→ Os vidros são basicamente compostos por areia, calcário, alumina(óxido de alumínio) e
carbonato de sódio. As matérias primas que compõem os vidros são os vitrificantes, fundentes e
estabilizantes.
→ Os vitrificantes são utilizados para dar maior característica à massa do vidro e são compostos
de anidrido silícico, anidrido bórico e anidrido fosfórico.
→ Os fundentes possuem a finalidade de facilitar a fusão da sílica e são compostos de óxido de
sódio e óxido de potássio.
→ Os estabilizantes têm a função de impedir que o vidro composto de silício e álcalis seja solúvel
e são óxido de cálcio, óxido de magnésio e óxido de zinco.
A sílica é matéria prima essencial para o fabrico do vidro apresenta-se sob a forma de areia e ou
pedra e encontra-se no leito dos rios e nas pedreiras.
Depois da extração das areias procede-se á lavagem de forma a eliminar substâncias argilosas e
orgânicas depois o material é posto em panelões para ser fundido.
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DeClara nº 35 E@D julho 2020
Fabrico do vidro(sua composição química)
O vidro é obtido através da fusão das rochas e minerais seguido de rápido arrefecimento que
não permite assim a sua cristalização.
O material mais utilizado neste processo como eu já disse anteriormente é a sílica(SIO2),na
forma de quartzo proveniente de arenitos. Sendo o ponto de fusão do quartzo muito elevado
cerca de 1713ºC adicionam-se certos ‘ingredientes’ como o calcário (CaCO3), o carbonato de
sódio (NaCO3) e o bórax(Na2B4O7), para reduzir a sua temperatura de fusão.
Os catiões como o Ca2+ e o Na+ provenientes de dois compostos, carbonato de sódio e do
bórax, baixam o ponto de fusão da sílica provocando a rutura de ligações.
SÍLICA CARBONATO DE SÓDIO
António Pestana nº3 12ºC
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DeClara nº 34 E@D junho 2020
Pequenas inovações, grandes mudanças, Novos materiais
Já quis mudar algo no planeta? Fazer algo melhor? Ajudar o mundo a ser mais ecológico
ou gastar menos dinheiro em materiais mais resistentes? Eu sei, eu sei, coisas desse género
parecem muito grandes e fora do nosso alcance, mas eu se eu dissesse que elas podem estar
debaixo do nosso nariz? Muitas inovações vêm sendo feitas, mas as vezes são pequenas e estão
escondidas no nosso dia a dia, quem sabe se você as conhecesse veria que para fazer uma
mudança não é preciso muito? Vamos descobrir as pequenas mudanças do nosso dia a dia?
Os compósitos são materiais de origem em outros dois ou
mais componentes que possuem, entre si, características físicas e
propriedades mecânicas muito distintas. Seu resultado é o material
heterogêneo chamado compósito que forma uma classe muito
diversificada, tendo, desta maneira, muitos usos no mundo atual e
sendo diariamente explorada como fonte para novos recursos mais
econômicos eficientes e ecológicos. Você já deve ter visto um
compósito em ação e nem soube, mas vamos ajudar-te com isso!
Alguns usos dos compósitos mais comuns são: materiais desportivos, automóveis,
componentes elétricos e eletrônicos, e em alguns casos mais complexos como os domínios
aeroespacial, militar, biomédico e outros.
Os compósitos são constituídos por uma fase contínua, também chamada de matriz que é
incorporada pela camada seguinte, a fase descontínua, ou também conhecida como material de
reforço que ao revestir a matriz, melhora suas propriedades a tornando mais resistente. Essas
camadas ficam separadas por interfaces e dessa forma são facilmente identificados. Pode se
classificar os diferentes compósitos segundo suas diferentes matrizes, vejamos!
Fig. Esquema da estrutura de um
compósito hipotético
Compósitos de matriz polimérica: por serem processados a temperaturas e pressões
baixas, ou seja, mais viável, os polímeros são os materiais mais utilizados como matrizes. Nesses
compósitos, o material de reforço possui uma rigidez muito maior que a matriz. Os compósitos
desse género podem ser divididos de acordo com o tipo de matriz polimérica, podendo esta ser
termoendurecível, que uma vez endurecido o processo é irreversível (feitas de fibras de vidro ou
de carbono) e possui aplicações nos quadros de bicicletas, tacos de golfe, canas de pesca e
outros, ou termoplástica, que quando aquecidos voltam a ser maleáveis e podem tomar outra
forma (feitas de polímeros termoplásticos como a poliamida) e pode ser utilizada em
revestimento de computadores, câmaras, e outros.
Compósitos de matriz metálica: estes recebem uma designação internacional de MMC
e tem sido muito investigados e explorados atualmente em áreas como a indústria aeroespacial,
motores de automóveis e cabos elétricos já que possuem alta rigidez. Possuem diferentes
denominações de acordo com sua organização espacial.
E@D Química 12ºC: “A Química que nos cerca”
76
DeClara nº 34 E@D junho 2020
Compósitos de matriz cerâmica: como já deves ter percebido, a matriz desses
compósitos é um material cerâmico, mas um cerâmico diferente desses que temos em nossas
casas, é um cerâmico “técnico “que possui elevada pureza, características mecânicas, térmicas e
elétricas muito superiores. O reforço utilizado nesses compósitos é de fibra de vidro, carbono,
boro ou materiais cerâmicos covalente. Com o intuito de ser aplicado nos setores aeronáuticos,
aeroespacial, construção civil e outros, o maior objetivo deste compósito é de obter uma maior
resistência a fratura.
A produção de compósitos poliméricos deu-se a partir de que estes podem substituir
muitos materiais do nosso dia a dia, melhorando sua resistência e custo por exemplo. Vejamos
algumas vantagens e desvantagens que os compósitos poliméricos apresentam sobre os
polímeros sintéticos e naturais no geral: em relação ao peso, ambos são leves; já quando
analisamos a resistência a forças, chegamos a conclusão que os compósitos poliméricos são mais
resistentes que os polímeros uma vez que possuem as camadas de reforço; para além disto,
quando se compara as resistências à corrosão, os compósitos poliméricos apresentam grande
vantagem em relação às polímeros em geral; por sua vez o custo de ambos é razoavelmente
baixo na sua produção. Dessa forma, é muito importante a pesquisa e o desenvolvimentos de
novos compósitos, uma vez que estes podem ser mais eficazes no nosso dia a dia bem como
mais viáveis e ecológicos
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
77
DeClara nº 34 E@D junho 2020
•Polímeros biodegradáveis: são materiais cuja a degradação origina-se na ação de micro-
organismos. A vantagem é que seu tempo de biodegradação é menor do que a degradação de
polímeros não biodegradáveis. No entanto, ainda há algumas desvantagens deste tipo de
material, por exemplo seu custo mais elevado e a exigência de um lixo correto, que muitas vezes
não encontra-se facilmente um local de colocação para esse tipo de material. Por isso ainda há
uma certa resistência por parte das pessoas no uso deste material.
•Biodegradabilidade: é a característica de um polímero que o permite ser degradado por micro-
organismos.
•Mineralização: é um processo no qual ocorre a transformação de uma substância orgânica em
inorgânica.
Falaremos agora sobre a modificação de polímeros, mais precisamente o conceito e o
processo. Existem alguns tipos de modificação:
Agora que já sabes que fazer mudança está muito mais perto de nós, porque não ler as
próximas matérias e descobrir como você também pode inovar e usar materiais com muitos
benefícios para si e para o planeta? Porque é com pequenas mudanças que fazemos grandes
diferenças!
•Degradação: ocorre quando um polímero é exposto a agentes físicos ou químicos que causem
no polímero uma reação destrutiva e com efeitos irreversíveis para as propriedades daquele
polímero. Alguns agentes que causam essa reação são a exposição a luz visível, temperaturas
extremas e outros.
•Biodegradação: é um processo similar à degradação, no
entanto os principais agentes desse processo são os
micro-organismos. Estes agem quando em condições
ideais de calor, humidade, luminosidade
Luiza Linardi
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
78
DeClara nº 34 E@D junho 2020
BIOMATERIAIS: MATERIAIS QUE NOS PODEM SALVAR
Depois deste tempo todo fechados em casa, vamos ver algo que é muito útil para o
futuro do nosso planeta: plásticos menos maus para o nosso planeta
O que são?
Biomateriais são substâncias ou misturas de
substâncias, de origem natural ou sintetizadas em
laboratório, que atuam nos sistemas biológicos parcial ou
totalmente, com o objetivo de substituir, aumentar ou
tratar tecidos.
O objetivo de sua aplicação é promover a formação de
um novo osso ou tecido mole. Como a maioria dos
biomateriais são derivados de material natural ou
sintético, mas que são muito semelhantes ao tecido
humano, eles são adequados para promover a formação
de um novo osso e cicatrização de tecido.
Depois de atuarem como estímulo para uma produção natural do próprio organismo,
eles são integrados durante o processo de cicatrização ou decompostos de forma natural e
gradual por meio dos processos metabólicos que acontecem a todo momento no organismo.
Aplicações dos biomateriais
Podem ser usados na medicina, como por
exemplo na ortopedia (regeneração óssea e
cartilaginosa), odontologia (próteses, implantes),
otorrinolaringologia, oftalmologia (lentes de
contacto).
Na nanotecnologia e engenharia de
materiais.
Eles são capazes de interagir com o corpo humano e
trazer muitas melhorias. Isso porque podem
substituir ossos.
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
79
DeClara nº 34 E@D junho 2020
Tipos de biomateriais
Há vários tipos de biomateriais, tais como:
Bioplásticos
Plásticos derivados de fontes renováveis de biomassa (óleos e
gorduras vegetais, amido de milho)
Bioplásticos são usados em itens descartáveis (embalagens ,
louças, talheres, panelas). Em princípio, eles poderiam substituir
muitas aplicações para os plásticos derivados do petróleo, no
entanto o seu custo e desempenho continuam a ser um problema.
São materiais com bastantes vantagens, tais como usarem
substitutos aos combustíveis fosseis. Mas também há
desvantagens, tal como o aumento do potencial de eutrofização e
da acidificação.
Plásticos biodegradáveis
Derivados de produtos vegetais e animais (celulose, amido) que
ocorrem em grande abundancia na natureza. Substituem as resinas de
fontes não renováveis (petróleo) e decompõem-se nos seus
componentes mais simples que já existam naturalmente no meio
ambiente pela atividade dos microrganismos.
Durante o processo de fabricação, a sua composição molecular é
formada de modo a que se decomponham mais facilmente.
Plásticos de origem biológica
Os plásticos podem ser total ou parcialmente baseados em biomassa,
que é um recurso renovável. O uso de recursos renováveis deve levar a
uma maior sustentabilidade de plásticos, por causa da menor emissão
de carbono. Por outro lado, embora os recursos fósseis sejam naturais,
eles não são renováveis e, portanto, não são considerados uma base
para plásticos de origem biológica
Concluindo, se conseguirmos começar a utilizar mais este tipo de plásticos que são
melhores para o ambiente, vamos ajudar a diminuir o impacto negativo que estes têm no
nosso planeta que nós tanto devemos proteger.
Mafalda Spratley 12ºC nº10
Professora de Química Maria Isabel Pinto
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
80
DeClara nº 34 E@D junho 2020
E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
81
DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas
Os alunos escolheram os alimentos que a família consome com frequência, consultaram os rótulos
das embalagens desses produtos e elaboraram uma tabela que colocaram na porta do frigorífico,
onde consta a identificação dos produtos alimentares escolhidos e a quantidade de sal presente,
um alerta sobre os malefícios do consumo excessivo de sal, bem como uma forma de minimizar o
consumo de sal em casa. Esta tabela devia ser colocada na porta do frigorífico e enviada uma
fotografia da mesma.
Adicionalmente, num documento word, os alunos teriam que identificar os 5 alimentos
processados escolhidos e deixar o alerta sobre o consumo excessivo de sal e a solução para
diminuir o consumo diário de sal.
Os alunos aderiram com interesse a esta proposta, deram “asas” à sua criatividade e realizaram
trabalhos muito originais, excelentes, que a seguir se apresentam.
Muitos parabéns a todos os alunos que participaram nesta atividade!
ATIVIDADE ALERTA AO SAL
No âmbito do Programa Eco-Escolas, sobre a temática “Alimentação Saudável e Sustentável”, na
disciplina de Cidadania e Desenvolvimento das turmas 7.º F e 7.º G, foi lançado aos alunos o
desafio “Alerta ao Sal”.
“Com esta atividade pretendemos que seja realizada a verificação
da quantidade de sal em alimentos consumidos com frequência
pela família. Elaboração de uma tabela, a colocar na cozinha, na
porta do frigorífico.”
(in Programa Eco-Escolas)
82
DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas
A Coordenadora do Programa Eco-Escolas,
Cristina Vilaça Pereira
Trabalho submetido a concurso:
83
DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.º F
TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DA TURMA 7.º F
Afonso Terrinha- 7.º F Afonso Rodrigues- 7.º F
Gonçalo Araújo- 7.º F Carlos Silva- 7.º F
Inês Cunha – 7.º F Helena Silva- 7.º F
84
DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.ºF
TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DA TURMA 7.º F
Afonso Pacheco- 7.º F Gabriel Costa- 7.º F Júlia Oliveira- 7.º F
Marta Silva- 7.º F
Sofia Flórido- 7.º FMiguel Ferreira – 7.º F
85
DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.º F
Tomás Figueiredo- 7.º F Zahra Soares- 7.º F Victória Macieirinha- 7.º F
Pedro Diogo- 7.º F
Gonçalo Costa
Professora Cristina Vilaça Pereira, DT e C&D 7ºF
86
DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.º G
TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DA TURMA 7.º G
Luísa Carvalho- 7.º G Sofia Tomada- 7.º G
Pedro Dias- 7.º G Caio Araújo- 7.º G
Júlia Mendes- 7.º G Soraia Raquel Cruz- 7.º G
87
DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.ºG
Rodrigo Silva- 7.º G Madalena Santos - 7.º G
Gonçalo Borges- 7.º G
Matilde Ferreira- 7.º G
«Para evitar o consumo excessivo de sal em
nossa casa, devemos substituir o sal nos
temperos por ervas aromáticas como a
salsa, o louro e também coentros,
manjericão.»
Leonor Moniz - 7ºG
88
DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.º G
Ricardo Lobo- 7.º G Matilde Cardoso – 7ºG
Rafael Magalhães - 7.º G
Leonor Neto – 7ºG
Tomás Eustáquio – 7ºG
89
DeClara nº 35 E@D julho 2020
E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.ºG
João Cavalheiro – 7ºG
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Professora BrigÍte Silva, DT e C&D 7ºG
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Jornal Escolar DeClara reúne trabalhos de alunos e professores

  • 1. DeClaraJornal do Agrupamento Escolas Clara de Resende DeClaranº35julho2020 E@D LuizaSalomãoLinardi,12ºC
  • 2. 2 9ºANO E.V. E@D PÁG. 36 7ºANO E.V. E@D PÁG. 28 BIBLIOTECA ESCOLAR E@D PÁG. 6 TRABALHOS ALUNOS E PROFESSORES: 7ºANO F.Q. e GEO E@DMEMÓRIAS PÁG. 22 12ºANO FÍSICA E@D INSTÂNTANEOS PÁG. 43 C&D / PROJETOS ECO-ESCOLAS E@D PÁG. 81 C&D E@D JAP PÁG.90 EDITORIAL PÁG. 2 DeClara nº 35 E@D julho 2020 11ºANO PORTUGUÊS E@D PÁG. 42 REFLEXÃO DE UM ALUNO (DES) PÁG. 3 12ºANO QUÍMICA E@D PÁG. 56 12ºANO FÍSICA E@D MEMÓRIAS PÁG. 47 PROJETOS E@D PÁG.100 BOAS FÉRIAS PÁG.110 Editorial Estamos a chegar ao fim de mais um ano letivo e, entretanto, preparamos já o próximo ano na certeza da incerteza com que vamos (re) começar! Em breve estaremos de férias, mas não quis deixar de partilhar convosco as últimas notícias, artigos, textos que me foram chegando e que encerram as edições do DeClara 2019/2020: A excelente reflexão de um aluno do 10ºano e colaborador Jornal, as opiniões de alguns dos leitores do DeClara, desafios, anedotas, sugestões de leitura e escrita, receitas, poemas, contos, memórias de visitas de estudo e visitas virtuais de 7º e 12ºano, passeios, textos de 11ºano, trabalhos e EV de 7º e de 9ºano, Instantâneos de Física Moderna de 12ºano, Trabalho de 12ºano de Química, vários trabalhos de Cidadania e desenvolvimento, de Projetos. Anunciamos ainda, com muito orgulho, que recebemos uma menção Honrosa com o Painel de Alimentação saudável - Alerta ao Sal e fomos os vencedores do concelho do Porto do Projeto Eco-código. Espero que gostem, apreciem e valorizem todo o trabalho feito, que foi imenso. Resta-me desejar umas Boas férias, com muita alegria, diversão e o merecido descanso! BOAS FÉRIAS Isabel Santos Pereira PRÉMIOS ECO-ESCOLAS E@D PÁG.108 SUGESTÃO DE LEITURA FÉRIAS PÁG.110
  • 3. 3 Reflexão de um aluno (des)confinado DeClara nº 35 E@D julho 2020 Estávamos a meio do ano letivo, tudo parecia estar a correr bem: as aulas decorriam normalmente, a Páscoa aproximava-se e, com ela, as amêndoas e os ovos de chocolate, apesar de eu não ser grande fã destes últimos. Até que se começou a falar de um tal Coronavírus, que surgiu em Wuhan, na China, e se espalhou por esse país a um ritmo alarmante, atravessando fronteiras e espalhando-se pelo mundo a uma velocidade igualmente assustadora. Algumas pessoas mostravam-se mais preocupadas, outras mais relaxadas. O que é certo é que, no dia dois de março, foram confirmados os primeiros casos de Covid-19 em Portugal e, desde aí, os casos não pararam de aumentar no país; no dia onze do mesmo mês, a Organização Mundial da Saúde declarou pandemia; uma semana depois foi decretado o Estado de Emergência Nacional, fechando-se a maioria dos estabelecimentos, cessando-se serviços, obrigando pessoas a trabalhar a partir de casa. Infelizmente, algumas empresas suspenderam a atividade dos seus trabalhadores, naquilo a que se chama de lay off, e alguns terão mesmo sido despedidos. Assim, começou o confinamento, que só viria a ser levantado em maio, de forma gradual, dividido em três fases, ao longo desse mês, marcando a reabertura de estabelecimentos e a retoma de serviços e postos de emprego. Agora, cá estamos nós, quatro meses depois, no final deste ano letivo atípico, durante o qual a maioria dos alunos não voltou a pisar a escola, tanto para as atividades letivas como para as iniciativas extracurriculares proporcionadas, como por exemplo, o Clube de Teatro, cujos trabalhos foram interrompidos e os espetáculos cancelados, tendo sido posteriormente adaptado à nova realidade, através de sessões online. Já o Jornal da Escola DeCLARA, mais habituado ao trabalho à distância, estava mais preparado para estas novas circunstâncias e, desta forma, continuou a desempenhar a sua função de partilha e divulgação dentro da comunidade escolar. Reflexão de um aluno (des)confinado
  • 4. 4 Reflexão de um aluno (des)confinado DeClara nº 35 E@D julho 2020 Muitas vezes, problemas com o computador ou Internet levaram à perda de uma aula, o que podia ser bastante prejudicial. Também aos professores, o Ensino à Distância (E@D) trouxe novos desafios, o que certamente exigiu um esforço adicional para a adaptação a esta nova realidade. Não posso deixar de referir, enquanto aluno do 10.º ano, que este foi o único ano que não teve direito nem a #EstudoEmCasa, nem a aulas presenciais, a partir de dezoito de maio, tendo tido ao dispor o programa Estudar com autonomia, a Telescola da Região Autónoma da Madeira. A vida académica/profissional dos alunos e professores foi muito afetada, até pelo facto de tudo isto ter chegado sem aviso prévio, não permitindo qualquer preparação. Mas a vida pessoal, também, sofreu alterações: por exemplo, entre os alunos, o confinamento foi visto inicialmente como uma maneira de descansar um pouco das rotinas. Posteriormente, surgiram as saudades dos amigos e das próprias rotinas e a ansiedade por não se poder sair de casa. Na sociedade, também se sentiu uma mudança de atitudes: a população juntou-se (mesmo à distância) em prol do bem comum, o do combate à pandemia, que, por agora, só é possível através da proteção. Assim, a população ficou em casa, ajudando a travar a propagação do vírus. Algo igualmente notável foram as ondas de apoio, divulgadas nas redes sociais, a todas as entidades que fizeram inúmeros sacrifícios para ajudar a combater a pandemia, como são exemplo os profissionais de saúde, os polícias e os pouco lembrados trabalhadores de supermercados ou de outras lojas de bens essenciais, sem os quais a vida dos restantes cidadãos teria sido bastante mais complicada. Infelizmente, continuou a notar-se ocasionais comportamentos pouco cívicos, como ajuntamentos de muitas pessoas, de que se ouve falar nas notícias, que podem provocar e, em alguns casos, provocaram novos surtos.
  • 5. 5 Reflexão de um aluno (des)confinado DeClara nº 35 E@D julho 2020 Estes têm sido tempos muito estranhos. Fazem-nos refletir sobre como o mundo para perante a ameaça de algo tão pequeno como um Coronavírus. Agora que somos privados de tantas coisas, começamos realmente a valorizá-las. É importante ter em mente que o perigo não desapareceu e que cabe a todos nós manter todos os cuidados para superar estes tempos difíceis que atravessamos, mesmo que isso implique continuarmos a usar as desagradáveis máscaras durante algum tempo mais. Temos de ser prudentes e tirar o melhor de tudo o que se está a passar, para que o próximo ano letivo seja melhor do que este que está a terminar. Temos de aprender a viver com este vírus, que veio para ficar. Se o conseguirmos, vai tudo correr bem! Francisco Manta Rodrigues, nº 6, 10.º D vai tudo correr bem!
  • 6. 6 A OPINIÃO DO LEITOR DeClara DeClara nº 35 E@D julho 2020 No âmbito das atividades de C&D/7º-E, promoveu-se a leitura crítica de jornais. Aos alunos foi pedido que lessem e explorassem toda a edição de Maio do DeClara, por forma a emitirem opinião. Deveriam pronunciar-se sobre o interesse que, a mesma, despertou em cada leitor, e, sobre a relevância da existência de um jornal da escola. A-Eu gostei de ler o jornal escolar porque: «Tem informação acerca da nossa escola, de todos os anos de escolaridade, e, assim, posso saber o que está a acontecer na “escola” mesmo sem estar nela.» (André Lobo) «Gosto de ver os trabalhos publicados dos alunos e professores, gosto de fazer os desafios que são propostos e ler as piadas . O último número publicado do jornal, em maio, era sobre a comemoração do dia do autor português. Gostei das ideias de leitura e de escrita, foi uma forma de incentivo. Ao ler o jornal aprendemos sempre algo novo. Todos os meses vejo online o jornal da escola.» (Renata Rosa) «Consigo aprender coisas novas e também começo a perceber o que vou aprender nos próximos anos; gosto de ver os trabalhos da minha turma porque vejo que se esforçaram para fazer bem os trabalhos; e porque valorizo tudo que os professores fazem.» (Luana) «Eu gostei de ler o Jornal Escolar porque é diversificado, ou seja, tem várias notícias interessantes.» (M. Miguel) «Apresenta muita diversidade de conteúdo escolar.» (Ronilson)
  • 7. 7 A OPINIÃO DO LEITOR DeClara DeClara nº 35 E@D julho 2020 B - O que mais gostei no jornal escolar foi: «Dos relatórios científicos dos alunos do secundário.» (André Lobo) «No jornal de maio, gostei da apresentação de C&D sobre os perigos na internet. É um tema muito importante e serve para alertar todos sobre os perigos que existem e a forma de os evitar.» (Renata Rosa) «Os três artigos que mais gostei foram: o artigo dos melros, do E&D e a dimensão experimental da química e da física, e, o artigo e sobre Trás-os-Montes.» (Duarte) «Ver todas as turmas a darem o seu melhor em todos os trabalhos; e gostei muito dos trabalhos realizados, em grupo, pela turma 7ºE porque foi uma prova “que juntos somos mais fortes”.» (Luana) «O que mais gostei no Jornal Escolar foi que tem noticias variadas ao longo da semana e muitos trabalhos interessantes.» (M. Miguel) «As piadas que são tão, mas tão más, que até “dá” graça. » (Ronilson)
  • 8. 8 A OPINIÃO DO LEITOR DeClara DeClara nº 35 E@D julho 2020 C- Acho importante existir um jornal escolar porque: «Podemos seguir o decorrer da atividade escolar, de forma autómata e individual, ou podemos comentá-lo com amigos e familiares; mas, o mais importante, é que estamos todos juntos como escola; também, que esse jornal é a demonstração do nosso empenho ao longo dos meses.» (André Lobo) «O jornal é importante porque promove a nossa criatividade e participação nas atividades da escola e dá a conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos professores e alunos de todos os anos escolares. Sem o jornal, não teríamos esse conhecimento.» (Renata Rosa) «Ensina-nos várias curiosidades e experiências de todas as áreas da ciência. Permite aos alunos ter uma educação mais completa e desperta-lhes curiosidade.» (Duarte) «Aprendemos coisas novas e percebemos todo o esforço dos professores e turmas para conseguirem realizar um jornal; sempre com trabalhos de cada turma; e é uma coisa difícil de se fazer.» (Luana) «Acho importante existir um jornal escolar porque para podermos saber o que as outras turmas andam a fazer durante a semana como por exemplo visitas de estudo...» (M. Miguel) Os alunos podem ver trabalhos de outros alunos, e, inspirarem se a fazer outros grandes trabalhos.(Ronilson)
  • 9. 9 A OPINIÃO DO LEITOR DeClara DeClara nº 35 E@D julho 2020 D - Se não existisse o DeClara… «Nós não poderíamos comunicar com o resto da escola, visto que um jornal é um meio de comunicação, e, não poderíamos demonstrar aos outros que estamos unidos no distanciamento» (André Lobo) «Se o jornal da escola não existisse, não tínhamos o registo documentado de todas as atividades que fazemos na escola. Não existia tanta interação na troca e partilha de informação e de conhecimentos da nossa comunidade escolar.» (Renata Rosa) «As turmas perderiam a oportunidade de partilhar as suas experiências e as conclusões destas. A escola perderia também um importante meio para a comunicação escola-alunos.» (Duarte) «Não conseguiríamos aprender matéria nova com outras turmas e não perceberíamos o esforço de trabalho de cada turma.» (Luana) «Se não existisse o DeClara não conseguiríamos saber o que se passa na escola ao longo da semana, e, neste caso, durante a quarentena.» (M. Miguel) «Não poderíamos ver trabalhos maravilhosos de outos alunos nem rir das “piadas”.» (Ronilson) E- Então, pelo que foi referido, é obrigatório dizer… «Obrigada a todos os professores e turmas.» Obrigada à professora Isabel Pereira e parabéns por este trabalho que tem realizado pela escola Clara de Resende!!» (Luana) A turma do 7º-E Docente de C&D (Helena Pimentel)
  • 10. 10 Desafio de matemática do mês julho Professor Artur Neri Biblioteca Escolar Professor Artur Neri Resposta ao desafio do mês de : o número tapado é o 7 DeClara nº 35 E@D julho 2020 A Alice adicionou corretamente dois números. Depois, com dois adesivos, tapou dois algarismos iguais. Que algarismo está tapado pelo adesivo? Resposta ao desafio de matemática do mês de junho: O João quer inserir o algarismo 3 no número 2014 de modo a obter um número com 5 algarismo. Em que posição deve colocar o 3 de modo a obter o menor número possível? Quebra-cabeças Biblioteca Escolar
  • 11. As secas do mês Atenção: Estas anedotas são extremamente secas. Mesmo muito secas! As mais secas que já alguma vez ouviste! 11 Sugestões do mês de julho Francisco Manta Rodrigues, 10.ºD Informação inútil O único país cuja bandeira não é retangular é o Nepal. Francisco Manta Rodrigues, 10.ºD DeClara nº 35 E@D julho 2020 Vira-se o médico para o paciente: -O seu raio-X ao tórax revelou duas costelas fraturadas. -Vou ter de ser operado? -Não é preciso, já corrigi a imagem com Photoshop. No manicómio: -Para quem é essa carta que estás a escrever? -Para mim. -E o que diz? -Sei lá, ainda não a recebi! Um empregado vira-se para o patrão: -O meu salário está desajustado às minhas aptidões! -Eu sei, eu sei. Mas também não podíamos deixá-lo morrer à fome… -Pai, quero um tampão para os meus anos! -Artur… sabes o que é um tampão? -Não, mas sei que dá para correr, nadar, dançar, andar de bicicleta, montar a cavalo…
  • 12. 12 Sugestões de Leitura mês julho Francisco Manta Rodrigues, 10.º D DeClara nº 35 E@D julho 2020 “Mundo do fim do mundo”, de Luis Sepúlveda Um adolescente, fascinado pela leitura de Moby Dick, aproveita as férias de verão para embarcar num baleeiro e conhecer, nos confins austrais do continente americano, as terras onde o mundo termina. Passados muitos anos, já adulto, jornalista e membro de movimentos ecologistas, regressa a essa região para testemunhar o que aconteceu a um grupo de piratas que se dedicava à caça ilegal de baleias. Nesta obra, Luis Sepúlveda denuncia os interesses internacionais que sustentam a caça ilegal de espécies protegidas, aqueles que a praticam e os que a combatem, constituindo assim um apelo à importância da proteção de espécies em risco.
  • 13. 13 Sugestões de Leitura mês junho DeClara nº 35 E@D julho 2020 “Os Amigos Nunca São para as Ocasiões” Os amigos nunca são para as ocasiões. São para sempre. A ideia utilitária da amizade, como entreajuda, pronto-socorro mútuo, troca de favores, depósito de confiança, sociedade de desabafos, mete nojo. A amizade é puro prazer. Não se pode contaminar com favores e ajudas, leia-se dívidas. Pede-se, dá-se, recebe-se, esquece-se e não se fala mais nisso. A decadência da amizade entre nós deve-se à instrumentalização que tem vindo a sofrer. Transformou-se numa espécie de maçonaria, uma central de cunhas, palavrinhas, cumplicidades e compadrios. É por isso que as amizades se fazem e desfazem como se fossem laços políticos ou comerciais. Se alguém «falta» ou «não corresponde», se não cumpre as obrigações contratuais, é logo condenado como «mau» amigo e sumariamente proscrito. Está tudo doido. Só uma miséria destas obriga a dizer o óbvio: os amigos são as pessoas de que nós gostamos e com quem estamos de vez em quando. Podemos nem sequer darmo-nos muito, ou bem, com elas. Ou gostar mais delas do que elas de nós. Não interessa. A amizade é um gosto egoísta, ou inevitabilidade, o caminho de um coração em roda-livre. Os amigos têm de ser inúteis. Isto é, bastarem só por existir e, maravilhosamente, sobrarem-nos na alma só por quem e como são. O porquê, o onde e o quando não interessam. A amizade não tem ponto de partida, nem percurso, nem objetivo. É impossível lembrarmo-nos de como é que nos tornámos amigos de alguém ou pensarmos no futuro que vamos ter. A glória da amizade é ser apenas presente. É por isso que dura para sempre; porque não contém expectativas nem planos nem ansiedade. Miguel Esteves Cardoso, in 'Explicações de Português'
  • 14. 14 Sugestões de Leitura do mês de julho DeClara nº 35 E@D julho 2020 Biblioteca Escolar
  • 15. 15 Ideias de Leitura e Escrita do mês de julho DeClara nº 35 E@D julho 2020
  • 16. 16 Ideias de Escrita do mês de julho DeClara nº 35 E@D julho 2020
  • 17. 17 Ideias de Leitura do mês de julho DeClara nº 35 E@D julho 2020
  • 18. 18 A espécie do mês julho 2020 DeClara nº 34 E@D junho 2020 Cágado-mediterrânico Mauremys leprosa Em Portugal, aparece de uma forma contínua a Sul do Tejo e no Norte interior (incluindo as Beiras Baixa e Alta e Trás-os- Montes). No Noroeste existem apenas pequenos núcleos isolados. Fatores de ameaça, a captura ilegal de animais desta espécie é um dos fatores que pode ameaçar algumas das suas populações. Com efeito, os cágados são capturados para serem vendidos como animais de estimação e, nalgumas zonas, para a alimentação. Também são capturados acidentalmente nas redes de pesca, acabando por morrer por afogamento. Outro fator de ameaça é a introdução de espécies exóticas, nomeadamente da tartaruga-verde (Trachemys scripta) que tem maior crescimento e é mais agressiva e oportunista, competindo com o cágado-mediterrânico pelos recursos. Finalmente, a alteração e destruição do habitat também pode levar à fragmentação ou mesmo ao desaparecimento de algumas populações desta espécie. Habitat, Este cágado é comum numa grande variedade de habitats de água doce ou de baixa salinidade, com água parada ou pouca corrente. Assim, são facilmente encontrados em charcos, lagoas, albufeiras, rios, ribeiras e pauis. Raramente são encontrados em altitudes elevadas. Preferem locais com muita vegetação aquática e elevada insolação das margens. Alimentação, os cágados-mediterrânicos consomem uma grande variedade de alimentos, nomeadamente plantas, insetos, caracóis, lagostins, anfíbios, peixes e até pequenas aves. Professor: Artur Neri
  • 19. 19 Receita do mês de julho Receita culinária Ingredientes Preparação Simplesmente delicioso e saudável! Bom apetite ☺ DeClara nº 35 E@D julho 2020 • 4 bananas maduras • 4 ovos • 1/2 chávena de óleo (de milho ou de coco) • 2 chávenas de flocos finos de aveia • 2 colheres (de sopa) de fermento em pó • 1 colher (de chá) de canela (opcional) Bolo de banana com aveia - Sem açúcar e sem farinha • Corte as bananas e coloque-as no liquidificador, juntamente com os ovos e o óleo, bata bem. • Coloque essa mistura numa tigela e adicione os flocos de aveia, a canela e misture bem. • Por último adicione o fermento e misture sem bater muito. • Coloque toda a mistura numa forma previamente untada. • Leve ao forno por aproximadamente 35 minutos à 180ºC.
  • 20. 20 Poema do mês… DeClara nº 35 E@D julho 2020 Eu Sou do Tamanho do que Vejo Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E não, do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver. Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII" Heterónimo de Fernando Pessoa
  • 21. 21 Conto do mês… DeClara nº 35 E@D julho 2020 A janela Uma família mudou para uma casa nova. Enquanto tomavam o pequeno almoço, a mulher reparou, através da janela, numa vizinha que dependurava lençóis num estendal e comentou com o marido: - Q eu lençóis tão sujos ela está a pendurar! O marido observou calado. Alguns dias depois, de novo e à mesma hora, a vizinha colocava os lençóis a secar. A mulher voltou a comentar com o marido: - A nossa vizinha continua a dependurar lençóis sujos! E assim, de vez em quando, a mulher repetia este discurso, enquanto a vizinha dependurava as suas roupas no estendal. Passado algum tempo, a mulher ficou surpreendida ao ver uns lençóis muito brancos a serem estendidos e disse para o marido: - Olha, ela aprendeu a lavar a roupa. Os lençóis estão muito brancos! O marido então respondeu calmamente: - Ontem levantei-me cedo e lavei os vidros das janelas da nossa casa. Não eram os lençóis da vizinha que estavam sujos, mas os nossos vidros. Tudo depende da janela através da qual observamos os factos. Antes de criticar os outros, olhemos para os nossos defeitos e limitações. Talvez seja preciso ter uns olhos novos. in Cavaleiro da imaculada
  • 22. 22 DeClara nº 34 E@D junho 2020 MEMÓRIAS DE UMA VISITA DE ESTUDO E OUTRAS VISITAS VIRTUAIS - AO CENTRO CIÊNCIA VIVA DE CONSTÂNCIA- «No dia 28 de fevereiro, a turma do 7ºE estava muito agitada porque ia ter uma visita de estudo ao CCV de Constância. A camioneta era enorme… e estava toda a gente a pôr música e a cantar. Mal chegámos, fomos lanchar porque tinham passado duas horas e meia. Depois, a visita começou pelo Sistema Solar e pelos carrosséis dos planetas De seguida fomos para um “coberto” (um hangar) onde tinha um avião militar e dois giroscópios; pudemos andar num deles e foi muito divertido. Até a professora andou! E pudemos entrar no avião e mexer nos flaps. Seguiu-se o jantar … mas muito rapidamente… Chamaram-nos para ir ver as estrelas ao telescópio; conseguimos ver Vénus, a Lua e uma galáxia (cujo nome não me lembro, agora). Fomos acabar de jantar num parque (junto à foz do rio Zêzere) e voltámos para casa.» (Diogo Aboim) E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
  • 23. 23 DeClara nº 34 E@D junho 2020 O QUE EU MAIS GOSTEI O que mais gostei/ O que de mais importante aprendi foi: «… o conceito de aerodinâmica (…) principalmente se viermos a seguir um curso de engenharia e mais tarde engenharia aeronáutica»; (André Lobo) «… foi de entrar para o avião a jato Lockeed T33, cedido pela Força Aérea Portuguesa»; (Ana Mafalda) «Embora já tenha andado de avião, a verdade é que nunca tinha tido a oportunidade de estar no cockpit de um avião… por isso foi uma experiência um tanto única como inesquecível»; (Francisca Nogueira) «… antes de andarmos neles, esteve-nos a explicar quem foi Isaac Newton e o que é o peso e a massa»; (Diogo Pereira) “do giroscópio»; (Diogo Aboim) «de fazer treino de orientação/ desorientação espacial. Neste treino, sentávamo-nos numa cadeira que estava no meio de duas circunferências; estas formavam uma esfera. Depois, um monitor rodava uma circunferência e ficávamos a andar à roda; de seguida ele rodava a outra e, nós, ora ficávamos de cabeça para baixo, ora ficávamos de cabeça para cima; e isto sempre a rodar»; (André Lobo) «dos efeitos da falta de gravidade no corpo humano» (Diogo Aboim); «de quando o nosso guia nos demonstrou como se sentia um astronauta depois de uma viagem ao espaço»; (Francisco); «os efeitos físicos e psicológicos de exercer um cargo de astronauta… o próximo passo é a exploração e colonização de outros planetas; e, para isso, o ser humano terá que desenvolver naves espaciais mais avançadas e maneiras de neutralizar os efeitos da radiação no ser humano»; (Daniel) «… a monitora levou-nos para o local da foto e explicou-nos o eixo imaginário de cada planeta e a inclinação dos mesmos. Falamos especificamente dos planetas Júpiter, Saturno, Terra e da estrela Sol; e também nos mostrou um relógio de sol»; (Diogo Pereira) E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
  • 24. 24 DeClara nº 34 E@D junho 2020 «… dos módulos no exterior: o da Via Láctea, onde numa estrutura plástica estavam representados vários sistemas estrelares (…); o do nosso Sistema Solar, no qual me foi explicada que a inclinação do planeta Vénus é de aproximadamente 177 graus porque foi atingido por um meteoro que fez a sua inclinação quase perfeita; (…) o da esfera armilar, com os círculos máximos da Terra; (…)o de Júpiter onde se representavam melhor as suas 4 luas: Io, Europa, Calisto e Ganimedes; (…) o de Saturno que representava os seus anéis e o seu satélite mais conhecido, Titã; (Henrique) «… das curiosidades sobre os planetas e de como observar as constelações no céu à noite»; (Ana Mafalda) «… de quando o guia nos mostrou as estrelas e algumas constelações, com um LASER de grande alcance»; (Francisco) «… da observação da Constelação de Orionte. Por um lado, esta era realmente muito bonita e, por outro, a sua forma fazia lembrar a de um cavaleiro, o que me surpreendeu bastante»; (Francisca Nogueira) «...depois de vermos as constelações (o guia) levou-nos a uma sala onde tinha um telescópio, a partir do qual observámos o planeta Vénus, uma nebulosa, a constelação do Cão Maior e a Lua»; (Diogo Pereira) «… de observar a Lua e a galáxia… de observar as constelações e outros objetos celestes que havia no céu. Destes objectos, para mim, o que se destacou mais foi a Lua, pois pude ver as crateras de impacto presentes na superfície»; (Ana Mafalda) E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
  • 25. 25 DeClara nº 34 E@D junho 2020 «… quando vimos a Lua em grande pormenor, com o maior telescópio de Portugal, com ampliação máxima de 20 polegadas»; (Francisco) «… a parte que mais apreciei da visita de estudo foi a observação da Lua; pois, como a Lua se encontra relativamente mais perto da Terra, consegui observar a Lua com um grande rigor; e graças a isto a imagem que vi ficará captada durante muito tempo»; (Daniel) «… aprendi que o Sistema Solar é muito maior do que parece, e, mesmo assim, tem um tamanho insignificante perto do da Via Láctea»; (Tomás) «… construído no alto de uma serra, é a localização ideal para a observação dos astros» (Henrique); «… com uma excelente vista panorâmica … o céu nocturno apresentava muita qualidade, por não estar numa zona de poluição luminosa»; (Matvey) «… mexer/ manusear um telescópio»; (Diogo Pereira) «… gostei de tudo»; (Ana Luísa) E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
  • 26. 26 DeClara nº 34 E@D junho 2020 O que menos gostei foi: «… dos carrosséis porque quase ninguém andou»; (Diogo Aboim) «… o que me menos me agradou foi o relógio de sol analemático, pois não entendi muito bem como funcionava»; (Henrique) «… do tempo de viagem mas, para poder ter esta experiência, era necessário e, no final, tudo compensou»; (Ana Mafalda) «… o momento menos bom da visita foi quando estávamos a vir para o Porto… toda a gente estava cansada; já nem energia para falar tinham e alguns até adormeceram»; (Francisco) «… tudo me agradou nesta visita, por isso, não tenho nenhum aspeto negativo a referir»; (Diogo Pereira) O QUE MENOS GOSTEI «… para além de ter contribuído para expandir os meus horizontes culturais, permitiu um relacionamento entre alunos e professores muito diferente do da vida escolar, mais cúmplice…». (Francisca Nogueira) « A visita de estudo (…) ensinou-me que os planetas são verdadeiras preciosidades e merecem ser estudados e vistos (…). No início eu não estava muito entusiasmado (…) não gosto muito de física (…); e também gostei de estar com os meus colegas num sítio fora da escola (…) classifico a visita com um 5»; (Ronilson) CONCLUSÃO «Eu classifico a visita de estudo com cinco, pois fizemos coisas que nunca tínhamos feito, aprendemos coisas de formas diferentes, revimos o que já sabíamos e além de tudo foi muito divertida»; (M. Miguel) «Fiquei a perceber muito melhor certas coisas!! Classifico esta visita de estudo 5/5» (M. Luís) «… clara e obviamente 5. Agradeço muito (…) pois a visita cativou os alunos, deixando-os fascinados, com as maravilhas do universo e encantados com os estudos de astronomia»; (André Lobo) «Classificação de 4,5/5 porque pudemos observar coisas que muito provavelmente nunca voltaremos a ver e foi uma experiência que gostei muito de ter e que voltaria a repetir»; (Ana Mafalda) «… 5 porque a visita foi excelente»; (Francisco) «… nunca irei esquecer esta visita»; (Diogo Pereira) E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
  • 27. 27 DeClara nº 34 E@D junho 2020 - VISITAS VIRTUAIS A GRANDES MUDEUS DE CIÊNCIA- A Luana pesquisou sobre grandes museus de Ciência e Tecnologia do mundo: - O Museu de Ciência de Londres, o 6º mais visitado do Reino Unido; - O ArtScience Museum em Singapura, apresenta exposições que misturam arte, ciência, cultura e tecnologia; - O Ontario Science Centre é um museu de ciências em Toronto, Ontário, Canadá; - A Cidade das Artes e das Ciências é um complexo arquitetónico, situado em Valência, Espanha; Visita de estudo do 7ºE A professora de FQ e DT: Helena Pimentel E@D F.Q. e Geografia 7ºE… Memórias…
  • 28. 28 E@D E.V 7ºano Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada DeClara nº 34 E@D junho 2020 Aplicar processos ligados ao desenho, conhecer e dominar o material específico, criar uma narrativa de forma coerente, crítica, reflexiva e expressiva. Tendo por base a situação que estamos a viver de isolamento social em virtude da pandemia COVID 19, elabora uma banda desenhada, numa folha A4. Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada Francisco Encarnação, 7ºB
  • 29. 29 E@D E.V 7ºano Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada DeClara nº 34 E@D junho 2020 Carolina Guimarães, nº6, 7ºA
  • 30. 30 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V 7ºano Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada Isabel Maruny, 7ºA
  • 31. 31 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V 7ºano Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada Leonor Gomes, 7ºA
  • 32. 32 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V 7ºano Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada Matilde Gama, 7ºB
  • 33. 33 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V 7ºano Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada Rodrigo Campos, 7ºB
  • 34. 34 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V 7ºano Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada Mariana Rocha, 7ºA
  • 35. 35 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V 7ºano Narrativas Visuais - Criação de uma Banda Desenhada Inês Lemos, 7ºB Professora de E.V. Rita Furtado de Mendonça
  • 36. 36 E@D E.V. 9ºano – Retrato: simplificação por nivelamento DeClara nº 34 E@D junho 2020 Corresponde a uma atitude estabilizadora. Nivelar implica reduzir os pormenores considerados não essenciais, até se obter um modelo sintético daquilo que se está a representar. Retrato: Simplificação por nivelamento
  • 37. 37 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V. 9ºano - Retrato Simplificação por nivelamento Manuel Barbosa, 9ºC
  • 38. 38 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V. 9ºano - Retrato Simplificação por nivelamento Alexandra Pinho, 9ºC
  • 39. 39 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V. 9ºano - Retrato Simplificação por nivelamento Miguel Augusto, 9ºC
  • 40. 40 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V. 9ºano - Retrato Simplificação por nivelamento
  • 41. 41 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D E.V. 9ºano - Retrato Simplificação por nivelamento Professora de E.V. Rita Furtado de Mendonça Teresa Pais 9ºC
  • 42. 42 E@D Português 11º ano DeClara nº 35 E@D julho 2020 UMA CONFUSÃO DE … POSSÍVEIS IDEIAS… O tempo desconhecido pela verdade criada pela ilusão deixa de ser verdade? A vida pode ser algo mais do que a nossa existência? O que é ser humano? O que é o bem? O que é o mal? O que é o mundo? A globalização? O capitalismo? Talvez tenhamos de relembrar de que no fundo não é nem nunca será possível prever o futuro? Mas podemos nós conhecer realmente o passado? Penso que tudo depende de cada um e da dependência criada por cada um em si mesmos e numa sociedade, num mundo, num Universo... Será que existe alguma verdade Universal? E os princípios de cada um podem ser esquecidos? Quem tem o direito de esquecer ou ser esquecido? A inteligência artificial nunca terá definição definida quanto a sua prestação e necessidade. Estará sempre implícito o termo de dependência, contudo. A tecnologia pode facilitar a realização de algumas tarefas na conseguinte de que se o habito se instalar quando não existirem condições para a utilização de tecnologia ninguém saberá trabalhar de outra forma e algo ficara por fazer e novo sofrimento será criado um sofrimento ainda maior do que o anterior pois os grandes sábios e mestres, que não tenham aprendizes como irão perpetuar a sua arte e artifícios... A inteligência artificial é uma falsa simplificação. O trabalho o, real trabalho, nunca poderá ser menos trabalhado ou sofrido... Hoje em dia com tudo o que existe seria impossível construir novamente as pirâmides do Egito, por exemplo. Não podemos confiar na tecnologia como confiamos no papel... de tão desenvolvida e comprometida ... a própria inteligência artificial na tecnologia é tão real e credível como a de quem a criou ...é uma inteligência tão racional , detalhada e banalizada que há já quem não a saiba distinguir de uma inteligência humana . A realidade é um campo complicado onde nada... pode ser mais do que nada? Mas o que será então o “tudo “ ou o “todo”. Será e sempre foi um desafio viver neste mundo...haverá e sempre houve a desigualdade, o sofrimento, a humilhação, a desagregação, haverá sempre vida e morte. Não sei o que esperar do futuro porque talvez não esperasse nada do mesmo antes da Pandemia.... A relatividade será sempre a sombra invasora da razão. 06/2020 Aluno 11º ano
  • 43. 43 E@D Física 12º ano - Instantâneos de Física Moderna DeClara nº 35 E@D julho 2020 INSTANTÂNEOS DE FÍSICA MODERNA I Estabilidade Nuclear (excerto…) O núcleo de um átomo é constituído por protões e neutrões. Apesar de não apresentarem carga, os neutrões são muito importantes para a constituição do núcleo. Pela Lei de Coulomb, cargas do mesmo sinal repelem-se, assim, se só houvesse protões no núcleo, sendo estes de carga positiva, as forças eletrostáticas de repulsão entre protões, não permitiriam que o núcleo se formasse. Deste modo, a estabilidade nuclear está assegurada pela existência dos neutrões e da consequente força nuclear forte entre eles e os protões, mantendo o núcleo unido. Esta força nuclear forte, sendo a mais intensa das quatro interações da Natureza, sobrepõe-se à força eletromagnética repulsiva entre as cargas positivas. Exatamente por constituírem o núcleo, os protões e os neutrões são chamados nucleões. Verifica-se que existe uma diferença entre a massa de um núcleo atómico e a soma da massa dos seus constituintes em repouso. KHAN ACADEMY. Diferença de Massa e Energia de Ligação https://pt.khanacademy.org/science/physics/quantum-physics/in-in-nuclei/ v/mass-defect-and-binding-energy
  • 44. 44 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano - Instantâneos de Física Moderna Da diferença de massas resulta uma diferença de energia: A energia de ligação, sendo libertada, como neste caso, em que se forma o núcleo, ou então fornecida, quando se quer separar os nucleões, acabando por desintegrar o núcleo. É possível concluir que a energia de ligação associada a um núcleo é um fator determinante para a sua respetiva estabilidade. Dos quase 2000 nuclídeos conhecidos, apenas 354 deles são estáveis. Algo que se observou ao analisar um gráfico detalhado de nuclídeos foi que muitos dos núcleos estáveis são formados por números “mágicos” de nucleões. Sendo eles: 2, 8, 20, 50, 82 e 114 para os protões e 2, 8, 20, 28, 50, 82, 126 (e 184 - número de neutrões que se estima que um nuclídeo estável muito pesado tenha; este tipo de nuclídeos encontrar-se-iam na “ilha da estabilidade” que se acredita existir) para os neutrões. Estes números “mágicos” são de alguma maneira análogos à regra do octeto relativa aos eletrões de valência. Os átomos tendem a ligar-se segundo esta regra, obtendo configurações eletrónicas semelhantes aos elementos químicos pertencentes ao grupo dos gases nobres. Estes elementos que têm oito eletrões de valência são mais estáveis por não possuírem eletrões desemparelhados. Relativamente aos protões e neutrões, talvez este padrão explique porque é que por exemplo o estanho, Z = 50, tenha 10 isótopos estáveis enquanto que os seus vizinhos com Z = 49 e Z = 51 apresentem apenas, cada um, 2 isótopos estáveis. Um vídeo que encontrámos no Youtube sobre esta matéria e que é muito interessante e bem aprofundado pela CEA Sciences é: https://www.youtube.com/watch? v=UTOp_2ZVZmM Bibliografia -LIBRETEXTS CHEMISTRY. Nuclear Magic Numbers. 30 setembro, 2019 https:// chem.libretexts.org/Bookshelves/Physical_and_Theoretical_Chemistry_Textbook_Maps/ Supplemental_Modules_(Physical_and_Theoretical_Chemistry)/Nuclear_Chemistry/ Nuclear_Energetics_and_Stability/Nuclear_Magic_Numbers Acesso em 13/05/2020 -LIBRETEXTS CHEMISTRY. Patterns of Nuclear Stability. 5 de junho, 2019 https:// chem.libretexts.org/Courses/University_of_Missouri/MU%3A__1330H_(Keller)/ 21%3A_Nuclear_Chemistry/21.2%3A_Patterns_of_Nuclear_Stability Acesso em 11/05/2020 -LIBRETEXTS CHEMISTRY - VITZ, Ed; MOORE, John W.; SHORB, Justin; PRAT-RESINA, Xavier; WENDORFF, Tim; HAHN, Adam. Nuclear Stability. 7 de fevereiro, 2020 https:// chem.libretexts.org/Bookshelves/General_Chemistry/ -Book%3A_ChemPRIME_(Moore_et_al.)/19Nuclear_Chemistry/19.07%3A_Nuclear_Stability Acesso em 13/05/2020 -SCHAPPO, Maurício Girardi. Um modelo concreto para o estudo da estabilidade nuclear no Ensino Médio. Departamento de Física, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. 2010. Física na Escola. http://www1.fisica.org.br/fne/ phocadownload/Vol11-Num2/a071.pdf Acesso em 11/05/2020 -KHAN ACADEMY. Diferença de Massa e Energia de Ligação https://pt.khanacademy.org/ science/physics/quantum-physics/in-in-nuclei/v/mass-defect-and-binding-energy Acesso em 13/05/2020 -MACIEL, Noémia; MARQUES, M. Céu; VILLATE, Jaime E.; AZEVEDO, Carlos; CAÇÃO, Alice; MAGALHÃES, Andreia. Eu e a Física Manual 12º ano, 1 ed. Porto: Porto Editora, 2019 Mariana Carvalho e Tomás Ribeiro Física 12º B
  • 45. 45 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano - Instantâneos de Física Moderna INSTANTÂNEOS DE FÍSICA MODERNA II AS FORÇAS NUCLEARES FORTES E FRACAS (excerto…) Visualização de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=r7-cy_EuYpc Visualização de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-xlcR-NtXBQ
  • 46. 46 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano - Instantâneos de Física Moderna Visualização de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=cVnvjxIzk-E Visualização de vídeo:https://m.youtube.com/watch?v=NryoN3AOeUk Bibliografia HUMBERTO GAROTTI. As Quatro Forças Fundamentais da Natureza. http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20032/Humberto/pagina1.html Acesso em 12/05/2020 MACIEL, Noémia; MARQUES, M. Céu; VILLATE, Jaime E.; AZEVEDO, Carlos; CAÇÃO, Alice; MAGALHÃES, Andreia. Eu e a Física Manual 12º ano, 1 ed. Porto: Porto Editora, 2019 Carlota Sá e Carlos Moreira Física 12º B Professora Helena Pimentel
  • 47. 47 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e… MEMÓRIAS DE VISITAS DE ESTUDO II E VISITAS VIRTUAIS - AO CEA*/ CADARACHE e ITER**, Aix-en-Provence/FRANÇA - INTRODUÇÃO Os CEA* são organismos públicos de investigação, desenvolvimento e inovação avançadas, em diversas áreas científicas, geograficamente espalhados por França. No início de fevereiro, o 12ºB/ Física visitou o centro que se situa na antiga floresta de Cadarache (em Saint Paul lez Durance), 40 Km a norte da cidade de Aix-en-Provence e servido pelo Aéroport Marseille Provence. O CEA/ Cadarache alberga o ITER**, ambos constituindo o maior centro tecnológico mundial de investigação para a energia, numa área de 42 hectares. O ITER é um projeto internacional, assinado em 2006, no Palácio do Eliseu, por um consórcio de 35 nações que perfazem 50% da população mundial e 81% do PIB global. O orçamento previsto é de 13 milhões de euros, o que o torna um investimento acessível, comparado com o da Taça Mundial de Futebol de 2022 (de 200 milhões de dólares). O CEA/ Cadarache integra o Institute For Magnetic Fusion Research (IRFM) que orienta a realização dos testes experimentais de apoio à construção/ funcionamento do ITER. Este será o maior reator de fusão termonuclearnuclear do mundo, sendo a sua escala um fator de viabilidade científica e tecnológica. A primeira injeção de combustível (plasma de deutério e trítio, dois isótopos de hidrogénio) está prevista para 2025. Terá uma potência térmica de 500 MW, com um
  • 48. 48 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e… fator multiplicativo de 10. Ou seja, o ITER será um amplificador de potência elétrica: um grama de plasma produzirá energia suficiente para um veículo dar três voltas à Terra; o equivalente a 9 toneladas de petróleo. Uma fonte de energia abundante, segura, limpa. Uma revolução energética que poderá estar prestes a acontecer: o início da etapa industrial da fusão nuclear. * Commissariat aux Energie Atomique et Energie Alternatives; **International Thermonuclear Experimental Reactor; ÁREAS DE INVESTIGAÇÃO NO CEA/ CADARACHE Inicialmente pensado como um centro de investigação em armamento e defesa nuclear, evoluiu para outras áreas de pesquisa e desenvolvimento: energias de baixo carbono (nucleares e renováveis); investigação tecnológica para a indústria e investigação fundamental (ciências da matéria e ciências da vida). Implementa projetos (444 em 2019), com colaboração de numerosos parceiros académicos e industriais. É um centro de alta segurança, onde só entrámos depois de devidamente identificados; onde só fomos autorizados e tirar uma fotografia de grupo; onde fomos sempre orientados por guias.
  • 49. 49 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e… O início da visita de estudo começou pela exploração de uma sala interativa e informativa, de apresentação de todas estas áreas de investigação, seguida de um quiz e de uma apresentação geral da história e da atividade científica e tecnológica do CEA. Perguntámos por que razão a queima dos biocombustíveis é mais ecológica do que a dos combustíveis fósseis: através da fotossíntese das plantas, há reciclagem do dióxido de carbono libertado na sua combustão. Um projeto em teste e divulgação, desde 2017, é o do Catamaran Energy Observer, um barco exclusivamente movido a energia limpa (sem emissão de gases de efeito de estufa ou partículas finas) e autosustentável (sem dispêndio de uma gota de combustível) que foi desenvolvido pelo CEA Tech. A dar a volta ao mundo, em seis anos, passando por 50 países, a uma velocidade de 8-10 nós. Movido a Movido a energias renováveis e hidrogénio (painéis solares, turbinas eólica, geradores de hidrogénio, aproveitamento de forças hidráulicas) para gerar a energia elétrica que alimenta motores, equipamentos de navegação e sistemas de comunicação. O hidrogénio (retirado da água do mar e não de combustíveis fósseis) é considerado uma solução para o armazenamento de energia eólica e solar. A testar a sua eficácia em ambientes hostis. O objetivo maior do projeto será o de promover a transição para a criação de edifícios neutros em carbono e o desenvolvimento de comunidades sustentáveis. Pensa-se que, um dia, esse sistema de energias renováveis combinadas poderá ser usado em casas, fábricas e navios de carga. E fornecer energia a 1,2 biliões de pessoas ainda sem acesso à eletricidade. O ITER E OUTROS LOCAIS VISITADOS O ITER é uma máquina (reator termonuclear do tipo Tokamak) do tamanho de um prédio de 10 andares (30 metros x 30 metros), construído sobre uma plataforma anti-sísmica. Considerado o maior puzzle do mundo, muitas das suas peças estão a ser finalizadas em diferentes países. Os cabos elétricos necessários contornam 2,5 vezes o perímetro da Terra e foi construída uma central elétrica para o alimentar. Necessita de uma potência disponível de 50 MW. Será o equivalente a “um Sol dentro de uma panela”. A câmara de reação tem um volume superior a 800 m3.
  • 50. 50 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e… O ITER vai reproduzir a reações termonucleares de fusão que acontecem no coração das estrelas, a temperaturas e pressões muito elevadas (quando a matéria se encontra num estado físico chamado plasma, com elevado nível de agitação e confinamento dos iões). Nestas circunstâncias, dois núcleos leves de hidrogénio conseguem a fusão, originando um átomo de hélio, com libertação de energia. Os combustíveis a utilizar são átomos de hidrogénio, do tipo deutério (extraído da água) e trítio (fabricado a partir do Lítio); grande parte da energia libertada ocorrerá na forma de energia de movimento dos neutrões, libertados na reação de fusão nuclear. Esta é transferida para as paredes do reator, sob a forma de calor, fará aquecer água e, pelo método clássico, acionar as turbinas de um gerador elétrico Para criar as condições das estrelas, o ITER utiliza um processo que consiste em manter o plasma muito quente (150 milhões de graus Celcius), necessariamente confinado por campos magnéticos intensos, para não perder calor para um qualquer meio material. Estes são criados por eletroímanes supercondutores, arrefecidos a temperaturas muito próximas do zero absoluto. Criam como que uma caixa imaterial de forma toroidal com correntes helicoidais de plasma quente no seu interior. Para o plasma poder acumular a quantidade de energia suficiente, necessária à ocorrência das reações de fusão, não arrefecendo rapidamente, é necessário que as máquinas de futuro tenham dimensões mínimas de 1000 m3 de plasma. O aquecimento do plasma é feito através: das correntes elétricas de circulação do plasma por ação magnética; da injeção a alta velocidade dos átomos de deutério, aquecidos no exterior; por incidência de microondas sobre o plasma. É possível, deste modo, conseguir reações nucleares de fusão estáveis e duradoiras (15’). A era industrial surgirá quando a máquina conseguir trabalhar em contínuo (não se degradando, pelo fluxo constante de neutrões) e gerando o trítio de que necessita (através de uma cobertura de Lítio). Será o DEMO, previsto para 2050. Outros métodos estão a ser experimentados, como o da fusão inercial, por incidência de raios LASER intensos sobre uma amostra de matéria O WEST, o “pequeno” ITER: é um reator experimental, construído numa escala muito inferior (cerca de 30 m3 de capacidade de plasma) que tem feito estudos pioneiros dos fenómenos físicos ligados à fusão nuclear; melhorando tecnologias, para dar resposta à erosão dos materiais da câmara interior e do seu funcionamento em contínuo. Melhorando os tempos de ignição do plasma.Pelo número de tubos e cabos que saem da câmara de fusão termonuclear, percebe-se a sofisticação e complexidade do processo experimental que está a ser implementado.
  • 51. 51 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e… No interior deste reator (uma máquina do tipo Tokamak), cada peça é fruto de investigação científica e teste. Observámos os cientistas a analisar materiais e à procura das melhores soluções. Parte considerável da visita guiada, orientada por um cientista doutorado do CEA, decorreu nesta zona de investigação. Pudemos tocar nas peças deterioradas que não resistiram aos testes experimentais a que foram sujeitas. Nos momentos de teste, o que se passa no interior do reator pode ser observado num écran de “uma sala de comando” (semelhante às salas de controle de missões da NASA): pressões, temperaturas, comportamento e tempos de ignição do plasma, interações indesejadas com os materiais das paredes. E há braços robóticos, no interior do reator, dotados de câmaras que podem ser movidos a partir do exterior, para observação e controlo, evitando a necessidade de abrir o reator. A sala de controlo não estava ativa mas, a sua memória, é facilitadora da interpretação de fotografias com plasmas em ignição. O Reator de Investigação Jules/ Horowitz, para o estudo do comportamento dos materiais e combustíveis sujeitos a irradiação, dará apoio aos reatores e indústria nuclear do futuro. E assegurará a produção de radioelementos para medicina nuclear e para indústria não nuclear. Próximo do local onde nos foi permitido tirar a nossa fotografia de grupo,
  • 52. 52 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano: Memórias de visitas de estudo e… Com experiência no domínio nuclear o CEA/ Cadarache desenvolveu conhecimento especializado nos domínios da radiobiologia e toxicidade nuclear. Estuda o impacto das atividades nucleares sobre o homem e o ambiente. Investigação em Energias Renováveis O CEA/ Cadarache tem uma experiência de 30 anos de investigação nos domínios das energias renováveis, sendo áreas prioritárias de estudo: a energia solar (térmica e fotovoltaica), o seu armazenamento, a sua integração na paisagem e em rede, melhorando o rendimento e preço dos painéis; a melhoria da performance, custo, segurança e fiabilidade de baterias para os carros elétricos; o aperfeiçoamento e integração de toda a tecnologia do hidrogénio e da pilha de combustível; os biocombustíveis de 2ª (por via termoquímica, com aproveitamentos de biomassa) e 3ª geração (tirando partido de capacidades de microorganismos, como microalgas, para produzir hidrogénio, lípidos ou álcoois). O grupo observou, no campo, um estudo experimental com filas contínuas de espelhos curvos semicilíndricos que concentravam a energia em tubos lineares, aquecendo água TESTEMUNHOS DE PARTICIPANTES NA VISITA Participantes na visita de estudo (Adam, Ana Sofia, Filipe, Gustavo, João, Miguel) redigiram algum dos seguintes comentários, reflexivos e introspetivos, sobre a mesma: «A visita que fizemos em fevereiro foi única para mim. Pude ver cidades novas, entrar em contacto com o ambiente local e aproveitar as belíssimas cidades de Aix-en-Provence e Marselha. Contudo, foi a visita ao centro de pesquisa e desenvolvimento em Cadarache que mais me maravilhou. A entrar em contacto com o reator de fusão e com o cientista/ investigador italiano que guiou a nossa visita, eu senti que estava perante algo que pode mudar o futuro da humanidade. A criança dentro de mim sentia-se numa fantasia, semelhante à sensação da primeira vez que fui à Disney; sendo que a escala do reator permitiu-me mais compará-lo a projetos fictícios, retirados de filmes como Star Wars ou Interstellar. Concluo, também, que foi realmente inspirador perceber que a cooperação entre múltiplos países não só é possível, como também próspera. Isto dá-me esperança para o futuro, num momento em que a cooperação internacional parece estra a falhar.»
  • 53. 53 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano: Memórias… «Eu gostei imenso da visita, uma vez que não só me enriqueceu a nível intelectual mas também a nível cultural. Tanto Aix-en-Provence como Marselha são cidades muito bonitas que tivemos o prazer de poder conhecê-las e explorá-las um pouco melhor. Na minha opinião, o ponto alto da visita foi o contacto que tivemos com uma central nuclear em Cadarache, o que se revelou uma experiência única que não é certamente vivida por muitas pessoas. Foi incrível ter estado tão perto de um reator nuclear de fusão e ter aprendido tanto sobre esta tecnologia, tão avançada e que eu acredito que irá ser “o nosso futuro”. Tendo isso em conta, foi certamente uma visita que teve um grande impacto em mim e que eu realmente adorei.» «A viagem a França foi interessante, produtiva, didáctica mas, principalmente, foi uma ponta de novos interesses que se abriu em mim. A minha maneira de encarar a física mudou após esta viagem. Não só me deu oportunidade de ver coisas únicas, como me suscitou um interesse de querer saber mais sobre o assunto em questão. Foi uma viagem inesquecível. Para além disso, no final da visita a Cadarache, penso que, o facto do guia nos revelar o caminho que seguiu na faculdade e na escolha de cursos que fez, foi algo motivador para nós acreditarmos que somos capazes de cumprir os nossos sonhos. Foi uma experiência inesquecível. Útil para aprender Física a nível internacional, assim como para desfrutarmos de uma viagem deveras bonita. «Sem dúvida uma viagem marcante. Nunca pensei que uma viagem de apenas três dias tivesse um impacto tão positivo na minha vida estudantil. Sem dúvida um incentivo ao estudo da Física e da Ciência em geral.» «Vista com alguma relutância, a priori, a visita de estudo foi, a meu ver um grande sucesso. Um centro de investigação, desconhecido pela maior parte das pessoas, tornou-se a minha melhor experiência de visita de estudo. A capacidade dos investigadores de nos tratarem como adultos e não como uma turma de miúdos, a visitar as instalações, contribuiu imenso para a qualidade da visita. O que mais me surpreendeu foi a infinidade de projetos em desenvolvimento e a existência de investimento nos mesmos. Para esta visita foi importantíssima o empenho e dedicação da Professora Helena, a quem agradeço.» «A viagem a Cadarache que se realizou de 3 a 5 de fevereiro, decorreu sem qualquer problema. Aix-en-Provence é uma cidade belíssima embora pequena. Aí foi possível conhecer diversos museus, nomeadamente a Fundação Vasarely, o Museu e a capela Granet, entre outras. No entanto, sem dúvida alguma, que a parte mais cativante, interessante e educativa foi a visita ao CEA- Cadarache. Pessoalmente, o momento mais fascinante foi a visita ao reator WEST. Durante esse tempo, explicações do funcionamento do reator foram-nos fornecidas por um investigador italiano que esclareceu todas as nossas questões. Entender não só o funcionamento científico do WEST, como também a magnitude do projecto ITER fez-me olhar para a Ciência de uma maneiradiferente e mais alargada, que terá, consequentemente, implicações diretas no percurso do meu futuro. Concluindo, penso que esta visita superou as minhas expetativas, já que me permitiu ver um mundo novo.»
  • 54. 54 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano: Memórias… O CONTACTO COM A CIDADE Todos ficámos conquistados pela vida na cidade e pelos seus lugares. Aix-en-Provence é conhecida pela cidade das águas e das artes, com várias galerias e fontes, ao longo do Cours Mirabeau e centro histórico. Terra de Cézanne (1839-1906), impressionista e precursor do abstracionismo, pintou incessantemente a luz, a natureza e as paisagens da Provença, com representação obsessiva do Monte Sainte-Victoire. A Fundação Vasarely é um expoente da Arte Ótica e Cinética. O Museu Granet dá acesso a trabalhos de Degas, Renoir, Gauguin, Monet, Cézanne, Van Gogh, Picasso, (…), expostos na Chapelle des Pénitents Blancs.
  • 55. 55 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Física 12º ano: Memórias…E VISITAS VIRTUAIS - VISITAS VIRTUAIS À GRANDE CIÊNCIA & TECNOLOGIA DO NOSSO TEMPO - ❖ Derniers résultats de simulation sur la fusion par confinement magnétique; Recherches sur les plasmas de fusion (4:22’) https://www.youtube.com/watch?v=3w4LAWcw1us ❖ La fusion contrôlée par confinement magnétique, le CEA et ITER (1:02:43 h) https://www.youtube.com/watch?v=xezCtw8zHbc ❖ A fusão nuclear poderá salvar-nos? (19:35’) https://www.youtube.com/watch?v=-UC8eSbQiWU ❖ ITER, la fusion nucléaire nous sauvera-t-elle? (52:11’) https://www.youtube.com/watch?v=r1P41lNqkXM ❖ ITER Mythes et Réalités d'un projet nucléaire 1/5 (24:44’ https://www.youtube.com/watch?v=Fi_uurHZY-g ❖ HYDROGÈNE : L'ÉNERGIE DU FUTUR ? (32:07´) https://www.youtube.com/watch?v=dUv3U9w1xz4 Visita de estudo do 12º B (com as docentes de TIC e de Física) Helena Pimentel
  • 56. 56 E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca” DeClara nº 35 E@D julho 2020 A Química dos Plásticos Afinal, o que são os plásticos? Estamos sempre a sempre a ouvir que temos de reduzir a produção/uso de plástico e dos animais marítimos conviverem com partículas de plástico no seu habitat. Nada disto é bonito e só prejudica o nosso futuro. Por isso tentem reduzir o uso de plástico. Neste artigo vão compreender a complexidade destes nossos inimigos ambientais. Os plásticos são materiais poliméricos (palavra chave mais usada à frente) sintéticos, de constituição macromolecular, com bastante maleabilidade. A maleabilidade dos plásticos deve ao calor e pressão, daí termos garrafas de vários tamanhos e formas. O plástico também pode ser proveniente do petróleo. O plástico tem várias propriedades como a baixa densidade, a resistência à corrosão, bons isolantes térmicos e a sua maleabilidade que permite obter uma grande variedade de produtos. Uma palavra chave que eu referi em cima foi polímeros. O plástico é um material polímero, mas o que significa a palavra polímero? Um polímero é uma macromoléculas (molécula orgânica de elevada massa molecular relativa) formado por unidades com uma estrutura menor. Estes são chamados os monómeros. As macromoléculas de um determinado polímero são caracterizadas por um conjunto de átomos que se repete n vezes para formar a molécula. Este conjunto de átomos é designado por unidade estrutural. Os polímeros obtém-se a partir de reações químicas em cadeia, denominadas reações de polimerização, em que participam espécies de baixa massa molar. Essas espécies designam-se por monómeros. O nome do polímero é geralmente dado pelo nome do monómero precedido do prefixo poli-. Existem uma variedade gigante de polímeros que não vou escrever aqui porque íamos chegar a simples conclusão que maior parte das coisas que usamos no nosso dia é constituída por plástico. Pode não se conseguir ver ao olho nu, mas isso não impede de existir.
  • 57. 57 DeClara nº 35 E@D julho 2020 Como eu referi em cima os polímeros começam o seu nome com poli-, por isso não é de estranhar que os nomes que verás em baixo comecem todos por poli-. Policarbonato- CDs, garrafas, recipientes para filtros, coberturas translúcidas, vitrines. Poliuretano- chapas, revestimentos, molduras, filmes, isolamento térmico em roupas impermeáveis, isolamento em refrigeradores industriais e domésticos. Policloreto de vinilo ou cloreto de polivinil- telhas translúcidas, divisórias, persianas, perfis, tubos e conexões para água, esgoto e ventilação, molduras para teto e parede. Poliestireno- peças de máquinas e de automóveis, brinquedos, isolante térmico. Polipropileno- brinquedos, recipientes para alimentos, remédios, produtos químicos, recargas de canetas, seringas de injeção, material hospitalar esterilizável, peças para máquinas de lavar. Polietileno Tereftalato- embalagens para bebidas, alimentos, produtos de limpeza, condimentos; reciclado, presta-se a inúmeras finalidades: tecidos, fios, sacarias, vassouras. Estes são alguns exemplos da aplicação dos polímeros no dia a dia e consegues perceber que só nesta pequena quantia de nomes apresentados, nós usamos algo que contém plástico. O plástico tem uma composição bastante complexa a nível químico que é um desafio para compreender como ajudar o ambiente na sua redução. Por isso da próxima vez que pegares em algo simples como uma garrafa não te esqueças que ela não é só isso, mas sim ligações atrás de ligações. E ajuda o ambiente com a reutilização e reciclagem dos mesmos. Beatriz Castro Neves nº4 12C E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 58. 58 DeClara nº 35 E@D julho 2020 Em pleno 2020 usamos no dia a dia polímeros de condensação mas afinal o que são e para que servem? Os polímeros de condensação são macro moléculas formadas por meio de reações de polimerização em que dois monômeros (iguais ou diferentes) unem-se e é eliminada uma molécula pequena que não fará parte do polímero. Geralmente, essa molécula eliminada é a água (H2O), porém, outros exemplos são o cloreto de hidrogénio (HCl), a amónia (NH3), o cianeto de hidrogénio (HCN), entre outros. I. Poliésteres: Resultam da condensação de poliácidos com poliálcoois. Um dos poliésteres mais simples e mais importantes é obtido pela reação do éster metílico do ácido tereftálico com etileno-glicol. É usado como fibra têxtil e recebe os nomes de terilene ou dacron. Em mistura com outras fibras (algodão, lã, seda etc) constitui o tergal. II.Poliamidas ou Nylons: Estes polímeros são obtidos pela polimerização de diaminas com ácidos dicarboxílicos. Os nylons são plásticos duros e têm grande resistência mecânica. São moldados em forma de engrenagens e outras peças de máquinas, em forma de fios e também se prestam à fabricação de cordas, tecidos, garrafas, linhas de pesca etc. O mais comum é o nylon-66, resultante da reação entre a hexametilenodiamina (1,6-diamino-hexano) com o ácido adípico (ácido hexanodióico). Polímero de adição Muitos dos objetos plásticos que usamos em nosso dia a dia são obtidos através dos polímeros de adição. Vamos entender um pouco do processo de formação destes polímeros? Na polimerização de adição, todos os átomos do monômero são incorporados na cadeia do polímero. O ponto de partida para as reações de adição é a quebra da ligação dupla carbono-carbono (C = C) presente nos compostos orgânicos, como, por exemplo, no etileno. Uma vez quebrada a ligação, forma-se um radical com eletrão ímpar. Esse eletrão atua livremente, tornando o átomo de carbono altamente reativo. O radical se une então a outro radical, e começa uma reação em cadeia até que se formem longas estruturas como a descrita acima, a do polietileno. Agora já sabe por que a Reação de adição se chama assim, ela permite somar mais carbonos à cadeia. Bernardo Rebelo 12ºC E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 59. 59 DeClara nº 35 E@D julho 2020 Já ouviste falar em polímeros? Depois deste confinamento ao qual fomos submetidos, nada melhor do que aprender um pouco de Química!!! Reações de Polimerização Os polímeros são obtidos através de uma ou mais reações químicas chamadas Reações de Polimerização. A palavra “Polimerização” significa Poli: várias e Meros: partes, ou seja, é união de vários “meros” que ao final da reação, formam uma cadeia longa chamada polímero, pode ser ainda definida como um conjunto de reações através das quais monómeros1 reagem entre si, formando macromoléculas poliméricas. A polimerização por adição (em cadeia) envolve as seguintes etapas (exemplo de polimerização do Polietileno): 1) Iniciação: formação de sítio reativo a partir de iniciador (R) e monómero: R + CH2=CH2 → R-CH2CH2 2) Propagação da reação a partir dos centros reativos: R-CH2CH2+ n CH2=CH2 → R-(CH2CH2)nCH2CH2 3) Terminação da reação: R- (CH2CH2)n CH2CH2 + R’ → R-(CH2CH2)n CH2CH2-R’ fórmula química do polietileno Continua E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 60. 60 DeClara nº 35 E@D julho 2020 A massa molecular relativa de qualquer substância obtém-se a partir da soma das massas atómicas relativas dos diversos átomos que a constituem, sendo a massa atómica relativa de um elemento expressa numa escala em que a massa do 12C é de 12 unidades. No caso partículas dos polímeros, a massa molecular relativa é função do número de unidades repetitivas que os constituem. A este número de unidades repetitivas que formam um polímero, atribui-se a designação e grau de polimerização e da massa molecular relativa da unidade repetitiva. Por exemplo, um polipropileno com um grau de polimerização de 2000 terá uma massa molecular relativa de 84000. Dado que a massa molecular relativa da unidade repetitiva que constitui o polipropileno é de 42 e sendo que o grau de polimerização é igual a 2 000, a massa molecular do polímero será, então, igual a 84 000 (42×2 000). fórmula química do polipropileno No entanto, em ciência de polímeros, um cálculo deste tipo não apresenta grande significado, pois uma das características mais importantes de um material polimérico sintético é a impossibilidade de se lhe atribuir um número definido de unidades repetitivas que o constituem e consequentemente, uma massa molecular relativa exata. Isto deve-se ao facto das reações de polimerização (reações que conduzem à formação de um polímero) darem origem a cadeias formadas aleatoriamente e, assim, o produto final da reação ser uma mistura de cadeias de comprimento diferente. Porém, em muitos casos, a distribuição dos comprimentos das cadeias pode ser determinada estatisticamente e, assim, o polímero pode caracterizar-se pela distribuição das massas moleculares relativas das moléculas que o constituem (e as massas moleculares médias que lhe estão associadas). Monómero1: molécula constituída por um único mero Marta Costa 12C Professora Química 12 Maria Isabel Pinto E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 61. 61 DeClara nº 35 E@D julho 2020 Plásticos biodegradáveis e a sua obtenção ● Uma alternativa de minimizar os impactos ambientais dos resíduos plásticos é a produção de novos plásticos que sejam biodegradáveis, ou seja, que sejam degradados por microrganismos presentes no meio ambiente, convertendo-os em substâncias simples, existentes naturalmente no nosso meio. ● Várias tentativas nesse sentido foram e continuam a ser feitas. Uma delas consiste em adicionar amido aos plásticos durante a sua produção. Dessa forma, o amido é degradado e restam pedaços minúsculos de plástico, prejudicando menos o ambiente. ● Outra alternativa tentada também para se produzir plástico biodegradável foi com a adição de substâncias fotossensíveis, pois isso ajudaria o material plástico a se decompor na presença de luz do sol. Um plástico que tem vindo a fazer sucesso é o chamado “plástico verde”, pois não é derivado do petróleo, mas sim de uma fonte renovável. O etanol das canas de açúcar passa por um processo de desidratação intramolecular, produzindo o eteno que, por meio da sua polimerização, forma o polietileno. continua E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 62. 62 DeClara nº 35 E@D julho 2020 O que são materiais de base sustentável? Os materiais de base sustentável, têm de ser renováveis, recicláveis e biodegradáveis, para além de serem economicamente viáveis. Devem permitir a diminuição de resíduos, de poluição e, consequentemente, a preservação de fontes de matéria-prima. Vantagens destes materiais: ● Produzidos a partir de fontes renováveis; ● Menor consumo de energia na sua produção; ● Menor dependência do petróleo; ● Biodegradáveis; ● Produtos de degradação não poluente. Mariana Pinheiro, 12C E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 63. 63 DeClara nº 35 E@D julho 2020 A indústria dos plásticos na sociedade contemporânea Existem muitas marcas e produtos que estão a tomar a iniciativa de reduzir no consumo de plástico. De certeza que conhecem algumas: Como estas existem muitas outras marcas que já estão a fazer a diferença!! E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 64. 64 DeClara nº 35 E@D julho 2020 A reciclagem de plásticos Devem-se estar a perguntar como é que a reciclagem desses plásticos se faz! Aqui vai uma explicação. No geral, a reciclagem de plástico descartado consiste, basicamente, em três processos: 1. Coleta e separação: é a separação dos resíduos de acordo com o seu material; 2. Revalorização: é a fase na qual o material já separado passa por um processo que faz com que ele volte a ser matéria-prima; 3. Transformação: fase em que o material transformado em matéria-prima gera um novo produto. 4. Separação do lixo. 5. Existem dois tipos de reciclagem: 2. Reciclagem Energética: • Reduz o consumo de petróleo; • Reduz o consumo de energia; • Evita o abate de árvores. Mariana Pestana, 12ºC E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca” 1. Reciclagem Química
  • 65. 65 DeClara nº 35 E@D julho 2020 Os plásticos e os estilos de vida das sociedades atuais Mas afinal, o que é o plástico? A palavra “plástico” vem do grego plastikos, que significa “próprio para ser moldado ou modelado”. Os plásticos são originados a partir de resinas derivadas do petróleo e pertencem ao grupo dos polímeros, que são longas cadeias moleculares. Existem tipos diferentes de plásticos que são determinados pela extensão e estrutura dos polímeros Conhece os impactos dos objetos de plástico no meio ambiente? O plástico está tão presente no nosso dia a dia que raramente paramos para pensar no quanto este prejudica a natureza. Saiba que os efeitos deste podem ser muito piores do que imaginamos! Por isso, em 2018, a ONU (Organização das Nações Unidas) iniciou um movimento de conscientização global. Segundo a organização, a poluição causada pelo descarte de objetos de plástico é um dos grandes desafios da atualidade. Afinal, como reduzir o descarte de plástico no meio ambiente? Todo este panorama mostra uma demanda muito urgente: como o ritmo de reciclagem não acompanha a produção, não basta separar o lixo – é importante reduzir o consumo ao máximo. E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 66. 66 DeClara nº 35 E@D julho 2020 Diante da necessidade latente de substituir outros materiais que estavam quase escassos na natureza, ou inviabilizavam a produção em escala industrial, o plástico surgiu como a melhor opção para o desenvolvimento de novas ideias e produtos. Logo, todos perceberam que este se tornaria indispensável para a evolução de qualquer setor. Pode concluir-se então que o plástico beneficia a economia e é e foi importante para o desenvolvimento económico. Que vantagens e desvantagens têm os plásticos face a outros materiais? Com o crescimento do uso de materiais plásticos nas mais diversas tecnologias e mercados, como o agronegócio, o setor odontológico e o farmacêutico, cada vez mais, as empresas procuram soluções em polímeros para substituir peças feitas tradicionalmente por outras matérias-primas. Um exemplo disto é a substituição de metais por componentes plásticos, que apresenta uma série de vantagens no processo. Vantagens do uso de plástico: - Peças mais leves por causa da baixa massa (5 a 8 vezes menor) - Menor necessidade de operações secundárias (acabamento,cores,etc) - Amplas possibilidades de projetos - Melhor resistência química e à corrosão - Melhor resistência mecânica de de alguns grades de polímeros. Desvantagens do uso de plástico: - Menor desempenho na função isolante térmico para altas temperaturas - Baixa condução de calor - Maior tempo de degradação no meio ambiente, quando não descartados corretamente. A Indústria de plásticos em Portugal: perspetiva histórica e importância socioeconómica Antigamente, Portugal era um país agrícola onde os artigos mais comuns do quotidiano (pentes, botões, recipientes, objetos decorativos…) eram feitos de produtos naturais, como chifres, cabelos, cascos, conchas de tartaruga, dentes de elefante, etc. e, como tal, a chegada dos plásticos ao mesmo teve bastante impacto. Desde a sua aparição em meados de 1930, através da baquelite, primeiro verdadeiro plástico, sem investigação química e tecnológica nem tradição industrial, em contraste com os países industrialmente mais avançados, onde o plástico já se assumia como emblema da modernidade Com a baquelite, tanto o período inter-guerras como o pós-guerra assistem à massificação do consumo de termoplásticos como: aminoplásticos, poliestireno, policloreto de vinilo, polietileno, acrílicos e teflon. Após a II Guerra Mundial, muitos objetos da primeira geração acabaram por desaparecer e outros não se encontram em bom estado de conservação, devido a alterações químicas ou físicas. E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 67. 67 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Química 12º C Casa Plástica, Leiria Para evitar o sentimento populista sobre os produtos sintéticos, é necessário um entendimento adequado desses materiais para alcançar uma imagem positiva e um desenvolvimento sustentável e inovador. Os plásticos têm revolucionado o nosso quotidiano, trazendo muitos benefícios à sociedade. Agentes de mudança cultural, penetram diariamente nas nossas vidas, no nosso quotidiano sob as mais diversas formas e funções: são materiais únicos, com propriedades e características incomuns, que os tornam ideais para uma grande variedade de usos. São baratos, leves, resistentes, duráveis, resistentes à corrosão, bons isoladores térmicos e elétricos, versáteis... Mesmo aqueles que possuem uma imagem negativa dos plásticos, utilizando o adjetivo plástico como sinónimo de falso, superficial, trivial, artificial e aliando, no plano cultural, a palavra “plásticos” a “plasticidade” de uma sociedade, caracterizada por certo artificialismo, por padrões comportamentais postiços, destituídos de conteúdo e valores, usam diariamente e inúmeras vezes os objetos de plástico. Maria do Carmo Santa-Marta Professora Química 12 Maria Isabel Pinto
  • 68. 68 DeClara nº 34 E@D junho 2020 Estrutura polimérica, estrutura vítrea e estrutura cristalina Polímeros e vidros são materiais sólidos com estrutura desordenada que, ao passar da fase sólida para a fase líquida, não sofrem verdadeira fusão, mas sim uma transição de fase chamada de transição vítrea Estrutura polimérica Os polímeros são materiais compostos por repetição de uma unidade básica, chamada mero.. Os meros estão dispostos um após o outro, como pérolas num colar. Estrutura Vítrea Qualquer que seja o tipo de vidro apresenta uma estrutura amorfa ou vítrea, isto é, um estado de matéria que combina a estrutura ordenada dos materiais sólidos cristalinos, com a estrutura desordenada, característica dos líquidos – estado vítreo. E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 69. 69 DeClara nº 34 E@D junho 2020 Estrutura cristalina A estrutura cristalina de um sólido é a designação dada ao conjunto de propriedades que resultam da forma como estão espacialmente ordenados os átomos ou moléculas que o constituem. Cristalina Amorfa Substitutos do vidro e do pyrex Se se fizer uma comparação entre o vidro e os plásticos verifica-se que os plásticos oferecem algumas vantagens, como custos reduzidos, manuseamento mais fácil, diminuição do peso, entre outros. Mas quais são as melhores alternativas? Acrílico Plásticos de alto desempenho Foi descoberto no início de 1930 e teve a sua primeira grande aplicação na segunda guerra mundial, para janelas de submarinos e aeronaves. Alta resistência e estabilidade Reciclagem do vidro A reciclagem do vidro ocorre basicamente em três etapas: A coleta, a separação e a fusão para diferentes usos . Miguel Noya E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 70. 70 DeClara nº 35 E@D julho 2020 O VIDRO Tipos de vidros e as suas características PYREX FIBRA DE VIDRO O vidro, um material mais tradicional, que se estima ter sido descoberto em 4.000 a.C. pelos egípcios apresenta como propriedades intrínsecas a transparência e durabilidade. Outras propriedades tornam-se significantes de acordo com o uso que lhe é colocado. Há vários fluídos e modificadores que são introduzidos para facilitar a manufatura e que conferem novas propriedades a este material. As principais propriedades do vidro são: • A Resistência Térmica, dureza e resistência à abrasão, durabilidade às Intempéries (Corrosão), densidade, resistência ao Fogo, isolamento sonoro, transparência, fragilidade, ótimo isolante elétrico e a baixa condutividade térmica. Como podemos ver, estes dois elementos possuem algumas semelhanças e diferenças. Podemos ver que ambos são resistentes à corrosão, têm baixa condutividade térmica e têm baixa densidade. Contudo, estes dois componentes têm bastantes diferenças, sendo que no vidro encontramos desvantagens tais como a sua fragilidade, peso e preço elevado, dificuldade no fechamento hermético e a dificuldade de manipulação e maleabilidade. Ao fazermos uma comparação a estes dois elementos, reparamos que o plástico nos oferece vantagens tais como: • Menos gastos de energia na sua produção, diminuição do peso do lixo, redução dos custos da recolha e destino final, diminuição do peso, diminuição dos riscos no manuseamento, maior versatilidade em termos de design, menos quebras etc... E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 71. 71 DeClara nº 35 E@D julho 2020 O Vidro O vidro geralmente é produzido nas indústrias em larga escala e artesanalmente através de uma mistura de substâncias inorgânicas, que é denominada mistura vitrificável. Essa mistura é formada por sílica ou dióxido de silício (SiO2) (oriundo, na maioria das vezes, do quartzo), barrilha ou sódio (carbonato de sódio - Na2CO3) e calcário (carbonato de cálcio – CaCO3). Esses três compostos inorgânicos são triturados, transformados em pó e misturados nas proporções adequadas. Essa mistura vitrificável é levada para um forno que está a uma temperatura de cerca de 1500ºC. Assim, esses sólidos fundem-se (passam para o estado líquido), formando uma massa pastosa e homogénea composta por silicatos de sódio e cálcio. Essa é, portanto, a composição química do vidro comum. O CO2 libertado durante esta fusão é eliminado no forno para que não se formem bolhas no vidro. Depois da modelação do formato do objeto desejado, o vidro é resfriado de maneira a depois ser possível a sua utilização. Existem também outros métodos para a fabricação do vidro, e ele também pode ser feito com outras substâncias. Em relação ao estado físico do vidro e à sua estrutura, podemos dizer que é um sólido não cristalino que apresenta o fenómeno de transição vítrea. Enquanto o sólido cristalino possui uma estrutura microscópica periodicamente organizada, o sólido não cristalino, por outro lado, não possui uma ordem atômica de longo alcance. Em vez disso, os átomos ficam espalhados, naquilo que é conhecido como "ordenação localizada". Possui uma estrutura desordenada, com ausência de simetria e periodicidade translacional. Assim, podemos dizer que o vidro é um sólido não cristalino que exibe o fenómeno de transição vítrea, podendo ser produzido a partir de materiais inorgânicos, orgânicos e metálicos. E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 72. 72 DeClara nº 35 E@D julho 2020 Tipos de vidro: Existem vários tipos de vidro consoante as suas utilizações ou preferência do consumidor, entre os quais encontramos o vidro janela, o vidro comum que todos temos em casa , que podem ser duplos ou laminados, temos o Pyrex ou vidro borossilicato, um tipo de vidro que apresenta óxido de boro e silicato na sua composição e graças a estes elementos fica mais resistente ao calor e aos elementos químicos, sendo usado nos laboratórios, indústrias químicas, equipamento de cozinha, iluminação e em janelas especiais. O vidro-cristal ou vidro chumbo é um vidro de alta qualidade e transparência, com alto teor de óxido de chumbo (PbO) e que tem baixo ponto de fusão e alta densidade. É muito utilizado como protetor para radiação e para peças em vidro de requinte. O Vidro Ótico, é utilizado para a fabricação de instrumentos óticos, sobretudo no campo da medicina, como em microscópios cirúrgicos, na produção de armas e em objetos com visão noturna. A expressão Fibra de vidro é usada para denominar os filamentos e o conjunto de polímeros cujo nome correto do material é Polímero Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV). É um material composto pela aglomeração de finíssimos filamentos de vidro não rígidos e flexíveis. Essas pequenas fibras são unidas pela aplicação de resina de poliéster (ou outro tipo de resina), feitos com material plástico, derivado do petróleo. Em seguida, é colocado no material substâncias que catalisam o processo de polimeração. Utilizamos este material em artigos náuticos (boias), na aviação (hélices), construção civil (telhas) e no reforço para plásticos (capacetes de segurança). Além deste tipo de vidros, temos muitos mais, cada um utilizado nas mais diversas atividades da sociedade e que rapidamente poderão e deverão ser substituídas pelo plástico, visto que o plástico é mais ecológico e em conta que este produto. O grande desafio hoje em dia é conseguirmos economizar e salvar recursos do nosso planeta para que as futuras gerações possam aqui habitar e sobreviver, para que o mundo de hoje seja o mundo de amanhã. Que outros materiais poderemos nós substituir pelo plástico de maneira a garantir esta sustentabilidade de que tanto precisamos? Poderemos nós no futuro viver só com objetos em plástico? Haverá algum outro material ainda por descobrir que seja ainda mais eficiente? Bem... quem sabe um dia possas vir a ser tu a responder a estas questões...! Diogo Cardoso 12º C E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 73. 73 DeClara nº 35 E@D julho 2020 A Indústria vidreira A indústria vidreira em Portugal O início da atividade da indústria vidreira em Portugal teve início no século XVII na Marinha Grande que ainda hoje existe, também há relatos da indústria vidreira no século XV. O vidro era obtido através da incineração de produtos naturais como carbonato de cálcio. Estava-se no reinado do rei D. João V uma fábrica existente em Coina(Setúbal) foi transferida para a Marinha grande em consequência da falta de combustível. Em 1748 a abundância de matérias primas aconselhava a indústria vidreira a ficar localizada naquela região. Em 1769 Marquês de Pombal estabeleceu na localidade subsídios e aproveitamento gratuito das lenhas do pinhal do Rei. A fábrica da Marinha Grande desenvolveu-se ao ponto de ser Portugal, a seguir á Inglaterra, o primeiro país a fabricar o cristal Vidros e sua composição → Os vidros são basicamente compostos por areia, calcário, alumina(óxido de alumínio) e carbonato de sódio. As matérias primas que compõem os vidros são os vitrificantes, fundentes e estabilizantes. → Os vitrificantes são utilizados para dar maior característica à massa do vidro e são compostos de anidrido silícico, anidrido bórico e anidrido fosfórico. → Os fundentes possuem a finalidade de facilitar a fusão da sílica e são compostos de óxido de sódio e óxido de potássio. → Os estabilizantes têm a função de impedir que o vidro composto de silício e álcalis seja solúvel e são óxido de cálcio, óxido de magnésio e óxido de zinco. A sílica é matéria prima essencial para o fabrico do vidro apresenta-se sob a forma de areia e ou pedra e encontra-se no leito dos rios e nas pedreiras. Depois da extração das areias procede-se á lavagem de forma a eliminar substâncias argilosas e orgânicas depois o material é posto em panelões para ser fundido. E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 74. 74 DeClara nº 35 E@D julho 2020 Fabrico do vidro(sua composição química) O vidro é obtido através da fusão das rochas e minerais seguido de rápido arrefecimento que não permite assim a sua cristalização. O material mais utilizado neste processo como eu já disse anteriormente é a sílica(SIO2),na forma de quartzo proveniente de arenitos. Sendo o ponto de fusão do quartzo muito elevado cerca de 1713ºC adicionam-se certos ‘ingredientes’ como o calcário (CaCO3), o carbonato de sódio (NaCO3) e o bórax(Na2B4O7), para reduzir a sua temperatura de fusão. Os catiões como o Ca2+ e o Na+ provenientes de dois compostos, carbonato de sódio e do bórax, baixam o ponto de fusão da sílica provocando a rutura de ligações. SÍLICA CARBONATO DE SÓDIO António Pestana nº3 12ºC E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 75. 75 DeClara nº 34 E@D junho 2020 Pequenas inovações, grandes mudanças, Novos materiais Já quis mudar algo no planeta? Fazer algo melhor? Ajudar o mundo a ser mais ecológico ou gastar menos dinheiro em materiais mais resistentes? Eu sei, eu sei, coisas desse género parecem muito grandes e fora do nosso alcance, mas eu se eu dissesse que elas podem estar debaixo do nosso nariz? Muitas inovações vêm sendo feitas, mas as vezes são pequenas e estão escondidas no nosso dia a dia, quem sabe se você as conhecesse veria que para fazer uma mudança não é preciso muito? Vamos descobrir as pequenas mudanças do nosso dia a dia? Os compósitos são materiais de origem em outros dois ou mais componentes que possuem, entre si, características físicas e propriedades mecânicas muito distintas. Seu resultado é o material heterogêneo chamado compósito que forma uma classe muito diversificada, tendo, desta maneira, muitos usos no mundo atual e sendo diariamente explorada como fonte para novos recursos mais econômicos eficientes e ecológicos. Você já deve ter visto um compósito em ação e nem soube, mas vamos ajudar-te com isso! Alguns usos dos compósitos mais comuns são: materiais desportivos, automóveis, componentes elétricos e eletrônicos, e em alguns casos mais complexos como os domínios aeroespacial, militar, biomédico e outros. Os compósitos são constituídos por uma fase contínua, também chamada de matriz que é incorporada pela camada seguinte, a fase descontínua, ou também conhecida como material de reforço que ao revestir a matriz, melhora suas propriedades a tornando mais resistente. Essas camadas ficam separadas por interfaces e dessa forma são facilmente identificados. Pode se classificar os diferentes compósitos segundo suas diferentes matrizes, vejamos! Fig. Esquema da estrutura de um compósito hipotético Compósitos de matriz polimérica: por serem processados a temperaturas e pressões baixas, ou seja, mais viável, os polímeros são os materiais mais utilizados como matrizes. Nesses compósitos, o material de reforço possui uma rigidez muito maior que a matriz. Os compósitos desse género podem ser divididos de acordo com o tipo de matriz polimérica, podendo esta ser termoendurecível, que uma vez endurecido o processo é irreversível (feitas de fibras de vidro ou de carbono) e possui aplicações nos quadros de bicicletas, tacos de golfe, canas de pesca e outros, ou termoplástica, que quando aquecidos voltam a ser maleáveis e podem tomar outra forma (feitas de polímeros termoplásticos como a poliamida) e pode ser utilizada em revestimento de computadores, câmaras, e outros. Compósitos de matriz metálica: estes recebem uma designação internacional de MMC e tem sido muito investigados e explorados atualmente em áreas como a indústria aeroespacial, motores de automóveis e cabos elétricos já que possuem alta rigidez. Possuem diferentes denominações de acordo com sua organização espacial. E@D Química 12ºC: “A Química que nos cerca”
  • 76. 76 DeClara nº 34 E@D junho 2020 Compósitos de matriz cerâmica: como já deves ter percebido, a matriz desses compósitos é um material cerâmico, mas um cerâmico diferente desses que temos em nossas casas, é um cerâmico “técnico “que possui elevada pureza, características mecânicas, térmicas e elétricas muito superiores. O reforço utilizado nesses compósitos é de fibra de vidro, carbono, boro ou materiais cerâmicos covalente. Com o intuito de ser aplicado nos setores aeronáuticos, aeroespacial, construção civil e outros, o maior objetivo deste compósito é de obter uma maior resistência a fratura. A produção de compósitos poliméricos deu-se a partir de que estes podem substituir muitos materiais do nosso dia a dia, melhorando sua resistência e custo por exemplo. Vejamos algumas vantagens e desvantagens que os compósitos poliméricos apresentam sobre os polímeros sintéticos e naturais no geral: em relação ao peso, ambos são leves; já quando analisamos a resistência a forças, chegamos a conclusão que os compósitos poliméricos são mais resistentes que os polímeros uma vez que possuem as camadas de reforço; para além disto, quando se compara as resistências à corrosão, os compósitos poliméricos apresentam grande vantagem em relação às polímeros em geral; por sua vez o custo de ambos é razoavelmente baixo na sua produção. Dessa forma, é muito importante a pesquisa e o desenvolvimentos de novos compósitos, uma vez que estes podem ser mais eficazes no nosso dia a dia bem como mais viáveis e ecológicos E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 77. 77 DeClara nº 34 E@D junho 2020 •Polímeros biodegradáveis: são materiais cuja a degradação origina-se na ação de micro- organismos. A vantagem é que seu tempo de biodegradação é menor do que a degradação de polímeros não biodegradáveis. No entanto, ainda há algumas desvantagens deste tipo de material, por exemplo seu custo mais elevado e a exigência de um lixo correto, que muitas vezes não encontra-se facilmente um local de colocação para esse tipo de material. Por isso ainda há uma certa resistência por parte das pessoas no uso deste material. •Biodegradabilidade: é a característica de um polímero que o permite ser degradado por micro- organismos. •Mineralização: é um processo no qual ocorre a transformação de uma substância orgânica em inorgânica. Falaremos agora sobre a modificação de polímeros, mais precisamente o conceito e o processo. Existem alguns tipos de modificação: Agora que já sabes que fazer mudança está muito mais perto de nós, porque não ler as próximas matérias e descobrir como você também pode inovar e usar materiais com muitos benefícios para si e para o planeta? Porque é com pequenas mudanças que fazemos grandes diferenças! •Degradação: ocorre quando um polímero é exposto a agentes físicos ou químicos que causem no polímero uma reação destrutiva e com efeitos irreversíveis para as propriedades daquele polímero. Alguns agentes que causam essa reação são a exposição a luz visível, temperaturas extremas e outros. •Biodegradação: é um processo similar à degradação, no entanto os principais agentes desse processo são os micro-organismos. Estes agem quando em condições ideais de calor, humidade, luminosidade Luiza Linardi E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 78. 78 DeClara nº 34 E@D junho 2020 BIOMATERIAIS: MATERIAIS QUE NOS PODEM SALVAR Depois deste tempo todo fechados em casa, vamos ver algo que é muito útil para o futuro do nosso planeta: plásticos menos maus para o nosso planeta O que são? Biomateriais são substâncias ou misturas de substâncias, de origem natural ou sintetizadas em laboratório, que atuam nos sistemas biológicos parcial ou totalmente, com o objetivo de substituir, aumentar ou tratar tecidos. O objetivo de sua aplicação é promover a formação de um novo osso ou tecido mole. Como a maioria dos biomateriais são derivados de material natural ou sintético, mas que são muito semelhantes ao tecido humano, eles são adequados para promover a formação de um novo osso e cicatrização de tecido. Depois de atuarem como estímulo para uma produção natural do próprio organismo, eles são integrados durante o processo de cicatrização ou decompostos de forma natural e gradual por meio dos processos metabólicos que acontecem a todo momento no organismo. Aplicações dos biomateriais Podem ser usados na medicina, como por exemplo na ortopedia (regeneração óssea e cartilaginosa), odontologia (próteses, implantes), otorrinolaringologia, oftalmologia (lentes de contacto). Na nanotecnologia e engenharia de materiais. Eles são capazes de interagir com o corpo humano e trazer muitas melhorias. Isso porque podem substituir ossos. E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 79. 79 DeClara nº 34 E@D junho 2020 Tipos de biomateriais Há vários tipos de biomateriais, tais como: Bioplásticos Plásticos derivados de fontes renováveis de biomassa (óleos e gorduras vegetais, amido de milho) Bioplásticos são usados em itens descartáveis (embalagens , louças, talheres, panelas). Em princípio, eles poderiam substituir muitas aplicações para os plásticos derivados do petróleo, no entanto o seu custo e desempenho continuam a ser um problema. São materiais com bastantes vantagens, tais como usarem substitutos aos combustíveis fosseis. Mas também há desvantagens, tal como o aumento do potencial de eutrofização e da acidificação. Plásticos biodegradáveis Derivados de produtos vegetais e animais (celulose, amido) que ocorrem em grande abundancia na natureza. Substituem as resinas de fontes não renováveis (petróleo) e decompõem-se nos seus componentes mais simples que já existam naturalmente no meio ambiente pela atividade dos microrganismos. Durante o processo de fabricação, a sua composição molecular é formada de modo a que se decomponham mais facilmente. Plásticos de origem biológica Os plásticos podem ser total ou parcialmente baseados em biomassa, que é um recurso renovável. O uso de recursos renováveis deve levar a uma maior sustentabilidade de plásticos, por causa da menor emissão de carbono. Por outro lado, embora os recursos fósseis sejam naturais, eles não são renováveis e, portanto, não são considerados uma base para plásticos de origem biológica Concluindo, se conseguirmos começar a utilizar mais este tipo de plásticos que são melhores para o ambiente, vamos ajudar a diminuir o impacto negativo que estes têm no nosso planeta que nós tanto devemos proteger. Mafalda Spratley 12ºC nº10 Professora de Química Maria Isabel Pinto E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 80. 80 DeClara nº 34 E@D junho 2020 E@D Química 12º C: “A Química que nos cerca”
  • 81. 81 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas Os alunos escolheram os alimentos que a família consome com frequência, consultaram os rótulos das embalagens desses produtos e elaboraram uma tabela que colocaram na porta do frigorífico, onde consta a identificação dos produtos alimentares escolhidos e a quantidade de sal presente, um alerta sobre os malefícios do consumo excessivo de sal, bem como uma forma de minimizar o consumo de sal em casa. Esta tabela devia ser colocada na porta do frigorífico e enviada uma fotografia da mesma. Adicionalmente, num documento word, os alunos teriam que identificar os 5 alimentos processados escolhidos e deixar o alerta sobre o consumo excessivo de sal e a solução para diminuir o consumo diário de sal. Os alunos aderiram com interesse a esta proposta, deram “asas” à sua criatividade e realizaram trabalhos muito originais, excelentes, que a seguir se apresentam. Muitos parabéns a todos os alunos que participaram nesta atividade! ATIVIDADE ALERTA AO SAL No âmbito do Programa Eco-Escolas, sobre a temática “Alimentação Saudável e Sustentável”, na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento das turmas 7.º F e 7.º G, foi lançado aos alunos o desafio “Alerta ao Sal”. “Com esta atividade pretendemos que seja realizada a verificação da quantidade de sal em alimentos consumidos com frequência pela família. Elaboração de uma tabela, a colocar na cozinha, na porta do frigorífico.” (in Programa Eco-Escolas)
  • 82. 82 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas A Coordenadora do Programa Eco-Escolas, Cristina Vilaça Pereira Trabalho submetido a concurso:
  • 83. 83 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.º F TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DA TURMA 7.º F Afonso Terrinha- 7.º F Afonso Rodrigues- 7.º F Gonçalo Araújo- 7.º F Carlos Silva- 7.º F Inês Cunha – 7.º F Helena Silva- 7.º F
  • 84. 84 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.ºF TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DA TURMA 7.º F Afonso Pacheco- 7.º F Gabriel Costa- 7.º F Júlia Oliveira- 7.º F Marta Silva- 7.º F Sofia Flórido- 7.º FMiguel Ferreira – 7.º F
  • 85. 85 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.º F Tomás Figueiredo- 7.º F Zahra Soares- 7.º F Victória Macieirinha- 7.º F Pedro Diogo- 7.º F Gonçalo Costa Professora Cristina Vilaça Pereira, DT e C&D 7ºF
  • 86. 86 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.º G TRABALHOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DA TURMA 7.º G Luísa Carvalho- 7.º G Sofia Tomada- 7.º G Pedro Dias- 7.º G Caio Araújo- 7.º G Júlia Mendes- 7.º G Soraia Raquel Cruz- 7.º G
  • 87. 87 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.ºG Rodrigo Silva- 7.º G Madalena Santos - 7.º G Gonçalo Borges- 7.º G Matilde Ferreira- 7.º G «Para evitar o consumo excessivo de sal em nossa casa, devemos substituir o sal nos temperos por ervas aromáticas como a salsa, o louro e também coentros, manjericão.» Leonor Moniz - 7ºG
  • 88. 88 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.º G Ricardo Lobo- 7.º G Matilde Cardoso – 7ºG Rafael Magalhães - 7.º G Leonor Neto – 7ºG Tomás Eustáquio – 7ºG
  • 89. 89 DeClara nº 35 E@D julho 2020 E@D Cidadania&Desenvolvimento/Projetos Programa Eco-Escolas 7.ºG João Cavalheiro – 7ºG Francisco Pinto – 7ºG Professora BrigÍte Silva, DT e C&D 7ºG