O documento discute os princípios e conceitos de biossegurança, incluindo a definição de biossegurança, os riscos biológicos e as medidas de biossegurança como lavagem de mãos e uso de equipamentos de proteção individual. É destacado que a biossegurança visa prevenir riscos à saúde humana, animais e meio ambiente decorrentes de atividades profissionais que envolvem agentes biológicos.
2. Conceituando
Biossegurança é um conjunto de
procedimentos, ações, técnicas, metodologias,
equipamentos e dispositivos capazes de
eliminar ou minimizar riscos inerentes as
atividades profissionais... que podem
comprometer a saúde do homem, dos animais,
do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos
desenvolvidos.
(Manual de Biossegurança, 2008)
4. A Biossegurança, é considerada, na Saúde do
Trabalhador, parte integrante da Segurança e
da Higiene do Trabalho, que se preocupa com
os trabalhadores da área de saúde e afins, em
cujos ambientes de trabalho estão presentes
não somente os fatores de riscos biológicos,
mas outros que podem diretamente agravar a
saúde ou podem ser desencadeadores de
acidentes biológicos (VIEIRA; LAPA, 2006).
5. Finalidade
Biossegurança:
Existe com a finalidade de prevenção dos
riscos gerados pelos agentes químicos e
físicos envolvidos em processos de saúde,
onde o risco biológico se faz presente ou não.
6. Têm-se como principais medidas de
biossegurança, as seguintes: a lavagem das
mãos, a qual é considerada atitude básica
das precauções-padrão; uso de Equipamento
de Proteção Individual (EPI’S), como:
capotes, gorro, máscara, sapato fechado,
entre outros; uso de técnicas assépticas e as
barreiras físicas, designadas também como
isolamentos de contato e respiratório
(SOUZA, 2010).
7. Riscos Biológicos :
São os seguintes agentes: Bactérias,
Fungos, Parasitas, Vírus, Clamídias,Prions.
Sendo divididos em CLASSES, por ordem
crescente de risco
(conforme critérios pré-estabelecidos).
8. R ís c o s B io ló g ic o s
V ÍR U S B A C T É R IA S F U N G O S P R O T O Z O Á R IO S P A R A S IT A S
A G E N T E S B IO L Ó G IC O S
9. A g e n te s B io ló g ic o s
F E R IM E N T O S O U
L E S Õ E S N A P E L E
C U T Â N E A
IN G E S T Ã O D E M A T E R IA L
O U A L IM E N T A Ç Ã O
C O N T A M IN A D A
D IG E S T IV A
A S P IR A Ç Ã O D E A R
C O N T A M IN A D O
R E S P IR A T Ó R IA
V IA S D E C O N T A M IN A Ç Ã O
10. Classe I:
Dificilmente são patogênicos para o
homem, animais ou plantas
Exemplos:
• Lactobacillus, Bacillus cereus...
11. Classe II:
Moderado risco individual e limitado para a
comunidade
São patogênicos para o homem mas,
• Medidas terapêuticas e profiláticas eficazes
A maioria dos microorganismos isolados em
laboratórios clínicos de rotina
Exemplos:
• E. coli, Pseudomonas spp, Acinetobacter spp,
Enterococcus spp, Micobactérias de cresc. Rápido
(MNTCR)
• Vírus da dengue, adenovirus, coronavirus
12. Classe III:
Muito patogênicos para o homem
• Potencialmente letais
Disseminação via respiratória ou desconhecida
Usualmente existe tratamento/prevenção
Risco para comunidade e meio ambiente
Exemplos:
• Vírus: Hantavirus (alguns), Flavivírus (febre amarela
não vacinal), Influenza Aviária,
• Bactérias: Mycobacterium tuberculosis, Bacillus
anthracis, Burkholderia mallei, Clostridium botulinum...
13. Classe IV:
São extremamente patogênicos para o homem
e/ou para animas
Grande poder de transmissão por via respiratória
(ou forma desconhecida);
Alta capacidade de disseminação na comunidade e
meio ambiente
Não há tratamento/profilaxia conhecida
Exemplos:
• Vírus:
• Filovirus (Marburg, Ebola)
• Febres hemorrágicas: Congo, Lassa, Sabia
• Vírus da Aftosa
15. 73% das pessoas saem do banheiro com as
mãos contaminadas
Após duas horas 77% exibem o mesmo
germe na boca
50% das pessoas saem do banheiro sem
lavar as mãos
Moriya T. et al. ASSEPSIA E ANTISSEPSIA: TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 265-73.
16. Técnica asséptica
Limpeza: manter estado de asseio.
Sanificação: destruição de microorganismos de uma
superfície inanimada.
Desinfecção: agente físico ou químico destruindo
microorganismos patogênicos.
Esterelização: remove todas as formas de vida
microbiana de um objeto ou espécie.
17. Os termos antissépticos, desinfetantes e
germicidas são empregados como
sinônimos. Entretanto, caracterizamos como
antisséptico quando empregamos em tecidos
vivos e desinfetante quando utilizamos em
objetos inanimados.
18. DEFINIÇÕES
Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos
para impedir a penetração de microorganismos num
ambiente que logicamente não os tem, logo um
ambiente asséptico é aquele que está livre de
infecção.
Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para
inibir o crescimento de microorganismos ou removê-
los de um determinado ambiente, podendo ou não
destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou
desinfetantes.
Moriya T. et al. ASSEPSIA E ANTISSEPSIA: TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 265-73.
19. Degermação: “Refere-se à erradicação total
ou parcial da microbiota da pele e/ou mucosas
por processos físicos e/ou químicos.”
Margarido, Aspectos Técnicos em Cirurgia
Esterilização: “Processo que garante a
completa ausência de vida sob qualquer
forma.”
Goffi, Técnica cirúrgica
Conceitos:
20. ANTISSEPSIA
A descontaminação de tecidos vivos depende
da coordenação de dois processos:
degermação e antissepsia.
A primeira, é a remoção de detritos e
impurezas na pele. Os sabões e detergentes
removem mecanicamente parte da flora
microbiana transitória mas não conseguem
remover a flora residente.
21. ANTISSEPSIA
A segunda, é a destruição de
microorganismos transitórios ou residentes
da pele através da aplicação de um agente
germicida com ação contra
microorganismos muito frágeis como o
Pneumococo, porém, são inativos para
Stafilococcus aureus, Pseudomonas
aeruginosa e outras bactérias Gram-
negativas.
22. ANTISSÉPTICO IDEAL:
Estável por longo período de tempo.
Amplo espectro de ação.
Solúvel em água.
Ativo em baixa concentração.
Ação bactericida imediata.
Não manchar a pele e vestuário.
Eficaz à temperatura ambiente.
Ação bacteriostática.
Ausência de toxicidade e baixo custo
Filho, M.A.S.R, et.al PREVENCÃO DA INFECÇÃO DE FERIDA CIRÚRGICA EM CIRURGIA VASCULAR. Liga Acadêmica Vascular do Vale do São Francisco
23. OS ANTISSÉPSTICOS
Um antisséptico adequado deve exercer a
atividade germicida sobre a flora cutâneo-
mucosa em presença de sangue, soro,
muco ou pus, sem irritar a pele ou as
mucosas.
Os agentes que melhor satisfazem as
exigências para aplicação em tecidos vivos
são os iodos, a clorhexidina, o álcool e o
hexaclorofeno.
24. Para a desinfecção das mãos:
Usa-se soluções antissépticas com detergentes e se destinam à
degermação da pele, realizando anti-sepsia parcial.
Como exemplos citam:
Solução detergente de PVPI a 10% (1% de iodo ativo)
Solução detergente de clorexidina a 4 %, com 4% de álcool
etílico.
Solução alcoólica para anti-sepsia das mãos:
Solução de álcool iodado a 0,5 ou 1 % (álcool etílico a 70%,
com ou sem 2 % de glicerina)
Álcool etílico a 70%, com ou sem 2% de glicerina.
Moriya T. et al. ASSEPSIA E ANTISSEPSIA: TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 (3): 265-73.
25. Compostos de iodo
O mais eficaz dos antissépticos.
Germicida de amplo espectro atuando
contra esporos, germes anaeróbios, vírus e
fungos.
Um dos antissépticos mais utilizados em
cirurgia por seu efeito imediato, ação
residual e amplo espectro.
26. Iodóforos
O iodo pode ser dissolvido em polivinilpirrolidona (PVP)
O mais usado é a solução de PVPI que é
bactericida,tuberculicida, fungicida, virucida e tricomonicida. Além
disso não é irritante, é facilmente removível pela água e reage
com metais
Para as feridas abertas ou mucosas, (sondagem vesical), usamos
o complexo dissolvido em solução aquosa.
Para a anti-sepsia da pele integra antes do ato cirúrgico, usamos
o complexo dissolvido em solução alcóolica.
27. Clorhexedina ou Cloro-hexidina
Germicida que apresenta mais
efetividade contra bactérias Gram-
positivas do que Gram-negativas e
fungos.
28. Álcool
Alcoóis etílico e isopropílico exercem ação
germicida quase imediata, porém sem
nenhuma ação residual, além disso ressecam
a pele em repetidas aplicações.
É bactericida, fungicida e virucida para alguns
vírus, razão pela qual é usado na composição
de outros antissépticos.
30. Compostos halogenados:
Tintura de iodo: (álcool iodado)
- É um dos mais potentes e rápidos bactericidas
- Irritante: dor qdo há lesão de pele, porém é o melhor anti-séptico para
pele íntegra;
- Eficaz contra anaeróbios esporulados, fungos, apresenta amplo
espectro.
Iodóforo: (iodo + detergente sintético)
- G+/-, não agem contra esporos;
- Praticamente não produzem reações alérgicas;
- Efeito residual por no mín 4h
Hexaclorofeno:
-G+, incluindo Staphylococos;
-Efeito residual
Anti-sépticos líquidos
31. Cloro de Benzalcônio:
- G+/-, fungos e protozoários
• Ácido hipocloroso:
- oxidante;
- Bactericida de ação rápida
• Hipoclorito de sódio:
- Amplamente usado em curativos
Anti-sépticos líquidos
32. Agentes oxidantes:
Permanganato de potássio:
-usado para compressas em úlceras
crônicas da pele
H2O2:
-Não é indicada como anti-séptico por
ser ineficaz
Anti-sépticos líquidos
33. Óxido de Etileno:
- Substância explosiva, usada só na
forma de misturas;
- Seringas, sondas plásticas, fios de
suturas
• Óxido de propileno:
- Menos explosivo;
- Usado na esterilização de material
cirúrgico de pequeno porte.
Anti-sépticos voláteis-
esterilização
34. Antes de iniciar a esterilização:
- O material deve possuir o menor número
de microrganismos possíveis;
- Todas as partes componentes devem estar
dispostas de forma a serem acessíveis ao
agente esterilizante;
- O empacotamento deve ser realizado de tal
maneira que a esterilização seja mantida
até o uso dos instrumentos.
Esterilização do material
cirúrgico
35. Mapa de Risco:
“ É a expressão gráfica de distribuição
dos riscos envolvidos em um processo
de trabalho realizado em um ponto
específico.”
36. • Grupo 1- Riscos Físicos, identificados pela cor
verde. Ex. ruído, calor, frio, pressões, umidade,
radiações ionizantes e não-ionizantes,
vibração, etc.
• Grupo 2- Riscos Químicos , identificados pela
cor vermelha. Ex: poeiras, fumos, névoas ,
neblinas, etc.
• Grupo 3- Riscos Biológicos, identificados pela
cor marrom. Ex: fungos, vírus, parasitas,
bactérias, protozoários, insetos, etc.
37. • Grupo 4- Riscos Ergonômicos identificados
pela cor amarela. Ex: levantamento e
transporte manual de peso, monotonia,
repetitividade, responsabilidade, ritmo
excessivo, posturas inadequadas de trabalho,
trabalho em turnos, etc.
• Grupo 5 - Riscos de Acidentes, indicados peia
cor azul. Ex: arranjo físico inadequado,
iluminação inadequada, incêndio e explosão,
eletricidade, máquinas e equipamentos sem
proteção, quedas e animais peçonhentos.
38. RAIVA
DENGUE
MICRO
SALA DOS
FREEZERES
W.C
W.C
MATERIAL
ALMOXARIFADO ESCRITÓRIO
SOROLOGIA
MICRO
C.S.B
CULTURA
CELULAR
CIRCULAÇÃO
Mapa de Risco Ambiental LACEN - PR
Seção: Virologia Data Elaboração: 04.09.02
E la b o r a d o p e la C o m is s ã o In t e rn a d e B io s s e g u ra n ç a
R e s p o n s á v e is : Ir e n e S k ra b a e M a r ia E m ilia A r a c e m a P e llis s a ri
Intensidade do Risco
Grande
Médio
Pequeno
Tipo de Risco
Físico
Químico
Biológico
Ergonômico
Acidentes
Recomendações
- Uso de EPI´s e EPC´s
- Manutenção de Equipamentos
- Conhecimento dos POP´s
- Treinamento em Biossegurança
40. DEFINIÇÃO
“É um conjunto de medidas voltadas
para prevenção, minimização ou
eliminação de riscos inerentes às
atividades de pesquisa, produção,
ensino, desenvolvimento tecnológico
e prestação de serviços que podem
comprometer a saúde do homem, dos
animais, do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos
desenvolvidos”
41. Biossegurança onde?
hospitais
indústrias
veterinárias
laboratórios
hemocentros
universidades
engenharia de
segurança
medicina do
trabalho
saúde do
trabalhador
higiene industrial
infecção
hospitalar
PCMSO
42.
43. LEGISLAÇÃO
RDC 153
“Os serviços de hemoterapia devem manter
procedimentos escritos a respeito das normas
de biossegurança a serem seguidas por todos
os funcionários. O serviço deve disponibilizar
os equipamentos de proteção individual e
coletiva necessários para a segurança dos
seus funcionários.
Deve haver treinamento periódico de toda a
equipe acerca dos procedimentos de
biossegurança”
45. BIOSSEGURANÇA
NR-11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e
Manuseio de Materiais
NR-12: Máquinas e Equipamentos
NR-13: Vasos Sob Pressão
NR-14: Fornos
NR-15: Atividades e Operações Insalubres
NR-16: Atividades e Operações Perigosas
NR-17: Ergonomia
NR-18: Obras de Construção, Demolição e Reparos
NR-19: Explosivos
NR-20: Combustíveis Líquidos e Inflamáveis
NR-21: Trabalhos a Céu Aberto
NR-22: Trabalhos Subterrâneos
46. BIOSSEGURANÇA
NR-23: Proteção Contra Incêndios
NR-24: Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho
NR-25: Resíduos Industriais
NR-26: Sinalização de Segurança
NR-27: Registro de Profissionais
NR-28: Fiscalização e Penalidades
NR-29: Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR-30: Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR-31: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços
Confinados
NR-32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de
Saúde
PORTARIA 485
50. BIOSSEGURANÇA
ACIDENTE
ACIDENTES NOTIFICADOS SEGUNDO
CATEGORIA PROFISSIONAL - RJ
35%-enfermagem de nível médio
18%-médicos
15%-estagiários
13%-equipe de limpeza
6%-enfermeiros
5%-laboratoristas
2%-odontólogos Fonte: Relatório da SMS
da pref. do Rj
1997-2001
51.
52. BIOSSEGURANÇA
DE ONDE VÊM A FALTA DE
CONHECIMENTO?
instrução inadequada;
supervisão ineficiente;
práticas inadequadas;
mau uso de EPI;
trabalho falho;
não observação de normas.
53. O QUE É RISCO?
Entende-se por agente de risco qualquer
componente de natureza FÍSICA,
QUÍMICA ou BIOLÓGICA que possa
“comprometer a saúde do homem, dos
animais, do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos”
Para que tenhamos AÇÃO em
Biossegurança, é imprescindível realizar
uma
AVALIAÇÃO DE RISCOS!
54. TIPOS DE RISCOS
GRUPO 1: RISCOS FÍSICOS
GRUPO 2: RISCOS QUÍMICOS
GRUPO 3: RISCOS BIOLÓGICOS
GRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOS
GRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTES
65. RISCO BIOLÓGICO
Consideram-se agentes de risco biológico todo
microorganismo (bactérias, fungos, vírus,
parasitos, etc...) que ao invadirem o
organismo humano causam algum tipo de
patologia (tuberculose, AIDS, hepatites,
tétano, micoses, etc...).
Agentes Biológicos: vírus, bactérias, fungos,
protozoários, parasitas, etc.
Vias de contaminação: cutânea, digestiva,
respiratória.
66. RISCO BIOLÓGICO
Os agentes de risco biológico podem ser
distribuídos em 4 classes por ordem
crescente de risco, segundo os seguintes
critérios:
patogenicidade;
virulência;
transmissibilidade;
medidas profiláticas;
tratamento eficaz;
endemicidade.
68. RISCO BIOLÓGICO
PRÁTICAS : BPL
BARREIRAS DE CONTENÇÃO
Barreiras Primárias: equipamentos de
segurança
Ex: CSB , EPIs, EPCs
Barreiras Secundárias: desenho e
organização
69. RISCO BIOLÓGICO
EXEMPLO
Bacillus subtilis
Agente que não é conhecido por
causar doença em adultos sadios.
Barreiras Primárias: não são
necessários
Barreiras Secundárias: bancadas
abertas com pias próximas
70. RISCO BIOLÓGICO
HbC-HcB-HIV
Associados com doenças humanas.
Risco: lesão percutânea, ingestão, esposição
da membrana mucosa.
Barreiras Primárias: EPIs, acesso limitado,
avisos de risco biológico, precauções com
pérfurocortantes, etc.
Barreiras Secundárias: autoclave
71. Voltando...
“Biossegurança pode ser definida como
o CONJUNTO DE MEDIDAS voltadas
para a prevenção, minimização ou
eliminação de riscos...”
QUE CONJUNTO DE
MEDIDAS?
72. CONJUNTO DE MEDIDAS
1. MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
-POP’s
2. MEDIDAS TÉCNICAS
-programa de prevenção de acidentes
3. MEDIDAS EDUCACIONAIS
-treinamentos
4. MEDIDAS MÉDICAS
-programa de medicina ocupacional
77. RISCO BIOLÓGICO
EUA
600.000 a 800.000 picadas de
agulhas/ano
ESTIMATIVA:
1.000 profissionais contraem doenças
sérias/ano devido a acidentes com
agulhas contaminadas;
2% do total de acidentes ocorrem com
agulhas contaminadas com o HIV (194
casos documentados pelo CDC até
junho de 2000, de infecção ocupacional
pelo HIV).
80. Prevenção
Vacinação para Hepatite B;
Treinamento e educação continuada;
Precauções universais: luvas,
aventais, máscaras, protetores
oculares, gorros; lavar as mãos; NÃO
reencapar agulhas;
Boas práticas laboratoriais.
BOM SENSO!
81. RISCO BIOLÓGICO
APÓS UM CONTATO
COM MATERIAL
CONTAMINADO, QUAIS
SÃO MEUS RISCOS DE
ADQUIRIR UMA
DOENÇA INFECCIOSA?
82. Riscos
Vários fatores determinam o risco de
transmissão:
agente etiológico (patógeno envolvido);
tipo e tempo de exposição;
quantidade de sangue no material
contaminado;
quantidade de vírus presente no mesmo
sangue;
ferimentos mais profundos
84. Cuidados
Lavagem exaustiva do local com água
e sabão;
Conjuntiva ocular: irrigar
intensamente com qualquer solução
estéril ou água corrente;
Em caso de acidente com
transfixação percutânea, deve-se
deixar sangrar livremente (não se
deve espremer a lesão)
85. RISCO BIOLÓGICO
O que fazer em caso de exposição?
1º passo: Cuidados locais
2º passo: Registro
3º passo: Avaliação da Exposição
4º passo: Avaliação da Fonte
5º passo: Manejo específico HIV, hepatite B e C
6º passo: Acompanhamento clínico-sorológico
MS, Manual de Condutas em exposição ocupacional a material
biológico,1999
MS, Recomendações para terapia ARV, 2002/2003
www.ucsf.edu/hivcntr
87. Tratamento pós-exposição
HEPATITE B: a pessoa pode ser vacinada
ou revacinada a partir do momento
imediatamente após o acidente, o que reduz
o risco de infecção, se ela responder a
vacina.
HEPATITE C: tratamento a base de
Ribavirina e Interferon, proteína que estimula
o sistema imunológico a combater a doença.
-Interferon Peguilado!
88. Tratamento pós-exposição
HIV: o tratamento quimioprofilático
reduz em 82% o risco de transmissão
após acidente com material
contaminado com o vírus. Ele
também é realizado quando não se
pode confirmar a sorologia da fonte
expositora. Este tratamento deve ser
iniciado dentro de 48 horas após o
acidente e mantido por 28 dias.
-AZT, Lamivudina e Indinavir
90. Efeitos colaterais do
tratamento
Todas as drogas anti-retrovirais podem
levar a efeitos colaterais como
náuseas, vômitos,diarréia, fraqueza,
cefaléia, etc...
Apesar disso, não se deve interromper
arbitrariamente o esquema profilático.
Os esquemas profiláticos para hepatite
B e HIV podem ser utilizados durante
a gravidez, sendo a monoterapia com
AZT mais segura nesse caso.
91. RISCO BIOLÓGICO
Como minimizar o risco?
Conhecimento/ Conscientização
Equipamentos de Proteção
Individual
Precauções padrão e especiais
92. RISCO BIOLÓGICO
Conhecimento/ Conscientização
Conhecer os possíveis agentes etiológicos e
os meios de transmissão
Lavagem das mãos BPL
Imunizações
Manuseio e descarte de pérfuro-cortantes
Conhecer a rotina para atendimento de
acidentes com material biológico
Conhecer as limitações da profilaxia pós
exposição
95. Barreiras de Contenção
BARREIRAS PRIMÁRIAS
1. Equipamento de Proteção Individual-EPI
São empregados para proteger o profissional
de saúde do contato com agentes infecciosos,
tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e
outros perigos. A roupa e o equipamento
servem, também, para evitar a contaminação
do material em experimento ou em produção.
96. Barreiras Primárias
Luvas (de procedimento, estéreis)
Máscaras
Uniformes (limpos, estéreis, plástico,
descartáveis), jaleco
Protetor facial ou óculos de proteção
Sapato, botas
EPC’s (CSB, chuveiro de emergência,
lava-olhos, extintores, etc.)
97. Barreiras Primárias
OUTROS EQUIPAMENTOS
-Óculos de Proteção e Protetor Facial: protegem
contra salpicos, borrifos, gotas e impacto.
Óculos de proteção: material rígido e leve, devem
cobrir completamente a área dos olhos
Protetor facial: deve ser ajustável à cabeça e
cobrir todo o rosto
-Máscara: de tecido de algodão, fibra sintética
descartável, com filtro HEPA (High Efficiency
Particulate Air ), filtros para gases, pó, etc...
98. Barreiras Primárias
AEROSSÓIS
Formado por gotículas geradas primariamente
de fonte humana, por meio de espirros, tosse
ou fala e durante a execução de certos
procedimentos no trabalho laboratorial.
Uma partícula de pólen mede em torno de 20
micra. Se considerarmos que, em média, as
bactérias medem de 0,5 a 3,0 micra e os vírus
de 0,001 a 0,005 micra, é possível calcular
quantos microorganismos uma partícula de
pólen pode carregar de um lugar para outro.
99.
100. Barreiras Primárias
-Macacões de tecido de algodão e
macacões impermeáveis
-Uniforme de algodão, composto de calça
e blusa
-Gorros descartáveis
-Luvas de borracha, amianto, couro,
algodão e descartáveis
-Dispositivos de pipetagem (borracha,
pipetadores automáticos, etc.)
-Dosímetro para radiação ionizante
101.
102.
103. Biossegurança
NORMAS GERAIS DE BIOSSEGURANÇA
Prender cabelos longos; proteger barba;
Evitar o uso de calçados abertos;
Manter unhas cortadas;
Evitar usar jóias ou adereços;
Evitar o uso de lentes de contato;
Lavar as mãos;
Não comer e beber em ambiente laboratorial;
Não fumar, aplicar cosméticos nem pentear os
cabelos em ambiente laboratorial;
104. Normas gerais de
Biossegurança
NÃO É PERMITIDO NA ÁREA
LABORATORIAL:
-crianças, ventiladores, rádio, plantas, animais
ACESSO RESTRITO AOS LABORATÓRIOS:
-não permitir a circulação de estranhos sem
permissão
106. RESPONSABILIDADES
SUPERVISORES/CHEFIAS
Apoiar os programas de segurança;
Apresentar comportamento correto
quanto à segurança;
Fornecer capacitação adequada;
Supervisão, fiscalização e cobrança.
107. RESPONSABILIDADES
FUNCIONÁRIOS
Seguir os padrões, regras,
regulamentos e normas de saúde e
segurança ocupacional;
Usar os EPIs e EPCs quando
necessário;
Relatar todos os acidentes/incidentes
e doenças relacionados aos seus
supervisores.
108. RESPONSABILIDADES
TODOS DEVEM SABER
Procedimentos em caso de
emergência;
Localização dos equipamentos de
emergência;
Como usar os equipamentos de
emergência;
Nomes e telefones das pessoas
responsáveis.