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Curso enfermagem
INFECÇÃO HOSPITALAR
Aula 1
Prof. Marcio Costa
PARTE I CONCEITO
DE INFECÇÃO
HOSPITALAR
Para fins de classificação
epidemiológica, a infecção
hospitalar é toda infecção
adquirida durante a internação
hospitalar (desde que não
incubada previamente à
internação) ou então relacionada a
algum procedimento realizado no
hospital (por exemplo, cirurgias),
podendo manifestar-se inclusive
após a alta.
Atualização:
Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido substituído por Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde (IRAS). Essa mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela
relacionada a procedimentos feitos em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção
ocupacional adquirida por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros).
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
A CCIH diz respeito a um grupo de profissionais da
área de saúde, de nível superior, formalmente
designado para, juntamente com a Direção do
Hospital, planejar, elaborar, implementar, manter e
avaliar o Programa de Controle de Infecção
Hospitalar que é um conjunto de ações
desenvolvidas com o objetivo de reduzir ao máximo
possível a incidência das infecções hospitalares. A
CCIH deve ser adequada às características e
necessidades do Estabelecimento de Assistência à
Saúde (EAS), sendo constituída de membros
consultores e executores.
PARTE II
• Assepsia
• Antissepsia
• Desinfecção
• Esterilização
Assepsia:
Processo pelo qual consegue-se
impedir a penetração de germes
patogênicos em local que não os
contenha.
Ou seja é manter um ambiente ou
objetos com ausência de germes, entre
eles bactérias, vírus e outros
microrganismos que podem causar
doenças”.
Nunca toque em um campo cirurgico sem
luva estéril
Antissepsia:
É o processo que visa reduzir ou inibir
o crescimento de microrganismos na
pele ou nas mucosas. Os produtos
usados para fazer a antissepsia são
chamados de antissépticos.
Limpeza :
As operações de limpeza, propriamente
ditas, compreende escovação com água e
sabão, fricção, esfregação e passar pano. A
varredura e espanação seca devem ser
evitadas, pois estas práticas espalham para o
ar e paras superfícies limpas, poeira, matéria
estranha e microorganismos.
Limpeza :
Remoção de sujidades externas e internas.
Sempre antecede os processos de
desinfecção e esterilização. É realizada de
forma manual, com água, detergente e
acessórios de limpeza, ou então
automatizada, utilizando lavadora
termodesinfetadora ou ultrassônica. Alguns
desinfetantes utilizados em superfícies fixas
promovem concomitantemente limpeza e
desinfecção, pois contêm tensoativos.
Nesses casos, o enxágue não é necessário.
Desinfecção:
A presença de matéria orgânica interfere na eficácia
dos processos de desinfecção e esterilização,
portanto a limpeza é etapa fundamental. Em todas as
fases da limpeza, desinfecção e esterilização deve ser
utilizado Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Desinfecção:
aplicação de
meios físicos
e químicos
Compreende a Pré-limpeza : Remoção da sujidade
visível presente nos produtos para saúde.
Desinfeção de nível intermediário: processo físico ou
químico que destrói microrganismos patogenicos na
forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e
dos fungos de objetos inanimados e superfícies.
Desinfeção de alto nível: processo físico ou químico
que destrói a maioria dos microrganismos de artigos
semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto
um numero elevado de esporos bacterianos.
ARTIGOS HOSPITALARES
São instrumentos utilizados na
assistência a saúde, como por
exemplo: pinças para curativos e
cirurgias, bandejas, cubas,
materiais de vias aéreas, entre
outros.
A RDC nº 15º conceitua os artigos
conforme sua criticidade:
•críticos, semi-críticos e não críticos. Isso
vai interferir diretamente no seu
processamento, pois cada artigo vai ser
processado conforme sua necessidade.
Classificação segundo risco potencial de infecção (adaptada de Spaulding)
Níveis de desinfecção: A desinfecção é classificada de acordo
com a capacidade de destruição dos microrganismos.
Produtos para desinfecção química:
Produtos para desinfecção química:
Quaternário de amônia – Hipoclorito de Sódio
Ortoftalaldeído 0,55%– Glutaraldeído 2% a 3,4%
Ácido Peracético
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estabilizado a 7%
Roteiro para desinfecção química – nível intermediário
Na unidade de internação, é possível realizar a desinfecção de produtos
que tenham baixa complexidade de limpeza, seguindo o roteiro abaixo.
Forma Vegetativa: Desinfecção:
É o processo que
elimina todos os
microrganismos na
forma vegetativa,
potencialmente
patogênicos,
mediante aplicação de
meios físicos e
químicos.
Desinfecção:
Os meios químicos compreendem os
germicidas (líquidos ou gasosos). Os meios
físicos compreendem o calor em suas formas
seca e úmida (vapor). A desinfecção
normalmente se aplica a áreas e artigos
semicríticos e não-críticos. Os desinfetantes
mais comumente utilizados são: hipoclorito de
sódio, formaldeído, compostos fenólicos.
Esterilização:
Destruição de todas as
formas de vida
microbiana.
Autoclave é um aparelho utilizado
para esterilizar materiais e artigos médico-
hospitalares por meio do calor úmido sob pressão.
Esterilização:
Pode ser realizada por métodos físicos (autoclave a vapor 134°C
por 5 minutos é o método físico mais utilizado e de menor
custo), ou físico-químicos (óxido de etileno).
O óxido de etileno é indicado para produtos termossensíveis,
por agir a baixa temperatura.
Esterilização:
Destruição de todas as
formas de vida microbiana
.
FLUOGRAMA PARA ESTERILIZAÇÃO EM CME
PARTE III
Acidentes com materiais
biológicos
Risco de transmissão:
Exames solicitados em caso de acidente biológico
Materiais clínicos de risco:
•Sangue ou qualquer outro fluido contendo sangue são
os materiais de maior risco para transmissão de HIV,
VHB e VHC em acidentes ocupacionais.
•Também são considerados potencialmente
infectantes: secreção vaginal, sêmen, líquido
peritoneal, líquido pleural, líquido pericárdico, líquido
amniótico, líquor, líquido articular, leite materno,
saliva (apenas para procedimentos odontológicos)
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•Lavar com água e sabão o ferimento ou pele exposta.
•Lavar as mucosas com água em abundância.
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a exposição ao material contaminante.
Conduta profilática para VHB :
Conduta profilática para VHB :
Imunoglobulina hiperimune para VHB (HBIG) Dose única intra-muscular,
administrada o mais precocemente possível, até no máximo 7 dias após o
acidente.
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FLUXOGRAMA : Classificação do acidente segundo categoria de exposição
Conduta profilática para HIV
Dosagem e tempo de uso
profilático
dos antirretrovirais
• AZT/3TC: 300/150mg 1 comprimido VO 12/12h por 4
semanas
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12/12h por 4 semanas
Fluxo para preenchimento da CAT
ORIENTAÇÕES PARA O
USO CORRETO DA CAIXA
COLETORA DE
PERFUROCORTANTES
• As caixas coletoras devem ser
utilizadas até a sinalização do
limite máximo (linha pontilhada)
ORIENTAÇÕES PARA O
USO CORRETO DA CAIXA
COLETORA DE
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Risco de Acidentes:
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máximo da caixa coletora
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Risco de Acidentes:
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Risco de Acidentes:
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lixeira simples em cima da
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  • 2. PARTE I CONCEITO DE INFECÇÃO HOSPITALAR Para fins de classificação epidemiológica, a infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a internação hospitalar (desde que não incubada previamente à internação) ou então relacionada a algum procedimento realizado no hospital (por exemplo, cirurgias), podendo manifestar-se inclusive após a alta.
  • 3. Atualização: Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido substituído por Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). Essa mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos feitos em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros).
  • 4. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar A CCIH diz respeito a um grupo de profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designado para, juntamente com a Direção do Hospital, planejar, elaborar, implementar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar que é um conjunto de ações desenvolvidas com o objetivo de reduzir ao máximo possível a incidência das infecções hospitalares. A CCIH deve ser adequada às características e necessidades do Estabelecimento de Assistência à Saúde (EAS), sendo constituída de membros consultores e executores.
  • 5. PARTE II • Assepsia • Antissepsia • Desinfecção • Esterilização
  • 6. Assepsia: Processo pelo qual consegue-se impedir a penetração de germes patogênicos em local que não os contenha. Ou seja é manter um ambiente ou objetos com ausência de germes, entre eles bactérias, vírus e outros microrganismos que podem causar doenças”.
  • 7. Nunca toque em um campo cirurgico sem luva estéril
  • 8. Antissepsia: É o processo que visa reduzir ou inibir o crescimento de microrganismos na pele ou nas mucosas. Os produtos usados para fazer a antissepsia são chamados de antissépticos.
  • 9. Limpeza : As operações de limpeza, propriamente ditas, compreende escovação com água e sabão, fricção, esfregação e passar pano. A varredura e espanação seca devem ser evitadas, pois estas práticas espalham para o ar e paras superfícies limpas, poeira, matéria estranha e microorganismos.
  • 10. Limpeza : Remoção de sujidades externas e internas. Sempre antecede os processos de desinfecção e esterilização. É realizada de forma manual, com água, detergente e acessórios de limpeza, ou então automatizada, utilizando lavadora termodesinfetadora ou ultrassônica. Alguns desinfetantes utilizados em superfícies fixas promovem concomitantemente limpeza e desinfecção, pois contêm tensoativos. Nesses casos, o enxágue não é necessário.
  • 11. Desinfecção: A presença de matéria orgânica interfere na eficácia dos processos de desinfecção e esterilização, portanto a limpeza é etapa fundamental. Em todas as fases da limpeza, desinfecção e esterilização deve ser utilizado Equipamento de Proteção Individual (EPI).
  • 12. Desinfecção: aplicação de meios físicos e químicos Compreende a Pré-limpeza : Remoção da sujidade visível presente nos produtos para saúde. Desinfeção de nível intermediário: processo físico ou químico que destrói microrganismos patogenicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos de objetos inanimados e superfícies. Desinfeção de alto nível: processo físico ou químico que destrói a maioria dos microrganismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um numero elevado de esporos bacterianos.
  • 13. ARTIGOS HOSPITALARES São instrumentos utilizados na assistência a saúde, como por exemplo: pinças para curativos e cirurgias, bandejas, cubas, materiais de vias aéreas, entre outros. A RDC nº 15º conceitua os artigos conforme sua criticidade: •críticos, semi-críticos e não críticos. Isso vai interferir diretamente no seu processamento, pois cada artigo vai ser processado conforme sua necessidade.
  • 14. Classificação segundo risco potencial de infecção (adaptada de Spaulding)
  • 15. Níveis de desinfecção: A desinfecção é classificada de acordo com a capacidade de destruição dos microrganismos.
  • 18. Quaternário de amônia – Hipoclorito de Sódio
  • 20. Ácido Peracético Dióxido de cloro estabilizado a 7%
  • 21. Roteiro para desinfecção química – nível intermediário Na unidade de internação, é possível realizar a desinfecção de produtos que tenham baixa complexidade de limpeza, seguindo o roteiro abaixo.
  • 22. Forma Vegetativa: Desinfecção: É o processo que elimina todos os microrganismos na forma vegetativa, potencialmente patogênicos, mediante aplicação de meios físicos e químicos.
  • 23. Desinfecção: Os meios químicos compreendem os germicidas (líquidos ou gasosos). Os meios físicos compreendem o calor em suas formas seca e úmida (vapor). A desinfecção normalmente se aplica a áreas e artigos semicríticos e não-críticos. Os desinfetantes mais comumente utilizados são: hipoclorito de sódio, formaldeído, compostos fenólicos.
  • 24. Esterilização: Destruição de todas as formas de vida microbiana. Autoclave é um aparelho utilizado para esterilizar materiais e artigos médico- hospitalares por meio do calor úmido sob pressão.
  • 25. Esterilização: Pode ser realizada por métodos físicos (autoclave a vapor 134°C por 5 minutos é o método físico mais utilizado e de menor custo), ou físico-químicos (óxido de etileno). O óxido de etileno é indicado para produtos termossensíveis, por agir a baixa temperatura.
  • 26. Esterilização: Destruição de todas as formas de vida microbiana .
  • 28. PARTE III Acidentes com materiais biológicos
  • 30. Exames solicitados em caso de acidente biológico
  • 31. Materiais clínicos de risco: •Sangue ou qualquer outro fluido contendo sangue são os materiais de maior risco para transmissão de HIV, VHB e VHC em acidentes ocupacionais. •Também são considerados potencialmente infectantes: secreção vaginal, sêmen, líquido peritoneal, líquido pleural, líquido pericárdico, líquido amniótico, líquor, líquido articular, leite materno, saliva (apenas para procedimentos odontológicos)
  • 32. Cuidados imediatos com o ferimento: •Lavar com água e sabão o ferimento ou pele exposta. •Lavar as mucosas com água em abundância. •Não “espremer” o ferimento, pois isso pode aumentar a exposição ao material contaminante.
  • 34. Conduta profilática para VHB : Imunoglobulina hiperimune para VHB (HBIG) Dose única intra-muscular, administrada o mais precocemente possível, até no máximo 7 dias após o acidente. Vacinação para VHB Encaminhar à UBS com receita
  • 35. FLUXOGRAMA : Classificação do acidente segundo categoria de exposição
  • 37. Dosagem e tempo de uso profilático dos antirretrovirais • AZT/3TC: 300/150mg 1 comprimido VO 12/12h por 4 semanas • Lopinavir/Ritonavir (Kaletra®): 200/50mg 2 caps VO 12/12h por 4 semanas
  • 39. ORIENTAÇÕES PARA O USO CORRETO DA CAIXA COLETORA DE PERFUROCORTANTES • As caixas coletoras devem ser utilizadas até a sinalização do limite máximo (linha pontilhada)
  • 40. ORIENTAÇÕES PARA O USO CORRETO DA CAIXA COLETORA DE PERFUROCORTANTES Manter as caixas coletoras em seus suportes específicos e o mais próximo do local de descarte dos artigos perfurocortantes.
  • 41. ORIENTAÇÕES PARA O USO CORRETO DA CAIXA COLETORA DE PERFUROCORTANTES Os suportes das caixas coletoras devem ser fixados em altura que permita a visualização da abertura para descarte.
  • 42. ORIENTAÇÕES PARA O USO CORRETO DA CAIXA COLETORA DE PERFUROCORTANTES Transportar as caixas coletoras de perfurocortantes segurandoas pela alça e mantendo-as afastadas do corpo.
  • 43. ORIENTAÇÕES PARA O USO CORRETO DA CAIXA COLETORA DE PERFUROCORTANTES Vistoriar diariamente as condições de lotação e integridade das caixas recolhendo-as assim que atingirem o limite máximo de preenchimento.
  • 44. ORIENTAÇÕES PARA O USO CORRETO DA CAIXA COLETORA DE PERFUROCORTANTES Não reencapar agulhas e nem soltá-las da seringa para o descarte.
  • 45. USO INADEQUADO DA CAIXA COLETORA DE PERFUROCORTANTES E RISCOS DE ACIDENTE
  • 46. Risco de Acidentes: Reencapar agulhas ou solta - lá da seringa no momento do descarte na caixas coletora.
  • 47. Risco de Acidentes: Ultrapassar o limite máximo da caixa coletora (linha pontilhada)
  • 48. Risco de Acidentes: Caixa coletora de perfurocortantes em cima de pias, móveis, bancadas ou no chão.
  • 49. Risco de Acidentes: Caixa coletora de perfurocortantes fora do suporte e montada como lixeira simples em cima da pia.
  • 50. Descarte inadequado Utilizar a caixa coletora para descarte de resíduos não perfurocortantes como luvas, papéis, gazes, algodão, etc.
  • 51. Tarefa Pesquise sobre os efeitos colaterais dos antirretrovirais.