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ASSEPSIA E ANTISSEPSIA
COLOCAÇÃO DE CAMPOS
CIRÚRGICOS
MEDICINA – UFSC
MÓDULO SAÚDE DO ADULTO II (MED 7009)
TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL
4ª FASE
PROF. GILBERTO VAZ TEIXEIRA
1
1. INTRODUÇÃO
2
3
1.INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Para prevenir a contaminação da ferida cirúrgica e o
desenvolvimento de infecção são preconizados cuidados
que vão desde a conduta adequada no centro cirúrgico até a
preparação da equipe cirúrgica e do paciente, além da
utilização de agentes antimicrobianos
4
2. HISTÓRIA
Ignaz Phillip Semmelweis
(Viena, 1846)
 Estabeleceu a
transmissão da febre
puerperal às
parturientes, através
das mãos
contaminadas dos
médicos obstetras
que advinham de
necropsias
5
2. HISTÓRIA
Oliver Wendell Holmes
(Harvard, 1840)
 Determinou que os
médicos que atendessem
pacientes com febre
puerperal não
atendessem pacientes
saudáveis ou que pelo
menos lavassem suas
mãos com cloreto de
cálcio e trocassem suas
roupas antes de examinar
as pacientes
6
2. HISTÓRIA
Louis Pasteur
(Strausburg, 1870)
 Teoria microbiana da
fermentação e
putrefação do vinho,
publicando sua
primeira descrição do
"princípio
antisséptico" , e
elaborou a teoria dos
germes
7
2. HISTÓRIA
Joseph Lister (Glasgow,
1865)
 Início da era da
antissepsia, instituindo
a utilização de ácido
fênico na pele do
paciente e nos campos
operatórios, além de
ferver os instrumentais
antes da execução da
cirurgia
8
2. HISTÓRIA
Gustav Adolf Neuber
(Kiel, 1882)
 Sugeriu a separação
em salas de operação
séptica e asséptica.
Fez o primeiro hospital
asséptico e introduziu
o uso do avental
cirúrgico
9
2. HISTÓRIA
Curt Schimmelbusch
(Berlin, 1891)
 Padronizou a
antissepsia da mão
e iniciou processo
de autoclavagem de
roupas e material
cirúrgico com uso
de caixas, além da
máscara de
anestesia com éter
e clorofórmio
10
2. HISTÓRIA
Robert Koch (Berlin,
1900)
 A infecção cirúrgica
poderia ser
ocasionada por seis
tipos diferentes de
microorganismos,
propondo técnicas
de antissepsia e
assepsia a base de
iodo, cloro e bromo
11
2. HISTÓRIA
Willian S. Halsted
(Baltimore, 1889)
 Instituiu a utilização
de luvas
emborrachadas na
execução do ato
operatório, zelando
ainda pelo cuidado
na manipulação
tecidual, para que
se produzisse o
mínimo de trauma
possível
12
3. CONCEITOS
 CONTAMINAÇÃO: entrada de microorganismos em algum objeto,
material ou ambiente. Pode ser direta ou indireta
 INFECÇÃO: Processo pelo qual ocorre invasão do corpo por
microorganismos com ou sem doença manifestada
 ASSEPSIA: são as manobras realizadas com o intuito de se manter
o doente e o ambiente cirúrgico livres de germes
 ANTISSEPSIA: utilização de produtos (microbicidas ou
microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir
os micro-organismos em sua superfície
 ESTERILIZAÇÃO: É o conjunto de operações que objetiva destruir
(ou remover) todas as formas possíveis de microorganismos
(incluindo esporos bacterianos) de superfícies animadas ou
inanimadas
 DESINFECÇÃO: é o processo que visa a eliminação de
microorganismos na forma vegetativa, excetuando-se esporos
bacterianos ou suas endotoxinas
13
4. INFECÇÃO EM CIRURGIA
 A infecção no campo operatório se define como aquela que
ocorre nos primeiros 30 dias do período pós-operatório, exceto
quando se utilizam implantes sintéticos, onde a infecção pode
ocorrer mais tardiamente.
14
4. INFECÇÃO EM CIRURGIA
15
 FLORA RESIDENTE:
Staphylococcus epidermidis,
micrococcus sp, Acinetobacter sp,
que são germes não patogênicos.
O Staphylococcus aureus não faz
parte da flora residente, mas pode
ser encontrado nas pregas
cutâneas e fossas nasais de
adultos. A Escherichia coli faz parte
da flora cutânea normal nas
proximidades dos tratos
gastrointestinal e urinário
4. INFECÇÃO EM CIRURGIA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
Objetivos:
1. Reduzir o número de microrganismos patogênicos para
níveis em que os mecanismos de defesa normais dos
pacientes podem impedir a infecção;
2. Quebrar o ciclo de infecção e eliminar a contaminação
cruzada;
3. Tratar todos os pacientes e instrumentos como passíveis
de transmitir doença infecciosa;
4. Proteger pacientes e profissionais de saúde da infecção
e suas consequências.
16
4. INFECÇÃO EM CIRURGIA
TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
1. Técnicas de barreira (luvas, máscaras, roupão , tampas de
borracha) combinados com protocolos de
esterilização/desinfecção/ antissepsia apropriados
2. Uso de substâncias químicas e físicas utilizadas nos
diversos processos de desinfecção, antissepsia e assepsia,
associado a esterilização
17
5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
5.1. TÉCNICAS DE DESINFECÇÃO (HIGIENIZAÇÃO OU
SANITIZAÇÃO)
É o processo que visa a eliminação de microorganismos na forma
vegetativa, excetuando-se esporos bacterianos ou suas
endotoxinas. Os procedimentos de desinfecção não asseguram a
eliminação total de bactérias na forma de esporos ou de proteínas
tóxicas (príons, endotoxinas bacterianas).
18
5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
Princípios ativos dos desinfetantes mais utilizados:
 FORMALDEÍDO: Como desinfetante é mais utilizado a
formalina.
 IODO: Além do uso como antisséptico pode ser usado na
desinfecção de vidros, ampolas, metais resistentes à
oxidação e bancadas. O (PVPI) Iodopovidona pode ser
utilizado na assepsia das mãos, regiões para injeção,
campos cirúrgicos etc.
 CLORO: O hipoclorito está indicado para desinfecção e
descontaminação de superfícies e de artigos plásticos e
borracha. Também é utilizado em superfícies de áreas como
lavanderia, lactário, copa, cozinha, balcões de laboratório,
banco de sangue, pisos etc.
 ÁLCOOL: O álcool é amplamente usado como desinfetante,
tanto o álcool etílico 70%, como o isopropílico 92%, por
terem atividade germicida, menor custo e pouca toxicidade.
19
5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
5.2. TÉCNICAS DE ANTISSEPSIA
Procedimento através do qual microorganismos presentes
em tecidos (pele e mucosas) são destruídos ou eliminados
após a aplicação de agentes antimicrobianos denominadas
antissépticos
20
5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
Agentes recomendados para antissepsia:
 COMPOSTOS DE IODO: o iodo é um halogênio pouco solúvel em água,
porém facilmente solúvel em álcool e em soluções aquosas de iodeto de
potássio. O iodo livre é mais bactericida do que bacteriostático, e dá um
poder residual à solução. O composto de iodo mais usado é o álcool
iodado a 0,5% ou 1.
 IODÓFOROS: a polivinilpirrolidona (PVP), além de conservar inalteradas as
propriedades germicidas do iodo não queima, não mancha tecidos,
raramente provoca reações alérgicas, não interfere no metabolismo e
mantém ação germicida residual. Para as feridas abertas ou mucosas,
(sondagem vesical), usamos o complexo dissolvido em solução aquosa.
Para a antissepsia da pele integra a solução alcóolica.
 ETANOL (álcool etílico): Utilizar em concentrações de 60%-70% após a
limpeza química com sabonetes comuns e ou escova.
 CLOREXIDINA: É um complexo orgânico contendo cloro e anéis fenólicos.
A clorexidina é suave, baixa toxicidade, ação rápida e baixa absorção
tecidual. É o antisséptico mais utilizado no controle de Staphylococcus.
Utilizada para degermação das mãos e antebraço da equipe; preparo da
pele (pré-operatório e procedimentos invasivos)
 TRICLOSAN: Apresenta ação contra bactérias Gram positivas e a maioria
das Gram-negativas e é encontrado em formulações de sabonetes em
barra e líquidos, e é utilizado na degermação da equipe médica.
21
5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
5.4. TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO
É o conjunto de operações que objetiva destruir (ou remover)
todas as formas possíveis de microorganismos (incluindo
esporos bacterianos) de superfícies animadas ou inanimadas
22
5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA
PROFILAXIA DA INFECÇÃO
Técnicas de esterilização:
 CALOR SECO: Os microorganismos são carbonizados ou consumidos pelo
calor (oxidação), pela chama (flambagem) ou pela eletricidade (fulguração). O
exemplo é a estufa, para esterilizar materiais ¨secos¨, como vidraria, seringas,
agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases furacinadas,
óleos, vaselina.
 CALOR ÚMIDO: pode-se usar o calor através da fervura. Foi um método
correntemente usado na prática diária, mas não oferece uma esterilização
completa
 VAPOR SOB PRESSÃO (autoclave): age difundindo o vapor d'água sob
pressão, para dentro da membrana celular. Serve para objetos que não
estragam com a umidade e temperatura alta como panos, meios
bacteriológicos, soluções salinas, instrumentais (não os de corte), agulhas,
seringas, vidraria (não as de precisão ) etc.
 ÓXIDO DE ETILENO: é um gás incolor que é bactericida, esporicida e virucida.
Penetra em substâncias porosas, não corroe ou danifica materiais, age
rapidamente e é removível.
 ALDEÍDO: Glutaraldeido a 2%, associada a um antioxidante, por 8 a 12 horas, é
usado para esterilizar material de acrílico, cateteres, drenos, nylon, silicone,
teflon, pvc, laringoscópicos e outros. Formaldeído, usado tanto na forma
líquida ou gasosa por 18 horas.
 ÁCIDO PERACÉTICO: é usado como desinfetante e esterilizante para cateteres.
23
6. CUIDADOS COM O DOENTE
 A limpeza e a antissepsia da pele a ser operada contribuem
para a prevenção da infecção da incisão cirúrgica. As
principais etapas no preparo pré-operatório da pele são o
banho geral, a tricotomia e a antissepsia do local.
 Dentre os compostos empregados, como antisépticos,
destacam-se, o álcool iodado, a clorexidina e os iodofóricos
24
6.1. TRICOTOMIA
 Realizar a tricotomia apenas quando o pêlo prejudicar a
técnica cirúrgica
 A tricotomia deve ser realizada, o mais próximo da
cirurgia, não ultrapassando o prazo de duas horas, antes
da mesma, se possível, usando o aparelho elétrico
25
6.2. DEGERMAÇÃO
 A degermação do leito cirúrgico consiste no preparo
químico da área cirúrgica e se caracteriza pela aplicação
de produtos antissépticos (normalmente PVPI ou
clorexidina) sobre o leito cirúrgico (área da pele na qual se
dará a incisão e o procedimento cirúrgico)
 Objetiva reduzir ao máximo a microbiota da pele, evitando
consequentemente a presença de microrganismos na
ferida cirúrgica
26
6.3. ANTISSEPSIA (PINTURA) DO
LEITO CIRÚRGICO
 A pintura é sempre realizada da área menos contaminada
(local da incisão) para a área mais contaminada.
 A antissepsia é feita em sentido centrífugo (do centro para
a borda) em relação à área de interesse.
 Utiliza-se gazes que são embebidas em solução
antisséptica contida em uma cuba (ex. PVPI, clorexidina),
com o uso de pinças de preensão apropriadas (Cheron,
Foerster, Pean)
27
7. CUIDADOS COM O AMBIENTE
CIRÚRGICO
 O Procedimento cirúrgico deve ser realizado em unidade
cirúrgica preparada e dimensionada para a realização de
cirurgias, devendo ser em um ambiente com contaminação
controlada e utilizando materiais esterilizados e livres de
patógenos.
 Preconiza-se que o ambiente possua circulação de ar com fluxo
laminar e com pressão positiva, sem comunicação com o ar
externo
28
7.1. COLOCAÇÃO DE CAMPOS
CIRÚRGICOS
 Após a paramentação e antissepsia do paciente, deve-se
iniciar a colocação dos campos operatórios.
 instrumentador entrega ao cirurgião um dos campos
maiores, sendo este desdobrado nas duas extremidades,
com uma segurada pelo cirurgião e outra pelo auxiliar.
 Em média são utilizados 5 campos: a) inferior de proteção, b)
lateral direito, c) lateral esquerdo, d) superior, e) inferior
 Os campos cirúrgicos devem ser adequadamente fixados
com pinça de Backaus, adesivo ou ponto cirúrgico
 Após a colocação dos campos, procede-se a fixação da
caneta do bisturi elétrico e a borracha do aspirador
 Para pequenas operações, usa-se campos menores de
tamanhos variáveis com um orifício no centro através do
qual se realiza o procedimento (campos fenestrados)
29
7.1. COLOCAÇÃO DE CAMPOS CIRÚRGICOS
CAMPO DESCARTÁVEL COM ADESIVO
30
7.1. COLOCAÇÃO DE CAMPOS CIRÚRGICOS
CAMPO DESCARTÁVEL COM ADESIVO
31
8. CUIDADOS COM A EQUIPE
MÉDICA
 A preparação da equipe cirúrgica envolve lavagem das
mãos, a escovação (degermação) e o vestuário cirúrgico.
Dentre os agentes empregados com tal finalidade pode-se
relacionar gluconato de clorexidina, iodo-povidona,
hexaclorofeno, paraclorometaxilenol e triclosana
32
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  • 1. ASSEPSIA E ANTISSEPSIA COLOCAÇÃO DE CAMPOS CIRÚRGICOS MEDICINA – UFSC MÓDULO SAÚDE DO ADULTO II (MED 7009) TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL 4ª FASE PROF. GILBERTO VAZ TEIXEIRA 1
  • 4. 1. INTRODUÇÃO Para prevenir a contaminação da ferida cirúrgica e o desenvolvimento de infecção são preconizados cuidados que vão desde a conduta adequada no centro cirúrgico até a preparação da equipe cirúrgica e do paciente, além da utilização de agentes antimicrobianos 4
  • 5. 2. HISTÓRIA Ignaz Phillip Semmelweis (Viena, 1846)  Estabeleceu a transmissão da febre puerperal às parturientes, através das mãos contaminadas dos médicos obstetras que advinham de necropsias 5
  • 6. 2. HISTÓRIA Oliver Wendell Holmes (Harvard, 1840)  Determinou que os médicos que atendessem pacientes com febre puerperal não atendessem pacientes saudáveis ou que pelo menos lavassem suas mãos com cloreto de cálcio e trocassem suas roupas antes de examinar as pacientes 6
  • 7. 2. HISTÓRIA Louis Pasteur (Strausburg, 1870)  Teoria microbiana da fermentação e putrefação do vinho, publicando sua primeira descrição do "princípio antisséptico" , e elaborou a teoria dos germes 7
  • 8. 2. HISTÓRIA Joseph Lister (Glasgow, 1865)  Início da era da antissepsia, instituindo a utilização de ácido fênico na pele do paciente e nos campos operatórios, além de ferver os instrumentais antes da execução da cirurgia 8
  • 9. 2. HISTÓRIA Gustav Adolf Neuber (Kiel, 1882)  Sugeriu a separação em salas de operação séptica e asséptica. Fez o primeiro hospital asséptico e introduziu o uso do avental cirúrgico 9
  • 10. 2. HISTÓRIA Curt Schimmelbusch (Berlin, 1891)  Padronizou a antissepsia da mão e iniciou processo de autoclavagem de roupas e material cirúrgico com uso de caixas, além da máscara de anestesia com éter e clorofórmio 10
  • 11. 2. HISTÓRIA Robert Koch (Berlin, 1900)  A infecção cirúrgica poderia ser ocasionada por seis tipos diferentes de microorganismos, propondo técnicas de antissepsia e assepsia a base de iodo, cloro e bromo 11
  • 12. 2. HISTÓRIA Willian S. Halsted (Baltimore, 1889)  Instituiu a utilização de luvas emborrachadas na execução do ato operatório, zelando ainda pelo cuidado na manipulação tecidual, para que se produzisse o mínimo de trauma possível 12
  • 13. 3. CONCEITOS  CONTAMINAÇÃO: entrada de microorganismos em algum objeto, material ou ambiente. Pode ser direta ou indireta  INFECÇÃO: Processo pelo qual ocorre invasão do corpo por microorganismos com ou sem doença manifestada  ASSEPSIA: são as manobras realizadas com o intuito de se manter o doente e o ambiente cirúrgico livres de germes  ANTISSEPSIA: utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície  ESTERILIZAÇÃO: É o conjunto de operações que objetiva destruir (ou remover) todas as formas possíveis de microorganismos (incluindo esporos bacterianos) de superfícies animadas ou inanimadas  DESINFECÇÃO: é o processo que visa a eliminação de microorganismos na forma vegetativa, excetuando-se esporos bacterianos ou suas endotoxinas 13
  • 14. 4. INFECÇÃO EM CIRURGIA  A infecção no campo operatório se define como aquela que ocorre nos primeiros 30 dias do período pós-operatório, exceto quando se utilizam implantes sintéticos, onde a infecção pode ocorrer mais tardiamente. 14
  • 15. 4. INFECÇÃO EM CIRURGIA 15  FLORA RESIDENTE: Staphylococcus epidermidis, micrococcus sp, Acinetobacter sp, que são germes não patogênicos. O Staphylococcus aureus não faz parte da flora residente, mas pode ser encontrado nas pregas cutâneas e fossas nasais de adultos. A Escherichia coli faz parte da flora cutânea normal nas proximidades dos tratos gastrointestinal e urinário
  • 16. 4. INFECÇÃO EM CIRURGIA PROFILAXIA DA INFECÇÃO Objetivos: 1. Reduzir o número de microrganismos patogênicos para níveis em que os mecanismos de defesa normais dos pacientes podem impedir a infecção; 2. Quebrar o ciclo de infecção e eliminar a contaminação cruzada; 3. Tratar todos os pacientes e instrumentos como passíveis de transmitir doença infecciosa; 4. Proteger pacientes e profissionais de saúde da infecção e suas consequências. 16
  • 17. 4. INFECÇÃO EM CIRURGIA TÉCNICAS UTILIZADAS PARA PROFILAXIA DA INFECÇÃO 1. Técnicas de barreira (luvas, máscaras, roupão , tampas de borracha) combinados com protocolos de esterilização/desinfecção/ antissepsia apropriados 2. Uso de substâncias químicas e físicas utilizadas nos diversos processos de desinfecção, antissepsia e assepsia, associado a esterilização 17
  • 18. 5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA PROFILAXIA DA INFECÇÃO 5.1. TÉCNICAS DE DESINFECÇÃO (HIGIENIZAÇÃO OU SANITIZAÇÃO) É o processo que visa a eliminação de microorganismos na forma vegetativa, excetuando-se esporos bacterianos ou suas endotoxinas. Os procedimentos de desinfecção não asseguram a eliminação total de bactérias na forma de esporos ou de proteínas tóxicas (príons, endotoxinas bacterianas). 18
  • 19. 5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA PROFILAXIA DA INFECÇÃO Princípios ativos dos desinfetantes mais utilizados:  FORMALDEÍDO: Como desinfetante é mais utilizado a formalina.  IODO: Além do uso como antisséptico pode ser usado na desinfecção de vidros, ampolas, metais resistentes à oxidação e bancadas. O (PVPI) Iodopovidona pode ser utilizado na assepsia das mãos, regiões para injeção, campos cirúrgicos etc.  CLORO: O hipoclorito está indicado para desinfecção e descontaminação de superfícies e de artigos plásticos e borracha. Também é utilizado em superfícies de áreas como lavanderia, lactário, copa, cozinha, balcões de laboratório, banco de sangue, pisos etc.  ÁLCOOL: O álcool é amplamente usado como desinfetante, tanto o álcool etílico 70%, como o isopropílico 92%, por terem atividade germicida, menor custo e pouca toxicidade. 19
  • 20. 5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA PROFILAXIA DA INFECÇÃO 5.2. TÉCNICAS DE ANTISSEPSIA Procedimento através do qual microorganismos presentes em tecidos (pele e mucosas) são destruídos ou eliminados após a aplicação de agentes antimicrobianos denominadas antissépticos 20
  • 21. 5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA PROFILAXIA DA INFECÇÃO Agentes recomendados para antissepsia:  COMPOSTOS DE IODO: o iodo é um halogênio pouco solúvel em água, porém facilmente solúvel em álcool e em soluções aquosas de iodeto de potássio. O iodo livre é mais bactericida do que bacteriostático, e dá um poder residual à solução. O composto de iodo mais usado é o álcool iodado a 0,5% ou 1.  IODÓFOROS: a polivinilpirrolidona (PVP), além de conservar inalteradas as propriedades germicidas do iodo não queima, não mancha tecidos, raramente provoca reações alérgicas, não interfere no metabolismo e mantém ação germicida residual. Para as feridas abertas ou mucosas, (sondagem vesical), usamos o complexo dissolvido em solução aquosa. Para a antissepsia da pele integra a solução alcóolica.  ETANOL (álcool etílico): Utilizar em concentrações de 60%-70% após a limpeza química com sabonetes comuns e ou escova.  CLOREXIDINA: É um complexo orgânico contendo cloro e anéis fenólicos. A clorexidina é suave, baixa toxicidade, ação rápida e baixa absorção tecidual. É o antisséptico mais utilizado no controle de Staphylococcus. Utilizada para degermação das mãos e antebraço da equipe; preparo da pele (pré-operatório e procedimentos invasivos)  TRICLOSAN: Apresenta ação contra bactérias Gram positivas e a maioria das Gram-negativas e é encontrado em formulações de sabonetes em barra e líquidos, e é utilizado na degermação da equipe médica. 21
  • 22. 5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA PROFILAXIA DA INFECÇÃO 5.4. TÉCNICAS DE ESTERILIZAÇÃO É o conjunto de operações que objetiva destruir (ou remover) todas as formas possíveis de microorganismos (incluindo esporos bacterianos) de superfícies animadas ou inanimadas 22
  • 23. 5. TÉCNICAS UTILIZADAS PARA PROFILAXIA DA INFECÇÃO Técnicas de esterilização:  CALOR SECO: Os microorganismos são carbonizados ou consumidos pelo calor (oxidação), pela chama (flambagem) ou pela eletricidade (fulguração). O exemplo é a estufa, para esterilizar materiais ¨secos¨, como vidraria, seringas, agulhas, pós, instrumentos cortantes, gases vaselinadas, gases furacinadas, óleos, vaselina.  CALOR ÚMIDO: pode-se usar o calor através da fervura. Foi um método correntemente usado na prática diária, mas não oferece uma esterilização completa  VAPOR SOB PRESSÃO (autoclave): age difundindo o vapor d'água sob pressão, para dentro da membrana celular. Serve para objetos que não estragam com a umidade e temperatura alta como panos, meios bacteriológicos, soluções salinas, instrumentais (não os de corte), agulhas, seringas, vidraria (não as de precisão ) etc.  ÓXIDO DE ETILENO: é um gás incolor que é bactericida, esporicida e virucida. Penetra em substâncias porosas, não corroe ou danifica materiais, age rapidamente e é removível.  ALDEÍDO: Glutaraldeido a 2%, associada a um antioxidante, por 8 a 12 horas, é usado para esterilizar material de acrílico, cateteres, drenos, nylon, silicone, teflon, pvc, laringoscópicos e outros. Formaldeído, usado tanto na forma líquida ou gasosa por 18 horas.  ÁCIDO PERACÉTICO: é usado como desinfetante e esterilizante para cateteres. 23
  • 24. 6. CUIDADOS COM O DOENTE  A limpeza e a antissepsia da pele a ser operada contribuem para a prevenção da infecção da incisão cirúrgica. As principais etapas no preparo pré-operatório da pele são o banho geral, a tricotomia e a antissepsia do local.  Dentre os compostos empregados, como antisépticos, destacam-se, o álcool iodado, a clorexidina e os iodofóricos 24
  • 25. 6.1. TRICOTOMIA  Realizar a tricotomia apenas quando o pêlo prejudicar a técnica cirúrgica  A tricotomia deve ser realizada, o mais próximo da cirurgia, não ultrapassando o prazo de duas horas, antes da mesma, se possível, usando o aparelho elétrico 25
  • 26. 6.2. DEGERMAÇÃO  A degermação do leito cirúrgico consiste no preparo químico da área cirúrgica e se caracteriza pela aplicação de produtos antissépticos (normalmente PVPI ou clorexidina) sobre o leito cirúrgico (área da pele na qual se dará a incisão e o procedimento cirúrgico)  Objetiva reduzir ao máximo a microbiota da pele, evitando consequentemente a presença de microrganismos na ferida cirúrgica 26
  • 27. 6.3. ANTISSEPSIA (PINTURA) DO LEITO CIRÚRGICO  A pintura é sempre realizada da área menos contaminada (local da incisão) para a área mais contaminada.  A antissepsia é feita em sentido centrífugo (do centro para a borda) em relação à área de interesse.  Utiliza-se gazes que são embebidas em solução antisséptica contida em uma cuba (ex. PVPI, clorexidina), com o uso de pinças de preensão apropriadas (Cheron, Foerster, Pean) 27
  • 28. 7. CUIDADOS COM O AMBIENTE CIRÚRGICO  O Procedimento cirúrgico deve ser realizado em unidade cirúrgica preparada e dimensionada para a realização de cirurgias, devendo ser em um ambiente com contaminação controlada e utilizando materiais esterilizados e livres de patógenos.  Preconiza-se que o ambiente possua circulação de ar com fluxo laminar e com pressão positiva, sem comunicação com o ar externo 28
  • 29. 7.1. COLOCAÇÃO DE CAMPOS CIRÚRGICOS  Após a paramentação e antissepsia do paciente, deve-se iniciar a colocação dos campos operatórios.  instrumentador entrega ao cirurgião um dos campos maiores, sendo este desdobrado nas duas extremidades, com uma segurada pelo cirurgião e outra pelo auxiliar.  Em média são utilizados 5 campos: a) inferior de proteção, b) lateral direito, c) lateral esquerdo, d) superior, e) inferior  Os campos cirúrgicos devem ser adequadamente fixados com pinça de Backaus, adesivo ou ponto cirúrgico  Após a colocação dos campos, procede-se a fixação da caneta do bisturi elétrico e a borracha do aspirador  Para pequenas operações, usa-se campos menores de tamanhos variáveis com um orifício no centro através do qual se realiza o procedimento (campos fenestrados) 29
  • 30. 7.1. COLOCAÇÃO DE CAMPOS CIRÚRGICOS CAMPO DESCARTÁVEL COM ADESIVO 30
  • 31. 7.1. COLOCAÇÃO DE CAMPOS CIRÚRGICOS CAMPO DESCARTÁVEL COM ADESIVO 31
  • 32. 8. CUIDADOS COM A EQUIPE MÉDICA  A preparação da equipe cirúrgica envolve lavagem das mãos, a escovação (degermação) e o vestuário cirúrgico. Dentre os agentes empregados com tal finalidade pode-se relacionar gluconato de clorexidina, iodo-povidona, hexaclorofeno, paraclorometaxilenol e triclosana 32