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Prof. Xana Raquel Ortolan
Higienizaçã
o das mãos
A pele das mãos tem dois tipos
de flora microbiana:
Flora transitória
Flora residente
 Camadas mais
profundas da
pele
Microbiota residente
estafilococos, corinebactérias e
micrococos, pouco associados às infecções
veiculadas pelas mãos
Microbiota residente
Estes microrganismos NÃO são
facilmente removidos pela ação mecânica
da lavagem das mãos.
Raramente causa
doenças
mas ..soluções
de continuidade...
Camada mais
superficial da pele -
epiderme.
Microrganismos que
adquirimos no
contacto com o
ambiente quer seja
animado ou
inanimado.
Microbiota transitória
E coli, Pseudomonas, Klebsiella spp
– os agentes bacterianos mais
frequentemente causadores de
infecção hospitalar.
Vírus Hepatite A, B,C e HIV
Microbiota transitória
A lavagem das mãos com
sabão simples remove-os
com facilidade.
Mãos
Principais ferramentas dos profissionais
Segurança
dos
pacientes
Higienização
cuidadosa e
frequente das
mãos
Mãos
Principal via de transmissão de
microrganismos durante a assistência prestada
aos pacientes.
•Contato direto (pele com pele)
•Indireto, através do
contato com objetos e
superfícies contaminados.
As infecções relacionadas a
assistência em saúde
Grave e grande desafio
Ameaças
Pacientes
Profissionais da
saúde
 CDC estimates that each year nearly 2 million
patients in the United States acquire infections in
hospitals, and about 90,000 of these patients die
as a result.
Você sabe a importância de
lavar suas mãos?
Remoção das sujidades,
suor, oleosidade, pelos,
células descamativas.
Prevenir e reduzir as
infecções causadas por
transmissões cruzadas
1
2
Você sabe a
importância de lavar
suas mãos?
Simples
Eficaz
Menos dispendiosa.
Você sabe a importância de
lavar suas mãos?
Morbidade
Mortalidade
Custos associados ao tto dos quadros
infecciosos.
Gastos excessivos
Processos e
indenizações
judiciais
Self-Reported Factors for
Poor Adherence with Hand
Hygiene
 Handwashing agents cause irritation and dryness
 Sinks are inconveniently located/lack of sinks
 Lack of soap and paper towels
 Too busy/insufficient time
 Understaffing/overcrowding
 Low risk of acquiring infection from patients
 Hands no seem to dirty
Adapted from Pittet D, Infect Control Hosp Epidemiol 2000;21:381-386.
Hand Hygiene Adherence in
Hospitals
1. Gould D, J Hosp Infect 1994;28:15-30. 2. Larson E, J Hosp Infect 1995;30:88-
106. 3. Slaughter S, Ann Intern Med 1996;3:360-365. 4. Watanakunakorn C,
Infect Control Hosp Epidemiol 1998;19:858-860. 5. Pittet D, Lancet
2000:356;1307-1312.
Year of Study Adherence Rate Hospital Area
1994 (1) 29% General and ICU
1995 (2) 41% General
1996 (3) 41% ICU
1998 (4) 30% General
2000 (5) 48% General
Os ‘cinco momentos’ da higienização de mãos é a
abordagem em que se baseia o treinamento dos
profissionais de saúde.
1. Antes de contato com o paciente;
3. Após a exposição a fluídos corporais;
4. Após contato com o paciente;
5. Após contato com o ambiente
próximo ao paciente.
2. Antes da realização de procedimento
Quais são os elementos essenciais
para essa prática?
Agente tópico com eficácia
Procedimento adequado ao utilizá-lo
Tempo preconizado
“lavagem das mãos”
“higienização das mãos”
 Higienização simples
 Higienização anti-séptica
 Fricção anti-séptica
 Anti-sepsia cirúrgica das mãos
Água e sabão
Água e sabão com anti-séptico
Anti-séptico
Anti-séptico antes de
cirurgias
Guideline for Hand Hygiene in Health-care Settings. MMWR 2002;
vol. 51, no. RR-16.
Efficacy of Hand Hygiene
Preparations in Killing
Bacteria
Good Better Best
Plain Soap Antimicrobial
soap
Alcohol-based
handrub
Ability of Hand Hygiene
Agents to Reduce Bacteria on
Hands
Adapted from: Hosp Epidemiol Infect Control, 2nd Edition, 1999.
0.0
1.0
2.0
3.0
0 60 180 minutes
0.0
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log
%
Bacterial
Reduction
Alcohol-based handrub
(70% Isopropanol)
Antimicrobial soap
(4% Chlorhexidine)
Plain soap
Time After Disinfection
Baseline
Insumos necessários
Não contém agente antimicrobianos ou os contem
em baixas concentrações.
Diferentes formas: barras, preparações líquidas e em
espuma.
Resolução ANVS n. 481,
de 23 de setembro de 1999
SABONETE COMUM
Favorecem a remoção da sujeira, de substâncias
orgânicas e da microbiota transitória pela ação
mecânica
Insumos necessários
Agradável ao uso, possuir fragrância leve e que não
resseque a pele.
A adição de emolientes à sua formulação pode
evitar ressecamentos e dermatites.
SABONETE COMUM
Insumos necessários
São substâncias aplicadas à pele para reduzir o
número de agentes da microbiota transitória e
residente.
Devem ter ação antimicrobiana
imediata e efeito residual
ou persistente.
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Insumos necessários
Devem ser atóxicos, hipoalergênicos e não irritantes
para a pele.
Entre os principais anti-sépticos utilizados para a
higienização das mãos, destacam-se: Álcoois,
Clorexidina, Iodóforos e Triclosan.
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Álcool
Álcoois alifáticos
Etanol (Etílico)
Isopropanol
N-propanol
Miscíveis em água
Concentrações
ideais
60% a 80%
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Álcool
O modo de ação predominante dos
álcoois consiste na desnaturação e
coagulação das proteínas.
Rápida ação
Excelente atividade
bactericida e fungicida
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Álcool
Vírus HIV
Hepatite B e C
Atividade residual?
Adição de outras
soluções
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Álcool
PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS NÃO SÃO
APROPRIADAS QUANDO AS MÃOS
ESTIVEREM VISIVELMENTE SUJAS
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Mãos
contaminadas
com sangue?
Álcool
Sua eficácia depende de:
Tipo
Concentração
Volume de álcool utilizado
Tempo de contato
Mãos molhadas
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Líquido – Gel – Espuma?
Álcool
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Efeitos adversos
Uso
frequente -
ressecamen
to da pele
Pode ocorrer ainda:
•Alergia respiratória
•Dermatite de contato – hipersensibilidade ao álcool
•Ardência – solução de continuidade
Adição de
emolientes – 1% a
3% de glicerina
Clorexidina
Ação mais lenta que a do álcool
Efeito residual maior 6h
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Concentrações – 2% a 4%
Ruptura da membrana
plasmática
Clorexidina
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Uso seguro
Absorção mínima pela pele.
Irritação na pele é concentração-
dependente
Iodóforos
1821 – Efetividade do Iodo
Propriedade de causar
irritação e manchar a pele
1960 – Iodo
PVPI –
Polivinilpirrolidona
iodo
Iodóforos
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Iodóforos
Inibição da síntese proteica
Possui alguma atividade contra
esporos
Inativado na presença de
matéria orgânica e de álcool
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Iodóforos Efeito residual
controverso – 6 horas
– 30 a 60 minutos
Causam mais dermatite
de contato irritativa que
os outros anti-sépticos.
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Triclosan
Mecanismo de ação
Difusão da parede
bacteriana,
inibição da síntese
proteica, lipídica,
etc.
Amplo espectro de
atividade antimicrobiana
Em 1994, a FDA classificou o triclosan
como agente ativo, categoria IIISE
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Triclosan
Velocidade de
ação intermediária
Efeito residual como a
clorexidina
Minimamente afetada por
matéria orgânica
1% a 2%
Qual é o melhor
produto para
realizar a
higienização das
mãos?
Fatores a considerar
•Eficácia antimicrobiana
•Facilidade de acesso ao produto
•Custos
•Aceitação do produto pelos
profissionais
Cor
Odor
Consistência
Frequência
– Lavagem
das mãos
30x ao dia
Importante
Na aquisição de produtos anti-sépticos, deve-
se verificar se estes estão registrados na
Anvisa. As informações sobre os produtos
registrados na Anvisa utilizados para a
higienização das mãos estão disponíveis no
endereço eletrônico:
http://www.anvisa.gov.br/scriptsweb/index.ht
m
O principal
problema da
higienização das mãos
não é a falta de bons
produtos, mas a
negligência dessa
prática!!!
VAMOS
LAVAR AS
MÃOS?
Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas,
é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras, relógio),
pois sob tais objetos podem acumular-se
microrganismos.
A NR32, que versa sobre Saúde e Segurança no
trabalho em Serviços de Saúde, proíbe o uso de
adornos.
Importante
Finalidade
 Remover os microrganismos que colonizam as
camadas superficiais da pele, assim como o
suor, a oleosidade e as células mortas, retirando
a sujidade propícia à permanência e à
proliferação de microrganismos.
 Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
Higienização simples das mãos
Técnica
Finalidade
 Promover a remoção de sujidades e de
microrganismos, reduzindo a carga
microbiana das mãos, com auxílio de um
anti-séptico.
 Duração do procedimento: 40 a 60
segundos
Higienização anti-séptica das mãos
A técnica de higienização anti-
séptica é igual àquela utilizada
para higienização simples das
mãos, substituindo-se o sabão
por um anti-séptico.
Técnica
Álcool Gel ou álcool glicerinado
Finalidade
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de
sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução
alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a
higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem
visivelmente sujas.
Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.
Fricção anti-séptica das mãos (com
preparações alcoólicas)
É obrigatória a provisão de recursos para a higienização das
mãos (por meio de lavatórios ou pias) para uso da equipe de
assistência.
Torneiras ou comandos que dispensem o contato das mãos (o
acionamento e o fechamento devem ocorrer com cotovelo,
pé, joelho ou célula fotoelétrica)
O lavabo cirúrgico deve ser de grande profundidade
Equipamentos necessários
LAVATÓRIOS
Possuir dispositivos que facilitem seu
esvaziamento e preenchimento.
No caso dos recipientes ou almotolias
não serem descartáveis, deve-se
proceder à limpeza destes com água e
sabão (não utilizar o sabão restante no
recipiente) e secagem, seguida de
desinfecção com álcool etílico a 70%,
no mínimo uma vez por semana.
DISPENSADORES DE SABÃO E ANTI-SÉPTICOS
Não se deve completar o conteúdo do
recipiente antes do término do produto.
Devem-se manter os registros dos
responsáveis pela execução das atividades
e a data de manipulação, envase e de
validade da solução fracionada.
DISPENSADORES DE SABÃO E ANTI-SÉPTICOS
Preferencialmente devem ser acionados por
cotovelos, pés ou célula fotoelétrica
Suave, possuir boa propriedade de secagem,
ser esteticamente aceitável e não liberar
partículas.
Na utilização do papel-toalha, deve-se dar
preferência aos papéis em bloco, que
possibilitam o uso individual, folha a folha.
PAPEL-TOALHA
Deve ser fabricado, preferencialmente, com material que
não favoreça a oxidação, sendo também de fácil limpeza.
A instalação deve ser de tal forma que ele não receba
respingos de água e sabão.
É necessário o estabelecimento de rotinas de limpeza e de
reposição do papel.
PORTA PAPEL-TOALHA
Não é indicado.
Podem, ainda, carrear microrganismos.
SECADOR ELÉTRICO
Deve ser de fácil limpeza, não sendo necessária a
existência de tampa.
No caso de se optar por mantê-lo tampado, o
recipiente deverá ter tampa articulada com
acionamento de abertura sem utilização das mãos
LIXEIRA PARA DESCARTE DO PAPEL-
TOALHA
Livre de contaminantes químicos e biológicos,
Os reservatórios devem ser limpos e desinfetados,
com realização de controle microbiológico
semestral.
Portaria n. 518/GM, de
25 de março de 2004.
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Higienização das mãos

  • 1. Prof. Xana Raquel Ortolan Higienizaçã o das mãos
  • 2. A pele das mãos tem dois tipos de flora microbiana: Flora transitória Flora residente
  • 3.  Camadas mais profundas da pele Microbiota residente estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados às infecções veiculadas pelas mãos
  • 4. Microbiota residente Estes microrganismos NÃO são facilmente removidos pela ação mecânica da lavagem das mãos. Raramente causa doenças mas ..soluções de continuidade...
  • 5. Camada mais superficial da pele - epiderme. Microrganismos que adquirimos no contacto com o ambiente quer seja animado ou inanimado. Microbiota transitória
  • 6. E coli, Pseudomonas, Klebsiella spp – os agentes bacterianos mais frequentemente causadores de infecção hospitalar. Vírus Hepatite A, B,C e HIV Microbiota transitória A lavagem das mãos com sabão simples remove-os com facilidade.
  • 7. Mãos Principais ferramentas dos profissionais Segurança dos pacientes Higienização cuidadosa e frequente das mãos
  • 8. Mãos Principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada aos pacientes. •Contato direto (pele com pele) •Indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados.
  • 9.
  • 10. As infecções relacionadas a assistência em saúde Grave e grande desafio Ameaças Pacientes Profissionais da saúde
  • 11.  CDC estimates that each year nearly 2 million patients in the United States acquire infections in hospitals, and about 90,000 of these patients die as a result.
  • 12.
  • 13. Você sabe a importância de lavar suas mãos? Remoção das sujidades, suor, oleosidade, pelos, células descamativas. Prevenir e reduzir as infecções causadas por transmissões cruzadas 1 2
  • 14. Você sabe a importância de lavar suas mãos? Simples Eficaz Menos dispendiosa.
  • 15. Você sabe a importância de lavar suas mãos? Morbidade Mortalidade Custos associados ao tto dos quadros infecciosos. Gastos excessivos Processos e indenizações judiciais
  • 16. Self-Reported Factors for Poor Adherence with Hand Hygiene  Handwashing agents cause irritation and dryness  Sinks are inconveniently located/lack of sinks  Lack of soap and paper towels  Too busy/insufficient time  Understaffing/overcrowding  Low risk of acquiring infection from patients  Hands no seem to dirty Adapted from Pittet D, Infect Control Hosp Epidemiol 2000;21:381-386.
  • 17. Hand Hygiene Adherence in Hospitals 1. Gould D, J Hosp Infect 1994;28:15-30. 2. Larson E, J Hosp Infect 1995;30:88- 106. 3. Slaughter S, Ann Intern Med 1996;3:360-365. 4. Watanakunakorn C, Infect Control Hosp Epidemiol 1998;19:858-860. 5. Pittet D, Lancet 2000:356;1307-1312. Year of Study Adherence Rate Hospital Area 1994 (1) 29% General and ICU 1995 (2) 41% General 1996 (3) 41% ICU 1998 (4) 30% General 2000 (5) 48% General
  • 18.
  • 19.
  • 20. Os ‘cinco momentos’ da higienização de mãos é a abordagem em que se baseia o treinamento dos profissionais de saúde. 1. Antes de contato com o paciente; 3. Após a exposição a fluídos corporais; 4. Após contato com o paciente; 5. Após contato com o ambiente próximo ao paciente. 2. Antes da realização de procedimento
  • 21. Quais são os elementos essenciais para essa prática? Agente tópico com eficácia Procedimento adequado ao utilizá-lo Tempo preconizado
  • 22. “lavagem das mãos” “higienização das mãos”  Higienização simples  Higienização anti-séptica  Fricção anti-séptica  Anti-sepsia cirúrgica das mãos Água e sabão Água e sabão com anti-séptico Anti-séptico Anti-séptico antes de cirurgias Guideline for Hand Hygiene in Health-care Settings. MMWR 2002; vol. 51, no. RR-16.
  • 23. Efficacy of Hand Hygiene Preparations in Killing Bacteria Good Better Best Plain Soap Antimicrobial soap Alcohol-based handrub
  • 24. Ability of Hand Hygiene Agents to Reduce Bacteria on Hands Adapted from: Hosp Epidemiol Infect Control, 2nd Edition, 1999. 0.0 1.0 2.0 3.0 0 60 180 minutes 0.0 90.0 99.0 99.9 log % Bacterial Reduction Alcohol-based handrub (70% Isopropanol) Antimicrobial soap (4% Chlorhexidine) Plain soap Time After Disinfection Baseline
  • 25. Insumos necessários Não contém agente antimicrobianos ou os contem em baixas concentrações. Diferentes formas: barras, preparações líquidas e em espuma. Resolução ANVS n. 481, de 23 de setembro de 1999 SABONETE COMUM Favorecem a remoção da sujeira, de substâncias orgânicas e da microbiota transitória pela ação mecânica
  • 26. Insumos necessários Agradável ao uso, possuir fragrância leve e que não resseque a pele. A adição de emolientes à sua formulação pode evitar ressecamentos e dermatites. SABONETE COMUM
  • 27. Insumos necessários São substâncias aplicadas à pele para reduzir o número de agentes da microbiota transitória e residente. Devem ter ação antimicrobiana imediata e efeito residual ou persistente. AGENTES ANTI-SÉPTICOS
  • 28. Insumos necessários Devem ser atóxicos, hipoalergênicos e não irritantes para a pele. Entre os principais anti-sépticos utilizados para a higienização das mãos, destacam-se: Álcoois, Clorexidina, Iodóforos e Triclosan. AGENTES ANTI-SÉPTICOS
  • 29. Álcool Álcoois alifáticos Etanol (Etílico) Isopropanol N-propanol Miscíveis em água Concentrações ideais 60% a 80% AGENTES ANTI-SÉPTICOS
  • 30. Álcool O modo de ação predominante dos álcoois consiste na desnaturação e coagulação das proteínas. Rápida ação Excelente atividade bactericida e fungicida AGENTES ANTI-SÉPTICOS
  • 31. Álcool Vírus HIV Hepatite B e C Atividade residual? Adição de outras soluções AGENTES ANTI-SÉPTICOS
  • 32. Álcool PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS NÃO SÃO APROPRIADAS QUANDO AS MÃOS ESTIVEREM VISIVELMENTE SUJAS AGENTES ANTI-SÉPTICOS Mãos contaminadas com sangue?
  • 33. Álcool Sua eficácia depende de: Tipo Concentração Volume de álcool utilizado Tempo de contato Mãos molhadas AGENTES ANTI-SÉPTICOS Líquido – Gel – Espuma?
  • 34. Álcool AGENTES ANTI-SÉPTICOS Efeitos adversos Uso frequente - ressecamen to da pele Pode ocorrer ainda: •Alergia respiratória •Dermatite de contato – hipersensibilidade ao álcool •Ardência – solução de continuidade Adição de emolientes – 1% a 3% de glicerina
  • 35. Clorexidina Ação mais lenta que a do álcool Efeito residual maior 6h AGENTES ANTI-SÉPTICOS Concentrações – 2% a 4% Ruptura da membrana plasmática
  • 36. Clorexidina AGENTES ANTI-SÉPTICOS Uso seguro Absorção mínima pela pele. Irritação na pele é concentração- dependente
  • 37. Iodóforos 1821 – Efetividade do Iodo Propriedade de causar irritação e manchar a pele 1960 – Iodo PVPI – Polivinilpirrolidona iodo Iodóforos
  • 38. AGENTES ANTI-SÉPTICOS Iodóforos Inibição da síntese proteica Possui alguma atividade contra esporos Inativado na presença de matéria orgânica e de álcool
  • 39. AGENTES ANTI-SÉPTICOS Iodóforos Efeito residual controverso – 6 horas – 30 a 60 minutos Causam mais dermatite de contato irritativa que os outros anti-sépticos.
  • 40. AGENTES ANTI-SÉPTICOS Triclosan Mecanismo de ação Difusão da parede bacteriana, inibição da síntese proteica, lipídica, etc. Amplo espectro de atividade antimicrobiana Em 1994, a FDA classificou o triclosan como agente ativo, categoria IIISE
  • 41. AGENTES ANTI-SÉPTICOS Triclosan Velocidade de ação intermediária Efeito residual como a clorexidina Minimamente afetada por matéria orgânica 1% a 2%
  • 42. Qual é o melhor produto para realizar a higienização das mãos?
  • 43.
  • 44. Fatores a considerar •Eficácia antimicrobiana •Facilidade de acesso ao produto •Custos •Aceitação do produto pelos profissionais Cor Odor Consistência Frequência – Lavagem das mãos 30x ao dia
  • 45.
  • 46. Importante Na aquisição de produtos anti-sépticos, deve- se verificar se estes estão registrados na Anvisa. As informações sobre os produtos registrados na Anvisa utilizados para a higienização das mãos estão disponíveis no endereço eletrônico: http://www.anvisa.gov.br/scriptsweb/index.ht m
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  • 48. O principal problema da higienização das mãos não é a falta de bons produtos, mas a negligência dessa prática!!!
  • 50. Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem acumular-se microrganismos. A NR32, que versa sobre Saúde e Segurança no trabalho em Serviços de Saúde, proíbe o uso de adornos. Importante
  • 51. Finalidade  Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.  Duração do procedimento: 40 a 60 segundos. Higienização simples das mãos
  • 53.
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  • 60.
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  • 62. Finalidade  Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um anti-séptico.  Duração do procedimento: 40 a 60 segundos Higienização anti-séptica das mãos
  • 63. A técnica de higienização anti- séptica é igual àquela utilizada para higienização simples das mãos, substituindo-se o sabão por um anti-séptico. Técnica
  • 64. Álcool Gel ou álcool glicerinado Finalidade Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos. Fricção anti-séptica das mãos (com preparações alcoólicas)
  • 65.
  • 66. É obrigatória a provisão de recursos para a higienização das mãos (por meio de lavatórios ou pias) para uso da equipe de assistência. Torneiras ou comandos que dispensem o contato das mãos (o acionamento e o fechamento devem ocorrer com cotovelo, pé, joelho ou célula fotoelétrica) O lavabo cirúrgico deve ser de grande profundidade Equipamentos necessários LAVATÓRIOS
  • 67. Possuir dispositivos que facilitem seu esvaziamento e preenchimento. No caso dos recipientes ou almotolias não serem descartáveis, deve-se proceder à limpeza destes com água e sabão (não utilizar o sabão restante no recipiente) e secagem, seguida de desinfecção com álcool etílico a 70%, no mínimo uma vez por semana. DISPENSADORES DE SABÃO E ANTI-SÉPTICOS
  • 68. Não se deve completar o conteúdo do recipiente antes do término do produto. Devem-se manter os registros dos responsáveis pela execução das atividades e a data de manipulação, envase e de validade da solução fracionada. DISPENSADORES DE SABÃO E ANTI-SÉPTICOS Preferencialmente devem ser acionados por cotovelos, pés ou célula fotoelétrica
  • 69. Suave, possuir boa propriedade de secagem, ser esteticamente aceitável e não liberar partículas. Na utilização do papel-toalha, deve-se dar preferência aos papéis em bloco, que possibilitam o uso individual, folha a folha. PAPEL-TOALHA
  • 70. Deve ser fabricado, preferencialmente, com material que não favoreça a oxidação, sendo também de fácil limpeza. A instalação deve ser de tal forma que ele não receba respingos de água e sabão. É necessário o estabelecimento de rotinas de limpeza e de reposição do papel. PORTA PAPEL-TOALHA
  • 71. Não é indicado. Podem, ainda, carrear microrganismos. SECADOR ELÉTRICO
  • 72. Deve ser de fácil limpeza, não sendo necessária a existência de tampa. No caso de se optar por mantê-lo tampado, o recipiente deverá ter tampa articulada com acionamento de abertura sem utilização das mãos LIXEIRA PARA DESCARTE DO PAPEL- TOALHA
  • 73. Livre de contaminantes químicos e biológicos, Os reservatórios devem ser limpos e desinfetados, com realização de controle microbiológico semestral. Portaria n. 518/GM, de 25 de março de 2004. ÁGUA