O documento discute a importância da higienização das mãos, descrevendo a microbiota residente e transitória da pele e os principais agentes causadores de infecção. Também aborda os produtos e técnicas utilizados para a higienização, com ênfase nos benefícios do álcool para reduzir a carga microbiana.
2. A pele das mãos tem dois tipos
de flora microbiana:
Flora transitória
Flora residente
3. Camadas mais
profundas da
pele
Microbiota residente
estafilococos, corinebactérias e
micrococos, pouco associados às infecções
veiculadas pelas mãos
4. Microbiota residente
Estes microrganismos NÃO são
facilmente removidos pela ação mecânica
da lavagem das mãos.
Raramente causa
doenças
mas ..soluções
de continuidade...
5. Camada mais
superficial da pele -
epiderme.
Microrganismos que
adquirimos no
contacto com o
ambiente quer seja
animado ou
inanimado.
Microbiota transitória
6. E coli, Pseudomonas, Klebsiella spp
– os agentes bacterianos mais
frequentemente causadores de
infecção hospitalar.
Vírus Hepatite A, B,C e HIV
Microbiota transitória
A lavagem das mãos com
sabão simples remove-os
com facilidade.
8. Mãos
Principal via de transmissão de
microrganismos durante a assistência prestada
aos pacientes.
•Contato direto (pele com pele)
•Indireto, através do
contato com objetos e
superfícies contaminados.
9.
10. As infecções relacionadas a
assistência em saúde
Grave e grande desafio
Ameaças
Pacientes
Profissionais da
saúde
11. CDC estimates that each year nearly 2 million
patients in the United States acquire infections in
hospitals, and about 90,000 of these patients die
as a result.
12.
13. Você sabe a importância de
lavar suas mãos?
Remoção das sujidades,
suor, oleosidade, pelos,
células descamativas.
Prevenir e reduzir as
infecções causadas por
transmissões cruzadas
1
2
15. Você sabe a importância de
lavar suas mãos?
Morbidade
Mortalidade
Custos associados ao tto dos quadros
infecciosos.
Gastos excessivos
Processos e
indenizações
judiciais
16. Self-Reported Factors for
Poor Adherence with Hand
Hygiene
Handwashing agents cause irritation and dryness
Sinks are inconveniently located/lack of sinks
Lack of soap and paper towels
Too busy/insufficient time
Understaffing/overcrowding
Low risk of acquiring infection from patients
Hands no seem to dirty
Adapted from Pittet D, Infect Control Hosp Epidemiol 2000;21:381-386.
17. Hand Hygiene Adherence in
Hospitals
1. Gould D, J Hosp Infect 1994;28:15-30. 2. Larson E, J Hosp Infect 1995;30:88-
106. 3. Slaughter S, Ann Intern Med 1996;3:360-365. 4. Watanakunakorn C,
Infect Control Hosp Epidemiol 1998;19:858-860. 5. Pittet D, Lancet
2000:356;1307-1312.
Year of Study Adherence Rate Hospital Area
1994 (1) 29% General and ICU
1995 (2) 41% General
1996 (3) 41% ICU
1998 (4) 30% General
2000 (5) 48% General
18.
19.
20. Os ‘cinco momentos’ da higienização de mãos é a
abordagem em que se baseia o treinamento dos
profissionais de saúde.
1. Antes de contato com o paciente;
3. Após a exposição a fluídos corporais;
4. Após contato com o paciente;
5. Após contato com o ambiente
próximo ao paciente.
2. Antes da realização de procedimento
21. Quais são os elementos essenciais
para essa prática?
Agente tópico com eficácia
Procedimento adequado ao utilizá-lo
Tempo preconizado
22. “lavagem das mãos”
“higienização das mãos”
Higienização simples
Higienização anti-séptica
Fricção anti-séptica
Anti-sepsia cirúrgica das mãos
Água e sabão
Água e sabão com anti-séptico
Anti-séptico
Anti-séptico antes de
cirurgias
Guideline for Hand Hygiene in Health-care Settings. MMWR 2002;
vol. 51, no. RR-16.
23. Efficacy of Hand Hygiene
Preparations in Killing
Bacteria
Good Better Best
Plain Soap Antimicrobial
soap
Alcohol-based
handrub
24. Ability of Hand Hygiene
Agents to Reduce Bacteria on
Hands
Adapted from: Hosp Epidemiol Infect Control, 2nd Edition, 1999.
0.0
1.0
2.0
3.0
0 60 180 minutes
0.0
90.0
99.0
99.9
log
%
Bacterial
Reduction
Alcohol-based handrub
(70% Isopropanol)
Antimicrobial soap
(4% Chlorhexidine)
Plain soap
Time After Disinfection
Baseline
25. Insumos necessários
Não contém agente antimicrobianos ou os contem
em baixas concentrações.
Diferentes formas: barras, preparações líquidas e em
espuma.
Resolução ANVS n. 481,
de 23 de setembro de 1999
SABONETE COMUM
Favorecem a remoção da sujeira, de substâncias
orgânicas e da microbiota transitória pela ação
mecânica
26. Insumos necessários
Agradável ao uso, possuir fragrância leve e que não
resseque a pele.
A adição de emolientes à sua formulação pode
evitar ressecamentos e dermatites.
SABONETE COMUM
27. Insumos necessários
São substâncias aplicadas à pele para reduzir o
número de agentes da microbiota transitória e
residente.
Devem ter ação antimicrobiana
imediata e efeito residual
ou persistente.
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
28. Insumos necessários
Devem ser atóxicos, hipoalergênicos e não irritantes
para a pele.
Entre os principais anti-sépticos utilizados para a
higienização das mãos, destacam-se: Álcoois,
Clorexidina, Iodóforos e Triclosan.
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
30. Álcool
O modo de ação predominante dos
álcoois consiste na desnaturação e
coagulação das proteínas.
Rápida ação
Excelente atividade
bactericida e fungicida
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
32. Álcool
PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS NÃO SÃO
APROPRIADAS QUANDO AS MÃOS
ESTIVEREM VISIVELMENTE SUJAS
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Mãos
contaminadas
com sangue?
33. Álcool
Sua eficácia depende de:
Tipo
Concentração
Volume de álcool utilizado
Tempo de contato
Mãos molhadas
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Líquido – Gel – Espuma?
34. Álcool
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Efeitos adversos
Uso
frequente -
ressecamen
to da pele
Pode ocorrer ainda:
•Alergia respiratória
•Dermatite de contato – hipersensibilidade ao álcool
•Ardência – solução de continuidade
Adição de
emolientes – 1% a
3% de glicerina
35. Clorexidina
Ação mais lenta que a do álcool
Efeito residual maior 6h
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Concentrações – 2% a 4%
Ruptura da membrana
plasmática
39. AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Iodóforos Efeito residual
controverso – 6 horas
– 30 a 60 minutos
Causam mais dermatite
de contato irritativa que
os outros anti-sépticos.
40. AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Triclosan
Mecanismo de ação
Difusão da parede
bacteriana,
inibição da síntese
proteica, lipídica,
etc.
Amplo espectro de
atividade antimicrobiana
Em 1994, a FDA classificou o triclosan
como agente ativo, categoria IIISE
42. Qual é o melhor
produto para
realizar a
higienização das
mãos?
43.
44. Fatores a considerar
•Eficácia antimicrobiana
•Facilidade de acesso ao produto
•Custos
•Aceitação do produto pelos
profissionais
Cor
Odor
Consistência
Frequência
– Lavagem
das mãos
30x ao dia
45.
46. Importante
Na aquisição de produtos anti-sépticos, deve-
se verificar se estes estão registrados na
Anvisa. As informações sobre os produtos
registrados na Anvisa utilizados para a
higienização das mãos estão disponíveis no
endereço eletrônico:
http://www.anvisa.gov.br/scriptsweb/index.ht
m
50. Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas,
é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras, relógio),
pois sob tais objetos podem acumular-se
microrganismos.
A NR32, que versa sobre Saúde e Segurança no
trabalho em Serviços de Saúde, proíbe o uso de
adornos.
Importante
51. Finalidade
Remover os microrganismos que colonizam as
camadas superficiais da pele, assim como o
suor, a oleosidade e as células mortas, retirando
a sujidade propícia à permanência e à
proliferação de microrganismos.
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
Higienização simples das mãos
62. Finalidade
Promover a remoção de sujidades e de
microrganismos, reduzindo a carga
microbiana das mãos, com auxílio de um
anti-séptico.
Duração do procedimento: 40 a 60
segundos
Higienização anti-séptica das mãos
63. A técnica de higienização anti-
séptica é igual àquela utilizada
para higienização simples das
mãos, substituindo-se o sabão
por um anti-séptico.
Técnica
64. Álcool Gel ou álcool glicerinado
Finalidade
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de
sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução
alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a
higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem
visivelmente sujas.
Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.
Fricção anti-séptica das mãos (com
preparações alcoólicas)
65.
66. É obrigatória a provisão de recursos para a higienização das
mãos (por meio de lavatórios ou pias) para uso da equipe de
assistência.
Torneiras ou comandos que dispensem o contato das mãos (o
acionamento e o fechamento devem ocorrer com cotovelo,
pé, joelho ou célula fotoelétrica)
O lavabo cirúrgico deve ser de grande profundidade
Equipamentos necessários
LAVATÓRIOS
67. Possuir dispositivos que facilitem seu
esvaziamento e preenchimento.
No caso dos recipientes ou almotolias
não serem descartáveis, deve-se
proceder à limpeza destes com água e
sabão (não utilizar o sabão restante no
recipiente) e secagem, seguida de
desinfecção com álcool etílico a 70%,
no mínimo uma vez por semana.
DISPENSADORES DE SABÃO E ANTI-SÉPTICOS
68. Não se deve completar o conteúdo do
recipiente antes do término do produto.
Devem-se manter os registros dos
responsáveis pela execução das atividades
e a data de manipulação, envase e de
validade da solução fracionada.
DISPENSADORES DE SABÃO E ANTI-SÉPTICOS
Preferencialmente devem ser acionados por
cotovelos, pés ou célula fotoelétrica
69. Suave, possuir boa propriedade de secagem,
ser esteticamente aceitável e não liberar
partículas.
Na utilização do papel-toalha, deve-se dar
preferência aos papéis em bloco, que
possibilitam o uso individual, folha a folha.
PAPEL-TOALHA
70. Deve ser fabricado, preferencialmente, com material que
não favoreça a oxidação, sendo também de fácil limpeza.
A instalação deve ser de tal forma que ele não receba
respingos de água e sabão.
É necessário o estabelecimento de rotinas de limpeza e de
reposição do papel.
PORTA PAPEL-TOALHA
72. Deve ser de fácil limpeza, não sendo necessária a
existência de tampa.
No caso de se optar por mantê-lo tampado, o
recipiente deverá ter tampa articulada com
acionamento de abertura sem utilização das mãos
LIXEIRA PARA DESCARTE DO PAPEL-
TOALHA
73. Livre de contaminantes químicos e biológicos,
Os reservatórios devem ser limpos e desinfetados,
com realização de controle microbiológico
semestral.
Portaria n. 518/GM, de
25 de março de 2004.
ÁGUA