O documento discute a importância do amor e da caridade no processo de evolução espiritual. Apresenta várias citações sobre como o amor é a base da criação divina e une todos os seres. Também discute a importância de cultivar o espírito através do amor e da caridade para o próximo, indo além da família e da nação até abranger toda a humanidade. Finalmente, enfatiza que a caridade verdadeira pode ser expressa de muitas formas, não apenas com dinheiro, mas também através de boas ações e palav
2. Lógica
O amor é a base da criação divina.
Evolução - caminhada do ego para o espírito.
Isto exige o cultivo do espírito.
Aos poucos ampliamos o alcance do próximo.
Estamos aqui para aprender a amar incondicionalmente.
A caridade é o meio mais eficaz.
Benevolência, Indulgência e Perdão.
Caridade desconhecida ou moral. Beneficiência ou benemerência
4. O amor é a alma do universo
Fonte: Segue em harmonia – cap 5 – Amor e saúde – Divaldo Franco pelo espírito Joana de Angelis
5. O amor
O amor é a celeste atração das almas e dos mundos,
a potência divina que liga os Universos,
governa-os e fecunda; o amor é o olhar de Deus!
Fonte: Depois da Morte – Leon Denis
6. O amor
O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos,
governa-os e fecunda; o amor é o olhar de Deus!
...
O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do
coração; é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade; é a
manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo
todos os seres e despertando em nós a felicidade íntima, que se afasta extraordinariamente de
todas as volúpias terrestres.
Amar é sentir-se viver em todos e por todos, é consagrar-se ao sacrifício, até à morte, em
benefício de uma causa ou de um ser. Se quiserdes saber o que é amar, considerai os grandes
vultos da Humanidade e, acima de todos, o Cristo, o amor encarnado, o Cristo, para quem o amor
era toda a moral e toda a religião. Não disse ele: “Amai os vossos inimigos”?
Fonte: Depois da Morte – Leon Denis
7. Amor imbatível amor
O amor é substância criadora e mantenedora do Universo,
constituído por essência divina.
É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica,
e se enriquece à medida que se reparte.
Mais se agiganta, na razão que mais se doa.
Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica,
o amor é o oxigênio para a alma,
sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver
Fonte: Amor imbatível amor– Joanna de Angelis – psicografia de Divaldo Pereira Franco
8. O mandamento maior
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito;
este o maior e o primeiro mandamento.
E aqui tendes o segundo, semelhante a esse:
Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. –
Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.”
(S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)
Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap XI – Amar ao próximo como a si mesmo – item 1 – O mandamento maior – Allan Kardec
9. O amor
Amar é sentir-se viver em todos e por todos, é consagrar-se ao sacrifício,
até à morte, em benefício de uma causa ou de um ser.
...
Não disse ele: “Amai os vossos inimigos”?
Fonte: Depois da Morte – Leon Denis
11. A lei de amor
8. O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira
...
Em sua origem, o homem só tem instintos;
quando mais avançado e corrompido, só tem sensações;
quando instruído e depurado, tem sentimentos.
...
A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres ...
Lázaro. (Paris, 1862.)
Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap XI – Amar ao próximo como a si mesmo – Instruções dos Espíritos – item 8 – A lei do amor - Allan Kardec
12. A lei de amor
A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos,
em proveito dos sentimentos...
O Espírito precisa ser cultivado, como um campo ...
compreendendo a lei de amor que liga todos os seres,
buscareis nela os gozos suavíssimos da alma,
prelúdios das alegrias celestes.
Lázaro. (Paris, 1862.)
Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap XI – Amar ao próximo como a si mesmo – Instruções dos Espíritos – item 8 – A lei do amor - Allan Kardec
13. “Amai-vos uns aos outros, eis toda a lei, lei divina,
mediante a qual governa Deus os mundos.
O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados.
A atração é a lei de amor para a matéria inorgânica.
SÃO VICENTE DE PAULO
Fonte: O Livro dos Espíritos – Terceira Parte – cap XI – Questão 888 – Allan Kardec
14. Libertação pelo amor
Na perspectiva da Psicologia Profunda, o ser vive para amar e ser amado,
iluminar a sombra e fazer prevalecer o Self.
...
Terapia eficiente para superação da sombra,
o amor é o medicamento salutar para o ego enfermo,
estímulo eficiente para o Self que desabrocha soberano
quando irrigado pelo fluxo desse sentimento superior da vida.
...
Amar é abrir o coração sem reservas, encontrar-se desarmado de sentimentos de oposição,
sempre favorável ao bem e ao progresso, mesmo quando discordando das colocações que são
apresentadas.
Fonte: Jesus e o evangelho à luz da psicologia profunda – Joanna de Angelis – psicografia de Divaldo Pereira Franco
15. Libertação pelo amor
Invariavelmente as pessoas, pensam que são amadas porque se fazem especiais,
esquecendo-se de que por amarem tornam-se especiais.
...
O amor dinamiza os potenciais internos do ser,
contribuindo para que os neurônios e as glândulas do sistema endócrino produzam
imunoglobulinas que imunizam o ser em relação a diversas infecções,
enquanto vitalizam o emocional e o psíquico.
...
É graças ao amor que os relacionamentos atingem a sua plenitude,
porque o egoísmo cede lugar ao altruísmo e o entendimento de respeito como de confiança
alicerça mais os sentimentos que se harmonizam,
produzindo bem-estar em quem doa, tanto quanto em quem recebe.
Fonte: Jesus e o evangelho à luz da psicologia profunda – Joanna de Angelis – psicografia de Divaldo Pereira Franco
16. Fonte: O problema do ser, do destino e da dor – Leon Denis
Há em toda alma humana
dois centros
ou, melhor,
duas esferas de ação e expressão.
Uma delas, a exterior, manifesta a personalidade, o “eu”,
com suas paixões, suas fraquezas, sua mobilidade, sua insuficiência.
Enquanto ela for a reguladora de nosso proceder,
teremos a vida inferior, semeada de provações e males.
A outra, interna, profunda, imutável, é, ao mesmo tempo,
a sede da consciência, a fonte da vida espiritual, o templo de Deus em nós.
É somente quando esse centro de ação domina o outro,
quando suas impulsões nos dirigem,
que se revelam nossas potências ocultas e que
o Espírito se afirma em seu brilho e beleza.
É por ele que estamos em comunhão com “o Pai que habita em nós”,
segundo as palavras do Cristo,
com o Pai que é o foco de todo o amor,
o princípio de todas as ações.
17. O eu e a ilusão
A trajetória de predominância do ego no ser é larga. A descoberta do eu profundo, do ser real, da
individuação é, mais difícil, mais sacrificial, exigindo todo o empenho e dedicação.
Vivendo em um mundo físico, no qual a ilusão da forma confunde a realidade, o que parece tem
predomínio sobre o que é, o visível e o temporal dominam os sentidos, em detrimento do não visível e
do atemporal, jungindo o ser à projeção, com prejuízo para o que é real, e é compreensível que haja
engano na eleição do total em detrimento do incompleto.
Esse conflito — parecer e ser — responde pelos equívocos existenciais, que dão preferência ao que fere
os sentidos, substituindo as emoções da alma, além das estruturas orgânicas.
Estabelece-se, então, a prevalência da ilusão derivada do sensorial que a tudo comanda, no campo das
formas, desempenhando finalidade dominante em quase todos os aspectos da vida.
Submerso no oceano da matéria o ser profundo — o eu — encontrando-se em período de imaturidade
psicológica, deixa-se conduzir pelo exterior, supondo-se diante da realidade, sem dar-se conta da
mobilidade e estrutura de todas as coisas, na sua constituição molecular.
...
A dilatação do processo existencial, começando antes do berço e prosseguindo além do túmulo,
oferece objetivos ampliados, que se eternizam, se transformam em realizações espirituais de
valorização da vida.
Fonte: Amor imbatível amor– Joanna de Angelis – psicografia de Divaldo Pereira Franco
18. Evolução
Fonte: O problema do ser, do destino e da dor – Leon Denis
Esplendores da luz
e da Liberdade
ESPÍRITO
Paixão
Desejo carnal
EGO
Por ele atrai para si todos os pobres seres
retardados nos antros da paixão, os
Espíritos cativos na matéria; eleva-os e
arrasta-os na espiral da ascensão infinita
para os esplendores da luz e da liberdade.
21. ‘Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de
assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no, e foram-se embora
deixando-o quase morto.
Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o
homem, seguiu adiante, pelo outro lado.
O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu
adiante, pelo outro lado.
Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu
compaixão. Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas
feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma
pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e
entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando
eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais.’
E Jesus perguntou: Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que
caiu nas mãos dos assaltantes?’ Ele respondeu: ‘Aquele que usou de
misericórdia para com ele ‘ Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faze a mesma coisa.‘
O bom samaritano
22. A alegria de servir no lar
O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita,
pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.
...
O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual.
...
O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna.
Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.
Fonte: Jesus no Lar – Francisco Candido Xavier pelo espírito Néio Lúcio
24. Evolução
Esplendores da luz
e da Liberdade
ESPÍRITO
Paixão
Desejo carnal
EGO
1
1 – Eu comigo mesmo
2
2 – Eu na relação com o outro
3
3 – Eu na familia e na sociedade
Família
1
2
3
Amigos
1
2
3
Nação
1
2
3
Humanidade
1
2
3
Criação Divina
28. Caridade e amor ao próximo
886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
“Benevolência para com todos,
indulgência para as imperfeições dos outros,
perdão das ofensas.”
Fonte: Livro dos Espíitos- Allan Kardec
29. A Caridade Desconhecida
Como expressar a compaixão,
sem dinheiro?
Fonte: Jesus no lar – Neio Lúcio – psicografia de Francisco Candido Xavier
Sincero devoto foi exortado ao exercício da beneficência;
entretanto, vivia em pobreza extrema
dava de si mesmo, quanto possível,
em boas palavras e gestos pessoais de conforto e estímulo
magoava-lhe o coração a impossibilidade de distribuir agasalho e pão
se lhe era vedado o esforço na caridade pública,
podia perfeitamente guerrear o mal
30. A Caridade Desconhecida
Assim é que
•passou a extinguir os pensamentos inferiores ;
•na maledicência, retraía-se, cortês e recordava essa ou aquela pequena virtude da vítima;
•diante da cólera recolhia-se à quietude;
•diante dos insultos alheios, além de não reagir, prosseguia tratando o ofensor com a
fraternidade habitual;
•a calúnia não encontrava acesso em sua alma, toda denúncia torpe se perdia em seu grande
silêncio;
•reparando ameaças sobre a tranquilidade de alguém, tentava desfazer as nuvens da
incompreensão, sem alarde;
•se alguma sentença condenatória bailava em torno do próximo, fazia defesa delicada e
imperceptível;
•chegava a retirar detritos e pedras da via pública, para que não oferecessem perigo aos
transeuntes.
Fonte: Jesus no lar – Neio Lúcio – psicografia de Francisco Candido Xavier
31. A Caridade Desconhecida
Jamais pudera estender uma tigela de sopa ou ofertar uma pele de carneiro aos irmãos
necessitados.
A morte buscou-o ao tribunal divino, quando, de improviso, foi aureolado por brilhante diadema,
a sublime recompensa se referia à sua triunfante posição na guerra contra o mal
Fixou o Mestre nos aprendizes o olhar percuciente e calmo e concluiu, em tom amigo:
— Distribuamos o pão e a cobertura, acendamos luz para a ignorância e intensifiquemos a
fraternidade aniquilando a discórdia, mas não nos esqueçamos do combate metódico e sereno
contra o mal, em esforço diário, convictos de que, nessa batalha santificante, conquistaremos a
divina coroa da caridade desconhecida.
Fonte: Jesus no lar – Neio Lúcio – psicografia de Francisco Candido Xavier
32. Caridade material e caridade moral
A caridade moral consiste em:
se suportarem umas às outras as criaturas
e é o que menos fazeis nesse mundo inferior;
Saber calar-se;
Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira
se escapa de uma boca habituada a escarnecer;
não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas;
não dar atenção ao mau proceder de outrem.
Irmã Rosália. (Paris, 1860.)
Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XIII – Instruções dos Espíritos - Allan kardec
34. Caridade para …
Faminto – é prato de sopa
Triste – é a palavra consoladora
Mau – é a paciência em auxiliá-lo
Desesperado – é o auxílio do coração
Ignorante – é o ensino despretensioso
Ingrato – é o esquecimento
Enfermo – é a visita pessoal
Estudante – é o concurso no aprendizado
Criança – é a proteção construtiva
Velho – é o braço irmão
Fonte: Viajor – Francisco Candido Xavier pelo espírto Emmanuel
35. Caridade para …
Inimigo – é o silêncio
Amigo – é o estímulo
Transviado – é o entendimento
Orgulhoso – é a humildade
Colérico – é a calma
Preguiçoso – é o trabalho
Impulsivo – é a serenidade
Leviano – é a tolerância
Deserdado da Terra – é a expressão de carinho
Fonte: Viajor – Francisco Candido Xavier pelo espírto Emmanuel
Na perspectiva da Psicologia Profunda, o ser vive para amar e ser amado, iluminar a sombra e fazer prevalecer o Self. Esse processo encerra toda a saga da autoconquista de cada ser, que deve transformar
impulsos em sentimentos,
atavismos em atividades lúcidas,
heranças dominadoras em aquisições plenas,
instintos arraigados em emoções harmônicas,
hábitos estratificados em realizações edificantes,
tendências inferiores em aspirações elevadas sob os impulsos do amor.
...
Terapia eficiente para superação da sombra, o amor é o medicamento salutar para o ego enfermo, estímulo eficiente para o Self que desabrocha soberano quando irrigado pelo fluxo desse sentimento superior da vida.
...
Amar é abrir o coração sem reservas, encontrar-se desarmado de sentimentos de oposição, sempre favorável ao bem e ao progresso, mesmo quando discordando das colocações que são apresentadas.
...
O amor é o liame sutil que une o interior ao exterior do ser, o profano ao sagrado, o ego ao Self, que lhe passa a comandar o comportamento, o material ao espiritual.
O amor nunca se ofende e sempre está lúcido para entender que na sua vibração tudo se harmoniza.
Invariavelmente as pessoas que ainda não aprenderam com o Homem-Jesus a excelência do amor, pensam que são amadas porque se fazem especiais, esquecendo-se de que por amarem tornam-se especiais. O amor dinamiza os potenciais internos do ser, contribuindo para que os neurônios e as glândulas do sistema endócrino produzam imunoglobulinas que imunizam o ser em relação a diversas infecções, enquanto vitalizam o emocional e o psíquico, afinal de onde dimana essa energia poderosa... É graças ao amor que os relacionamentos atingem a sua plenitude, porque o egoísmo cede lugar ao altruísmo e o entendimento de respeito como de confiança alicerça mais os sentimentos que se harmonizam, produzindo bem-estar em quem doa, tanto quanto em quem recebe. Somente o amor permite que se vejam as pessoas como são. Sem ele, percebem-se os reflexos da personalidade que deseja impressionar e conquistar lugar e afeto, sem a qualidade essencial que é o sentimento profundo de doar para depois receber, ou ofertar sem o escuso interesse de negociar uma recompensa. Por isso, quando não está vitalizado esse desejo pelo hálito do amor real, a frustração e a amargura sempre acompanham os insucessos, que são decorrentes da ausência de pureza do ofertório. Amando-se, ultrapassa-se a própria humanidade na qual se encontra o ser, para alcançar-se uma forma de angelitude, que o alça do mundo físico ao espiritual mesmo que sem ruptura dos laços materiais. Todo esse concerto de afetividade inicia-se no respeito por si mesmo, na educação da vontade e no bom direcionamento dos sentimentos, de forma que a autodescoberta trace conduta saudável que irradie harmonia e alegria de viver, tornando a existência física aprazível seja em que forma se apresente, não sofrendo as alterações dos estados apaixonados e dos gostos atrabiliários. Esse sentido de autoamor que se transmuda em aloamor, alcança a etapa mais elevada que é o amor a Deus acima de todas as coisas e condições, por significar a perfeita identificação da criatura com o seu Criador, haurindo sempre mais força e beleza para o autocrescimento.
A trajetória de predominância do ego no ser é larga. A descoberta do eu profundo, do ser real, da individuação é, por conseqüência, mais difícil, mais sacrificial, exigindo todo o empenho e dedicação para ser lograda.
Vivendo em um mundo físico, no qual a ilusão da forma confunde a realidade, o que parece tem predomínio sobre o que é, o visível e o temporal dominam os sentidos, em detrimento do não visível e do atemporal, jungindo o ser à projeção, com prejuízo para o que é real, e é compreensível que haja engano na eleição do total em detrimento do incompleto.
Esse conflito — parecer e ser — responde pelos equívocos existenciais, que dão preferência ao que fere os sentidos, substituindo as emoções da alma, além das estruturas orgânicas. Estabelece-se, então, a prevalência da ilusão derivada do sensorial que a tudo comanda, no campo das formas, desempenhando finalidade dominante em quase todos os aspectos da vida. Submerso no oceano da matéria o ser profundo — o eu — encontrando-se em período de imaturidade psicológica, deixa-se conduzir pelo exterior, supondo-se diante da realidade, sem dar-se conta da mobilidade e estrutura de todas as coisas, na sua constituição molecular.
...
A dilatação do processo existencial, começando antes do berço e prosseguindo além do túmulo, oferece objetivos ampliados, que se eternizam, proporcionando contentos satisfatórios que se transformam em realizações espirituais de valorização da vida em todos os seus atributos.
Samaritanos. - Após o cisma das dez tribos, Samaria se constituiu a capital do reino dissidente de Israel. Destruída e reconstruída várias vezes, tomou-se, sob os romanos, a cabeça da Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes, chamado o Grande, a embelezou de suntuosos monumentos e, para lisonjear Augusto, lhe deu o nome de Augusta, em grego Sebaste. Os samaritanos estiveram quase constantemente em guerra com os reis de Judá. Aversão profunda, datando da época da separação, perpetuou-se entre os dois povos, que evitavam todas as relações recíprocas. Aqueles, para tornarem maior a cisão e não terem de vir a Jerusalém pela celebração das festas religiosas, construfram para si um templo particular e adotaram algumas reformas. Somente admitiam o Pentateuco, que continha a lei de Moisés, e rejeitavam todos os outros livros que a esse foram posteriormente anexados. Seus livros sagrados eram escritos em caracteres hebraicos da mais alta antigüidade. Para os judeus ortodoxos, eles eram heréticos e, portanto, desprezados, anatematizados e perseguidos. Ó antagonismo das duas nações tinha, pois, por fundamento único a divergência das opiniões religiosas; se bem fosse a mesma a origem das crenças de uma e outra. Eram os protestantes desse tempo.
Ainda hoje se encontram samaritanos em algumas regiões do Levante, particularmente em Nablus e em Jafa. Observam a lei de Moisés com mais rigor que os outros judeus e só entre si contraem alianças. (ESE-Introdução)
O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.
Que fazes inicialmente às lentilha,antes de servi-las à refeição? A interpelada respondeu, titubeante: — Naturalmente, Senhor, cabeme leválas ao fogo para que se façam suficientemente cozidas. Depois, devo temperálas, tornandoas agradáveis ao sabor.
Pretenderias, também, porventura,servir pão cru à mesa? — De modo algum — tornou a velha humilde —; antes de entregá-lo ao consumo caseiro, compete-me guardá-lo ao calor do forno. Sem essa medida... O Divino Amigo então considerou:
Há também um banquete festivo, na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à glória do Pai. O lar, na maioria das vezes, é o cadinho santo ou o forno preparador.
O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual.
O coração acordado para a Vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque,somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências que não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições.
Nunca notou a rapidez da existência de um homem? A vida carnal é idêntica à flor da erva. Pela manhã emite perfume, à noite, desaparece...
O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna. Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.
Ao tempo de Kardec a igreja romana usava o slogan: Fora da Igreja não há Salvação. Era um slogan exclusivista que mostrava que só havia um caminho para se salvar. É uma concepção das doutrinas chamadas salvacionistas que preconizam a existência do Céu e do Inferno e as pessoas com medo de ir para o inferno querem ser salvas. Kardec substitui o termo igreja por caridade, mostrando que é o ato de amor que precisamos realizar independente da crença. O espiritismo por outro lado não é uma doutrina salvacionista, porque não preconiza a existência de céu e inferno como lugares circunscritos e muito menos de moradia eterna após apenas uma encarnação. No espiritismo todos somos espíritos criados simples e ignorantes e destinados à luz. A evolução acontece inexoravelmente pelas leis divinas que estão presentes na criação, então pelo amor ou pela dor cada espírito escolhe seu caminho mais ou menos longo, de maior ou menor sofrimento, mas todos chegaremos lá. Então o termo salvação utilizado por Kardec tem esta conotação de progresso, de evolução. Sem a prática da caridade fica muito mais difícil e dolorido evoluir, simplesmente porque escolhemos estar fora do amor que é a essência da criação divina.
A vida é um convite a humildade e ao altruismo, que são aspectos do amor.
Convite a humildade – dimensão do macrocosmos, complexidade do microcosmos, somos apenas espíritos em evolução (crianças)
Convite ao altruísmo – possibilidade de perceber outros aspectos da verdade e partilhar experiências na tentativa de alargar nossa visão e aumentar nossa compreensão.
886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça. pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque da indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer.
...
O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.
A conversação em casa de Pedro versava, nessa noite, sobre a prática do bem, com a viva colaboração verbal de todos.
Como expressar a compaixão, sem dinheiro? Por que meios incentivar a beneficência, sem recursos monetários?
Com essas interrogativas, grandes nomes da fortuna material eram invocados e a maioria inclinava-se a admitir que somente os poderosos da Terra se encontravam à altura de estimular a piedade ativa, quando o Mestre interferiu, opinando, bondoso:
— Um sincero devoto da Lei foi exortado por determinações do Céu ao exercício da beneficência; entretanto, vivia em pobreza extrema e não podia, de modo algum, retirar a mínima parcela de seu salário para o socorro aos semelhantes.
Em verdade, dava de si mesmo, quanto possível, em boas palavras e gestos pessoais de conforto e estímulo a quantos se achavam em sofrimento e dificuldade; porém, magoava-lhe o coração a impossibilidade de distribuir agasalho e pão com os andrajosos e famintos à margem de sua estrada.
Rodeado de filhinhos pequeninos, era escravo do lar que lhe absorvia o suor. Reconheceu, todavia, que, se lhe era vedado o esforço na caridade pública, podia perfeitamente guerrear o mal, em todas as circunstâncias de sua marcha pela Terra.
Assim é que
passou a extinguir, com incessante atenção, todos os pensamentos inferiores que lhe eram sugeridos;
quando em contato com pessoas interessadas na maledicência, retraía-se, cortês, e, em respondendo a alguma interpelação direta, recordava essa ou aquela pequena virtude da vítima ausente;
se alguém, diante dele, dava pasto à cólera fácil, considerava a ira como enfermidade digna de tratamento e recolhia-se à quietude;
insultos alheios batiam-lhe no espírito à maneira de calhaus em barril de mel, porquanto, além de não reagir, prosseguia tratando o ofensor com a fraternidade habitual;
a calúnia não encontrava acesso em sua alma, de vez que toda denúncia torpe se perdia, inútil, em seu grande silêncio;
reparando ameaças sobre a tranquilidade de alguém, tentava desfazer as nuvens da incompreensão, sem alarde, antes que assumissem feição tempestuosa;
se alguma sentença condenatória bailava em torno do próximo, mobilizava, espontâneo, todas as possibilidades ao seu alcance na defesa delicada e imperceptível;
seu zelo contra a incursão e a extensão do mal era tão fortemente minucioso que chegava a retirar detritos e pedras da via pública, para que não oferecessem perigo aos transeuntes.
Adotando essas diretrizes, chegou ao termo da jornada humana, incapaz de atender às sugestões da beneficência que o mundo conhece. Jamais pudera estender uma tigela de sopa ou ofertar uma pele de carneiro aos irmãos necessitados.
Nessa posição, a morte buscou-o ao tribunal divino, onde o servidor humilde compareceu receoso e desalentado. Temia o julgamento das autoridades celestes, quando, de improviso, foi aureolado por brilhante diadema, e, porque indagasse, em lágrimas, a razão do inesperado prêmio, foi informado de que a sublime recompensa se referia à sua triunfante posição na guerra contra o mal, em que se fizera valoroso empreiteiro.
Fixou o Mestre nos aprendizes o olhar percuciente e calmo e concluiu, em tom amigo:
— Distribuamos o pão e a cobertura, acendamos luz para a ignorância e intensifiquemos a fraternidade aniquilando a discórdia, mas não nos esqueçamos do combate metódico e sereno contra o mal, em esforço diário, convictos de que, nessa batalha santificante, conquistaremos a divina coroa da caridade desconhecida.