O documento discute a perfeição humana e o progresso espiritual. Apresenta características da perfeição como amar os inimigos e fazer o bem a quem nos odeia. Também discute os Espíritos Puros que alcançaram o mais alto grau de perfeição e são ministros de Deus, dirigindo mundos e ajudando outros Espíritos e humanos. Jesus é dado como o exemplo máximo de perfeição moral a ser seguido.
1. “O Evangelho Segundo o
Espiritismo”
Capítulo XVII – “Sede Perfeitos”
Comunhão Espírita de Brasília – 29 de março de 2014
2. • Caracteres da perfeição
• É possível atingirmos a perfeição?
3. • Que tipo de perfeição?
• Em que consiste essa perfeição?
• Todos seremos um dia perfeitos?
4. Mensagemde Georges– RevistaEspírita
(Outubrode 1860). “Os Puros Espíritos”
• Chegados ao mais alto grau de perfeição, são
considerados dignos de ser admitidos aos pés de
Deus;
• O esplendor infinito que os envolve não os
dispensa de serem úteis nas obras da Criação;
• São os ministros de Deus. Sob suas
ordens, regem os mundos inumeráveis; dirigem
do Alto os Espíritos e os humanos;
5. Mensagemde Georges– RevistaEspírita
(Outubrode 1860). “Os Puros Espíritos”
• Estão ligados entre si por um amor sem limites e
esse amor se estende a todos os seres, que
procuram atrair para a suprema felicidade;
• Deus irradia sobre eles e lhes transmite suas
ordens;
• Sua forma não é palpável; tornaram-se infalíveis;
• Em suas fileiras é que são escolhidos os anjos de
guarda, que bondosamente baixam o olhar sobre
os mortais;
6. Mensagemde Georges– RevistaEspírita
(Outubrode 1860). “Os Puros Espíritos”
• Os Espíritos puros são iguais em perfeição (o
mais alto grau) mas não são uniformes, têm suas
peculiaridades e habilidades diversas.
Conservam sua personalidade.
• Não me é permitido dar mais detalhes desse
mundo supremo.
7. • Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos
odeiam e orai pelos que vos perseguem e
caluniam. - Porque, se somente amardes os que
vos amam que recompensa tereis disso? Não
fazem assim também os publicanos? - Se
unicamente saudardes os vossos irmãos, que
fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o
mesmo os pagãos? -Sede, pois, vós
outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai
celestial. (S. MATEUS, cap. V, vv. 44, 46 a 48.)
8. O Livro dos Espíritos
• 625 Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao
homem para lhe servir de guia e modelo?
• – Jesus.
• ☼ Jesus é para o homem o exemplo da perfeição moral a
que pode pretender a humanidade na Terra. Deus nos
oferece Jesus como o mais perfeito modelo, e a doutrina
que ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque
era o próprio Espírito Divino e foi o ser mais puro que
apareceu na Terra.
9. • Em que consiste a perfeição?
• Jesus o diz: "Em amarmos os nossos
inimigos, em fazermos o bem aos que nos
odeiam, em orarmos pelos que nos
perseguem." Mostra ele desse modo que a
essência da perfeição é a caridade na sua
mais ampla acepção, porque implica a
prática de todas as outras virtudes.
11. O Livro dos Espíritos
• 894 Há pessoas que fazem o bem de maneira espontânea, sem
precisar vencer nenhum sentimento contrário; têm tanto mérito
quanto as que têm de lutar contra sua própria natureza e que a
superam?
• As que não têm de lutar é porque nelas o progresso está realizado.
Lutaram antes e venceram. Para estas os bons sentimentos não
custam nenhum esforço e suas ações parecem todas naturais: para
elas o bem tornou-se um hábito.
• Como ainda estais bem longe da perfeição, esses exemplos
espantam pelo contraste e são mais admirados por serem raros; mas
sabei que, nos mundos mais avançados, o que aqui é exceção lá é a
regra
12. O Livro dos Espíritos
• 895 Além dos defeitos e vícios sobre os quais ninguém se
enganaria, qual o sinal mais característico da imperfeição?
• O interesse pessoal. ... basta tocar no interesse pessoal para
colocar o fundo a descoberto. O verdadeiro desinteresse é
coisa tão rara na Terra que é admirado como um fenômeno
quando se apresenta.
• O apego às coisas materiais é um sinal notório de
inferioridade, porque quanto mais o homem se prende aos
bens deste mundo menos compreende sua destinação. Pelo
desinteresse, ao contrário, prova que vê o futuro sob um
ponto de vista mais elevado.
13. O Livro dos Espíritos
• 909 O homem poderia sempre vencer suas más tendências
pelos seus esforços?
• Sim, e algumas vezes com pouco esforço; é a vontade que lhe
falta. Como são poucos dentre vós os que se esforçam!
• 910 O homem pode encontrar nos Espíritos uma assistência
eficaz para superar suas paixões?
• Se ele orar a Deus e a seu protetor com sinceridade, os bons
Espíritos certamente virão em sua ajuda, porque é missão
deles.
14. O homem de bem.
• Como pode, o homem, verificar se está
cumprindo, verdadeiramente, a lei de
justiça, amor e caridade?
15. Características do homem de
bem:
• a) cumpre a Lei de Justiça, Amor e Caridade na
sua maior pureza;
• b) deposita fé em Deus e sabe que nada
acontece sem Sua permissão;
• c) tem fé no futuro, por isso coloca mais
importância nos bens espirituais do que nos
temporais;
• d) sabe que as dores e vicissitudes da vida são
provas ou expiações, por isso é resignado;
16. Características do homem de
bem:
• e) possui o sentimento da caridade e amor ao
próximo. Sacrifica seus interesses à justiça;
• f) encontra satisfação nos benefícios que
espalha. Seu primeiro impulso é pensar nos
outros antes que em si;
• g) É bom, humano e benevolente para com
todos, sem olhar raça, etnia ou credo. Todos são
seus irmãos;
• h) respeita, nos outros, suas convicções sinceras;
17. Características do homem de
bem:
• i) em todas as circunstâncias toma por base a
caridade;
• j) não alimenta ódio, rancor ou desejo de
vingança. Toma Jesus por modelo e perdoa;
• k) é indulgente com as fraquezas alheias, porque
sabe que também precisa de indulgência. “Que
atire a primeira pedra aquele que não tiver
pecado”;
• l) não se compraz em ressaltar os defeitos
alheios;
18. Características do homem de
bem:
• m) estuda suas próprias imperfeições e
procura, incessantemente, combatê-las. Vive de
modo a que hoje esteja melhor que ontem e
amanhã esteja melhor do que hoje;
• n) evita salientar suas qualidades às expensas
dos outros;
• o) não se envaidece de sua riqueza, nem de
vantagens pessoais, porque sabe que o que foi
dado, pode ser retirado;
• p) usa, mas não abusa, dos bens
terrenos, porque sabe que deles terá que prestar
contas;
19. Características do homem de
bem:
• q) se tem homens que lhe são subordinados,
trata a todos com humanidade e respeito. Se é
subordinado, cumpre seus deveres fielmente;
• r) respeita os direitos naturais de seus
semelhantes, como quer que os seus sejam
respeitados.
• Estas são algumas das qualidades do homem de
bem.
20. Os bons espíritas
• Características.
• Reconhece-se o verdadeiro espírita pela
sua transformação moral e pelos esforços
que emprega para domar suas
inclinações más.
• Bom espírita e bom cristão. O Espiritismo
não vem instituir uma nova moral.
22. O Dever (Lázaro. Paris, 1863)
• Qual o verdadeiro sentido do dever?
23. O Dever (Lázaro. Paris, 1863)
• O dever é a obrigação moral da criatura
para consigo mesma, primeiro, e, em
seguida, para com os outros. O dever é a
lei da vida.
• Por que é tão difícil o cumprimento do
dever?
• Onde encontramos orientação para seu
fiel cumprimento?
• Onde começa e termina o dever?
24. O Dever (Lázaro. Paris, 1863)
• O dever principia, para cada um de
vós, exatamente no ponto em que
ameaçais a felicidade ou a tranquilidade
do vosso próximo; acaba no limite que
não desejais ninguém transponha com
relação a vós.
25. O Dever (Lázaro. Paris, 1863)
• A igualdade em face da dor é uma
sublime providência de Deus, que quer
que todos os seus filhos, instruídos pela
experiência comum, não pratiquem o
mal, alegando ignorância de seus efeitos.
26. O Dever (Lázaro. Paris, 1863)
• O homem que cumpre o seu dever ama a
Deus mais do que as criaturas e ama as
criaturas mais do que a si mesmo.
27. O Dever (Lázaro. Paris, 1863)
• O dever é o mais belo laurel da razão; descende
desta como de sua mãe o filho. O homem tem
de amar o dever ... porque confere à alma o
vigor necessário ao seu desenvolvimento.
• O dever cresce e irradia sob mais elevada
forma, em cada um dos estágios superiores da
Humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da
criatura para com Deus.
29. A Virtude (François-Nicolas-
Madeleine. Paris, 1863)
. A virtude, no mais alto grau, é o conjunto
de todas as qualidades essenciais que
constituem o homem de bem. Ser
bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, s
ão qualidades do homem virtuoso.
30. O Livro dos Espíritos
• 893 Qual a mais meritória de todas as virtudes?
• Todas as virtudes têm seu mérito, porque
indicam progresso no caminho do bem. Há
virtude sempre que há resistência voluntária ao
arrastamento das más tendências; mas a
sublimidade da virtude é o sacrifício do
interesse pessoal pelo bem de seu
próximo, sem segundas intenções. A mais
merecedora das virtudes nasce da mais
desinteressada caridade.
31. A Virtude (François-Nicolas-
Madeleine. Paris, 1863)
• Virtude x orgulho e ostentação.
• S. Vicente de Paulo era virtuoso; eram virtuosos
o digno cura d'Ars e muitos outros quase
desconhecidos do mundo, mas conhecidos de
Deus. Todos esses homens de bem ignoravam
que fossem virtuosos; deixavam-se ir ao sabor de
suas santas inspirações e praticavam o bem com
desinteresse completo e inteiro esquecimento
de si mesmos.
34. A Virtude (François-Nicolas-Madeleine.
Paris, 1863)
• Afastai de vossos corações tudo o que seja
orgulho, vaidade, amor-próprio, que sempre
desadornam as mais belas qualidades. Não
imiteis o homem que se apresenta como modelo
e trombeteia, ele próprio, suas qualidades a
todos os ouvidos complacentes. A virtude que
assim se ostenta esconde muitas vezes uma
imensidade de pequenas torpezas e de odiosas
covardias.
35. A Virtude (François-Nicolas-
Madeleine. Paris, 1863)
• Mais vale pouca virtude com modéstia, do
que muita com orgulho. Pelo orgulho é
que as humanidades sucessivamente se
hão perdido; pela humildade é que um dia
elas se hão de redimir.
36. Os Superiores e os Inferiores
(François-Nicolas-Madeleine, Cardeal
Morlot. Paris, 1863)
• Qual a utilidade de haver superiores e
inferiores na Terra. Em outras
palavras, com que fim Deus delega aos
homens autoridade e riqueza?
37. Os Superiores e os Inferiores
(François-Nicolas-Madeleine, Cardeal
Morlot. Paris, 1863)
• A autoridade, tanto quanto a riqueza, é uma
delegação de que terá de prestar contas aquele
que se ache dela investido.
• A ninguém cabe dizer que uma coisa lhe
pertence, quando lhe pode ser tirada sem seu
consentimento. Deus confere a autoridade a
título de missão, ou de prova, quando o
entende, e a retira quando julga conveniente.
38. Os Superiores e os Inferiores
(François-Nicolas-Madeleine, Cardeal
Morlot. Paris, 1863)
• Quem quer que seja depositário de autoridade
não deve olvidar que tem almas a seu cargo; que
responderá pela boa ou má diretriz que dê aos
seus subordinados e que sobre ele recairão as
faltas que estes cometam, os vícios a que sejam
arrastados em consequência dessa diretriz ou
dos maus exemplos, do mesmo modo que
colherá os frutos da solicitude que empregar
para os conduzir ao bem.
39. Os Superiores e os Inferiores
(François-Nicolas-Madeleine, Cardeal
Morlot. Paris, 1863)
• Todo homem tem na Terra uma missão, grande
ou pequena; qualquer que ela seja, sempre lhe é
dada para o bem; falseá-la em seu princípio
é, pois, falir ao seu desempenho.
• Nosso dever para com nossos filhos, que estão
momentaneamente sob nossa autoridade. As
pessoas sob nossa responsabilidade poderão ser
bem ou mal sucedidas a depender, em parte, de
nossas diretrizes.
40. Os Superiores e os Inferiores
(François-Nicolas-Madeleine, Cardeal
Morlot. Paris, 1863)
• O superior, que se ache compenetrado das
palavras do Cristo, a nenhum despreza dos que
lhe estejam submetidos, porque sabe que as
distinções sociais não prevalecem às vistas de
Deus.
• O Espiritismo ensina que as posições são
intercambiáveis e que ele então será tratado
conforme os haja tratado, quando sobre eles
exercia autoridade.
41. Os Superiores e os Inferiores
(François-Nicolas-Madeleine, Cardeal
Morlot. Paris, 1863)
• Mas, se o superior tem deveres a cumprir, o
inferior, de seu lado, também os tem e não
menos sagrados.
• Se a sua posição lhe acarreta
sofrimentos, reconhecerá que sem dúvida os
mereceu, porque, provavelmente, abusou
outrora da autoridade que tinha, cabendo-
lhe, portanto, experimentar a seu turno o que
fizera sofressem os outros.
42. Os Superiores e os Inferiores
(François-Nicolas-Madeleine, Cardeal
Morlot. Paris, 1863)
• Numa palavra: solicita-o o sentimento do
dever, oriundo da sua fé, e a certeza de
que todo afastamento do caminho reto
implica uma dívida que, cedo ou
tarde, terá de pagar.
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50. • Em vista do mundo retratado nas imagens
anteriores, seria meritório ao homem
isolar-se do mundo, sob a alegação de que
não quer se contagiar pelos vícios e
prazeres terrenos?
51. Uma opinião – Ordens
monásticas
• No deserto
• O primeiro passo de toda vida monástica é o
afastamento do mundo. A necessidade de
abandonar o mundo resulta simplesmente do
grande preceito de amor a Deus. Amar
Deus, com efeito, é fazer a sua vontade, observar
seus mandamentos.
52. • Ora, esse cumprimento da vontade divina exige
uma atenção contínua, um esforço do espírito e
do coração todo inteiros. Como um operário
aplicado ao seu trabalho, o cristão deve
entregar-se exclusivamente à execução das
ordens divinas. Por isso, ele precisa renunciar
não somente a qualquer outra ocupação, mas
também à sociedade daqueles que não se
preocupam em obedecer a Deus. A separação do
mundo é, portanto, uma exigência do primeiro
Mandamento.
54. O Livro dos Espíritos
• 766 A vida social é uma obrigação natural?
• Certamente. Deus fez o homem para viver em
sociedade. Deus deu-lhe a palavra e todas as
demais faculdades necessárias ao
relacionamento.
55. O Livro dos Espíritos
• 768 O homem, ao procurar viver em sociedade, apenas
obedece a um sentimento pessoal, ou há um objetivo
providencial mais geral?
• O homem deve progredir, mas não pode fazer isso
sozinho porque não dispõe de todas as faculdades; eis
por que precisa se relacionar com outros homens. No
isolamento, se embrutece e se enfraquece.
• ☼ Nenhum homem possui todos os conhecimentos.
Pelas relações sociais é que se completam uns aos outros
para assegurar seu bem estar e progredir: é por isso
que, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para
viver em sociedade e não isolados.
56. O Livro dos Espíritos
• 769 Compreende-se, como princípio geral, que a vida
social faça parte na natureza; mas, como todos os gostos
estão também na natureza, por que o gosto pelo
isolamento absoluto seria condenável se o homem
encontra nele sua satisfação?
• Satisfação de egoísta. Há também homens que
encontram satisfação em se embriagar; vós os aprovais?
Deus não pode ter por agradável uma vida em que o
homem se condena a não ser útil a ninguém.
57. O Livro dos Espíritos
• 770 O que pensar dos homens que escolhem
viver em reclusão absoluta para fugir do contato
nocivo do mundo?
• Duplo egoísmo.
58. O homem no mundo (Um Espírito
protetor. Bordeaux, 1863)
• Não julgueis, todavia, que, exortando-vos
incessantemente à prece e à evocação
mental, pretendamos que vivais uma vida
mística, que vos conserve fora das leis da
sociedade onde estais condenados a viver.
Não. Vivei como os homens da época, mas
providos de um sentimento de pureza.
59. O homem no mundo (Um Espírito
protetor. Bordeaux, 1863)
• Não consiste a virtude em assumirdes
severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os
prazeres que as vossas condições humanas
vos permitem. É preciso confiar a Deus
todos os nossos empreendimentos e
interrogar a nossa
consciência, constantemente, sobre
nossos atos.
60. O homem no mundo (Um Espírito
protetor. Bordeaux, 1863)
• Purificai, pois, os vossos corações; não
consintais que neles demore qualquer
pensamento mundano ou fútil. Elevai o
vosso espírito àqueles por quem chamais.
62. O homem no mundo (Um Espírito
protetor. Bordeaux, 1863)
• A perfeição está toda, como disse o Cristo, na
prática da caridade absoluta.
• Nenhuma caridade teria a praticar o homem que
vivesse insulado. Unicamente no contato com os
seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que
ele encontra ensejo de praticá-la.
Aquele, pois, que se isola priva-se
voluntariamente do mais poderoso meio de
aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em
si, sua vida é a de um egoísta.
63. O Livro dos Espíritos
•785 Qual é o maior obstáculo ao
progresso?
• O orgulho e o egoísmo; quero falar
do progresso moral ...
64. • Não imagineis, portanto, que, para
viverdes em comunicação constante
conosco, para viverdes sob as vistas do
Senhor, seja preciso vos cilicieis e cubrais
de cinzas. Não, não, ainda uma vez vos
dizemos. Deus é amor, e aqueles que
amam santamente ele os abençoa.
66. Cuidar do corpo e do espírito (Jorge,
Espírito protetor. Paris, 1863)
• Ascetas x Materialistas. Insensatez de
ambas as correntes.
• Corpo e espírito, para quem está
encarnado, estão em dependência mútua.
Importa, pois, que estejam ambos na mais
perfeita condição possível. É dever cuidar
de ambos e do
corpo, particularmente, para que sirva
como bom instrumento ao espírito.
67. Cuidar do corpo e do espírito (Jorge,
Espírito protetor. Paris, 1863)
• Não castigueis o corpo pelas faltas que o
vosso livre-arbítrio o induziu a cometer...
• Sereis, porventura, mais perfeitos
se, martirizando o corpo, não vos
tornardes menos egoístas, nem menos
orgulhosos e mais caritativos para com o
vosso próximo?
68. Cuidar do corpo e do espírito
(Jorge, Espírito protetor. Paris, 1863)
• Não, a perfeição não está nisso: está toda
nas reformas por que fizerdes passar o
vosso Espírito. Dobrai-o, submetei-o,
humilhai-o, mortificai-o: esse o meio de o
tornardes dócil à vontade de Deus e o
único de alcançardes a perfeição.
69. • O egoísmo é a fonte de todos os
vícios, assim como a caridade é de todas
as virtudes; destruir um, desenvolver o
outro, esse deve ser o objetivo de todos os
esforços do homem, se quiser assegurar
sua felicidade aqui na Terra
e, futuramente, no mundo espiritual.
70. •Perguntai-vos ainda isso: se
agradasse a Deus me chamar nesse
momento, teria eu, ao entrar no
mundo dos Espíritos, onde nada é
oculto, o que temer diante de
alguém?
(Santo Agostinho, O Livro dos Espíritos)