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Baixa Idade Média

Primeira série do Ensino Médio
•   No período que vai do século XI ao século XV - a
    chamada Baixa Idade Média - percebe-se uma decadência
    no feudalismo. O aumento populacional provocado por
    essa fase de estabilidade levou à necessidade de mais
    terras, nas quais os trabalhadores desenvolveram técnicas
    agrícolas que lhes facilitaram o trabalho. Em torno dos
    castelos começaram a estabelecer-se indivíduos que
    comerciavam produtos excedentes locais e originários de
    outras regiões da Europa. A moeda voltou a ser necessária,
    e surgiram várias cidades importantes junto às rotas
    comerciais e marítimas e terrestres.
•   Ao mesmo tempo, a Igreja, fortalecida,
    promoveu expedições cristianizadoras ao
    Oriente - as Cruzadas - tentando recuperar a
    cidade de Jerusalém, então em poder do
    Império Islâmico. Durante dois séculos, as
    Cruzadas agitaram toda a Europa, pois além
    dos aspectos religiosos havia um impulso
    comercial muito grande.
Expansão Comercial

•   Ao mesmo tempo, a Igreja, fortalecida,
    promoveu expedições cristianizadoras ao
    Oriente - as Cruzadas - tentando recuperar a
    cidade de Jerusalém, então em poder do
    Império Islâmico. Durante dois séculos, as
    Cruzadas agitaram toda a Europa, pois além
    dos aspectos religiosos havia um impulso
    comercial muito grande.
•   Embora os feudos continuassem a produzir
    normalmente, com os servos trabalhando a
    terra e pagando suas obrigações aos
    senhores feudais, a produção era
    insuficiente para alimentar uma população
    em constante crescimento.
•   Nesse período, foram introduzidas várias conquistas
    técnicas que facilitaram em parte as atividades do campo,
    como o arado e outros instrumentos agrícolas de ferro,
    moinhos de vento e novas maneiras de se atrelarem os
    animais, de modo a permitir que eles fossem utilizados à
    plena força. Também a substituição do boi pelo cavalo,
    como animal de tração, trouxe vantagens, já que o cavalo é
    um animal mais ágil e com a mesma força do boi.
•   Apesar disso, o pedaço de terra cultivado
    era muito pequeno, o que gerava uma
    tendência à expansão do espaço agrícola
    para além dos limites dos feudos e das
    aldeias. Com o mesmo objetivo ocupavam-
    se também bosques e florestas.
•   Ao mesmo tempo, essa população que aumentava
    também requeria produtos de outra natureza:
    tecidos, instrumentos de trabalho, utensílios
    domésticos, entre outros. Alguns indivíduos
    (vilões) se especializavam na produção de
    artesanato ou na atividade comercial, surgindo
    então os artesãos e mercadores que
    comercializavam esses produtos e os eventuais
    excedentes agrícolas.
•   Alguns deles receberam permissão do
    senhor feudal para concentrar-se junto a
    castelos, mosteiros e igrejas, dando origem
    aos chamados burgos, núcleo das futuras
    cidades. Por essa razão, seus habitantes
    passaram a ser conhecidos como burgueses,
    uma nova categoria social que se dedicava
    ao artesanato e ao comércio de mercadorias.
•   Um fato relacionado com essa evolução foi
    o surgimento das Cruzadas, ocorridas nos
    séculos VI a XIII, que tiveram grande
    influência nesse panorama, aumentando as
    possibilidades de comércio da Europa e do
    Oriente.
A importância das Cruzadas
•   Quando se denunciou na Europa que os muçulmanos
    maltratavam os peregrinos cristãos que chegavam à Terra
    Santa, iniciou-se o movimento cruzadista, que recebeu
    esse nome devido à cruz que usava em seus estandartes e
    vestuário os que dele participavam.
    Convocadas primeiramente pelo papa Urbano II, em 1095,
    na França, as Cruzadas foram, então, expedições de
    cristãos europeus contra os muçulmanos ocorridas durante
    os séculos XI a XIII. A missão dos cavaleiros cristãos era
    libertar a região da Palestina, que na época fazia parte do
    Império Islâmico.
•   Além dessa motivação religiosa, entretanto, outros
    interesses políticos e econômicos impulsionaram o
    movimento cruzadista:
    A Igreja procurava unir os cristãos do Ocidente e
    do Oriente, que haviam se separado em 1054, no
    chamado Crisma do Oriente, surgido a partir daí a
    Igreja Ortodoxa Grega, liderada pelo patriarca de
    Constantinopla;
•   Havia uma camada da nobreza que não herdava feudos
    pois a herança cabia apenas ao filho mais velho. Assim, os
    nobres sem terra da Europa Ocidental queriam apoderar-se
    das terras do Oriente;
    Os comerciantes italianos, principalmente das cidades de
    Gênova e Veneza, desejavam dominar o comércio do Mar
    Mediterrâneo e obter alguns produtos de luxo para
    comercializarem na Europa;
    Outros grupos populacionais marginalizados tinham
    interesse em conquistar riquezas nas cidades orientais.
•   Oito Cruzadas foram organizadas entre 1095 e 1270, que apesar de obterem
    algumas vitórias sobre os muçulmanos, não conseguiram reconquistar a Terra
    Santa.
    Essas expedições envolveram desde pessoas simples e pobres do povo até a
    alta nobreza, reis e imperadores, tendo havido mesmo uma Cruzada formada
    apenas por crianças. Dezenas de milhares de pessoas uniam-se sob o comando
    de um nobre e percorriam enormes distâncias, tendo de obter alimentação e
    abrigo durante o percurso. A maioria antes de chegar ao destino era
    massacrada em combates.
    Em 1099, Jerusalém foi conquistada, mas um século depois foi tomada
    novamente pelos turcos muçulmanos, não tendo sido jamais recuperada. No
    entanto, os europeus conseguiram reconquistar alguns pontos do litoral do Mar
    Mediterrâneo, restabelecendo o comércio marítimo entre a Europa e o Oriente.
•   O contato dos europeus com os povos orientais -
    bizantinos e muçulmanos - fez com que eles começassem a
    apreciar e a consumir produtos como perfumes, tecidos
    finos, jóias, além das especiarias, como eram chamadas a
    primeira, a noz-moscada, o cravo, o gengibre e o açucar.

    No século XII, como conseqüência imediata das Cruzadas,
    inicia-se a expansão comercial na Europa e, com ela, o
    crescimento das cidades e a decadência do trabalho servil,
    típico do feudalismo.
•   O desenvolvimento comercial surgido no século XII, fez com que o
    dinheiro voltasse a ser necessário.
    Porém, com em cada região cunhavam-se moedas de diferentes
    valores, apareceram os cambistas, pessos que conheciam os valores
    das moedas e se incubiam de trocá-las. Posteriormente, tornando-se as
    relações mais complexas, surgiram os baqueiros, que guardavam o
    dinheiro dos comerciantes e forneciam-lhes empréstimos mediante a
    cobrança de juros. São dessa época os sistemas de cheques e as letras
    de câmbio, que facilitavam as transações comerciais feitas a distância,
    utilizados até hoje.
    O Ressurgimento das Cidades
•
    As Sujas e Apertadas Cidades Medievais

•   Peste Negra (doença que vitimou
    milhares de pessoas, transmitida pela
    picada da pulga do rato, ou pelo contato
    com a uma pessoa infectada).

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Cap.3

  • 1. Baixa Idade Média Primeira série do Ensino Médio
  • 2. No período que vai do século XI ao século XV - a chamada Baixa Idade Média - percebe-se uma decadência no feudalismo. O aumento populacional provocado por essa fase de estabilidade levou à necessidade de mais terras, nas quais os trabalhadores desenvolveram técnicas agrícolas que lhes facilitaram o trabalho. Em torno dos castelos começaram a estabelecer-se indivíduos que comerciavam produtos excedentes locais e originários de outras regiões da Europa. A moeda voltou a ser necessária, e surgiram várias cidades importantes junto às rotas comerciais e marítimas e terrestres.
  • 3. Ao mesmo tempo, a Igreja, fortalecida, promoveu expedições cristianizadoras ao Oriente - as Cruzadas - tentando recuperar a cidade de Jerusalém, então em poder do Império Islâmico. Durante dois séculos, as Cruzadas agitaram toda a Europa, pois além dos aspectos religiosos havia um impulso comercial muito grande.
  • 4. Expansão Comercial • Ao mesmo tempo, a Igreja, fortalecida, promoveu expedições cristianizadoras ao Oriente - as Cruzadas - tentando recuperar a cidade de Jerusalém, então em poder do Império Islâmico. Durante dois séculos, as Cruzadas agitaram toda a Europa, pois além dos aspectos religiosos havia um impulso comercial muito grande.
  • 5. Embora os feudos continuassem a produzir normalmente, com os servos trabalhando a terra e pagando suas obrigações aos senhores feudais, a produção era insuficiente para alimentar uma população em constante crescimento.
  • 6. Nesse período, foram introduzidas várias conquistas técnicas que facilitaram em parte as atividades do campo, como o arado e outros instrumentos agrícolas de ferro, moinhos de vento e novas maneiras de se atrelarem os animais, de modo a permitir que eles fossem utilizados à plena força. Também a substituição do boi pelo cavalo, como animal de tração, trouxe vantagens, já que o cavalo é um animal mais ágil e com a mesma força do boi.
  • 7. Apesar disso, o pedaço de terra cultivado era muito pequeno, o que gerava uma tendência à expansão do espaço agrícola para além dos limites dos feudos e das aldeias. Com o mesmo objetivo ocupavam- se também bosques e florestas.
  • 8. Ao mesmo tempo, essa população que aumentava também requeria produtos de outra natureza: tecidos, instrumentos de trabalho, utensílios domésticos, entre outros. Alguns indivíduos (vilões) se especializavam na produção de artesanato ou na atividade comercial, surgindo então os artesãos e mercadores que comercializavam esses produtos e os eventuais excedentes agrícolas.
  • 9. Alguns deles receberam permissão do senhor feudal para concentrar-se junto a castelos, mosteiros e igrejas, dando origem aos chamados burgos, núcleo das futuras cidades. Por essa razão, seus habitantes passaram a ser conhecidos como burgueses, uma nova categoria social que se dedicava ao artesanato e ao comércio de mercadorias.
  • 10. Um fato relacionado com essa evolução foi o surgimento das Cruzadas, ocorridas nos séculos VI a XIII, que tiveram grande influência nesse panorama, aumentando as possibilidades de comércio da Europa e do Oriente.
  • 11. A importância das Cruzadas • Quando se denunciou na Europa que os muçulmanos maltratavam os peregrinos cristãos que chegavam à Terra Santa, iniciou-se o movimento cruzadista, que recebeu esse nome devido à cruz que usava em seus estandartes e vestuário os que dele participavam. Convocadas primeiramente pelo papa Urbano II, em 1095, na França, as Cruzadas foram, então, expedições de cristãos europeus contra os muçulmanos ocorridas durante os séculos XI a XIII. A missão dos cavaleiros cristãos era libertar a região da Palestina, que na época fazia parte do Império Islâmico.
  • 12. Além dessa motivação religiosa, entretanto, outros interesses políticos e econômicos impulsionaram o movimento cruzadista: A Igreja procurava unir os cristãos do Ocidente e do Oriente, que haviam se separado em 1054, no chamado Crisma do Oriente, surgido a partir daí a Igreja Ortodoxa Grega, liderada pelo patriarca de Constantinopla;
  • 13. Havia uma camada da nobreza que não herdava feudos pois a herança cabia apenas ao filho mais velho. Assim, os nobres sem terra da Europa Ocidental queriam apoderar-se das terras do Oriente; Os comerciantes italianos, principalmente das cidades de Gênova e Veneza, desejavam dominar o comércio do Mar Mediterrâneo e obter alguns produtos de luxo para comercializarem na Europa; Outros grupos populacionais marginalizados tinham interesse em conquistar riquezas nas cidades orientais.
  • 14. Oito Cruzadas foram organizadas entre 1095 e 1270, que apesar de obterem algumas vitórias sobre os muçulmanos, não conseguiram reconquistar a Terra Santa. Essas expedições envolveram desde pessoas simples e pobres do povo até a alta nobreza, reis e imperadores, tendo havido mesmo uma Cruzada formada apenas por crianças. Dezenas de milhares de pessoas uniam-se sob o comando de um nobre e percorriam enormes distâncias, tendo de obter alimentação e abrigo durante o percurso. A maioria antes de chegar ao destino era massacrada em combates. Em 1099, Jerusalém foi conquistada, mas um século depois foi tomada novamente pelos turcos muçulmanos, não tendo sido jamais recuperada. No entanto, os europeus conseguiram reconquistar alguns pontos do litoral do Mar Mediterrâneo, restabelecendo o comércio marítimo entre a Europa e o Oriente.
  • 15. O contato dos europeus com os povos orientais - bizantinos e muçulmanos - fez com que eles começassem a apreciar e a consumir produtos como perfumes, tecidos finos, jóias, além das especiarias, como eram chamadas a primeira, a noz-moscada, o cravo, o gengibre e o açucar. No século XII, como conseqüência imediata das Cruzadas, inicia-se a expansão comercial na Europa e, com ela, o crescimento das cidades e a decadência do trabalho servil, típico do feudalismo.
  • 16. O desenvolvimento comercial surgido no século XII, fez com que o dinheiro voltasse a ser necessário. Porém, com em cada região cunhavam-se moedas de diferentes valores, apareceram os cambistas, pessos que conheciam os valores das moedas e se incubiam de trocá-las. Posteriormente, tornando-se as relações mais complexas, surgiram os baqueiros, que guardavam o dinheiro dos comerciantes e forneciam-lhes empréstimos mediante a cobrança de juros. São dessa época os sistemas de cheques e as letras de câmbio, que facilitavam as transações comerciais feitas a distância, utilizados até hoje. O Ressurgimento das Cidades
  • 17. As Sujas e Apertadas Cidades Medievais • Peste Negra (doença que vitimou milhares de pessoas, transmitida pela picada da pulga do rato, ou pelo contato com a uma pessoa infectada).