4. Metabolismo
Todas as células precisam de energia para
funcionar e essa energia é armazenada na
forma de moléculas de ATP
Metabolismo aeróbico
É necessário oxigênio para a produção
eficiente de ATP (energia)
Metabolismo anaeróbico
A oferta inadequada de oxigênio resulta em
diminuição da produção de ATP e acúmulo
de ácido láctico
5. Choque
O choque resulta da produção
inadequada de energia para manter a
vida
Choque é toda a condição que cause
hipoperfusão celular generalizada
Leva a oxigenação celular
inadequada, que não supre as
necessidades metabólicas
6. Hipoperfusão
Resulta de
Perda de sangue (externa ou interna)
Insuficiência no bombeamento de sangue
Dilatação dos vasos sanguíneos (aumento do espaço vascular)
O resultado final é a diminuição do volume circulante das
hemácias que circulam no leito capilar, levando oxigênio
para as células
A falta de oxigênio prejudica o metabolismo
Cada hemácia é importante !...
7. Hipoperfusão
Consequências
Diminuição da produção de ATP (energia)
Disfunção da membrana celular
Potássio e ácido láctico entram no sangue
O pH baixo resulta na liberação de enzimas celulares que digerem as próprias células
A autodigesão leva a morte celular e falência do órgão
Sódio e água entram na célula
Ocorre edema (inchaço) celular
Aumenta mais ainda a perda de volume intravascular (sangue)
O ciclo continua
8. Hipoperfusão
Consequências
Por faltar ATP, o paciente não produz
calor
O corpo perde calor para o ambiente
O pouco ATP produzido é usado para
tremer
Aumenta a produção de ácido láctico
À medida que cai a temperatura do
corpo, piora a coagulação sanguínea e
aumenta a hemorragia
Nem as células nem os órgãos
funcionam adequadamente
9. Tolerância à Hipóxia
Cérebro 4 a 6 minutos
Coração 4 a 6 minutos
Pulmões 4 a 6 minutos
-------------------------------------------------------------
-
Rins 45 a 90 minutos
Fígado 45 a 90 minutos
Trato gastrointestinal 45 a 90 minutos
-------------------------------------------------------------
-
Músculo 4 a 6 horas
Osso 4 a 6 horas
12. Hemorragia Classe I
Perda de até 750 mL de Sangue (15%)
• Ansiedade discreta
• Pressão arterial normal
• Frequência cardíaca < 100/min
• Respiração: 14-20/min
• Débito urinário: 30 mL/hora
Cristaloide
13. Hemorragia Classe II
Perda de 750-1500 mL de Sangue (15-30%)
• Ansiedade
• Pressão arterial normal
• Frequência cardíaca > 100/min
• Diminuição da pressão de pulso
• Respiração: 20-30/min
• Débito urinário: 20-30 mL/hora
Cristalóide
Talvez
Hemoderivados
14. Hemorragia Classe III
Perda de 1500-2000 mL de Sangue (30-40%)
• Confusão, ansiedade
• Diminuição da pressão arterial
• Frequência cardíaca > 120/min
• Diminuição da pressão de pulso
• Respiração: 30-40/min
• Débito urinário: 5-15 mL/hora
Cristaloide,
hemoderivados,
controle
definitivo do
sangramento
15. Hemorragia Classe IV
Perda > 2000 mL de Sangue (> 40%)
• Confusão, letargia
• Hipotensão
• Frequência cardíaca > 140/min
• Diminuição da pressão de pulso
• Respiração: > 35/min
• Débito urinário: desprezível
Hemoderivados,
controle
definitivo do
sangramento
17. Choque Cardiogênico
Causas, no trauma
Intrínsecas
Trauma cardíaco contuso, levando a
lesão muscular e/ou arritmia
Lesão valvar
Extrínsecas
Tamponamento de pericárdio
Pneumotórax hipertensivo
18. Fisiopatologia do Choque
O choque é progressivo
Eventos
Alterações hemodinâmicas
Alterações celulares (metabólicas)
Alterações da microcirculação
Os mecanismos compensatórios são
de curta duração
19. Fisiopatologia do Choque
Hemodinâmica
A perfusão dos tecidos orgânicos precisa
de
Bomba eficiente
Vasos intactos para transporte do sangue
Volume sanguíneo adequado
Resistência vascular, para manter a
pressão arterial
20. Fisiopatologia do Choque
O coração tem de ser uma bomba eficiente
Para funcionar bem, o coração depende do retorno de sangue pelas veias cavas.
Volume sistólico (VS quantidade de sangue ejetado a cada contração) depende
de retorno venoso adequado
Se o volume de sangue diminuir, o débito cardíaco (DC) também diminui, a
menos que a frequência cardíaca (FC) aumente
DC VS FC
21. Fisiopatologia do Choque
Para que haja perfusão, é necessário que a
pressão arterial (PA) seja adequada
O débito cardíaco é um dos fatores que
mantêm a pressão arterial
Quando o débito cardíaco cai, ocorre
vasoconstrição, que aumenta a resistência
vascular sistêmica (RVS), na tentativa de
manter a pressão arterial
PA DC RVS
22. Choque: Avaliação do Paciente
Avaliar
Hemorragia
Nível de consciência
Pele
Pulso
Respiração
Pressão arterial
Fatores de confusão
HPPP+3P
24. Choque sem Causa Evidente
ASSUMIR
O paciente está sangrando
em algum lugar, mesmo que
você não possa ver
Hemorragia interna
Fratura
25. Hemorragia interna
Tórax e abdome podem acumular grandes
volumes de sangue
O trauma de tórax geralmente tem sinais
externos; o de abdome, muitas vezes, não
O trauma abdominal pode ser causa de
hemorragia oculta significativa
Assumir a presença de trauma abdominal,
sempre que houver choque hipovolêmico não
explicável
Choque sem Causa Evidente
26. Tratamento do Choque
Quatro questões devem guiar o tratamento
Qual a causa do choque neste paciente em particular?
Qual o tratamento para este tipo de choque?
O que pode e deve ser feito entre este momento e a chegada
do paciente ao local de tratamento definitivo?
Qual o melhor lugar para o tratamento definitivo deste
paciente?
27. Tratamento do Choque
A diminuição do débito cardíaco e a piora da
oxigenação tecidual ocorrem antes de a pressão
arterial cair
O tratamento apropriado do choque melhora a
oxigenação das hemácias e a chegada das mesmas
aos tecidos
Via aérea – o que precisa ser feito?
Ventilação – é necessária ventilação assistida?
Oxigenação
Circulação
Antes de tudo feche a torneira
30. Resumo
Choque é um estado de hipoperfusão celular, que leva a produção
inadequada de energia, insuficiente para as necessidades metabólicas
A hemorragia é a causa mais comum de choque no traumatizado
31. Resumo
No doente traumatizado, o choque é hemorrágico até prova em
contrário
O objetivo do tratamento do choque é melhorar a oxigenação
das hemácias, controlar a hemorragia e melhorar a chegada de
hemácias carregadas de oxigênio à microcirculação