SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 51
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
Insuficiência Cardíaca
Preceptoria: Drª Ximena Ferrugem Rosa
Acadêmico: Welliton Fontana
INTRODUÇÃO
2
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018
DEFINIÇÃO: é uma síndrome clínica complexa, na qual o
coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às
necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com
elevadas pressões de enchimento. Se manifesta de forma crônica,
progressiva e tem causa multifatorial.
INTRODUÇÃO
3
Brasil. Ministério da Saúde. Datasus. Brasília; 2017.
EPIDEMIOLOGIA: doença muito limitante e de alta mortalidade.
 50% dos doentes morrem após 5 anos do diagnóstico
 Mortalidade 50% em 1 ano p/ classe funcional IV
 Afeta, no mundo, mais de 23 milhões de pessoas.
 Afeta cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil
 190 mil internações por insuficiência cardíaca (DataSUS-2017)
 Custo mundial de US$ 108 bilhões por ano e no Brasil é de R$
22 bilhões
CLASSIFICAÇÃO DA IC
4
.
Melhora a compreensão da IC, facilita o manejo, prognóstico e tratamento
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 201
1. Duração: Aguda < 6m; Crônica >6m.
2. Hemodinâmica: disfunção em VD, VE ou mista.
3. Débito cardíaco: alto ou baixo débito
4. Fração de ejeção de VE e VD: sistólica ou diastólica.
5. Classe funcional (NYHA).
6. Condição Clínica (evolução e progressão).
7. Estabilidade: compensada e descompensada e “de novo” .
8. Perfil Hemodinâmico: congestão e hipoperfusão-
9. Distúrbio mecânico: importante para diagnóstico e tratamento
5
CLASSIFICAÇÃO DA IC
Esquerda
Disfunção ventricular
HAS e DAC
Fisiopatologia
Sintomatologia
Direita
Consequência da IC esquerda;
DPOC →VD →Cor pulmonale
→dano cardíaco.
Sintomatologia
Sistólica X
Diastólica
Débito cardíacoHemodinâmica
Diastólica
HAS; ICS
Coração dimensão normal -
hipertrofia concêntrica
Rigidez- Relaxamento ruim →
enchimento ruim
Semiótica: presença de B4
FEVE ≥ 50%- ICFEp
Sistólica
Coronariopatias, Has
Cardiomegalia- paredes finas-
.Ictus difuso, Presença de B3
Força de contração ruim-ejeção
.ruim- FEVE< 40%- ICFEr
Baixo débito
Frio/úmido; pele fria; congestão
→ Disfunção sistólica do VE
levando à diminuição do DC
Cardiopatias intrínsecas
Alto débito
Tireotoxicose, anemia, fístulas
arteriovenosas, SEPSE, beribéri
Sintomas de IC com DC ↑ -
Síndrome de alto débito
Paciente quente/úmido.
CLASSIFICAÇÃO
Esquerda
Disfunção ventricular
HAS e DAC
Fisiopatologia
Sintomatologia
Alto débito
Is the colour of the clear sky and the
deep sea. It is located between
violet and green on the optical
spectrum.
Direita
Consequência da IC esquerda
DPOC →VD →Cor
pulmonale →dano cardíaco.
Baixo débito
Is the colour of the clear sky and the
deep sea. It is located between
violet and green on the optical
spectrum.
6
Hemodinâmica Fração de ejeçãoHemodinâmica
second
second
second
Fração de ejeçãoDébito cardíacoHemodinâmica
7
CLASSIFICAÇÃO DA IC
Esquerda
Disfunção ventricular
HAS e DAC
Fisiopatologia
Sintomatologia
Direita
Consequência da IC esquerda,
DPOC →VD →Cor pulmonale
→dano cardíaco
Sintomatologia
Sistólica X
Diastólica
Débito cardíacoHemodinâmica
Alto débito
Tireotoxicose, anemia, fístulas
arteriovenosas, SEPSE, beribéri
Sintomas de IC com DC ↑ -
Síndrome de alto débito
Paciente quente/úmido.
Baixo débito
Frio/úmido; pele fria; congestão
→ Disfunção sistólica do VE
levando à diminuição do DC
Cardiopatias intrínsecas
Diastólica
HAS; ICS
Coração dimensão normal -
hipertrofia concêntrica
Rigidez- perda de complacência
→ enchimento ruim
Semiótica: presença de B4
FEVE ≥ 50%- ICFEp
Sistólica
Coronariopatias, HAS
Cardiomegalia- paredes finas-
.Ictus difuso, Presença de B3
Força de contração ruim-ejeção
.ruim- FEVE < 40%- ICFEr
DIASTÓLICA SISTÓLICAEVOLUÇÃO
8
CLASSIFICAÇÃO DA IC
Esquerda
Disfunção ventricular
HAS e DAC
Fisiopatologia
Sintomatologia
Direita
Consequência da IC esquerda,
DPOC →VD →Cor pulmonale
→dano cardíaco
Sintomatologia
Sistólica X
Diastólica
Débito cardíacoHemodinâmica
Alto débito
Tireotoxicose, anemia, fístulas
arteriovenosas, SEPSE, beribéri
Sintomas de IC com DC ↑ -
Síndrome de alto débito
Paciente quente/úmido.
Baixo débito
Frio/úmido; pele fria; congestão
→ Disfunção sistólica do VE
levando à diminuição do DC
Cardiopatias intrínsecas
Diastólica
HAS; ICS
Coração dimensão normal -
hipertrofia concêntrica
Rigidez- Relaxamento ruim →
enchimento ruim
Semiótica: presença de B4
FEVE ≥ 50%- ICFEp
Sistólica
Coronariopatias, HAS...
Cardiomegalia- paredes finas-
.Ictus difuso, Presença de B3
Força de contração ruim-ejeção
.ruim- FEVE < 40%- ICFEr
ECOCARDIOGRAMA
9
CLASSIFICAÇÃO DA IC
Esquerda
Disfunção ventricular
HAS e DAC
Fisiopatologia
Sintomatologia
Direita
Consequência da IC esquerda,
DPOC →VD →Cor pulmonale
→dano cardíaco
Sintomatologia
Sistólica X
Diastólica
Débito cardíacoHemodinâmica
Alto débito
Tireotoxicose, anemia, fístulas
arteriovenosas, SEPSE, beribéri
Sintomas de IC com DC ↑ -
Síndrome de alto débito
Paciente quente/úmido.
Baixo débito
Frio/úmido; pele fria; congestão
→ Disfunção sistólica do VE
levando à diminuição do DC
Cardiopatias intrínsecas
Diastólica
Fração de Ejeção normal
Relaxamento diminuído
Enchimento menor
Sistólica
Fração de ejeção reduzida
↑ pressão diastólica final
↑ pressão dentro do átrio
Congestão;
FEVE ≥ 50%-
ICFEp
FEVE:40 - 49%-
ICFEiFEVE < 40%-
ICFEr
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL - NYHA - CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO
COM A GRAVIDADE DOS SINTOMAS
10
Barreto ACP, Ramires JAF. Insuficiência Cardíaca. Arq Bras Cardi
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL - NYHA - CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO
COM A GRAVIDADE DOS SINTOMAS
11
Barreto ACP, Ramires JAF. Insuficiência Cardíaca. Arq Bras Cardi
Mortalidade em 1 ano 5%
Mortalidade em 1 ano 10%
Mortalidade em 1 ano 30%
Mortalidade em 1 ano 50% a 60%
ESTÁGIOS DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC), SEGUNDO
AMERICAN COLLEGE OF CARDIOLOGY/AMERICAN HEART ASSOCIATION
12
Estágio Descrição Abordagem
A
Paciente de alto risco de
desenvolver IC, ainda sem
lesão estrutural
Controle de fatores de risco
para IC; não está
recomendado
rastreamento por ECO
B
Pacientes com doença
estrutural porém sem
sintomas
Deve ser encaminhado de
acordo com a linha de
cuidado específica
C
Pacientes com doença
estrutural e IC sintomática Tratamento segundo a Linha
de cuidado de Insuficiência
Cardíaca.
D
Pacientes refratários ao
tratamento convencional
American Heart Association. Circ Heart Fail. 20
13 DBICCA - 2018
INVESTIGAÇÃO DOS SINTOMAS E FATORES DE RISCO PARA IC
14
 SINTOMAS: Sintomas Típicos: dispneia; ortopneia; DPN;
Fadiga/cansaço; Intolerância ao exercício;
Sintomas menos típicos: Tosse noturna, ganho de peso,
dor abdominal, anorexia e perda de peso, Nictúria e Oligúria;
 FATORES DE RISCO: Hipertensão, diabetes, obesidade,
tabagismo, infecções, exposição a toxinas, consumo excessivo
de álcool, entre outros.
 CAUSA: buscar a causa da IC tem particular importância, uma
vez que o prognóstico também difere entre elas, podendo
orientar tratamento específico.
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
PRINCIPAIS ETIOLOGIAS DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
15
Manual de cardiologia Cardiopapers. Santos, Eduardo Cavalcanti et al. São Paulo : Editora Athene
2015.
SISTÓLICA DIASTÓLICA
 Doença arterial coronariana
 HAS
 Chagas
 Miocardiopatia dilatada
idiopática
 Miocardiopatia alcoólica
 Miocardite viral
 Doença valvar
 Miocardiopatia periparto
HAS
Cardiomiopatia hipertrófica
Doenças infiltrativas ou de depósito
Valvar (estenose aórtica)
Doença coronariana
 Hipotireoidismo
 Anemia severa
 Doenças congênitas do coração
Thanks!
Any questions?
You can find me at:
@username · user@mail.me
16Figura 1: Distribuição das etiologias de IC segundo dados do estudo BREATHE *CMPD: Cardiomiopatia dilatada5
17
FATORES PRECIPITANTES DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Protocolo de Insuficiência Cardíaca do Rio de Janeiro- 2017
 Interrupção da medicação
 Ingestão hídrica ou salina excessiva
 Crise hipertensiva
 Infecções
 Infarto; arritmias
 Anemia
 Embolia pulmonar
 Abuso de álcool
 Drogas (antinflamatório, bloqueadores de cálcio)
 Insuficiência renal, etc.
INVESTIGAÇÃO DOS FATORES DE RISCO E O EXAME FÍSICO
18
EXAME FÍSICO:
Sinais mais específicos: Pressão venosa jugular elevada; Refluxo
hepatojugular, Terceira bulha cardíaca; Impulso apical desviado
para esquerda (cardiomegalia).
Sinais menos específicos: Crepitações pulmonares; taquicardia;
hepatomegalia; ascite; Extremidades frias; Edema periférico;
sopros sistólicos, pulso fino ou alternante.
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 201
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
19
Os sinais e sintomas isoladamente apresentam limitações
de sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de IC.
Os mais específicos são a presença de B3 e a pressão
venosa elevada, sendo, porém, pouco sensíveis. Por isso a
organização dos sinais e sintomas através de critérios.
Mais utilizados : Framingham e Boston
III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda
- 2009
20
21
CRITÉRIOS MAIORES DE FRAMINGHAM CRITÉRIOS MENORES DE FRAMINGHAM
2 critérios maiores e 1 menor, ou 1 maior e 2 menores*
EXAMES COMPLEMENTARES
22
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda
- 2018
ELETROCARDIOGRAMA DE REPOUSO
Deve ser obtido em todos os pacientes com IC.
Avaliar sinais de cardiopatia estrutural-(hipertrofia ventricular,
isquemia, áreas de fibrose, distúrbios da condução atrioventricular,
bradicardia ou taquiarritmias.
Fundamental para caracterizar arritmias como FA, TA, BRE,
achados que configuram pior prognóstico.
Se normal tem um valor preditivo negativo superior a 90%.
EXAMES COMPLEMENTARES
23
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
2018
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
 Recomendado para os pacientes com sinais e sintomas de IC.
 Avalia cardiomegalia e congestão pulmonar.
 Sensibilidade bastante limitada (pode haver disfunção sistólica
significativa sem cardiomegalia).
 Útil por sua simplicidade, rapidez e ampla disponibilidade, capaz
de identificar causas pulmonares da dispneia (DPOC, neoplasia e
pneumonia).
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
24 Fonte: www.mdsaúde.com
EXAMES COMPLEMENTARES
25
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
2018
DOSAGEM DE BPN E NT-proBNP
 Útil na dúvida diagnóstica, quando não há um ecocardiograma
imediatamente disponível.
 Neurormônio vasodilatador sintetizado nos ventrículos e liberado
quando estão distendidos ou estirados.
 Sensibilidade de 90% e especificidade de 73%.
 Quanto mais elevado mais intensa a manifestação clínica da IC.
 Pode elevar-se na presença de anemia, idade avançada, IRC e
obesidade.
EXAMES COMPLEMENTARES
DOSAGEM DE BPN E NT-proBNP
 Para o diagnóstico de IC crônica, o ponto de corte do BNP é > 35
pg/mL e do NT-proBNP é > 125 pg/mL.
 Na IC aguda descompensada os valores utilizados são:
 BNP > 400 pg/ml indica fortemente IC
 BNP 100 – 400 pg/ml não afasta IC
 BNP < 100 pg/ml sugere outra etiologia
26
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
2018
EXAMES COMPLEMENTARES
ECOCARDIOGRAMA
 Exame de imagem preferencial para avaliação inicial dos
pacientes com suspeita de IC e altamente recomendado para
todos os pacientes.
 Fornece subsídios para investigação etiológica, anatômica e
funcional da IC.
 Além disso tem ampla disponibilidade, não é invasivo podendo
ser repetido para avaliar a evolução da doença e efeitos da terapia.
27
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
2018
ECOCARDIOGRAMA
28
 FEVE
 Dimensões cardíacas
 Espessura das paredes
 Geometria das
cavidades
 Mobilidade ventricular
 Anormalidades
anatômicas, funcionais
das válvulas;
 Avaliação do pericárdio;
 Função sistólica e
diastólica
 Pressões de enchimento
ventricular.
EXAMES COMPLEMENTARES
LABORATORIAL
 Hemograma
 Sódio
 Potássio
 Creatinina
 Ureia
 Glicemia
 TSH e T4 livre (excluir hipo/hipertireoidismo)
29
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
2018
TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO
 Restrição de sódio em 5g a 7g de sal por dia. (Renal crônico)*
 Cardiopatia dilatada alcoólica- abstenção completa de bebida
alcoólica. Para demais etiologias de IC estável há controvérsia na
proibição de pequena quantidade (≤ 10 mL-M e ≤ 20 mL- H);
 Reduzir o consumo de açúcar mobilizar o metabolismo do lipídio;
 Evitar obesidade*- IMC ideal é 25;
 Evitar refeições copiosas;
30
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
2018
TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO
 Repouso noturno- (Regulação do metabolismo; ↓ retorno venoso)
 Restrição hídrica- grau II e III; Grau I a indicação é hidratar mais
 Cessar tabagismo e drogas ilícitas;
 Atividade física compatível com grau de IC (grau I e grau II)
 Vacinação (Influenza e Pneumococo)
31
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
2018
PERIODICIDADE DE CONSULTAS E NÍVEL DE ATENÇÃO
32
Classe funcional Nível de atenção
 Classe funcional (CF) I e II  Trimestral na Estratégia de
Saúde da Família
 A critério da Equipe de
Saúde, em acompanhamento
com especialista
Protocolo de Insuficiência Cardíaca do estado do Rio de Janeiro- 20
 Classe funcional (CF) III e IV
TRATAMENTO NÃO-MEDICAMENTOSO
 Restrição hídrica- grau II e III; Grau I a indicação é hidratar mais
 Cessar tabagismo e drogas ilícitas;
 Atividade física compatível com grau de IC (grau I e grau II)
 Repouso noturno
 Vacinação (Influenza e Pneumococo)
33
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
2018
34
Medicamentos que modificam a história natural da doença:
betabloqueadores, inibidores da enzima conversora da angiotensina,
bloqueadores dos receptores da angiotensina e antagonista da
aldosterona
Medicamentos sintomáticos aumentam a qualidade de vida:
diuréticos, digitálicos, vasodilatadores como hidralazina e nitrato.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Albuquerque e cols. BREATHE: Características, Indicadores e Desfechos- 2013.
IECA e BRA
35
IECA
 Quem deve usar? Todos- (sintomáticos e não sintomáticos)
 Exceções: Injúria renal; Estenose da artéria renal; angioedema
por IECA.
BRA II
 Quem deve usar? Intolerantes ao IECA; Sintomáticos em
terapia padrão sem espironolactona.
 Como usar? Introdução em dose baixa até atingir dose alvo:
(Tabela à frente)
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
IECA e BRA
36
 O reajuste deverá ser realizado semanalmente. (dano renal,
hipercalemia e hipotensão)
 O paciente que não tolerar a dose alvo, deve ser mantido na maior
dose que tolerou.
 Captopril = 50 mg/3X dia; Enalapril = 20 mg/2x dia; se CF IV a
dose deverá ser aumentada. Diminuir se creatinina > 1,5 e sódio <
130 meq. (substituir por Hidralazina ou Nitrato-vasodilatadores)
Sociedade Brasileira de Cardiologia:http://educacao.cardiol.br/manualc/PDF/d_insuficiencia_cardiaca_congestiva.pdf
37 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
38
 Quem deve usar? Todos- (bisoprolol, succinato de metroprolol e
carvedilol)- Classe I; Nível de Evidência A.
 Exceções: Paciente agudamente descompensado*
 Como usar? Iniciar em baixas doses e dobrar a cada 2 semanas.
Avaliar presença de hipotensão arterial, bradicardia, piora da
.. congestão pulmonar, baixo DC e função renal.
 Reajustar sintomáticos ou considerar reduzir a dose de BB.
BETABLOQUEADORES
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
2018
39
BETABLOQUEADORES
DROGA DOSE INICIAL DOSE-ALVO
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
2018
40
ESPIRONOLACTONA
 Quem deve usar? Pacientes sintomáticos, (CF II a IV) associado
ao tratamento padrão e sem melhora.
 Como usar?
 Não se deve administrar a combinação de antagonista da
aldosterona, IECA e BRA, pelo risco de efeitos colaterais, em
especial de hipercalemia.
 Iniciar com 25mg/dia podendo aumentar para 50mg ao dia, ou
caso os níveis séricos de K se elevem reduzir para 12,5mg ao dia.
 Cautela em pacientes com insuficiência renal e com K limítrofes.
ANTAGONISTA DE ALDOSTERONA
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
41
SACUBITRIL/VALSARTANA- LCZ696
 Quem deve usar? Paciente sintomático ambulatorial, com terapia
clínica otimizada, e que persistiam com FEVE ≤ 40%, níveis
elevados de peptídeos natriuréticos plasmáticos e clearance de
creatinina estimado ≥ 30 mL/min/1,73 m2 .
 Como usar? A dose inicial recomendada é de 49/51 mg, a cada 12
horas para pacientes em uso de doses altas de IECA/BRA e com
pressão arterial preservada (acima de 100 mmHg).
INIBIDORES DA NEPRILISINA E DOS RECEPTORES DA ANGIOTENSINA
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
(Superior ao IECA e mais seguro quanto a função renal)
42
 Pacientes com pressão arterial reduzida, idosos, ou que só toleram
doses baixas de IECA/BRA, a dose inicial deve ser 24/26 mg a
cada 12 horas.
 Aumentar as doses progressivamente a cada 2 a 4 semanas, com
monitoração da função renal e eletrólitos, e sintomas hipotensivos,
até a dose alvo de 97/103 mg a cada 12 horas.
 Muito importante respeitar um período de 36 horas livres de
tomada de IECA antes de se iniciar o Sacubitril/Valsartana.
INIBIDORES DA NEPRILISINA E DOS RECEPTORES DA ANGIOTENSINA
 Naqueles pacientes que vinham em uso de BRA, não é necessário
período de washout.
 IVABRADINA
-Modulador do nó
sinoatrial.
-Indicação: CF II-
IV da NYHA, FE <
35% e FC ≥ 70
bpm; Em uso de
BB na dose
máxima tolerada.
 DIURÉTICOS
-Reduzir sintomas de
congestão volêmica
-De Alça e Tiazídicos
(comparar/combinar)
-Efeitos colaterais:
hipocalemia,
hipotensão e piora da
função renal.
 DIGITÁLICOS
- Atuam na
capacidade contrátil
da fibra cardíaca.
- Na + / K + ATPase
↑Ca intracelular;
↑contratilidade
miocárdica.
43
DROGAS QUE MELHORAM A QUALIDADE DE VIDA
 IVABRADINA
-Modulador do nó
sinoatrial.
-Indicação: CF II-
IV da NYHA, FE <
35% e FC ≥ 70
bpm; Em uso de
BB na dose
máxima tolerada.
 DIURÉTICOS
-Reduzir sintomas de
congestão volêmica
-De Alça e Tiazídicos
(comparar/combinar)
-Efeitos colaterais:
hipocalemia,
hipotensão e piora da
função renal.
 DIGITÁLICOS
- Atuam na
capacidade contrátil
da fibra cardíaca.
- Na + / K + ATPase
↑Ca intracelular;
↑contratilidade
miocárdica.
44
DROGAS QUE MELHORAM A QUALIDADE DE VIDA
45
 Digoxina (meia-vida de 36 48h)- O grande inconveniente é a
intoxicação digitálica (não elimina por diálise).
DIGITÁLICOS
 Acima de 55 anos metade da dose, e se tem insuficiência renal ¼
da dose ou 1 comprimido de 3 em 3 dias.
 Intoxicação é mais frequente no idoso e no paciente coronariopata
pois o digitálico aumenta a força de contração e diminui a diástole
melhorando o enchimento ventricular, em contrapartida pode haver
uma vasoconstrição coronariana, aumento do intervalo QR.
 No quadro clínico o paciente tem dor abdominal, cefaleia, diarreia
e câimbras, escotomas, parestesia, vômitos
 É preciso ter cuidado para indicar o digitálico
46
 Tratamento na ICFEp: ( empírico e com poucos trabalhos
até o momento)
 Controle da hipertensão sistólica e diastólica
 Controle da resposta ventricular em pacientes com fibrilação
atrial.
 Controle da congestão pulmonar e edema periférico com
diuréticos
 Revascularização coronariana em pacientes com DAC nos
quais a isquemia tem efeito na função diastólica.
 Redução da HVE
MANEJO DA ICFEp
47
 Duas variáveis são de grande relevância:
 Presença de congestão: Seco ou úmido
 Qualidade de perfusão: Quente ou Frio
MANEJO DA IC AGUDA
48
 Tratamento na ICFEp: ( empírico e com poucos trabalhos
até o momento)
 Controle da hipertensão sistólica e diastólica
 Controle da resposta ventricular em pacientes com fibrilação
atrial.
 Controle da congestão pulmonar e edema periférico com
diuréticos
 Revascularização coronariana em pacientes com DAC nos
quais a isquemia tem efeito na função diastólica.
 Redução da HVE
MANEJO DA ICFEp
49
FORMAS CLÍNICAS/ESQUEMA TERAPÊUTICO:
AJUSTAR TERAPIA ORAL
SUSPENDER DIÚRÉTICO
OTIMIZAR A PRÉ-CARGA E MANEJO DE VOLUME COM DIURÉTICO
- Preferencialmente- Furosemida por infusão
continua, dose inicial de 10mg/h, com aumentos
de 10- 20mg, precedidos por infusão de 10 mg em
bolus.
OTIMIZAR A PÓS-CARGA COM USO DE VASODILATADORES
50
FORMAS CLÍNICAS/ESQUEMA TERAPÊUTICO:
OTIMIZAR A PRÉ-CARGA E VOLUME COM DIURÉTICO
OTIMIZAR A PÓS-CARGA COM VASODILATADORES
OTIMIZAR A CONTRATILIDADE COM INOTRÓPICOS
D
ATUAÇAO NO VOLUME- SUSPENDENDO O DIURÉTICO
SE FOR O CASO PENSAR EM REPOSIÇAO VOLÊMICA
DROGAS INOTROPICAS PARA MELHORAR A PERFUSÃO
51
 Anticoagulação plena com HBPM ou HNF em IC aguda, na presença
de fibrilação atrial, trombo intracavitário ou prótese valvular
mecânica, com ou sem disfunção ventricular;
 Anticoagulação plena com HBPM ou HNF associada com
antiagregantes plaquetários em IC aguda com SCA
 Anticoagulação com HBMP ou HNF em cardiomiopatia periparto ou
miocárdio não compactado com disfunção ventricular importante
 Profilaxia de TVP, com HNF em baixas doses ou HBPM, na ausência
de anticoagulação plena
 Em pacientes com disfunção renal (clearance de creatinina < 30 mL
por minuto), evitar o uso de HBPM e utilizar preferencialmente HNF
ANTICOAGULAÇÃO NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Avaliação em cardiologia
Avaliação em cardiologiaAvaliação em cardiologia
Avaliação em cardiologiaMarcela Mihessen
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíacaInsuficiência cardíaca
Insuficiência cardíacadapab
 
Cirrose hepática Imagens
Cirrose hepática ImagensCirrose hepática Imagens
Cirrose hepática ImagensMaria Menezes
 
Aula Cardiopatias congênitas
Aula   Cardiopatias congênitasAula   Cardiopatias congênitas
Aula Cardiopatias congênitasViviane Fernandes
 
Edema Agudo de Pulmão - EAP
 Edema Agudo de Pulmão - EAP Edema Agudo de Pulmão - EAP
Edema Agudo de Pulmão - EAPMarcos Figueiredo
 
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVAINSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVAPaulo Alambert
 
Avaliação Cardiovascular
Avaliação CardiovascularAvaliação Cardiovascular
Avaliação Cardiovascularresenfe2013
 
Noções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaNoções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaresenfe2013
 
Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágico
Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágicoNeurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágico
Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágicoBruna Cesário
 
insuficiência cardíaca (portugues)
 insuficiência cardíaca (portugues) insuficiência cardíaca (portugues)
insuficiência cardíaca (portugues)Eduard Hernandez
 
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascularNatalia Freitas
 
Atelectasias e pneumotrax
Atelectasias e pneumotraxAtelectasias e pneumotrax
Atelectasias e pneumotraxFlávia Salame
 
Disturbios da coagulação
Disturbios da coagulaçãoDisturbios da coagulação
Disturbios da coagulaçãoSafia Naser
 
Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019pauloalambert
 
Exame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioExame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioresenfe2013
 
Histórico e exame físico respiratório
Histórico e exame físico respiratórioHistórico e exame físico respiratório
Histórico e exame físico respiratórioresenfe2013
 

Mais procurados (20)

Avaliação em cardiologia
Avaliação em cardiologiaAvaliação em cardiologia
Avaliação em cardiologia
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíacaInsuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca
 
Síndrome Coronariana Aguda
Síndrome Coronariana AgudaSíndrome Coronariana Aguda
Síndrome Coronariana Aguda
 
Cirrose hepática Imagens
Cirrose hepática ImagensCirrose hepática Imagens
Cirrose hepática Imagens
 
Aula Cardiopatias congênitas
Aula   Cardiopatias congênitasAula   Cardiopatias congênitas
Aula Cardiopatias congênitas
 
Edema Agudo de Pulmão - EAP
 Edema Agudo de Pulmão - EAP Edema Agudo de Pulmão - EAP
Edema Agudo de Pulmão - EAP
 
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVAINSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA
INSUFICIENCIA CARDÍACA CONGESTIVA
 
Avaliação Cardiovascular
Avaliação CardiovascularAvaliação Cardiovascular
Avaliação Cardiovascular
 
Insuficiência Cardíaca
Insuficiência CardíacaInsuficiência Cardíaca
Insuficiência Cardíaca
 
Noções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaNoções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografia
 
Gasometria Arterial
Gasometria ArterialGasometria Arterial
Gasometria Arterial
 
Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágico
Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágicoNeurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágico
Neurorradiologia AVC isquêmico e hemorrágico
 
insuficiência cardíaca (portugues)
 insuficiência cardíaca (portugues) insuficiência cardíaca (portugues)
insuficiência cardíaca (portugues)
 
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular
7190539 fisio-fisiologia-do-sistema-cardiovascular
 
Atelectasias e pneumotrax
Atelectasias e pneumotraxAtelectasias e pneumotrax
Atelectasias e pneumotrax
 
Disturbios da coagulação
Disturbios da coagulaçãoDisturbios da coagulação
Disturbios da coagulação
 
Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019
 
Exame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioExame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratório
 
Histórico e exame físico respiratório
Histórico e exame físico respiratórioHistórico e exame físico respiratório
Histórico e exame físico respiratório
 
Semiologia de abdome
Semiologia de abdomeSemiologia de abdome
Semiologia de abdome
 

Semelhante a Icc e aguda

Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Leonardo Bax
 
1 insuficiencia cardiaca aula julio-15
1 insuficiencia cardiaca aula julio-151 insuficiencia cardiaca aula julio-15
1 insuficiencia cardiaca aula julio-15honestolopes1994
 
Aula Patologia - ICC.pptx
Aula Patologia - ICC.pptxAula Patologia - ICC.pptx
Aula Patologia - ICC.pptxRaGomes7
 
Incapa..........cidadelaboralAbrahao.ppt
Incapa..........cidadelaboralAbrahao.pptIncapa..........cidadelaboralAbrahao.ppt
Incapa..........cidadelaboralAbrahao.pptLucas silva
 
Cardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaCardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaAmanda Thomé
 
INSUFICIÊNCIA CÁRDICA.pptx
INSUFICIÊNCIA CÁRDICA.pptxINSUFICIÊNCIA CÁRDICA.pptx
INSUFICIÊNCIA CÁRDICA.pptxCARLOSFIGUEREDO39
 
cepeti-insuficiencia-cardiaca-descompensada-e-choque-cardiogenico-78377d84.pptx
cepeti-insuficiencia-cardiaca-descompensada-e-choque-cardiogenico-78377d84.pptxcepeti-insuficiencia-cardiaca-descompensada-e-choque-cardiogenico-78377d84.pptx
cepeti-insuficiencia-cardiaca-descompensada-e-choque-cardiogenico-78377d84.pptxjosicleiafreiredossa
 
Insuficiência-Cardíaca,aprendendoooooo
Insuficiência-Cardíaca,aprendendooooooInsuficiência-Cardíaca,aprendendoooooo
Insuficiência-Cardíaca,aprendendooooooMarthaEmanuely
 
Insuficiência cardíaca aguda
Insuficiência cardíaca aguda Insuficiência cardíaca aguda
Insuficiência cardíaca aguda betoivomedeiros
 
Insuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaInsuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaLAC
 
Cardiomiopatias
CardiomiopatiasCardiomiopatias
Cardiomiopatiasdapab
 
Insuficiência cardíaca congestiva da câmara esquerda
Insuficiência cardíaca congestiva da câmara esquerdaInsuficiência cardíaca congestiva da câmara esquerda
Insuficiência cardíaca congestiva da câmara esquerdaNay Ribeiro
 

Semelhante a Icc e aguda (20)

Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca
 
Cardiologia
CardiologiaCardiologia
Cardiologia
 
1 insuficiencia cardiaca aula julio-15
1 insuficiencia cardiaca aula julio-151 insuficiencia cardiaca aula julio-15
1 insuficiencia cardiaca aula julio-15
 
Aula Patologia - ICC.pptx
Aula Patologia - ICC.pptxAula Patologia - ICC.pptx
Aula Patologia - ICC.pptx
 
Incapa..........cidadelaboralAbrahao.ppt
Incapa..........cidadelaboralAbrahao.pptIncapa..........cidadelaboralAbrahao.ppt
Incapa..........cidadelaboralAbrahao.ppt
 
Angina,Iam,Icc Apresenta O
Angina,Iam,Icc Apresenta  OAngina,Iam,Icc Apresenta  O
Angina,Iam,Icc Apresenta O
 
Cardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em NeonatologiaCardiopatias em Neonatologia
Cardiopatias em Neonatologia
 
INSUFICIÊNCIA CÁRDICA.pptx
INSUFICIÊNCIA CÁRDICA.pptxINSUFICIÊNCIA CÁRDICA.pptx
INSUFICIÊNCIA CÁRDICA.pptx
 
cepeti-insuficiencia-cardiaca-descompensada-e-choque-cardiogenico-78377d84.pptx
cepeti-insuficiencia-cardiaca-descompensada-e-choque-cardiogenico-78377d84.pptxcepeti-insuficiencia-cardiaca-descompensada-e-choque-cardiogenico-78377d84.pptx
cepeti-insuficiencia-cardiaca-descompensada-e-choque-cardiogenico-78377d84.pptx
 
Insuficiência-Cardíaca,aprendendoooooo
Insuficiência-Cardíaca,aprendendooooooInsuficiência-Cardíaca,aprendendoooooo
Insuficiência-Cardíaca,aprendendoooooo
 
icc patologia 2.pdf
icc patologia 2.pdficc patologia 2.pdf
icc patologia 2.pdf
 
Doenças orovalvares
Doenças orovalvaresDoenças orovalvares
Doenças orovalvares
 
Insuficiência cardíaca aguda
Insuficiência cardíaca aguda Insuficiência cardíaca aguda
Insuficiência cardíaca aguda
 
Insuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaInsuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiaca
 
Cardiomiopatias
CardiomiopatiasCardiomiopatias
Cardiomiopatias
 
Icc
IccIcc
Icc
 
Cardiomiopatias
CardiomiopatiasCardiomiopatias
Cardiomiopatias
 
O CORAÇÃO DO IDOSO
O CORAÇÃO DO IDOSOO CORAÇÃO DO IDOSO
O CORAÇÃO DO IDOSO
 
Insuficiência cardíaca congestiva da câmara esquerda
Insuficiência cardíaca congestiva da câmara esquerdaInsuficiência cardíaca congestiva da câmara esquerda
Insuficiência cardíaca congestiva da câmara esquerda
 
1 angina instável
1 angina instável1 angina instável
1 angina instável
 

Último

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...Leila Fortes
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfjuliperfumes03
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)a099601
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 

Último (7)

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 

Icc e aguda

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA Insuficiência Cardíaca Preceptoria: Drª Ximena Ferrugem Rosa Acadêmico: Welliton Fontana
  • 2. INTRODUÇÃO 2 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018 DEFINIÇÃO: é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Se manifesta de forma crônica, progressiva e tem causa multifatorial.
  • 3. INTRODUÇÃO 3 Brasil. Ministério da Saúde. Datasus. Brasília; 2017. EPIDEMIOLOGIA: doença muito limitante e de alta mortalidade.  50% dos doentes morrem após 5 anos do diagnóstico  Mortalidade 50% em 1 ano p/ classe funcional IV  Afeta, no mundo, mais de 23 milhões de pessoas.  Afeta cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil  190 mil internações por insuficiência cardíaca (DataSUS-2017)  Custo mundial de US$ 108 bilhões por ano e no Brasil é de R$ 22 bilhões
  • 4. CLASSIFICAÇÃO DA IC 4 . Melhora a compreensão da IC, facilita o manejo, prognóstico e tratamento Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 201 1. Duração: Aguda < 6m; Crônica >6m. 2. Hemodinâmica: disfunção em VD, VE ou mista. 3. Débito cardíaco: alto ou baixo débito 4. Fração de ejeção de VE e VD: sistólica ou diastólica. 5. Classe funcional (NYHA). 6. Condição Clínica (evolução e progressão). 7. Estabilidade: compensada e descompensada e “de novo” . 8. Perfil Hemodinâmico: congestão e hipoperfusão- 9. Distúrbio mecânico: importante para diagnóstico e tratamento
  • 5. 5 CLASSIFICAÇÃO DA IC Esquerda Disfunção ventricular HAS e DAC Fisiopatologia Sintomatologia Direita Consequência da IC esquerda; DPOC →VD →Cor pulmonale →dano cardíaco. Sintomatologia Sistólica X Diastólica Débito cardíacoHemodinâmica Diastólica HAS; ICS Coração dimensão normal - hipertrofia concêntrica Rigidez- Relaxamento ruim → enchimento ruim Semiótica: presença de B4 FEVE ≥ 50%- ICFEp Sistólica Coronariopatias, Has Cardiomegalia- paredes finas- .Ictus difuso, Presença de B3 Força de contração ruim-ejeção .ruim- FEVE< 40%- ICFEr Baixo débito Frio/úmido; pele fria; congestão → Disfunção sistólica do VE levando à diminuição do DC Cardiopatias intrínsecas Alto débito Tireotoxicose, anemia, fístulas arteriovenosas, SEPSE, beribéri Sintomas de IC com DC ↑ - Síndrome de alto débito Paciente quente/úmido.
  • 6. CLASSIFICAÇÃO Esquerda Disfunção ventricular HAS e DAC Fisiopatologia Sintomatologia Alto débito Is the colour of the clear sky and the deep sea. It is located between violet and green on the optical spectrum. Direita Consequência da IC esquerda DPOC →VD →Cor pulmonale →dano cardíaco. Baixo débito Is the colour of the clear sky and the deep sea. It is located between violet and green on the optical spectrum. 6 Hemodinâmica Fração de ejeçãoHemodinâmica second second second Fração de ejeçãoDébito cardíacoHemodinâmica
  • 7. 7 CLASSIFICAÇÃO DA IC Esquerda Disfunção ventricular HAS e DAC Fisiopatologia Sintomatologia Direita Consequência da IC esquerda, DPOC →VD →Cor pulmonale →dano cardíaco Sintomatologia Sistólica X Diastólica Débito cardíacoHemodinâmica Alto débito Tireotoxicose, anemia, fístulas arteriovenosas, SEPSE, beribéri Sintomas de IC com DC ↑ - Síndrome de alto débito Paciente quente/úmido. Baixo débito Frio/úmido; pele fria; congestão → Disfunção sistólica do VE levando à diminuição do DC Cardiopatias intrínsecas Diastólica HAS; ICS Coração dimensão normal - hipertrofia concêntrica Rigidez- perda de complacência → enchimento ruim Semiótica: presença de B4 FEVE ≥ 50%- ICFEp Sistólica Coronariopatias, HAS Cardiomegalia- paredes finas- .Ictus difuso, Presença de B3 Força de contração ruim-ejeção .ruim- FEVE < 40%- ICFEr DIASTÓLICA SISTÓLICAEVOLUÇÃO
  • 8. 8 CLASSIFICAÇÃO DA IC Esquerda Disfunção ventricular HAS e DAC Fisiopatologia Sintomatologia Direita Consequência da IC esquerda, DPOC →VD →Cor pulmonale →dano cardíaco Sintomatologia Sistólica X Diastólica Débito cardíacoHemodinâmica Alto débito Tireotoxicose, anemia, fístulas arteriovenosas, SEPSE, beribéri Sintomas de IC com DC ↑ - Síndrome de alto débito Paciente quente/úmido. Baixo débito Frio/úmido; pele fria; congestão → Disfunção sistólica do VE levando à diminuição do DC Cardiopatias intrínsecas Diastólica HAS; ICS Coração dimensão normal - hipertrofia concêntrica Rigidez- Relaxamento ruim → enchimento ruim Semiótica: presença de B4 FEVE ≥ 50%- ICFEp Sistólica Coronariopatias, HAS... Cardiomegalia- paredes finas- .Ictus difuso, Presença de B3 Força de contração ruim-ejeção .ruim- FEVE < 40%- ICFEr ECOCARDIOGRAMA
  • 9. 9 CLASSIFICAÇÃO DA IC Esquerda Disfunção ventricular HAS e DAC Fisiopatologia Sintomatologia Direita Consequência da IC esquerda, DPOC →VD →Cor pulmonale →dano cardíaco Sintomatologia Sistólica X Diastólica Débito cardíacoHemodinâmica Alto débito Tireotoxicose, anemia, fístulas arteriovenosas, SEPSE, beribéri Sintomas de IC com DC ↑ - Síndrome de alto débito Paciente quente/úmido. Baixo débito Frio/úmido; pele fria; congestão → Disfunção sistólica do VE levando à diminuição do DC Cardiopatias intrínsecas Diastólica Fração de Ejeção normal Relaxamento diminuído Enchimento menor Sistólica Fração de ejeção reduzida ↑ pressão diastólica final ↑ pressão dentro do átrio Congestão; FEVE ≥ 50%- ICFEp FEVE:40 - 49%- ICFEiFEVE < 40%- ICFEr
  • 10. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL - NYHA - CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A GRAVIDADE DOS SINTOMAS 10 Barreto ACP, Ramires JAF. Insuficiência Cardíaca. Arq Bras Cardi
  • 11. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL - NYHA - CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A GRAVIDADE DOS SINTOMAS 11 Barreto ACP, Ramires JAF. Insuficiência Cardíaca. Arq Bras Cardi Mortalidade em 1 ano 5% Mortalidade em 1 ano 10% Mortalidade em 1 ano 30% Mortalidade em 1 ano 50% a 60%
  • 12. ESTÁGIOS DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC), SEGUNDO AMERICAN COLLEGE OF CARDIOLOGY/AMERICAN HEART ASSOCIATION 12 Estágio Descrição Abordagem A Paciente de alto risco de desenvolver IC, ainda sem lesão estrutural Controle de fatores de risco para IC; não está recomendado rastreamento por ECO B Pacientes com doença estrutural porém sem sintomas Deve ser encaminhado de acordo com a linha de cuidado específica C Pacientes com doença estrutural e IC sintomática Tratamento segundo a Linha de cuidado de Insuficiência Cardíaca. D Pacientes refratários ao tratamento convencional American Heart Association. Circ Heart Fail. 20
  • 13. 13 DBICCA - 2018
  • 14. INVESTIGAÇÃO DOS SINTOMAS E FATORES DE RISCO PARA IC 14  SINTOMAS: Sintomas Típicos: dispneia; ortopneia; DPN; Fadiga/cansaço; Intolerância ao exercício; Sintomas menos típicos: Tosse noturna, ganho de peso, dor abdominal, anorexia e perda de peso, Nictúria e Oligúria;  FATORES DE RISCO: Hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, infecções, exposição a toxinas, consumo excessivo de álcool, entre outros.  CAUSA: buscar a causa da IC tem particular importância, uma vez que o prognóstico também difere entre elas, podendo orientar tratamento específico. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
  • 15. PRINCIPAIS ETIOLOGIAS DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 15 Manual de cardiologia Cardiopapers. Santos, Eduardo Cavalcanti et al. São Paulo : Editora Athene 2015. SISTÓLICA DIASTÓLICA  Doença arterial coronariana  HAS  Chagas  Miocardiopatia dilatada idiopática  Miocardiopatia alcoólica  Miocardite viral  Doença valvar  Miocardiopatia periparto HAS Cardiomiopatia hipertrófica Doenças infiltrativas ou de depósito Valvar (estenose aórtica) Doença coronariana  Hipotireoidismo  Anemia severa  Doenças congênitas do coração
  • 16. Thanks! Any questions? You can find me at: @username · user@mail.me 16Figura 1: Distribuição das etiologias de IC segundo dados do estudo BREATHE *CMPD: Cardiomiopatia dilatada5
  • 17. 17 FATORES PRECIPITANTES DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Protocolo de Insuficiência Cardíaca do Rio de Janeiro- 2017  Interrupção da medicação  Ingestão hídrica ou salina excessiva  Crise hipertensiva  Infecções  Infarto; arritmias  Anemia  Embolia pulmonar  Abuso de álcool  Drogas (antinflamatório, bloqueadores de cálcio)  Insuficiência renal, etc.
  • 18. INVESTIGAÇÃO DOS FATORES DE RISCO E O EXAME FÍSICO 18 EXAME FÍSICO: Sinais mais específicos: Pressão venosa jugular elevada; Refluxo hepatojugular, Terceira bulha cardíaca; Impulso apical desviado para esquerda (cardiomegalia). Sinais menos específicos: Crepitações pulmonares; taquicardia; hepatomegalia; ascite; Extremidades frias; Edema periférico; sopros sistólicos, pulso fino ou alternante. Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 201
  • 19. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 19 Os sinais e sintomas isoladamente apresentam limitações de sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de IC. Os mais específicos são a presença de B3 e a pressão venosa elevada, sendo, porém, pouco sensíveis. Por isso a organização dos sinais e sintomas através de critérios. Mais utilizados : Framingham e Boston III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2009
  • 20. 20
  • 21. 21 CRITÉRIOS MAIORES DE FRAMINGHAM CRITÉRIOS MENORES DE FRAMINGHAM 2 critérios maiores e 1 menor, ou 1 maior e 2 menores*
  • 22. EXAMES COMPLEMENTARES 22 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018 ELETROCARDIOGRAMA DE REPOUSO Deve ser obtido em todos os pacientes com IC. Avaliar sinais de cardiopatia estrutural-(hipertrofia ventricular, isquemia, áreas de fibrose, distúrbios da condução atrioventricular, bradicardia ou taquiarritmias. Fundamental para caracterizar arritmias como FA, TA, BRE, achados que configuram pior prognóstico. Se normal tem um valor preditivo negativo superior a 90%.
  • 23. EXAMES COMPLEMENTARES 23 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018 RADIOGRAFIA DE TÓRAX  Recomendado para os pacientes com sinais e sintomas de IC.  Avalia cardiomegalia e congestão pulmonar.  Sensibilidade bastante limitada (pode haver disfunção sistólica significativa sem cardiomegalia).  Útil por sua simplicidade, rapidez e ampla disponibilidade, capaz de identificar causas pulmonares da dispneia (DPOC, neoplasia e pneumonia).
  • 24. RADIOGRAFIA DE TÓRAX 24 Fonte: www.mdsaúde.com
  • 25. EXAMES COMPLEMENTARES 25 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018 DOSAGEM DE BPN E NT-proBNP  Útil na dúvida diagnóstica, quando não há um ecocardiograma imediatamente disponível.  Neurormônio vasodilatador sintetizado nos ventrículos e liberado quando estão distendidos ou estirados.  Sensibilidade de 90% e especificidade de 73%.  Quanto mais elevado mais intensa a manifestação clínica da IC.  Pode elevar-se na presença de anemia, idade avançada, IRC e obesidade.
  • 26. EXAMES COMPLEMENTARES DOSAGEM DE BPN E NT-proBNP  Para o diagnóstico de IC crônica, o ponto de corte do BNP é > 35 pg/mL e do NT-proBNP é > 125 pg/mL.  Na IC aguda descompensada os valores utilizados são:  BNP > 400 pg/ml indica fortemente IC  BNP 100 – 400 pg/ml não afasta IC  BNP < 100 pg/ml sugere outra etiologia 26 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018
  • 27. EXAMES COMPLEMENTARES ECOCARDIOGRAMA  Exame de imagem preferencial para avaliação inicial dos pacientes com suspeita de IC e altamente recomendado para todos os pacientes.  Fornece subsídios para investigação etiológica, anatômica e funcional da IC.  Além disso tem ampla disponibilidade, não é invasivo podendo ser repetido para avaliar a evolução da doença e efeitos da terapia. 27 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018
  • 28. ECOCARDIOGRAMA 28  FEVE  Dimensões cardíacas  Espessura das paredes  Geometria das cavidades  Mobilidade ventricular  Anormalidades anatômicas, funcionais das válvulas;  Avaliação do pericárdio;  Função sistólica e diastólica  Pressões de enchimento ventricular.
  • 29. EXAMES COMPLEMENTARES LABORATORIAL  Hemograma  Sódio  Potássio  Creatinina  Ureia  Glicemia  TSH e T4 livre (excluir hipo/hipertireoidismo) 29 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018
  • 30. TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO  Restrição de sódio em 5g a 7g de sal por dia. (Renal crônico)*  Cardiopatia dilatada alcoólica- abstenção completa de bebida alcoólica. Para demais etiologias de IC estável há controvérsia na proibição de pequena quantidade (≤ 10 mL-M e ≤ 20 mL- H);  Reduzir o consumo de açúcar mobilizar o metabolismo do lipídio;  Evitar obesidade*- IMC ideal é 25;  Evitar refeições copiosas; 30 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018
  • 31. TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO  Repouso noturno- (Regulação do metabolismo; ↓ retorno venoso)  Restrição hídrica- grau II e III; Grau I a indicação é hidratar mais  Cessar tabagismo e drogas ilícitas;  Atividade física compatível com grau de IC (grau I e grau II)  Vacinação (Influenza e Pneumococo) 31 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018
  • 32. PERIODICIDADE DE CONSULTAS E NÍVEL DE ATENÇÃO 32 Classe funcional Nível de atenção  Classe funcional (CF) I e II  Trimestral na Estratégia de Saúde da Família  A critério da Equipe de Saúde, em acompanhamento com especialista Protocolo de Insuficiência Cardíaca do estado do Rio de Janeiro- 20  Classe funcional (CF) III e IV
  • 33. TRATAMENTO NÃO-MEDICAMENTOSO  Restrição hídrica- grau II e III; Grau I a indicação é hidratar mais  Cessar tabagismo e drogas ilícitas;  Atividade física compatível com grau de IC (grau I e grau II)  Repouso noturno  Vacinação (Influenza e Pneumococo) 33 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018
  • 34. 34 Medicamentos que modificam a história natural da doença: betabloqueadores, inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores dos receptores da angiotensina e antagonista da aldosterona Medicamentos sintomáticos aumentam a qualidade de vida: diuréticos, digitálicos, vasodilatadores como hidralazina e nitrato. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Albuquerque e cols. BREATHE: Características, Indicadores e Desfechos- 2013.
  • 35. IECA e BRA 35 IECA  Quem deve usar? Todos- (sintomáticos e não sintomáticos)  Exceções: Injúria renal; Estenose da artéria renal; angioedema por IECA. BRA II  Quem deve usar? Intolerantes ao IECA; Sintomáticos em terapia padrão sem espironolactona.  Como usar? Introdução em dose baixa até atingir dose alvo: (Tabela à frente) Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
  • 36. IECA e BRA 36  O reajuste deverá ser realizado semanalmente. (dano renal, hipercalemia e hipotensão)  O paciente que não tolerar a dose alvo, deve ser mantido na maior dose que tolerou.  Captopril = 50 mg/3X dia; Enalapril = 20 mg/2x dia; se CF IV a dose deverá ser aumentada. Diminuir se creatinina > 1,5 e sódio < 130 meq. (substituir por Hidralazina ou Nitrato-vasodilatadores) Sociedade Brasileira de Cardiologia:http://educacao.cardiol.br/manualc/PDF/d_insuficiencia_cardiaca_congestiva.pdf
  • 37. 37 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
  • 38. 38  Quem deve usar? Todos- (bisoprolol, succinato de metroprolol e carvedilol)- Classe I; Nível de Evidência A.  Exceções: Paciente agudamente descompensado*  Como usar? Iniciar em baixas doses e dobrar a cada 2 semanas. Avaliar presença de hipotensão arterial, bradicardia, piora da .. congestão pulmonar, baixo DC e função renal.  Reajustar sintomáticos ou considerar reduzir a dose de BB. BETABLOQUEADORES Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018
  • 39. 39 BETABLOQUEADORES DROGA DOSE INICIAL DOSE-ALVO Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - 2018
  • 40. 40 ESPIRONOLACTONA  Quem deve usar? Pacientes sintomáticos, (CF II a IV) associado ao tratamento padrão e sem melhora.  Como usar?  Não se deve administrar a combinação de antagonista da aldosterona, IECA e BRA, pelo risco de efeitos colaterais, em especial de hipercalemia.  Iniciar com 25mg/dia podendo aumentar para 50mg ao dia, ou caso os níveis séricos de K se elevem reduzir para 12,5mg ao dia.  Cautela em pacientes com insuficiência renal e com K limítrofes. ANTAGONISTA DE ALDOSTERONA Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda -
  • 41. 41 SACUBITRIL/VALSARTANA- LCZ696  Quem deve usar? Paciente sintomático ambulatorial, com terapia clínica otimizada, e que persistiam com FEVE ≤ 40%, níveis elevados de peptídeos natriuréticos plasmáticos e clearance de creatinina estimado ≥ 30 mL/min/1,73 m2 .  Como usar? A dose inicial recomendada é de 49/51 mg, a cada 12 horas para pacientes em uso de doses altas de IECA/BRA e com pressão arterial preservada (acima de 100 mmHg). INIBIDORES DA NEPRILISINA E DOS RECEPTORES DA ANGIOTENSINA Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda - (Superior ao IECA e mais seguro quanto a função renal)
  • 42. 42  Pacientes com pressão arterial reduzida, idosos, ou que só toleram doses baixas de IECA/BRA, a dose inicial deve ser 24/26 mg a cada 12 horas.  Aumentar as doses progressivamente a cada 2 a 4 semanas, com monitoração da função renal e eletrólitos, e sintomas hipotensivos, até a dose alvo de 97/103 mg a cada 12 horas.  Muito importante respeitar um período de 36 horas livres de tomada de IECA antes de se iniciar o Sacubitril/Valsartana. INIBIDORES DA NEPRILISINA E DOS RECEPTORES DA ANGIOTENSINA  Naqueles pacientes que vinham em uso de BRA, não é necessário período de washout.
  • 43.  IVABRADINA -Modulador do nó sinoatrial. -Indicação: CF II- IV da NYHA, FE < 35% e FC ≥ 70 bpm; Em uso de BB na dose máxima tolerada.  DIURÉTICOS -Reduzir sintomas de congestão volêmica -De Alça e Tiazídicos (comparar/combinar) -Efeitos colaterais: hipocalemia, hipotensão e piora da função renal.  DIGITÁLICOS - Atuam na capacidade contrátil da fibra cardíaca. - Na + / K + ATPase ↑Ca intracelular; ↑contratilidade miocárdica. 43 DROGAS QUE MELHORAM A QUALIDADE DE VIDA
  • 44.  IVABRADINA -Modulador do nó sinoatrial. -Indicação: CF II- IV da NYHA, FE < 35% e FC ≥ 70 bpm; Em uso de BB na dose máxima tolerada.  DIURÉTICOS -Reduzir sintomas de congestão volêmica -De Alça e Tiazídicos (comparar/combinar) -Efeitos colaterais: hipocalemia, hipotensão e piora da função renal.  DIGITÁLICOS - Atuam na capacidade contrátil da fibra cardíaca. - Na + / K + ATPase ↑Ca intracelular; ↑contratilidade miocárdica. 44 DROGAS QUE MELHORAM A QUALIDADE DE VIDA
  • 45. 45  Digoxina (meia-vida de 36 48h)- O grande inconveniente é a intoxicação digitálica (não elimina por diálise). DIGITÁLICOS  Acima de 55 anos metade da dose, e se tem insuficiência renal ¼ da dose ou 1 comprimido de 3 em 3 dias.  Intoxicação é mais frequente no idoso e no paciente coronariopata pois o digitálico aumenta a força de contração e diminui a diástole melhorando o enchimento ventricular, em contrapartida pode haver uma vasoconstrição coronariana, aumento do intervalo QR.  No quadro clínico o paciente tem dor abdominal, cefaleia, diarreia e câimbras, escotomas, parestesia, vômitos  É preciso ter cuidado para indicar o digitálico
  • 46. 46  Tratamento na ICFEp: ( empírico e com poucos trabalhos até o momento)  Controle da hipertensão sistólica e diastólica  Controle da resposta ventricular em pacientes com fibrilação atrial.  Controle da congestão pulmonar e edema periférico com diuréticos  Revascularização coronariana em pacientes com DAC nos quais a isquemia tem efeito na função diastólica.  Redução da HVE MANEJO DA ICFEp
  • 47. 47  Duas variáveis são de grande relevância:  Presença de congestão: Seco ou úmido  Qualidade de perfusão: Quente ou Frio MANEJO DA IC AGUDA
  • 48. 48  Tratamento na ICFEp: ( empírico e com poucos trabalhos até o momento)  Controle da hipertensão sistólica e diastólica  Controle da resposta ventricular em pacientes com fibrilação atrial.  Controle da congestão pulmonar e edema periférico com diuréticos  Revascularização coronariana em pacientes com DAC nos quais a isquemia tem efeito na função diastólica.  Redução da HVE MANEJO DA ICFEp
  • 49. 49 FORMAS CLÍNICAS/ESQUEMA TERAPÊUTICO: AJUSTAR TERAPIA ORAL SUSPENDER DIÚRÉTICO OTIMIZAR A PRÉ-CARGA E MANEJO DE VOLUME COM DIURÉTICO - Preferencialmente- Furosemida por infusão continua, dose inicial de 10mg/h, com aumentos de 10- 20mg, precedidos por infusão de 10 mg em bolus. OTIMIZAR A PÓS-CARGA COM USO DE VASODILATADORES
  • 50. 50 FORMAS CLÍNICAS/ESQUEMA TERAPÊUTICO: OTIMIZAR A PRÉ-CARGA E VOLUME COM DIURÉTICO OTIMIZAR A PÓS-CARGA COM VASODILATADORES OTIMIZAR A CONTRATILIDADE COM INOTRÓPICOS D ATUAÇAO NO VOLUME- SUSPENDENDO O DIURÉTICO SE FOR O CASO PENSAR EM REPOSIÇAO VOLÊMICA DROGAS INOTROPICAS PARA MELHORAR A PERFUSÃO
  • 51. 51  Anticoagulação plena com HBPM ou HNF em IC aguda, na presença de fibrilação atrial, trombo intracavitário ou prótese valvular mecânica, com ou sem disfunção ventricular;  Anticoagulação plena com HBPM ou HNF associada com antiagregantes plaquetários em IC aguda com SCA  Anticoagulação com HBMP ou HNF em cardiomiopatia periparto ou miocárdio não compactado com disfunção ventricular importante  Profilaxia de TVP, com HNF em baixas doses ou HBPM, na ausência de anticoagulação plena  Em pacientes com disfunção renal (clearance de creatinina < 30 mL por minuto), evitar o uso de HBPM e utilizar preferencialmente HNF ANTICOAGULAÇÃO NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA