2. O que é a Fibromialgia?
Síndrome clínica caracterizada por:
DOR músculo-esquelética DIFUSA acompanhada de FADIGA e
DISTÚRBIOS DO SONO atribuída à amplificação da percepção da dor
por sensibilização central.
Há vários sintomas associados:
• Alteração do sono
• Fadiga
• Intestino irritável
• Alterações do humor
• Pernas inquietas
• Cefaléia
Wolfe et al. artritis Rheum. 1995;38:19-28. Staud and Rodriguez. Nat Clin Pract Rheumatol. 2006;2:90-98. Wolfe et al. artritis
Rheum.1990;33:160-172. Henriksson. J Rehabil Med. 2003;(suppl 41):89-94.
5. Qual a etiologia da fibromialgia?
Componente Biológico:
Genético
Sexo feminino
Sono
Trauma físico
Estresse/ disrregulação neuroendócrina e autonômica
Sedentarismo
Componente Psicológico:
Catastrofismo / Somatização
Hipervigilancia
Depressão e ansiedade
Fatores Ambientais e socioculturais:
Experiencias psicológicas durante a infancia
Satisfação com emprego
Suporte familiar
Zubieta et al. Science. 2003;299;1240-1243.
Arnold et al. Arthrtis Rheum. 2004;50:944-952.
Clauw and Crofford. Best Prac Res Clin Rheumatol. 2003; 17:685-701
6. Fisiopatologia da fibromialgia
• Sensibilização central/ Processamento anormal ao estímulo
nociceptivo
• Diminuição da tolerância à dor a estímulos periféricos
• Substância P
• Receptores NMDA / Dopamina
• Serotonina/ Norepinefrina
• Disfunção endócrina
• Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal
• GH
• Disfunção cognitiva
• Alt. perfusão n. caudado e tálamo
• Alteração sono
• onda alfa intrusa no sono NREM
7. Achados em imagens funcionais do encéfalo (SPECT)
Fisiopatologia da Fibromialgia:
Sensibilização do SNC
redução do fluxo sanguíneo no tálamo e
núcleo caudado
Normal Fibromialgia
8. Problema no volume...
Muitos estudos tem demonstrado que pacientes com
FIBROMIALGIA não detectam estímulos elétricos, de
pressão ou térmicos abaixo dos níveis normais, mas o
ponto em que estes estímulos passam a causar dor é
muito baixo.
(Arroyo & Cohen, 1993; Lautenbacher et al., 1994)
9. Fibromialgia: epidemiologia
• Prevalência: 0,7% a 5% na pop. geral
• Consultórios de Reumatologia: 15%
• Ambulatório de Clínica Geral: 5-10%
• 8 mulheres: 1 homem
• Idade: 30-50 anos
• Custo/ano/EUA/pac: U$ 2000
10. Wolfe et al. Arthritis Rheum. 1995;38:19-28. Leavitt et al. Arthritis Rheum. 1986;29:775-781. Wolfe et al. Arthritis Rheum. 1990;33:160-172; Roizenblatt et al. Arthritis Rheum. 2001;44:222-230. Harding. Am J Med Sci.
Características Clínicas da FM
ALTERAÇÕES DO SONO
DESPERTARES e sono NÃO reparador
Alterações da ARQUITETURA do sono
das ondas lentas
Intrusão de ondas ALFA no sono delta
FADIGA CRÔNICA
Fadiga crônica
DOR DIFUSA
Característica
DEFINIDORA da FM
Descritores: persistente,
extenuante e incômoda
Localização imprecisa
HIPERSENSIBILIDADE
DOLOROSA
Pontos sensíveis
Sensibilidade: pressão, calor, frio
Resposta exacerbada a estímulos
ambientais
Parestesias
11. Fibromialgia e Comorbidades
Enxaqueca
Cefaleia Tensional
Transtornos Afetivos
Depressão, ansiedade, síndrome do
pânico
Disfunção da ATM
Lombalgia Crônica
Refluxo gastro- esofágico
Síndrome Intestino Irritável
Parestesias
Sensação de edema
Transtornos de Memória
e cognitivos – “Fibro Fog” e catastrofização
Tontura e Zumbido
Quadros miofasciais
Síncopes neurocardiogênicas
Síndrome uretral
Vulvodínia
Síndrome Reynaud “like”
Síndrome Sjögren “like”
Apneia do sono
Síndrome das pernas inquietas
Síndrome dos movimentos involuntários dos MMII
12. Comorbidades...
Dor lombar crônica: 67% (12–33%)
Síndrome do intestino irritável: 59% (15–20%)
Distúrbio do humor: 29% (10–15%)
Distúrbio de ATM: 24% (3.7–12%)
Cefaléia tensional crônica: 23% (2–3%)
Síndrome da fadiga crônica: 18% (1%)
Fibromialgia
População Geral
13. Fibromialgia - Diagnóstico
Diferencial
• SÍNDROME MIOFASCIAL
• HIPOTIREOIDISMO
• ARTRITE REUMATÓIDE
• LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
• SÍNDROME DE SJÖGREN
• POLIMIOSITE
• POLIMIALGIA REUMÁTICA
• HIPERPARATIREOIDISMO
• ESPONDILOARTRITES
• DOR MIOFASCIAL
• ESCLEROSE MÚLTIPLA
• LER/DORT - Litígio
• DEPRESSÃO E ANSIEDADE
• DOR MIOFASCIAL
• PARANEOPLASIA
• Ca broncogênico
• Linfoma
• Hipernefroma
• INFECÇÕES: HCV
• DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D E
OSTEOMALÁCIA
• DOENÇA DE PARKINSON
• ANEMIA...
14. • Anamnese
• Caracterizar DOR
• múltiplas queixas e sintomas difíceis de serem explicados
• Atenção para red flag de doença sistêmica
• Cuidado com sintomas recentes (<1 ano)
• Exame físico completo
• Exames complementares:
• Hemograma, função hepática e renal
• Provas de atividade inflamatória (PCR/ VHS)
• Sorologias virais (HBV, HIV, HCV)
• Cálcio, PTH e vitamina D
• K
• CPK e aldolase
• Ferritina
• RX de bacia
Como diagnosticar?
15. Wolfe et al. Arthritis Rheum. 1990;33:160-172.
Critérios do American College of Rheumatology (ACR)
1.História de dor difusa, persistente por
mais de 3 meses
• dor difusa:
• à direita e à esquerda E;
• acima e abaixo da cintura E;
• um segmento do esqueleto axial
1.Dor em 11 dos 18 pontos dolorosos
(tender points) já estabelecidos. (em
discussão)
SENSIBILIDADE 88,4%
ESPECIFICIDADE 81,1%
19. Tratamento da Fibromialgia
Educação
Exercício aeróbico
Terapia cognitiva
Educação do paciente
Alongamento e fortalecimento
muscular
Hidroterapia
Anticonvulsivantes
Antidepressivos
Analgésicos
Opióides fracos
Outros
Não farmacológico Farmacológico
Goldenberg et al. JAMA. 2004;292:2388-2395 Clauw et al. Best Prac Res Clin Rheumatol. 2003;17:685-701; Arnold et al.
Arthritis Rheum. 2007;56:1336-1344. Consenso brasileiro para o tratamento da Fibromialgia.
22. Educação
• Explicar a fisiopatologia.
• Explicar o papel dos aspectos emocionais.
• Reassegurar a benignidade.
• Explicar os fatores perpetuantes
• Ser otimista.
24. Princípios gerais do tratamento
farmacológico
• Terapia individualizada
• “Go low, go slow”
• Predisposição a efeitos colaterais
• Mais de uma medicação é a regra
• Foco do Tratamento Farmacológico:
MELHORAR QUALIDADE DO SONO
CONTROLE DA DOR E DOS SINTOMAS
EQUILÍBRIO EMOCIONAL
MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA
25. FIBROMIALGIA:
TRATAMENTO
• Antidepressivos tricíclicos: diminuem a
recaptação de serotonina e noradrenalina.
Pode também inibir os receptores NMDA
(n-metil-d-aspartato).
• amitriptilina12,5-25mg
• ciclobenzaprina5-10mg.
• Neuromoduladores:
• gabapentina 600mg
• Pregabalina 150mg
26. FIBROMIALGIA:
TRATAMENTO
• Inibidores seletivos da recaptação da serotonina. Ex:
fluoxetina 20-40mg. Utilizar principalmente quando
houver depressão concomitante.
• Inibidores seletivos da recaptação da serotonina,
norepinefrina. Ex: duloxetina 30-60mg.
• Antiparkinsoniano, pramipexol Síndrome das
pernas inquietas
Consenso Brasileiro do Tratamento da Fibromialgia, 2010
32. Cuidado para não ser um médico assim…
Como você pode me
tratar, se não acredita em
mim??
Como você pode me
tratar, se não acredita em
mim??
Notas do Editor
La Fibromialgia (FM) es una condición común de dolor crónico difuso.1
Los pacientes con FM pueden experimentar hiperalgesia y alodinia. La hiperalgesia está caracterizada por el incremento de la intensidad y una duración prolongada del dolor. Alodinia es el dolor que resulta de un estímulo no dañino2
Adicionalmente, Wolfe et al demostraron que la perturbación del sueño, la fatiga, y la rigidez matutina están presentes en &gt;75% de pacientes con FM3
Aunque la causa fundamental de la FM no ha sido bien establecida, los datos recientes sugieren que las alteraciones del sistema nervioso central (SNC) pueden contribuir al dolor crónico difuso2,4,5
La evidencia emergente sugiere que los factores genéticos pueden estar involucrados en la sensibilidad al dolor y la predisposición individual a la FM.1,2
Arnold et al demostraron que la FM y los umbrales de presión de dolor reducida pueden agregarse en familias2
Los factores ambientales tales como trauma físico, infecciones (hepatitis C, enfermedad de Lyme, parvovirus, Epstein-Barr virus), y los estresores psicológicos pueden provocar el inicio de la FM3
Datos recientes sugieren que hay distintos grupos de pacientes con FM. Un subgrupo está comprendido por aquellos en los que el inicio agudo de la FM fue provocado por un factor ambiental; otro subgrupo está basado en el grado de hiperalgesia y sensibilidad que presente3,4
La FM se caracteriza por una sensibilidad intensificada al dolor.1 Aunque la patogénesis de la FM no está completamente entendida, las alteraciones del sistema nervioso central (SNC) puede contribuir al dolor crónico de la FM.1-3
En pacientes con FM, el estímulo sensorial que normalmente invocaría una respuesta inocua resulta en dolor1
Mecanismos de SNC, tales como la sensibilización central, pueden explicar la hipersensibilidad generalizada al dolor de los individuos con FM1-3
Datos recientes sugieren que los niveles incrementados de neurotransmisores excitadores (glutamato y sustancia P) puede contribuir a la hiperactividad neuronal y sensibilidad central1,4
El segundo dolor es transmitido por las fibras C no mielinizadas y está relacionado con los estados de dolor crónico. Esto es descrito como sensibilidad lenta, dolor o ardor5
La estimulación repetitiva de fibras C puede resultar en la amplificación de dolor en las neuronas del asta dorsal de la médula espinal. Esto es conocido como ‘windup’ y se piensa que esto resulta de mecanismos centrales5
Los pacientes con FM muestran un ‘windup’ anormal; esto brinda evidencia adicional que los mecanismos centrales pueden estar implicados en la FM5
Aunque el dolor crónico difuso es la característica que define la FM, las perturbaciones del sueño, fatiga, rigidez matutina y sensibilidad pueden estar presentes.1
Los pacientes a menudo describen el dolor de FM como persistente, extenuante, molesto y punzante2
Wolfe et al demostraron que la fatiga y rigidez matutina estuvieron presentes en &gt;75% de pacientes con FM3
La FM está comúnmente asociada con perturbaciones del sueño caracterizadas por una prominente intrusión de la onda alfa y un sueño no reparador4-5
Las perturbaciones del sueño y el estrés crónico asociado con la FM puede conducir a fatiga, dificultades cognitivas, y otros síntomas relacionados al estrés6
Los criterios de ACR para FM requieren que los pacientes tengan una historia de dolor crónico por ≥3 meses y dolor en ≥11 de 18 sitios sensibles a la palpación digital.1
Para determinar los criterios de FM, Wolfe et al estudiaron 558 pacientes; el dolor difuso, definido como dolor axial más el segmento superior o inferior del cuerpo, más del lado derecho o izquierdo, fue demostrado en 97.6% de pacientes con FM (n=293) y 69.1% de pacientes control (n=265)
Los pacientes control fueron agrupados según sexo y edad con síndrome de dolor en el cuello, lumbalgia, síndrome de dolor asociado a trauma, y posible LES o AR1
Adicionalmente, Wolfe et al demostraron que las perturbaciones del sueño, la fatiga, y la rigidez matutina están presentes en &gt;75% de pacientes con FM 1
Los criterios de ACR son una herramienta sensible (88.4%) y específica (81.1%) que puede ser utilizada para diferenciar la FM de otras condiciones reumatológicas1
No obstante, los criterios de ACR fueron originalmente previstos como una herramienta de investigación1
Aunque los puntos sensibles fueron los más poderosos discriminadores entre pacientes con FM y pacientes control, la sensibilidad es subjetiva y depende de la intensidad de palpación del examinador1
Un enfoque multidisciplinario (educación, ciertos medicamentos, ejercicio, terapia cognitiva) que utiliza tanto la terapia farmacológica como la no farmacológica ha demostrado ser efectivo en el manejo de la FM.1
El tratamiento multidisciplinario mejora los resultados en los pacientes con FM1
Varios agentes farmacológicos han publicado datos o estudios en curso en FM1
Los datos soportan además el uso de aproximaciones no farmacológicas para el manejo de la FM. Las opciones terapéuticas no farmacológicas incluyen: ejercicio aeróbico, terapia conductual cognitiva (CBT), educación del paciente, entrenamiento de esfuerzo, acupuntura, biofeedback, balneoterapia y hipnoterapia1
La balneoterapia implica en baño en agua rica en minerales. Esto puede implicar agua fría o caliente o masaje mediante agua en movimiento
La educación intensiva del paciente acerca de la FM ha mostrado que mejora el dolor, el sueño, la fatiga, y la calidad de vida en pacientes con FM1
Las guías basadas en la evidencia recomendadas por Goldenberg et al fueron basadas en una búsqueda de todos los estudios en humanos (estudios controlados aleatorizados y meta-análisis de estudios controlados aleatorizados ) de FM usando Cochrane Collaboration Reviews (1993-2004), MEDLINE (1966-2004), CINAHL (1982-2004), EMBASE (1988-2004), PubMed (1966-2004), Healthstar (1975-2000), Current Contents (2000-2004), Web of Science (1980-2004), PsychInfo (1887-2004), y Science Citation Indexes (1996-2004)1