SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 32
Fibromialgia
Disciplina de Reumatologia
2015
O que é a Fibromialgia?
Síndrome clínica caracterizada por:
DOR músculo-esquelética DIFUSA acompanhada de FADIGA e
DISTÚRBIOS DO SONO atribuída à amplificação da percepção da dor
por sensibilização central.
Há vários sintomas associados:
• Alteração do sono
• Fadiga
• Intestino irritável
• Alterações do humor
• Pernas inquietas
• Cefaléia
Wolfe et al. artritis Rheum. 1995;38:19-28. Staud and Rodriguez. Nat Clin Pract Rheumatol. 2006;2:90-98. Wolfe et al. artritis
Rheum.1990;33:160-172. Henriksson. J Rehabil Med. 2003;(suppl 41):89-94.
Fibromialgia
Conceito de Dor Difusa
MMedulaedula
CórtexCórtex
Via aferente
nociceptiva
amplificada
Via descendente
inibitória com
menos efetividade
O Papel da Sensibilização Central
SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL:
• Amplificação da transmissão nociceptiva
aferente: Substancia P/ Glutamato
• Menor inibição descendente:
serotonina/norepinefrina
• Consequência: HIPERALGESIA e ALODÍNIA
Qual a etiologia da fibromialgia?
Componente Biológico:
 Genético
 Sexo feminino
 Sono
 Trauma físico
 Estresse/ disrregulação neuroendócrina e autonômica
 Sedentarismo
Componente Psicológico:
 Catastrofismo / Somatização
 Hipervigilancia
 Depressão e ansiedade
Fatores Ambientais e socioculturais:
 Experiencias psicológicas durante a infancia
 Satisfação com emprego
 Suporte familiar
Zubieta et al. Science. 2003;299;1240-1243.
Arnold et al. Arthrtis Rheum. 2004;50:944-952.
Clauw and Crofford. Best Prac Res Clin Rheumatol. 2003; 17:685-701
Fisiopatologia da fibromialgia
• Sensibilização central/ Processamento anormal ao estímulo
nociceptivo
• Diminuição da tolerância à dor a estímulos periféricos
• Substância P
• Receptores NMDA / Dopamina
• Serotonina/ Norepinefrina
• Disfunção endócrina
• Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal
• GH
• Disfunção cognitiva
• Alt. perfusão n. caudado e tálamo
• Alteração sono
• onda alfa intrusa no sono NREM
Achados em imagens funcionais do encéfalo (SPECT)
Fisiopatologia da Fibromialgia:
Sensibilização do SNC
redução do fluxo sanguíneo no tálamo e
núcleo caudado
Normal Fibromialgia
Problema no volume...
Muitos estudos tem demonstrado que pacientes com
FIBROMIALGIA não detectam estímulos elétricos, de
pressão ou térmicos abaixo dos níveis normais, mas o
ponto em que estes estímulos passam a causar dor é
muito baixo.
(Arroyo & Cohen, 1993; Lautenbacher et al., 1994)
Fibromialgia: epidemiologia
• Prevalência: 0,7% a 5% na pop. geral
• Consultórios de Reumatologia: 15%
• Ambulatório de Clínica Geral: 5-10%
• 8 mulheres: 1 homem
• Idade: 30-50 anos
• Custo/ano/EUA/pac: U$ 2000
Wolfe et al. Arthritis Rheum. 1995;38:19-28. Leavitt et al. Arthritis Rheum. 1986;29:775-781. Wolfe et al. Arthritis Rheum. 1990;33:160-172; Roizenblatt et al. Arthritis Rheum. 2001;44:222-230. Harding. Am J Med Sci.
Características Clínicas da FM
ALTERAÇÕES DO SONO
DESPERTARES e sono NÃO reparador
Alterações da ARQUITETURA do sono
das ondas lentas
Intrusão de ondas ALFA no sono delta
FADIGA CRÔNICA
Fadiga crônica
DOR DIFUSA
Característica
DEFINIDORA da FM
Descritores: persistente,
extenuante e incômoda
Localização imprecisa
HIPERSENSIBILIDADE
DOLOROSA
Pontos sensíveis
Sensibilidade: pressão, calor, frio
Resposta exacerbada a estímulos
ambientais
Parestesias
Fibromialgia e Comorbidades
Enxaqueca
Cefaleia Tensional
Transtornos Afetivos
Depressão, ansiedade, síndrome do
pânico
Disfunção da ATM
Lombalgia Crônica
Refluxo gastro- esofágico
Síndrome Intestino Irritável
Parestesias
Sensação de edema
Transtornos de Memória
e cognitivos – “Fibro Fog” e catastrofização
Tontura e Zumbido
Quadros miofasciais
Síncopes neurocardiogênicas
Síndrome uretral
Vulvodínia
Síndrome Reynaud “like”
Síndrome Sjögren “like”
Apneia do sono
Síndrome das pernas inquietas
Síndrome dos movimentos involuntários dos MMII
Comorbidades...
 Dor lombar crônica: 67% (12–33%)
 Síndrome do intestino irritável: 59% (15–20%)
 Distúrbio do humor: 29% (10–15%)
 Distúrbio de ATM: 24% (3.7–12%)
 Cefaléia tensional crônica: 23% (2–3%)
 Síndrome da fadiga crônica: 18% (1%)
Fibromialgia
População Geral
Fibromialgia - Diagnóstico
Diferencial
• SÍNDROME MIOFASCIAL
• HIPOTIREOIDISMO
• ARTRITE REUMATÓIDE
• LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
• SÍNDROME DE SJÖGREN
• POLIMIOSITE
• POLIMIALGIA REUMÁTICA
• HIPERPARATIREOIDISMO
• ESPONDILOARTRITES
• DOR MIOFASCIAL
• ESCLEROSE MÚLTIPLA
• LER/DORT - Litígio
• DEPRESSÃO E ANSIEDADE
• DOR MIOFASCIAL
• PARANEOPLASIA
• Ca broncogênico
• Linfoma
• Hipernefroma
• INFECÇÕES: HCV
• DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D E
OSTEOMALÁCIA
• DOENÇA DE PARKINSON
• ANEMIA...
• Anamnese
• Caracterizar DOR
• múltiplas queixas e sintomas difíceis de serem explicados
• Atenção para red flag de doença sistêmica
• Cuidado com sintomas recentes (<1 ano)
• Exame físico completo
• Exames complementares:
• Hemograma, função hepática e renal
• Provas de atividade inflamatória (PCR/ VHS)
• Sorologias virais (HBV, HIV, HCV)
• Cálcio, PTH e vitamina D
• K
• CPK e aldolase
• Ferritina
• RX de bacia
Como diagnosticar?
Wolfe et al. Arthritis Rheum. 1990;33:160-172.
Critérios do American College of Rheumatology (ACR)
1.História de dor difusa, persistente por
mais de 3 meses
• dor difusa:
• à direita e à esquerda E;
• acima e abaixo da cintura E;
• um segmento do esqueleto axial
1.Dor em 11 dos 18 pontos dolorosos
(tender points) já estabelecidos. (em
discussão)
SENSIBILIDADE 88,4%
ESPECIFICIDADE 81,1%
SuboccipitalCervical baixo
Trapézio
Supraespinhoso
2ª Junção costocondral
Joelho
Epicôndilo lateral
Trocantérico
Glúteo médio
Fibromialgia: prognóstico
• Doença crônica e recorrente
• Perfil fibromiálgico:
• Adaptados
• Psiquiátricos
• Incapacitados
• Pior prognóstico:
• Tempo de doença prolongado
• Extremamente ansiosos
• Doença psiquiátrica refrataria ao tratamento
• Afastados do trabalho
• Incapacidade extrema a despeito de tratamento multiprofissional
• Dependência de opióide/ álcool e drogas ilícitas
COMO TRATAR?
Tratamento da Fibromialgia
Educação
Exercício aeróbico
Terapia cognitiva
Educação do paciente
Alongamento e fortalecimento
muscular
Hidroterapia
 Anticonvulsivantes
 Antidepressivos
 Analgésicos
 Opióides fracos
 Outros
Não farmacológico Farmacológico
Goldenberg et al. JAMA. 2004;292:2388-2395 Clauw et al. Best Prac Res Clin Rheumatol. 2003;17:685-701; Arnold et al.
Arthritis Rheum. 2007;56:1336-1344. Consenso brasileiro para o tratamento da Fibromialgia.
Fibromialgia - Tratamento não
Farmacológico
Tratamento
•Atividade Física
• Modula a dor
• Aumenta serotonina,GH IGF1
• Regulação sist.nervoso autonômico
• Hipotálamo-hipófise-adrenal
Educação
• Explicar a fisiopatologia.
• Explicar o papel dos aspectos emocionais.
• Reassegurar a benignidade.
• Explicar os fatores perpetuantes
• Ser otimista.
Terapia cognitivo-comportamental
Princípios gerais do tratamento
farmacológico
• Terapia individualizada
• “Go low, go slow”
• Predisposição a efeitos colaterais
• Mais de uma medicação é a regra
• Foco do Tratamento Farmacológico:
 MELHORAR QUALIDADE DO SONO
 CONTROLE DA DOR E DOS SINTOMAS
 EQUILÍBRIO EMOCIONAL
 MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA
FIBROMIALGIA:
TRATAMENTO
• Antidepressivos tricíclicos: diminuem a
recaptação de serotonina e noradrenalina.
Pode também inibir os receptores NMDA
(n-metil-d-aspartato).
• amitriptilina12,5-25mg
• ciclobenzaprina5-10mg.
• Neuromoduladores:
• gabapentina 600mg
• Pregabalina 150mg
FIBROMIALGIA:
TRATAMENTO
• Inibidores seletivos da recaptação da serotonina. Ex:
fluoxetina 20-40mg. Utilizar principalmente quando
houver depressão concomitante.
• Inibidores seletivos da recaptação da serotonina,
norepinefrina. Ex: duloxetina 30-60mg.
• Antiparkinsoniano, pramipexol  Síndrome das
pernas inquietas
Consenso Brasileiro do Tratamento da Fibromialgia, 2010
FIBROMIALGIA:
TRATAMENTO
• Analgésicos simples e opióides fracos. Ex:
paracetamol e tramadol.
• Hipnóticos utilizados na indução do sono.
Ex: zoplicone7,5mg ou zolpidem 5-15mg.
Dor musculo-esquelética difusa
História
• hiperalgesia
• duração (> 3 meses)
• fadiga
• sono não restaurador
• sintomas somáticos
• gravidade sintomas / FIQ
• sintomas de doença
infecciosa, neoplasia e auto-
imune
• História familiar de FBM
Exame físico
•Tender points
• alodinia
• exame articular
• exame neurológico
• sinais de doença
infecciosa, neoplásica
e autoimune
Exames laboratoriais
•Hemograma
•VHS e PCR
•TSH, T4 livre
•Ca, P, PTH, 25OHD
•FAN, anti-Ro, anti-La*
•FR*
•RX ou USG articular *
•eletroforese de ptnas
•K, Na, Mg, glicemia
* se aplicável
Resumindo...
Red flags para
outras doenças
• sintomas focais (parestesias,
dor localizada, fraqueza mm)
• artrite
• febre, rash, alopecia
• laboratório anormal
• medicações que causam dor
difusa (estatinas, p.e.)
Iniciar tratamento
(“multimodal”)
• Educação
• Exercício físico
• exame articular
• Terapia
farmacológicaSeguir investigação
Fibromialgia
• > 11 tender points
• Laboratório normal
• Sem sinais e sintomas
secundários
* se aplicável
+ fluoxetina 40mg -60mg
+ gabapentina 600mg-
1800mg/dia
• Associar medicações
• re-investigação de
outras causas
Tratamento farmacológico
inicial:
• Amitriptilina 12,5-50mg ou
ciclobenzaprina 5-20mg
Sem resposta
mínima após 3
a 4 meses
Iniciar tratamento
(“multimodal”)
• Educação
• Exercício físico
• exame articular
• Terapia farmacológica
Drogas associadas:
•Tramadol 50mg 8/8h + paracetamol 1 g
8/8h
• relaxante muscular
Cuidado com este perfil de paciente….
Cuidado para não ser um médico assim…
Como você pode me
tratar, se não acredita em
mim??
Como você pode me
tratar, se não acredita em
mim??

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Fibromialgia slds off
Fibromialgia slds offFibromialgia slds off
Fibromialgia slds offGabialbers
 
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com rede
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com redeSaúde do Adulto I Estudo de caso iii com rede
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com redeAngelica Reis Angel
 
Esclerose múltipla apresentação
Esclerose múltipla apresentação   Esclerose múltipla apresentação
Esclerose múltipla apresentação Sú Carreiro
 
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de casoAssistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de casoresenfe2013
 
Anamnese
AnamneseAnamnese
Anamneselacmuam
 
Dor oncológica
Dor oncológicaDor oncológica
Dor oncológicaOncoguia
 
Doenças do sistema respiratório
Doenças do sistema respiratórioDoenças do sistema respiratório
Doenças do sistema respiratórioAroldo Gavioli
 
Apresentação caso clínico
Apresentação caso clínicoApresentação caso clínico
Apresentação caso clínicojaninemagalhaes
 
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópiaAula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópiaKarla Toledo
 
Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físicolacmuam
 

Mais procurados (20)

Fibromialgia slds off
Fibromialgia slds offFibromialgia slds off
Fibromialgia slds off
 
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com rede
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com redeSaúde do Adulto I Estudo de caso iii com rede
Saúde do Adulto I Estudo de caso iii com rede
 
Esclerose múltipla apresentação
Esclerose múltipla apresentação   Esclerose múltipla apresentação
Esclerose múltipla apresentação
 
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de casoAssistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
 
Parkinson
ParkinsonParkinson
Parkinson
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
 
Parkinson
ParkinsonParkinson
Parkinson
 
Anamnese
AnamneseAnamnese
Anamnese
 
Cuidados paliativos
Cuidados paliativosCuidados paliativos
Cuidados paliativos
 
Dor oncológica
Dor oncológicaDor oncológica
Dor oncológica
 
Doenças do sistema respiratório
Doenças do sistema respiratórioDoenças do sistema respiratório
Doenças do sistema respiratório
 
Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites   Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites
 
Apresentação acidente vascular cerebral
Apresentação acidente vascular cerebralApresentação acidente vascular cerebral
Apresentação acidente vascular cerebral
 
Apresentação caso clínico
Apresentação caso clínicoApresentação caso clínico
Apresentação caso clínico
 
Gota
GotaGota
Gota
 
Aula sobre DPOC
Aula sobre DPOCAula sobre DPOC
Aula sobre DPOC
 
Lombalgia - Lombociatalgia
Lombalgia - Lombociatalgia Lombalgia - Lombociatalgia
Lombalgia - Lombociatalgia
 
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópiaAula 1 saúde coletiva i   slides aula - cópia
Aula 1 saúde coletiva i slides aula - cópia
 
Exame Físico
Exame FísicoExame Físico
Exame Físico
 
Dor Crônica: Anamnese - Profa. Rilva - GESME
Dor Crônica: Anamnese - Profa. Rilva - GESMEDor Crônica: Anamnese - Profa. Rilva - GESME
Dor Crônica: Anamnese - Profa. Rilva - GESME
 

Destaque

Aula 15 Fibromialgia
Aula 15   FibromialgiaAula 15   Fibromialgia
Aula 15 Fibromialgiaguest70ec8b
 
La Fibromialgia
La FibromialgiaLa Fibromialgia
La Fibromialgiaingava17
 
5 fibromialgia
5 fibromialgia5 fibromialgia
5 fibromialgiamolabsb
 
Cabeça e pescoço 17
Cabeça e pescoço 17Cabeça e pescoço 17
Cabeça e pescoço 17pauloalambert
 
As doenças reumáticas e seu impacto na saúde
As doenças reumáticas e seu impacto na saúdeAs doenças reumáticas e seu impacto na saúde
As doenças reumáticas e seu impacto na saúdepauloalambert
 
Artrite idiopática juvenil
Artrite idiopática juvenilArtrite idiopática juvenil
Artrite idiopática juvenilpauloalambert
 
Listino Prezzi Citroen C3 2017
Listino Prezzi Citroen C3 2017Listino Prezzi Citroen C3 2017
Listino Prezzi Citroen C3 2017Autoblog.it
 
Rilassamento Muscolare? Ecco la Tecnica dello Stretching
Rilassamento Muscolare? Ecco la Tecnica dello Stretching Rilassamento Muscolare? Ecco la Tecnica dello Stretching
Rilassamento Muscolare? Ecco la Tecnica dello Stretching Pianeta Stretching
 
Scheda Tecnica Citroen C3 2017
Scheda Tecnica Citroen C3 2017Scheda Tecnica Citroen C3 2017
Scheda Tecnica Citroen C3 2017Autoblog.it
 
Exemplo de apresentação médica interativa - OptionMaker
Exemplo de apresentação médica interativa - OptionMakerExemplo de apresentação médica interativa - OptionMaker
Exemplo de apresentação médica interativa - OptionMakerOptionMaker
 

Destaque (20)

Aula 15 Fibromialgia
Aula 15   FibromialgiaAula 15   Fibromialgia
Aula 15 Fibromialgia
 
Fibromialgia.ppt
Fibromialgia.pptFibromialgia.ppt
Fibromialgia.ppt
 
Fibromialgia
FibromialgiaFibromialgia
Fibromialgia
 
Semiologia da dor
Semiologia da dorSemiologia da dor
Semiologia da dor
 
La Fibromialgia
La FibromialgiaLa Fibromialgia
La Fibromialgia
 
5 fibromialgia
5 fibromialgia5 fibromialgia
5 fibromialgia
 
Semiologia ortopedica exame
Semiologia ortopedica   exameSemiologia ortopedica   exame
Semiologia ortopedica exame
 
(2013-03-21) Fibromialgia (ppt)
(2013-03-21) Fibromialgia (ppt)(2013-03-21) Fibromialgia (ppt)
(2013-03-21) Fibromialgia (ppt)
 
Fibromialgia
FibromialgiaFibromialgia
Fibromialgia
 
Cabeça e pescoço 17
Cabeça e pescoço 17Cabeça e pescoço 17
Cabeça e pescoço 17
 
As doenças reumáticas e seu impacto na saúde
As doenças reumáticas e seu impacto na saúdeAs doenças reumáticas e seu impacto na saúde
As doenças reumáticas e seu impacto na saúde
 
Osteoporose
OsteoporoseOsteoporose
Osteoporose
 
Artrite idiopática juvenil
Artrite idiopática juvenilArtrite idiopática juvenil
Artrite idiopática juvenil
 
Fibromialgia
FibromialgiaFibromialgia
Fibromialgia
 
Febre
Febre Febre
Febre
 
Listino Prezzi Citroen C3 2017
Listino Prezzi Citroen C3 2017Listino Prezzi Citroen C3 2017
Listino Prezzi Citroen C3 2017
 
Rilassamento Muscolare? Ecco la Tecnica dello Stretching
Rilassamento Muscolare? Ecco la Tecnica dello Stretching Rilassamento Muscolare? Ecco la Tecnica dello Stretching
Rilassamento Muscolare? Ecco la Tecnica dello Stretching
 
Fibromialgia
FibromialgiaFibromialgia
Fibromialgia
 
Scheda Tecnica Citroen C3 2017
Scheda Tecnica Citroen C3 2017Scheda Tecnica Citroen C3 2017
Scheda Tecnica Citroen C3 2017
 
Exemplo de apresentação médica interativa - OptionMaker
Exemplo de apresentação médica interativa - OptionMakerExemplo de apresentação médica interativa - OptionMaker
Exemplo de apresentação médica interativa - OptionMaker
 

Semelhante a Fibromialgia

Cefaleias - aula UNIMED-BH (FINAL - 04-05-21)2.pptx
Cefaleias - aula UNIMED-BH (FINAL - 04-05-21)2.pptxCefaleias - aula UNIMED-BH (FINAL - 04-05-21)2.pptx
Cefaleias - aula UNIMED-BH (FINAL - 04-05-21)2.pptxSuzanaGomesdeOliveir
 
lombalgia.pdf
lombalgia.pdflombalgia.pdf
lombalgia.pdfzLazaro
 
Lombalgia mecanica e inflamatoria 4 ano
Lombalgia mecanica e inflamatoria 4 anoLombalgia mecanica e inflamatoria 4 ano
Lombalgia mecanica e inflamatoria 4 anoJeovan Souza Souza
 
Teórico prático l 2013
Teórico prático l 2013Teórico prático l 2013
Teórico prático l 2013pauloalambert
 
DistúRbios Do Sono No Idoso
DistúRbios Do Sono No IdosoDistúRbios Do Sono No Idoso
DistúRbios Do Sono No Idosogalegoo
 
aula reumato .pdf
aula reumato .pdfaula reumato .pdf
aula reumato .pdfBrenoSouto2
 
Sedação e Analgesia
Sedação e AnalgesiaSedação e Analgesia
Sedação e AnalgesiaRenato Bach
 
(2) aula ginecologia 2010 prof. almir urbanetz
(2) aula ginecologia 2010 prof. almir urbanetz(2) aula ginecologia 2010 prof. almir urbanetz
(2) aula ginecologia 2010 prof. almir urbanetzfe53
 
Dor lombar e dor irradiada para a perna
Dor lombar e dor irradiada para a pernaDor lombar e dor irradiada para a perna
Dor lombar e dor irradiada para a pernapauloalambert
 
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_biccaSedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_biccaKaká Quadros
 
patologia-esofagica.pdf
patologia-esofagica.pdfpatologia-esofagica.pdf
patologia-esofagica.pdfRobertJnior
 

Semelhante a Fibromialgia (20)

Cefaleias - aula UNIMED-BH (FINAL - 04-05-21)2.pptx
Cefaleias - aula UNIMED-BH (FINAL - 04-05-21)2.pptxCefaleias - aula UNIMED-BH (FINAL - 04-05-21)2.pptx
Cefaleias - aula UNIMED-BH (FINAL - 04-05-21)2.pptx
 
Fibromialgia
Fibromialgia Fibromialgia
Fibromialgia
 
Mielopatia cervical
Mielopatia cervicalMielopatia cervical
Mielopatia cervical
 
lombalgia.pdf
lombalgia.pdflombalgia.pdf
lombalgia.pdf
 
Lombalgia mecanica e inflamatoria 4 ano
Lombalgia mecanica e inflamatoria 4 anoLombalgia mecanica e inflamatoria 4 ano
Lombalgia mecanica e inflamatoria 4 ano
 
Teórico prático l 2013
Teórico prático l 2013Teórico prático l 2013
Teórico prático l 2013
 
Apresentacao junho
Apresentacao junhoApresentacao junho
Apresentacao junho
 
aulahipersonia.pptx
aulahipersonia.pptxaulahipersonia.pptx
aulahipersonia.pptx
 
Fibromialgia e DTM
Fibromialgia e DTMFibromialgia e DTM
Fibromialgia e DTM
 
Sessao clinica 2
Sessao clinica 2Sessao clinica 2
Sessao clinica 2
 
DistúRbios Do Sono No Idoso
DistúRbios Do Sono No IdosoDistúRbios Do Sono No Idoso
DistúRbios Do Sono No Idoso
 
aula reumato .pdf
aula reumato .pdfaula reumato .pdf
aula reumato .pdf
 
Sedação e Analgesia
Sedação e AnalgesiaSedação e Analgesia
Sedação e Analgesia
 
(2) aula ginecologia 2010 prof. almir urbanetz
(2) aula ginecologia 2010 prof. almir urbanetz(2) aula ginecologia 2010 prof. almir urbanetz
(2) aula ginecologia 2010 prof. almir urbanetz
 
Dor lombar e dor irradiada para a perna
Dor lombar e dor irradiada para a pernaDor lombar e dor irradiada para a perna
Dor lombar e dor irradiada para a perna
 
Farmacologia dos opiaceos
  Farmacologia dos opiaceos   Farmacologia dos opiaceos
Farmacologia dos opiaceos
 
Asma
AsmaAsma
Asma
 
Maga semio
Maga semioMaga semio
Maga semio
 
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_biccaSedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
Sedacao analgesia oncologia_dr_marcos_bicca
 
patologia-esofagica.pdf
patologia-esofagica.pdfpatologia-esofagica.pdf
patologia-esofagica.pdf
 

Mais de pauloalambert (20)

Dtp 16 21 sp
Dtp 16 21 spDtp 16 21 sp
Dtp 16 21 sp
 
Dtp 15 21 sp
Dtp 15 21 spDtp 15 21 sp
Dtp 15 21 sp
 
Dtp 14 21 sp
Dtp 14 21 spDtp 14 21 sp
Dtp 14 21 sp
 
Dtp 13 21 sp
Dtp 13 21 spDtp 13 21 sp
Dtp 13 21 sp
 
Dtp 12 21 sp
Dtp 12 21 spDtp 12 21 sp
Dtp 12 21 sp
 
Dtp 11 21 sp
Dtp 11 21 spDtp 11 21 sp
Dtp 11 21 sp
 
Dtp 10 21 sp
Dtp 10 21 spDtp 10 21 sp
Dtp 10 21 sp
 
Dtp 09 21 sp
Dtp 09 21 spDtp 09 21 sp
Dtp 09 21 sp
 
DTP 08 21 SP
DTP 08 21 SPDTP 08 21 SP
DTP 08 21 SP
 
DTP 07 21
DTP 07 21DTP 07 21
DTP 07 21
 
DTP 06 21 SP
DTP 06 21 SPDTP 06 21 SP
DTP 06 21 SP
 
DTP 05 21 sp
DTP 05 21 spDTP 05 21 sp
DTP 05 21 sp
 
DTP 0421
DTP 0421DTP 0421
DTP 0421
 
DTP0321 SP
DTP0321 SPDTP0321 SP
DTP0321 SP
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0221
DTP 0221DTP 0221
DTP 0221
 
DTP 0121 SP
DTP 0121 SPDTP 0121 SP
DTP 0121 SP
 
Folha Cornell
Folha CornellFolha Cornell
Folha Cornell
 
Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20Sinais meningeos 20
Sinais meningeos 20
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
 

Último

INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.ColorNet
 

Último (7)

INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
TRABALHO SOBRE A ERISIPELA BOLHOSA.pptx.
 

Fibromialgia

  • 2. O que é a Fibromialgia? Síndrome clínica caracterizada por: DOR músculo-esquelética DIFUSA acompanhada de FADIGA e DISTÚRBIOS DO SONO atribuída à amplificação da percepção da dor por sensibilização central. Há vários sintomas associados: • Alteração do sono • Fadiga • Intestino irritável • Alterações do humor • Pernas inquietas • Cefaléia Wolfe et al. artritis Rheum. 1995;38:19-28. Staud and Rodriguez. Nat Clin Pract Rheumatol. 2006;2:90-98. Wolfe et al. artritis Rheum.1990;33:160-172. Henriksson. J Rehabil Med. 2003;(suppl 41):89-94.
  • 4. MMedulaedula CórtexCórtex Via aferente nociceptiva amplificada Via descendente inibitória com menos efetividade O Papel da Sensibilização Central SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL: • Amplificação da transmissão nociceptiva aferente: Substancia P/ Glutamato • Menor inibição descendente: serotonina/norepinefrina • Consequência: HIPERALGESIA e ALODÍNIA
  • 5. Qual a etiologia da fibromialgia? Componente Biológico:  Genético  Sexo feminino  Sono  Trauma físico  Estresse/ disrregulação neuroendócrina e autonômica  Sedentarismo Componente Psicológico:  Catastrofismo / Somatização  Hipervigilancia  Depressão e ansiedade Fatores Ambientais e socioculturais:  Experiencias psicológicas durante a infancia  Satisfação com emprego  Suporte familiar Zubieta et al. Science. 2003;299;1240-1243. Arnold et al. Arthrtis Rheum. 2004;50:944-952. Clauw and Crofford. Best Prac Res Clin Rheumatol. 2003; 17:685-701
  • 6. Fisiopatologia da fibromialgia • Sensibilização central/ Processamento anormal ao estímulo nociceptivo • Diminuição da tolerância à dor a estímulos periféricos • Substância P • Receptores NMDA / Dopamina • Serotonina/ Norepinefrina • Disfunção endócrina • Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal • GH • Disfunção cognitiva • Alt. perfusão n. caudado e tálamo • Alteração sono • onda alfa intrusa no sono NREM
  • 7. Achados em imagens funcionais do encéfalo (SPECT) Fisiopatologia da Fibromialgia: Sensibilização do SNC redução do fluxo sanguíneo no tálamo e núcleo caudado Normal Fibromialgia
  • 8. Problema no volume... Muitos estudos tem demonstrado que pacientes com FIBROMIALGIA não detectam estímulos elétricos, de pressão ou térmicos abaixo dos níveis normais, mas o ponto em que estes estímulos passam a causar dor é muito baixo. (Arroyo & Cohen, 1993; Lautenbacher et al., 1994)
  • 9. Fibromialgia: epidemiologia • Prevalência: 0,7% a 5% na pop. geral • Consultórios de Reumatologia: 15% • Ambulatório de Clínica Geral: 5-10% • 8 mulheres: 1 homem • Idade: 30-50 anos • Custo/ano/EUA/pac: U$ 2000
  • 10. Wolfe et al. Arthritis Rheum. 1995;38:19-28. Leavitt et al. Arthritis Rheum. 1986;29:775-781. Wolfe et al. Arthritis Rheum. 1990;33:160-172; Roizenblatt et al. Arthritis Rheum. 2001;44:222-230. Harding. Am J Med Sci. Características Clínicas da FM ALTERAÇÕES DO SONO DESPERTARES e sono NÃO reparador Alterações da ARQUITETURA do sono das ondas lentas Intrusão de ondas ALFA no sono delta FADIGA CRÔNICA Fadiga crônica DOR DIFUSA Característica DEFINIDORA da FM Descritores: persistente, extenuante e incômoda Localização imprecisa HIPERSENSIBILIDADE DOLOROSA Pontos sensíveis Sensibilidade: pressão, calor, frio Resposta exacerbada a estímulos ambientais Parestesias
  • 11. Fibromialgia e Comorbidades Enxaqueca Cefaleia Tensional Transtornos Afetivos Depressão, ansiedade, síndrome do pânico Disfunção da ATM Lombalgia Crônica Refluxo gastro- esofágico Síndrome Intestino Irritável Parestesias Sensação de edema Transtornos de Memória e cognitivos – “Fibro Fog” e catastrofização Tontura e Zumbido Quadros miofasciais Síncopes neurocardiogênicas Síndrome uretral Vulvodínia Síndrome Reynaud “like” Síndrome Sjögren “like” Apneia do sono Síndrome das pernas inquietas Síndrome dos movimentos involuntários dos MMII
  • 12. Comorbidades...  Dor lombar crônica: 67% (12–33%)  Síndrome do intestino irritável: 59% (15–20%)  Distúrbio do humor: 29% (10–15%)  Distúrbio de ATM: 24% (3.7–12%)  Cefaléia tensional crônica: 23% (2–3%)  Síndrome da fadiga crônica: 18% (1%) Fibromialgia População Geral
  • 13. Fibromialgia - Diagnóstico Diferencial • SÍNDROME MIOFASCIAL • HIPOTIREOIDISMO • ARTRITE REUMATÓIDE • LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO • SÍNDROME DE SJÖGREN • POLIMIOSITE • POLIMIALGIA REUMÁTICA • HIPERPARATIREOIDISMO • ESPONDILOARTRITES • DOR MIOFASCIAL • ESCLEROSE MÚLTIPLA • LER/DORT - Litígio • DEPRESSÃO E ANSIEDADE • DOR MIOFASCIAL • PARANEOPLASIA • Ca broncogênico • Linfoma • Hipernefroma • INFECÇÕES: HCV • DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D E OSTEOMALÁCIA • DOENÇA DE PARKINSON • ANEMIA...
  • 14. • Anamnese • Caracterizar DOR • múltiplas queixas e sintomas difíceis de serem explicados • Atenção para red flag de doença sistêmica • Cuidado com sintomas recentes (<1 ano) • Exame físico completo • Exames complementares: • Hemograma, função hepática e renal • Provas de atividade inflamatória (PCR/ VHS) • Sorologias virais (HBV, HIV, HCV) • Cálcio, PTH e vitamina D • K • CPK e aldolase • Ferritina • RX de bacia Como diagnosticar?
  • 15. Wolfe et al. Arthritis Rheum. 1990;33:160-172. Critérios do American College of Rheumatology (ACR) 1.História de dor difusa, persistente por mais de 3 meses • dor difusa: • à direita e à esquerda E; • acima e abaixo da cintura E; • um segmento do esqueleto axial 1.Dor em 11 dos 18 pontos dolorosos (tender points) já estabelecidos. (em discussão) SENSIBILIDADE 88,4% ESPECIFICIDADE 81,1%
  • 16. SuboccipitalCervical baixo Trapézio Supraespinhoso 2ª Junção costocondral Joelho Epicôndilo lateral Trocantérico Glúteo médio
  • 17. Fibromialgia: prognóstico • Doença crônica e recorrente • Perfil fibromiálgico: • Adaptados • Psiquiátricos • Incapacitados • Pior prognóstico: • Tempo de doença prolongado • Extremamente ansiosos • Doença psiquiátrica refrataria ao tratamento • Afastados do trabalho • Incapacidade extrema a despeito de tratamento multiprofissional • Dependência de opióide/ álcool e drogas ilícitas
  • 19. Tratamento da Fibromialgia Educação Exercício aeróbico Terapia cognitiva Educação do paciente Alongamento e fortalecimento muscular Hidroterapia  Anticonvulsivantes  Antidepressivos  Analgésicos  Opióides fracos  Outros Não farmacológico Farmacológico Goldenberg et al. JAMA. 2004;292:2388-2395 Clauw et al. Best Prac Res Clin Rheumatol. 2003;17:685-701; Arnold et al. Arthritis Rheum. 2007;56:1336-1344. Consenso brasileiro para o tratamento da Fibromialgia.
  • 20. Fibromialgia - Tratamento não Farmacológico
  • 21. Tratamento •Atividade Física • Modula a dor • Aumenta serotonina,GH IGF1 • Regulação sist.nervoso autonômico • Hipotálamo-hipófise-adrenal
  • 22. Educação • Explicar a fisiopatologia. • Explicar o papel dos aspectos emocionais. • Reassegurar a benignidade. • Explicar os fatores perpetuantes • Ser otimista.
  • 24. Princípios gerais do tratamento farmacológico • Terapia individualizada • “Go low, go slow” • Predisposição a efeitos colaterais • Mais de uma medicação é a regra • Foco do Tratamento Farmacológico:  MELHORAR QUALIDADE DO SONO  CONTROLE DA DOR E DOS SINTOMAS  EQUILÍBRIO EMOCIONAL  MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA
  • 25. FIBROMIALGIA: TRATAMENTO • Antidepressivos tricíclicos: diminuem a recaptação de serotonina e noradrenalina. Pode também inibir os receptores NMDA (n-metil-d-aspartato). • amitriptilina12,5-25mg • ciclobenzaprina5-10mg. • Neuromoduladores: • gabapentina 600mg • Pregabalina 150mg
  • 26. FIBROMIALGIA: TRATAMENTO • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina. Ex: fluoxetina 20-40mg. Utilizar principalmente quando houver depressão concomitante. • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina, norepinefrina. Ex: duloxetina 30-60mg. • Antiparkinsoniano, pramipexol  Síndrome das pernas inquietas Consenso Brasileiro do Tratamento da Fibromialgia, 2010
  • 27. FIBROMIALGIA: TRATAMENTO • Analgésicos simples e opióides fracos. Ex: paracetamol e tramadol. • Hipnóticos utilizados na indução do sono. Ex: zoplicone7,5mg ou zolpidem 5-15mg.
  • 28. Dor musculo-esquelética difusa História • hiperalgesia • duração (> 3 meses) • fadiga • sono não restaurador • sintomas somáticos • gravidade sintomas / FIQ • sintomas de doença infecciosa, neoplasia e auto- imune • História familiar de FBM Exame físico •Tender points • alodinia • exame articular • exame neurológico • sinais de doença infecciosa, neoplásica e autoimune Exames laboratoriais •Hemograma •VHS e PCR •TSH, T4 livre •Ca, P, PTH, 25OHD •FAN, anti-Ro, anti-La* •FR* •RX ou USG articular * •eletroforese de ptnas •K, Na, Mg, glicemia * se aplicável Resumindo...
  • 29. Red flags para outras doenças • sintomas focais (parestesias, dor localizada, fraqueza mm) • artrite • febre, rash, alopecia • laboratório anormal • medicações que causam dor difusa (estatinas, p.e.) Iniciar tratamento (“multimodal”) • Educação • Exercício físico • exame articular • Terapia farmacológicaSeguir investigação Fibromialgia • > 11 tender points • Laboratório normal • Sem sinais e sintomas secundários * se aplicável
  • 30. + fluoxetina 40mg -60mg + gabapentina 600mg- 1800mg/dia • Associar medicações • re-investigação de outras causas Tratamento farmacológico inicial: • Amitriptilina 12,5-50mg ou ciclobenzaprina 5-20mg Sem resposta mínima após 3 a 4 meses Iniciar tratamento (“multimodal”) • Educação • Exercício físico • exame articular • Terapia farmacológica Drogas associadas: •Tramadol 50mg 8/8h + paracetamol 1 g 8/8h • relaxante muscular
  • 31. Cuidado com este perfil de paciente….
  • 32. Cuidado para não ser um médico assim… Como você pode me tratar, se não acredita em mim?? Como você pode me tratar, se não acredita em mim??

Notas do Editor

  1. La Fibromialgia (FM) es una condición común de dolor crónico difuso.1 Los pacientes con FM pueden experimentar hiperalgesia y alodinia. La hiperalgesia está caracterizada por el incremento de la intensidad y una duración prolongada del dolor. Alodinia es el dolor que resulta de un estímulo no dañino2 Adicionalmente, Wolfe et al demostraron que la perturbación del sueño, la fatiga, y la rigidez matutina están presentes en &amp;gt;75% de pacientes con FM3 Aunque la causa fundamental de la FM no ha sido bien establecida, los datos recientes sugieren que las alteraciones del sistema nervioso central (SNC) pueden contribuir al dolor crónico difuso2,4,5
  2. La evidencia emergente sugiere que los factores genéticos pueden estar involucrados en la sensibilidad al dolor y la predisposición individual a la FM.1,2 Arnold et al demostraron que la FM y los umbrales de presión de dolor reducida pueden agregarse en familias2 Los factores ambientales tales como trauma físico, infecciones (hepatitis C, enfermedad de Lyme, parvovirus, Epstein-Barr virus), y los estresores psicológicos pueden provocar el inicio de la FM3 Datos recientes sugieren que hay distintos grupos de pacientes con FM. Un subgrupo está comprendido por aquellos en los que el inicio agudo de la FM fue provocado por un factor ambiental; otro subgrupo está basado en el grado de hiperalgesia y sensibilidad que presente3,4
  3. La FM se caracteriza por una sensibilidad intensificada al dolor.1 Aunque la patogénesis de la FM no está completamente entendida, las alteraciones del sistema nervioso central (SNC) puede contribuir al dolor crónico de la FM.1-3 En pacientes con FM, el estímulo sensorial que normalmente invocaría una respuesta inocua resulta en dolor1 Mecanismos de SNC, tales como la sensibilización central, pueden explicar la hipersensibilidad generalizada al dolor de los individuos con FM1-3 Datos recientes sugieren que los niveles incrementados de neurotransmisores excitadores (glutamato y sustancia P) puede contribuir a la hiperactividad neuronal y sensibilidad central1,4 El segundo dolor es transmitido por las fibras C no mielinizadas y está relacionado con los estados de dolor crónico. Esto es descrito como sensibilidad lenta, dolor o ardor5 La estimulación repetitiva de fibras C puede resultar en la amplificación de dolor en las neuronas del asta dorsal de la médula espinal. Esto es conocido como ‘windup’ y se piensa que esto resulta de mecanismos centrales5 Los pacientes con FM muestran un ‘windup’ anormal; esto brinda evidencia adicional que los mecanismos centrales pueden estar implicados en la FM5
  4. Aunque el dolor crónico difuso es la característica que define la FM, las perturbaciones del sueño, fatiga, rigidez matutina y sensibilidad pueden estar presentes.1 Los pacientes a menudo describen el dolor de FM como persistente, extenuante, molesto y punzante2 Wolfe et al demostraron que la fatiga y rigidez matutina estuvieron presentes en &amp;gt;75% de pacientes con FM3 La FM está comúnmente asociada con perturbaciones del sueño caracterizadas por una prominente intrusión de la onda alfa y un sueño no reparador4-5 Las perturbaciones del sueño y el estrés crónico asociado con la FM puede conducir a fatiga, dificultades cognitivas, y otros síntomas relacionados al estrés6
  5. Los criterios de ACR para FM requieren que los pacientes tengan una historia de dolor crónico por ≥3 meses y dolor en ≥11 de 18 sitios sensibles a la palpación digital.1 Para determinar los criterios de FM, Wolfe et al estudiaron 558 pacientes; el dolor difuso, definido como dolor axial más el segmento superior o inferior del cuerpo, más del lado derecho o izquierdo, fue demostrado en 97.6% de pacientes con FM (n=293) y 69.1% de pacientes control (n=265) Los pacientes control fueron agrupados según sexo y edad con síndrome de dolor en el cuello, lumbalgia, síndrome de dolor asociado a trauma, y posible LES o AR1 Adicionalmente, Wolfe et al demostraron que las perturbaciones del sueño, la fatiga, y la rigidez matutina están presentes en &amp;gt;75% de pacientes con FM 1 Los criterios de ACR son una herramienta sensible (88.4%) y específica (81.1%) que puede ser utilizada para diferenciar la FM de otras condiciones reumatológicas1 No obstante, los criterios de ACR fueron originalmente previstos como una herramienta de investigación1 Aunque los puntos sensibles fueron los más poderosos discriminadores entre pacientes con FM y pacientes control, la sensibilidad es subjetiva y depende de la intensidad de palpación del examinador1
  6. Un enfoque multidisciplinario (educación, ciertos medicamentos, ejercicio, terapia cognitiva) que utiliza tanto la terapia farmacológica como la no farmacológica ha demostrado ser efectivo en el manejo de la FM.1 El tratamiento multidisciplinario mejora los resultados en los pacientes con FM1 Varios agentes farmacológicos han publicado datos o estudios en curso en FM1 Los datos soportan además el uso de aproximaciones no farmacológicas para el manejo de la FM. Las opciones terapéuticas no farmacológicas incluyen: ejercicio aeróbico, terapia conductual cognitiva (CBT), educación del paciente, entrenamiento de esfuerzo, acupuntura, biofeedback, balneoterapia y hipnoterapia1 La balneoterapia implica en baño en agua rica en minerales. Esto puede implicar agua fría o caliente o masaje mediante agua en movimiento La educación intensiva del paciente acerca de la FM ha mostrado que mejora el dolor, el sueño, la fatiga, y la calidad de vida en pacientes con FM1 Las guías basadas en la evidencia recomendadas por Goldenberg et al fueron basadas en una búsqueda de todos los estudios en humanos (estudios controlados aleatorizados y meta-análisis de estudios controlados aleatorizados ) de FM usando Cochrane Collaboration Reviews (1993-2004), MEDLINE (1966-2004), CINAHL (1982-2004), EMBASE (1988-2004), PubMed (1966-2004), Healthstar (1975-2000), Current Contents (2000-2004), Web of Science (1980-2004), PsychInfo (1887-2004), y Science Citation Indexes (1996-2004)1