Este documento discute a avaliação no ciclo de alfabetização, comparando abordagens tradicionais e construtivistas. Ele fornece exemplos de práticas avaliativas, direitos de aprendizagem da língua portuguesa e referências sobre o tema.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO
PACTO NACIONAL PARA A ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
FORMAÇÃO DE ORIENTADORES DE ESTUDO
7 a 11 de Janeiro de 2013
AVALIAÇÃO NO CICLO DE
ALFABETIZAÇÃO E
DIREITOS DE APRENDIZAGEM DA
LÍNGUA PORTUGUESA
Formadoras - 1º ano:
Elis Beatriz de Lima Falcão
Fabricia Pereira de Oliveira Dias
Maristela Gatti Piffer
10 de janeiro de 2013 - Matutino
2. RETOMANDO...
• Já refletimos sobre a constituição histórica de
diferentes concepções de ensino da língua escrita;
• Pensamos sobre como são considerados os sujeitos
envolvidos no processo ensino e aprendizagem da
língua escrita: aluno e professor nas diferentes
proposições epistemológicas.
• Detivemo-nos, de maneira bem particular, na
discussão sobre alfabetização na perspectiva do
letramento a fim de definirmos um trabalho na
direção de uma perspectiva histórico-cultural.
• Tecemos questões sobre o currículo nos anos iniciais
do ensino fundamental na perspectiva da Educação
Inclusiva e das diferentes concepções de alfabetização.
3. • Todas essas questões são
atravessadas pela avaliação, na
medida em que a compreendemos
como mais uma ação pensada no
currículo e que deve ser norteada
pelo conceito de alfabetização que
defendemos. Discussões sobre o
que ensinar e como ensinar são
perpassadas, sempre, por
questionamentos sobre a avaliação
o que, por sua vez, pode
redimensionar todo o processo
ensino e aprendizagem.
• Afinal, COMO PODEMOS AFIRMAR
QUE UMA CRIANÇA ESTÁ
ALFABETIZADA?
6. AVALIAÇÃO...
Leitura do texto:
Avaliação no ciclo de alfabetização...
Eliana Borges Correia de Albuquerque
7. QUADRO COMPARATIVO
MÉTODOS TRADICIONAIS DE TEORIAS CONSTRUTIVISTAS E
ALFABETIZAÇÃO SOCIOINTERACIONISTAS
CRIANÇA SEM CONHECIMENTOS SER PENSANTE
PRÉVIOS
PROFESSOR DETÉM CONHECIMENTOS FACILITADOR DA APRENDIZAGEM
APRENDIZAGEM MEMORIZAÇÃO SOLUÇÃO DE CONFLITOS
COGNITIVOS
ENSINO REPASSE DE INFORMAÇÕES PROPOSIÇÃO DE SITUAÇÕES
EDUCATIVAS/CONFLITIVAS
AVALIAÇÃO MENSURA CONHECIMENTOS, OBJETIVA MAPEAR PERCURSOS
DETERMINA OS APTOS A DE APRENDIZAGEM BEM COMO
AVANÇAREM NOS ESTUDOS, AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS,
DESVALORIZA O ERRO CONSIDERA O ERRO COMO
PARTE DO PROCESSO
9. PARA AVALIAR O QUE ENSINO É
NECESSÁRIO, PRIMEIRAMENTE,
CONHECER O QUE DEVO ENSINAR.
Direitos de Aprendizagem no Ciclo
de Alfabetização - Língua
Portuguesa
10. Direitos de Aprendizagem no Ciclo de
Alfabetização - Língua Portuguesa
• Identificar quais são os direitos de
aprendizagem que estão contemplados
no instrumento diagnóstico de sua
prática...
13. ANEXO 2:
PRÁTICAS AVALIATIVAS NA ALFABETIZAÇÃO
Propomos um momento de reflexão sobre dois
relatos de experiência que descrevem o
tratamento dispensado à avaliação em suas
rotinas em classes de alfabetização.
O primeiro relato consta no texto de Albuquerque (2012) e é
identificado como uma prática orientada pelos princípios
construtivistas. O segundo, disponibilizado por uma
professora da Rede Municipal de Vitória, parte de outros
princípios norteadores.
O objetivo consiste em analisarmos semelhanças/diferenças,
limites/amplitudes de cada proposta.
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não podemos desconsiderar que a delimitação de
conhecimentos proposta pelo PNAIC se sustenta sob
uma ideia importante de que há direitos a serem
garantidos às crianças a cada ano do Ciclo de
Alfabetização. Explicita-se que é preciso assegurar
determinados direitos a cada etapa desse processo.
Assim, supera-se uma defesa genérica do direito à
educação e especifica-se a que tem direito de
aprender as crianças nessa fase da escolarização.
15. Reconhecemos, entretanto, que o professor,
como sujeito inventivo, pode (e deve)
problematizar os conhecimentos delimitados
pelo PNAIC (subtraí-los, acrescentar, substituí-
los). E nesse sentido, partindo do conceito de
alfabetização que norteia nossas discussões,
propomos a seguinte reflexão:
SERÁ QUE OS DIREITOS DE APRENDIZAGEM
DE LÍNGUA PORTUGUESA PERMITEM QUE
AS CRIANÇAS SEJAM LEITORES E
PRODUTORES DE TEXTO?
16. Avaliação da 1ª unidade...
Ficha de acompanhamento
individual dos alunos;
Preencher o perfil da turma;
Analise da Proposta
Curricular com os direitos de
aprendizagem
17. REFERÊNCIAS
• ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia de. Avaliação no
ciclo de alfabetização. (Texto 3, material do PNAIC,
UNIDADE 1- ANO 1)
• ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliar: ato tecido pelas
imprecisões do cotidiano. (disponível em:
http://www.anped.org.br/reunioes/23/textos/0611t.pdf)
• VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da
linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 241-394.
Notas do Editor
Essas imagens nos fazem pensar sobre os sentidos atribuídos à avaliação: na primeira imagem avaliação objetiva análise de situação (que nesse caso se reduz a dados quantitativos), na segunda suscita indagações sobre uma mesma avaliação para diferentes sujeitos com diferentes ritmos e percursos no processo ensino e aprendizagem. Seria possível analisar uma situação apenas com dados quantitativos? Uma mesma avaliação para todos é realmente justa?
Com essa terceira imagem, penso que podemos suscitar reflexões sobre os erros que nas avaliações são apenas constatados. Nessa imagem, penso que podemos trazer a interrelação entre erros e acertos, pois o “erro” reflete uma forma de pensar. Os “acertos” só são possíveis mediante tentativas que incorrem em erros certamente. A clássica cola revela também alguns pontos para reflexão: a tensão do erro impulsiona a construção de estratégias para burlar esquemas. Será que a forma como avaliamos realmente tem avaliado? E o que fazemos com os dados que as avaliações nos revelam? Apenas constatamos?
Essa proposta de autovaliação, mesmo que incipiente, revela uma preocupação em propor ao aluno a possibilidade de mostrar o que pensa sobre seu desenvolvimento. Como participei da elaboração e efetiva utilização, relembro que as crianças gostavam muito de fazer essas tarefas, até porque elas mostravam o que as avaliações escritas nunca mostravam: seu envolvimento pessoal no processo de aprendizagem.
Essa última questão pode ser ligada ao anexo 4 na medida em que deve ser respondida a partir das conclusões à essa proposta de atividade. Assim, comparando PNAIC e proposta curricular do município, e referendadas pelo que vamos discutindo, as orientadoras devem formalizar a resposta a esse questionamento.