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COGNIÇÃO E A APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA DO
AUTISTA
Andrea Madalena Ceolim de Souza1
- UP
Franciele Regina Gouveia2
- UP
Jacqueline Leme Baptistella3
- UP
Karolina Marianni Vargas4
- UP
Laiz Maria Massuchetto5
- UP
Professora orientadora: Dr.ª Marcia Regina Machado Santos Valiati
marciavaliati@hotmail.com
Resumo
Este trabalho problematiza como é o processo de cognição e aprendizagem da leitura e escrita de
crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), buscando apresentar quais os principais desafios
na alfabetização autistica, de acordo com o cognitivo desse público, e demonstrar quais os métodos e
as técnicas usados para alfabetizá-los. Inicialmente, é destacado o aumento de alunos com TEA no
ensino regular, assim como os desafios que existem para proporcionar um ambiente de inclusão e
aprendizagem significativa para os autistas. Na sequência, apresenta-se como ocorre o processo de
alfabetização e letramento, juntamente com os seus níveis de aquisição. Destaca-se também a
cognição das crianças com TEA e as principais técnicas utilizadas para alfabetização desses
indivíduos. Por fim, considera-se a importância para o olhar das potencialidades de cada sujeito, não
analisando apenas sua condição inicial, mas sim proporcionando um ambiente estimulador, para que
novas aquisições possam ser alcançadas no tempo de cada um.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Alfabetização e Letramento. Cognição.
Abstract
This paper discusses how the process of cognition and learning of reading and writing of children with
autism spectrum disorder (ASD), seeking to present what are the main challenges in autistic literacy,
according to the cognitive of that audience, and demonstrate the methods and the techniques used to
literate them. Initially, it is highlighted the increase in students with ASD in mainstream education, as
well as the challenges that exist to provide an environment of inclusion and meaningful learning for
autistic. Following, it is presented as is the process of literacy and literacy, along with their levels of
acquisition. Also noteworthy is the cognition of children with ASD and the main techniques used for
literacy these individuals. Finally, it considers the importance to look at the potential of each subject,
not only analyzing its initial condition, but providing a stimulating environment so that new acquisitions
can be achieved in the time of each.
Key words: Disorder Autistic Spectrum. Literacy and Literacy. Cognition.
1
Pedagoga (Santa Cruz), especialista em Gestão Escolar (Unicid), pós-graduanda – especialização
em Educação Especial e Inclusiva (UP). E-mail: andreasouza_04@yahoo.com.br
2
Pedagoga (Uninter), pós-graduanda – especialização em Educação Especial e Inclusiva (UP). E-
mail: fgouveia24@hotmail.com
3
Pedagoga (UP), pós-graduanda – Especialização em Educação Especial e Inclusiva (UP). E-mail:
jake_leme9@hotmail.com
4
Psicóloga (PUCPR), pós-graduanda – especialização em Educação Especial e Inclusiva (UP). E-
mail: karolmarianni@gmail.com
5
Pedagoga (UP), pós-graduanda – Especialização em Educação Especial e Inclusiva (UP). E-mail:
lmassuchetto@uol.com.br
Introdução
A cada dia o número de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
vem crescendo no ensino regular, seja por legislações que garantem o acesso e
permanência dessas crianças, seja pela questão midiática que vem se intensificando
nessa temática.
Os desafios de incluir crianças com TEA vão muito além de integra-las,
aceitar esses alunos implica em proporcionar as melhores condições para que seu
processo de aprendizagem seja significativo.
Incluir crianças com TEA num projeto escolar e adapta-las em atividades
pedagógicas representa uma necessidade absoluta, que responde a uma
expectativa legítima das próprias crianças e principalmente dos pais e da sociedade.
Ferrari (2012) coloca que as atividades e subsídios pedagógicos contribuem para a
melhora terapêutica, surgindo assim novas capacidades de aprendizado. O autor
destaca que devido ao acesso que permitem à linguagem oral e escrita, as
aprendizagens escolares ajudam a dominar as representações do mundo e
organizar essa percepção por meio da elaboração da noção de espaço e tempo e
das relações de causalidade. Assim, as aquisições pedagógicas tem o poder
organizador para o funcionamento psíquico.
A alfabetização é o processo de aquisição pedagógica que gera mais
expectativas nos pais, pois está diretamente relacionado com um conceito social de
autonomia.
Mesmo não existindo uma metodologia única e formal para a alfabetização de
crianças com TEA, elas conseguem aprender a ler e a escrever. Mercadante (2009)
destaca que o processo de ensino é diferenciado, pois leva tempo, em alguns casos
mais de quatro anos, e o resultado é variável, de acordo com o perfil
neuropsicobiológico de cada aluno.
Dessa forma, é fundamental ressaltar como ocorre o processo de
alfabetização e definimos problematizar como são a cognição e a aprendizagem da
leitura e escrita do autista, com os objetivos de apresentar quais os principais
desafios na alfabetização autistica, de acordo com o cognitivo desse público, e
demonstrar quais os métodos e as técnicas usados para alfabetizá-los.
O Processo de Alfabetização e Letramento
Durante o processo de leitura e escrita, o ensino-aprendizado se baseou em
dois diferentes métodos, chamados de sintético e analítico. No método sintético, o
aprendizado da escrita deve ocorrer do simples para o complexo, como nos diz
Barbosa (1992, p. 47) “A instrução procede do simples para o complexo,
racionalmente estabelecidos: num processo cumulativo, a criança aprende as letras,
depois as sílabas, as palavras, frases e, finalmente, o texto completo”, diferente do
método analítico que, segundo o mesmo autor, o aprendizado da escrita parte do
todo e não das partes.
Atualmente, o conceito definido pelo Ministério da Educação e Cultura
descreve a alfabetização como “Um processo específico e indispensável de
apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico
que possibilita o aluno a ler e a escrever com autonomia” (MEC, 2005, p. 11), o que
está distante de ser um processo fácil, pois se trata de uma compreensão de todas
as situações envolvidas durante a escrita, uma vez que “[...] a leitura não se reduz à
somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras, etc.), mas
obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social,
histórico, etc. em que o escritor se baseou para escrever” (CAGLIARI, 2000, p. 105).
Isso significa que a aquisição da leitura e da escrita está atrelada ao
letramento que, segundo Tfouni (2004) e Soares (1995) ele é caracterizado como a
compreensão do que se lê e do que se escreve, atendendo as atividades de
interpretação do texto e do contexto, como também está presente nas experiências
de vida de todas as pessoas, considerando assim que se prolonga por toda a vida e
contribui significativamente para a participação dos indivíduos na sociedade.
Como a alfabetização não se remete apenas as práticas de codificação e
decodificação e o letramento inicia muito antes do conhecimento das letras, os
precursores da escrita – brincar, falar, gesticular e desenhar – são fundamentais
para garantir uma aprendizagem eficaz, afirmando por Luria (2014), que é preciso
respeitar as idades de avançar de um nível ao outro, sem nunca ultrapassar o tempo
dessas atividades.
Contribuindo com a ideia dos precursores da escrita, Vygotsky (1998) também
ressalta a importância dos aspectos psicológicos da criança em seu
desenvolvimento integral, isto é, físico, cognitivo/intelectual, afetivo e emocional,
sendo necessário dar o tempo adequado a todos para aprender, tratando-se de um
momento que depende das estratégias e intervenções feitas pelo professor,
especialmente, neste caso, com os alunos que possuem o Transtorno do Espectro
Autista (TEA).
Nesse sentido, é fundamental que o professor alfabetizador tenha a
compreensão dos processos necessários para o ensino-aprendizagem da leitura e
da escrita das pessoas neurotípicas, ou seja, dos “ditos normais” para que então
possa desenvolver um trabalho com aqueles que possuem dificuldades. De acordo
com o DSM-V, o TEA é diagnosticado por déficits clinicamente significativos e
persistentes na comunicação social e interações sociais, padrões restritos e
repetitivos de comportamento como comportamentos motores ou verbais
estereotipados, comportamentos sensoriais incomuns e excessiva adesão/aderência
a rotinas e padrões ritualizados de comportamento, variando em níveis que vão do
leve ao mais grave.
Assim, pressupõe-se que se torna mais difícil o trabalho da aquisição da
leitura e da escrita com os autistas, pois seus precursores fazem referência às
atividades sociais, na brincadeira de faz de conta e demais comunicações verbais e
corporais, justamente aquelas que apresentam deficiência nesse transtorno. Além
da necessidade de explorar as capacidades de percepção, atenção, imaginação e
memória para a aprendizagem, as quais constituem as funções psicológicas
superiores, definidas por Vygotsky (1998).
Para entender melhor o processo de alfabetização é necessário atentar-se ao
estudo da Psicogênese da Língua Escrita, realizado em 1986 por Emilia Ferreiro e
Ana Teberoski (1999), no qual a aprendizagem da língua escrita é dividida em cinco
níveis. Para Ferreiro e Teberoski (1999, p. 193), no Nível I – Hipótese Icônica, “[...]
escrever é reproduzir os traços típicos da escrita que a criança identifica como a
forma básica da mesma”. Além disso, na Hipótese Icônica, “[...] a escrita é
ininterpretável se não se conhece a intenção do escritor” (FERREIRO E
TEBEROSKI, 1999, p. 193-194). Essa ideia é explicada por Ferreiro e Teberoski
(1999) quando a criança, ainda na educação infantil, representa a escrita por meio
de desenhos, rabiscos e bolinhas, chamados de garatujas.
Já no Nível II – Hipótese Pré-Silábica, as autoras afirmam que seria preciso
ter uma maior quantidade de grafismos ou a variedade deles para formar uma
palavra, sendo que a criança pode chegar a usar apenas uma única letra para
formar uma palavra, chamando isso de escrita unigráfica.
No Nível III – Hipótese Silábica, a criança faz a “[...] tentativa de dar um valor
sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita (...) e passa por um
período de maior importância evolutiva: cada letra vale por uma sílaba” (FERREIRO
E TEBEROSKI, 1999, p. 209). Por isso, o avanço percebido na criança mostra uma
relação entre a escrita e a oralidade, começando a entender que a escrita
representa os sons da fala, além de excluírem a ideia do Realismo Nominal em que
enxergam o tamanho da palavra proporcional ao tamanho do objeto real.
No Nível IV – Hipótese Silábico-Alfabética consegue-se a correspondência
grafema-fonema, considerando os fonemas unidades menores que formam as
sílabas. E, por último, no Nível V – Hipótese Alfabética, Ferreiro e Teberoski (1999)
consideram o final dessa evolução em que a criança já superou a “barreira do
código”, compreendendo que cada letra possui um valor sonoro menor que as
sílabas e faz uma análise sonora dos fonemas das palavras, já havendo uma
estrutura consoante-vogal e uma variedade de sílabas existentes. Assim, com
relação a esse processo da aquisição da escrita, Curto, Morillo e Teixidó (2000, p.
42) dizem que “A conquista silábica é irreversível, porque é um conhecimento
significativo que não se esquece”.
Agora, como a evolução entre esses níveis e hipóteses leva à
aprendizagem, à cognição da leitura e da escrita, que não deve estar apenas a
serviço da decodificação, mas promover a compreensão do que foi lido juntamente
com a sua interpretação, já descrito anteriormente por Tfouni (2004) e Soares
(1995), apresenta-se aqui a maior dificuldade para as crianças que estão no
Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para elas, é muito difícil compreender o que
estão lendo, a fim de que possam utilizar os ensinamentos adquiridos pela leitura e
escrita em suas vidas com prazer e significado. Então, pode-se dizer que a maior
dificuldade não está na decodificação dos sinais gráficos, mas sim na interpretação
dos mesmos e na ideia de que a escrita tem função social, isto é, escrever para o
outro ler, dificultando devido o déficit nas interações sociais.
A Cognição e Técnicas para a Alfabetização de Indivíduos com Transtorno do
Espectro Autista
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com Silva (2011), faz com
que a pessoa tenha um jeito muito específico de pensamento e funcionamento,
ocasionando dificuldades para assimilar e responder de forma adequada às
diferentes situações do meio ambiente como selecionar e processar informação
pertinente e responder a estímulos sensoriais (hipo ou hipersensibilidade).
Nesse sentido, para Pereira (2008, p. 12), conforme citado por Silva (2011):
O autismo tanto pode manifestar-se em indivíduos que apresentam
dificuldades muito severas na aprendizagem, como em outros com nível
intelectual elevado. Algumas pessoas (...) poderão ter muito sucesso
acadêmico, serem bons alunos, terem êxito nas suas opções profissionais
e, ao mesmo tempo, experimentar algumas dificuldades sociais e de
comunicação, necessitando de ajudas para se adaptarem. Outras
apresentarão dificuldades na aprendizagem, exigindo suporte para realizar
as tarefas mais simples do dia-a-dia.
Isso significa que identificar as características dos alunos com TEA admite-se
que eles, segundo Pereira (2008, p. 12-13), “[...] necessitam de respostas educativas
diferenciadas que, sustentadas pelas áreas fortes, proporcionem a estimulação para
a aprendizagem e ajudem a colmatar as dificuldades de comunicação, de interacção
e os problemas de comportamento” (apud SILVA, 2011, p. 25), até mesmo porque
para Klin (2006), “A ausência de flexibilidade no domínio da cognição, reflecte-se no
fraco desenvolvimento do domínio simbólico e criativo” (apud SILVA, 2011, p. 26).
Juntamente com essa ideia, a autora também afirma que:
O atraso intelectual não é global, mas certas funções cognitivas encontram-
se alteradas (Rutter, 1974 citado por Pimentel, 2000; Klin, 2006): défices de
abstracção, sequencialização e compreensão de regras; dificuldades de
compreensão de linguagem falada e utilização do gesto; défices na
transferência de uma actividade sensorial para outra, isto é, estas crianças
podem apresentar dificuldades em interpretar um determinado estímulo
multi-sensorial. Perante um estímulo mais complexo, respondem apenas a
um aspecto desse estímulo (selectividade de estímulos), o que acarreta
consequências negativas ao nível da aprendizagem em geral; dificuldade
em processar e elaborar sequências temporais; dificuldades em interpretar
determinados aspectos dos seus próprios comportamentos e os dos outros;
O fracasso cognitivo actua como adjuvante no aumento das estereotipias
comportamentais e na falta de responsabilidade social (Pimentel, 2000: 22 –
37 - 39), conforme citado por Silva (2011, p. 27).
Entendendo, desse modo, o processo cognitivo de indivíduos com TEA se
obtém uma visão mais clara para direcionar a aprendizagem, que mesmo assim
podem ocorrer variações entre as pessoas com o mesmo transtorno, seja pela
diferença de grau entre leve à grave que se encontram e por sintomas variados. Em
virtude disso, a pedagoga e psicopedagoga Reis (2012), fundadora do Instituto
Autismo e Vida e mãe de criança autista, relata que até pode haver uma mistura de
abordagens para o ensino-aprendizagem da leitura e da escrita de indivíduos com
autismo, considerando que quanto mais visuais forem as estratégias para ensiná-
los, maior será a garantia de sucesso e compreensão.
No entanto, para ela, em consonância com as ideias de Serra (2016),
participante do Congresso Conautismo, destaca-se que o método fônico é o melhor
caminho nesse processo de alfabetização. Para Serra (2016), nem todos os
métodos existentes são apropriados e adequados aos autistas, a partir dos
conhecimentos já adquiridos pela Neurociência e Neurobiologia da Educação e da
Aprendizagem, buscando sempre entender como funciona cada criança com
autismo em suas particularidades, como é a sua memória, a sua aprendizagem e as
suas características.
Assim, segundo Frade (2007), o método fônico ou fonético, indicado para
alfabetização autistica, faz parte do conjunto do método sintético, que é subdividido
em três partes. A primeira parte compreende o método alfabético, aquele que toma
como unidade a letra, a segunda parte trata-se do método fônico, que tem como
unidade o fonema e a terceira parte o método silábico, referindo-se a um segmento
fonológico de melhor pronúncia, ou seja, as sílabas.
Enfatizando-se então as questões fonológicas, nas palavras de Frade (2007):
No método fônico começa-se ensinando a forma e o som das vogais.
Depois ensinam-se as consoantes, estabelecendo entre elas relações cada
vez mais complexas. Cada letra (grafema) é aprendida como um fonema
(som) que junto a outro fonema, pode formar sílabas e palavras. Para o
ensino dos sons, há uma seqüência que deve ser respeitada, segundo a
escolha de sons mais fáceis para os mais complexos. Na organização do
ensino, a ênfase na relação som/letra é o principal objetivo.
Por esses motivos, a autora descreve que para diminuir a falta de sentido e
deixar os alunos mais próximos de algum significado foram criadas as variações do
método fônico, demonstrando que a diferença entre uma modalidade e outra está na
maneira de representar os sons, que pode ser por uma palavra significativa, uma
palavra vinculada à imagem e som, um personagem associado a um fonema, uma
onomatopeia ou uma história para dar nexo à apresentação dos fonemas.
O fundamental é que o professor conheça o seu aluno, seja ele deficiente ou
não, por isso, para Juhlin (2012), os autistas também devem ser incluídos no
universo alfabético e letrado como os neurotípicos, usando as ideias de Ferreiro
Teberoski com a Psicogênese da Língua Escrita, que surgiu em 1986 e criando um
ambiente alfabetizador que faça parte da sua rotina, a fim de que todos avancem
para níveis cada vez mais elevados.
Enfim, para a comunicação com os autistas, são mencionadas por ela as
técnicas do PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Figuras) e o Relation
Play (Comunicação, Auto-Confiança e Alegria dos Movimentos), além das Histórias
Sociais (técnica para aumentar a competência social do aluno, através do desenho),
a estimulação Tátil (Terapia do Toque), buscando fazer o Plano de Ensino
Individualizado do aluno (PEI), intercalando com muita música, desenho,
dramatização e a técnica da rabiscação que desenvolve a psicomotricidade
necessária à escrita. O diferencial, nesse caso, é sempre dar o tempo necessário
para que cada um aprenda no seu ritmo, respeitando as suas necessidades,
segundo Juhlin (2012).
Considerações Finais
Desde os últimos anos, as escolas brasileiras e seus profissionais vêm se
confrontando com as questões provocadas pela elevação das diferenças entre seus
alunos, desveladas, desde então pelo crescente processo de inclusão escolar. O
debate em torno do assunto vem contribuindo para apresentar o tema da
desigualdade social no Brasil, pois o movimento de inclusão se mobiliza no combate
à desigualdade social e política.
Educar é um processo desafiador em todas as esferas. Quando lidamos com
crianças com alguma necessidade diferenciada esse desafio parece ser ainda maior.
Com o crescente número de alunos com TEA no ensino regular, escolas e
profissionais, estão sendo desafiados todos os dias, a ressignificar suas práticas
pedagógicas para que se atinjam os alunos com necessidades diferenciadas de
modo significativo. A alfabetização e o letramento é algo fundamental para o
processo de autonomia, com a importância social que esse aspecto representa,
existe uma grande expectativa das famílias em relação a isso, tornando o desafio de
alfabetizar crianças com TEA muito mais difícil.
Independentemente da condição que o indivíduo se encontra, é fundamental
considerar que cada sujeito é único, suas formas de aprendizagem e
desenvolvimento são particulares, assim o processo de aprendizagem deve
maximizar as potencialidades do aluno e desenvolver suas melhores habilidades.
Por fim, pode-se destacar que as crianças com TEA podem se alfabetizar,
mas o olhar do professor durante esse processo será fundamental, para
compreender as potencialidades desse aluno, sempre respeitando o seu tempo e
proporcionando as melhores condições para que sua aprendizagem seja
significativa.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, J. J. Alfabetização e leitura. São Paulo: Cortez, 1992. – 2. ed. ver.
CAGLIARI, L. C. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 2000. – 10. ed.
CONAUTISMO CONGRESSO. Disponível em:
<https://www.youtube.com/channel/UCHXr94opQIb6KUvAMbwnkOQ>. Acesso em:
28 set. 2016.
CURTO, L. M.; MORILLO, M. M.; TEIXIDÓ, M. M. Escrever e ler: como as crianças
aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrever e a ler. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
DSM-V – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 2013.
FERRARI, F. Autismo Infantil: o que é e como tratar. São Paulo: Paulinas, 2012.
FERREIRO, E.; TEBEROSKI, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre:
Artmed, 1999.
FRADE, I. C. A. S. Métodos de alfabetização, métodos de ensino e conteúdos
da alfabetização: perspectivas históricas e desafios atuais. Santa Maria, 2007.
FRADE, I. C. A. S. Método fônico ou fonético. Disponível em:
<http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/metodo-fonico-ou-
fonetico>. Acesso em: 28 set. 2016.
JUHLIN, V. Alfabetizando Crianças com Autismo. Disponível em:
<http://www.revistaautismo.com.br/edicao-2/alfabetizando-criancas-com-autismo>.
Acesso em: 28 set. 2016.
MERCADANTE, M. T. Autismo e cérebro social. São Paulo: Segmento Farma,
2009.
Pró-Letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos
Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. – ed. rev. e
ampl. incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de Referência/ Secretaria de Educação
Básica – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
REIS, F. C. P. Alfabetização e Autismo. Disponível em:
<http://www.autismoevida.org.br/2012/11/alfabetizacao-e-autismo.html>. Acesso em:
28 set. 2016.
SERRA, D. Como os autistas se Alfabetizam? Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=FfJ1Rm9VJPU>. Acesso em: 28 set. 2008.
SILVA, M. C. L. C. Aprendizagem da Leitura e da Escrita em Crianças com
Perturbação do Espectro do Autismo: Propostas Pedagógicas. Covilhã, 2011.
SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1995.
TFOUNI, L. V. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 2004.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
VYGOSTKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, Desenvolvimento
e Aprendizagem. 12 edição – São Paulo: Ícone, 2014.

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Cognição e a aprendizagem da leitura e escrita do autista

  • 1. COGNIÇÃO E A APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA DO AUTISTA Andrea Madalena Ceolim de Souza1 - UP Franciele Regina Gouveia2 - UP Jacqueline Leme Baptistella3 - UP Karolina Marianni Vargas4 - UP Laiz Maria Massuchetto5 - UP Professora orientadora: Dr.ª Marcia Regina Machado Santos Valiati marciavaliati@hotmail.com Resumo Este trabalho problematiza como é o processo de cognição e aprendizagem da leitura e escrita de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), buscando apresentar quais os principais desafios na alfabetização autistica, de acordo com o cognitivo desse público, e demonstrar quais os métodos e as técnicas usados para alfabetizá-los. Inicialmente, é destacado o aumento de alunos com TEA no ensino regular, assim como os desafios que existem para proporcionar um ambiente de inclusão e aprendizagem significativa para os autistas. Na sequência, apresenta-se como ocorre o processo de alfabetização e letramento, juntamente com os seus níveis de aquisição. Destaca-se também a cognição das crianças com TEA e as principais técnicas utilizadas para alfabetização desses indivíduos. Por fim, considera-se a importância para o olhar das potencialidades de cada sujeito, não analisando apenas sua condição inicial, mas sim proporcionando um ambiente estimulador, para que novas aquisições possam ser alcançadas no tempo de cada um. Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Alfabetização e Letramento. Cognição. Abstract This paper discusses how the process of cognition and learning of reading and writing of children with autism spectrum disorder (ASD), seeking to present what are the main challenges in autistic literacy, according to the cognitive of that audience, and demonstrate the methods and the techniques used to literate them. Initially, it is highlighted the increase in students with ASD in mainstream education, as well as the challenges that exist to provide an environment of inclusion and meaningful learning for autistic. Following, it is presented as is the process of literacy and literacy, along with their levels of acquisition. Also noteworthy is the cognition of children with ASD and the main techniques used for literacy these individuals. Finally, it considers the importance to look at the potential of each subject, not only analyzing its initial condition, but providing a stimulating environment so that new acquisitions can be achieved in the time of each. Key words: Disorder Autistic Spectrum. Literacy and Literacy. Cognition. 1 Pedagoga (Santa Cruz), especialista em Gestão Escolar (Unicid), pós-graduanda – especialização em Educação Especial e Inclusiva (UP). E-mail: andreasouza_04@yahoo.com.br 2 Pedagoga (Uninter), pós-graduanda – especialização em Educação Especial e Inclusiva (UP). E- mail: fgouveia24@hotmail.com 3 Pedagoga (UP), pós-graduanda – Especialização em Educação Especial e Inclusiva (UP). E-mail: jake_leme9@hotmail.com 4 Psicóloga (PUCPR), pós-graduanda – especialização em Educação Especial e Inclusiva (UP). E- mail: karolmarianni@gmail.com 5 Pedagoga (UP), pós-graduanda – Especialização em Educação Especial e Inclusiva (UP). E-mail: lmassuchetto@uol.com.br
  • 2. Introdução A cada dia o número de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem crescendo no ensino regular, seja por legislações que garantem o acesso e permanência dessas crianças, seja pela questão midiática que vem se intensificando nessa temática. Os desafios de incluir crianças com TEA vão muito além de integra-las, aceitar esses alunos implica em proporcionar as melhores condições para que seu processo de aprendizagem seja significativo. Incluir crianças com TEA num projeto escolar e adapta-las em atividades pedagógicas representa uma necessidade absoluta, que responde a uma expectativa legítima das próprias crianças e principalmente dos pais e da sociedade. Ferrari (2012) coloca que as atividades e subsídios pedagógicos contribuem para a melhora terapêutica, surgindo assim novas capacidades de aprendizado. O autor destaca que devido ao acesso que permitem à linguagem oral e escrita, as aprendizagens escolares ajudam a dominar as representações do mundo e organizar essa percepção por meio da elaboração da noção de espaço e tempo e das relações de causalidade. Assim, as aquisições pedagógicas tem o poder organizador para o funcionamento psíquico. A alfabetização é o processo de aquisição pedagógica que gera mais expectativas nos pais, pois está diretamente relacionado com um conceito social de autonomia. Mesmo não existindo uma metodologia única e formal para a alfabetização de crianças com TEA, elas conseguem aprender a ler e a escrever. Mercadante (2009) destaca que o processo de ensino é diferenciado, pois leva tempo, em alguns casos mais de quatro anos, e o resultado é variável, de acordo com o perfil neuropsicobiológico de cada aluno. Dessa forma, é fundamental ressaltar como ocorre o processo de alfabetização e definimos problematizar como são a cognição e a aprendizagem da leitura e escrita do autista, com os objetivos de apresentar quais os principais desafios na alfabetização autistica, de acordo com o cognitivo desse público, e demonstrar quais os métodos e as técnicas usados para alfabetizá-los.
  • 3. O Processo de Alfabetização e Letramento Durante o processo de leitura e escrita, o ensino-aprendizado se baseou em dois diferentes métodos, chamados de sintético e analítico. No método sintético, o aprendizado da escrita deve ocorrer do simples para o complexo, como nos diz Barbosa (1992, p. 47) “A instrução procede do simples para o complexo, racionalmente estabelecidos: num processo cumulativo, a criança aprende as letras, depois as sílabas, as palavras, frases e, finalmente, o texto completo”, diferente do método analítico que, segundo o mesmo autor, o aprendizado da escrita parte do todo e não das partes. Atualmente, o conceito definido pelo Ministério da Educação e Cultura descreve a alfabetização como “Um processo específico e indispensável de apropriação do sistema de escrita, a conquista dos princípios alfabético e ortográfico que possibilita o aluno a ler e a escrever com autonomia” (MEC, 2005, p. 11), o que está distante de ser um processo fácil, pois se trata de uma compreensão de todas as situações envolvidas durante a escrita, uma vez que “[...] a leitura não se reduz à somatória dos significados individuais dos símbolos (letras, palavras, etc.), mas obriga o leitor a enquadrar todos esses elementos no universo cultural, social, histórico, etc. em que o escritor se baseou para escrever” (CAGLIARI, 2000, p. 105). Isso significa que a aquisição da leitura e da escrita está atrelada ao letramento que, segundo Tfouni (2004) e Soares (1995) ele é caracterizado como a compreensão do que se lê e do que se escreve, atendendo as atividades de interpretação do texto e do contexto, como também está presente nas experiências de vida de todas as pessoas, considerando assim que se prolonga por toda a vida e contribui significativamente para a participação dos indivíduos na sociedade. Como a alfabetização não se remete apenas as práticas de codificação e decodificação e o letramento inicia muito antes do conhecimento das letras, os precursores da escrita – brincar, falar, gesticular e desenhar – são fundamentais para garantir uma aprendizagem eficaz, afirmando por Luria (2014), que é preciso respeitar as idades de avançar de um nível ao outro, sem nunca ultrapassar o tempo dessas atividades. Contribuindo com a ideia dos precursores da escrita, Vygotsky (1998) também ressalta a importância dos aspectos psicológicos da criança em seu desenvolvimento integral, isto é, físico, cognitivo/intelectual, afetivo e emocional,
  • 4. sendo necessário dar o tempo adequado a todos para aprender, tratando-se de um momento que depende das estratégias e intervenções feitas pelo professor, especialmente, neste caso, com os alunos que possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nesse sentido, é fundamental que o professor alfabetizador tenha a compreensão dos processos necessários para o ensino-aprendizagem da leitura e da escrita das pessoas neurotípicas, ou seja, dos “ditos normais” para que então possa desenvolver um trabalho com aqueles que possuem dificuldades. De acordo com o DSM-V, o TEA é diagnosticado por déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e interações sociais, padrões restritos e repetitivos de comportamento como comportamentos motores ou verbais estereotipados, comportamentos sensoriais incomuns e excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento, variando em níveis que vão do leve ao mais grave. Assim, pressupõe-se que se torna mais difícil o trabalho da aquisição da leitura e da escrita com os autistas, pois seus precursores fazem referência às atividades sociais, na brincadeira de faz de conta e demais comunicações verbais e corporais, justamente aquelas que apresentam deficiência nesse transtorno. Além da necessidade de explorar as capacidades de percepção, atenção, imaginação e memória para a aprendizagem, as quais constituem as funções psicológicas superiores, definidas por Vygotsky (1998). Para entender melhor o processo de alfabetização é necessário atentar-se ao estudo da Psicogênese da Língua Escrita, realizado em 1986 por Emilia Ferreiro e Ana Teberoski (1999), no qual a aprendizagem da língua escrita é dividida em cinco níveis. Para Ferreiro e Teberoski (1999, p. 193), no Nível I – Hipótese Icônica, “[...] escrever é reproduzir os traços típicos da escrita que a criança identifica como a forma básica da mesma”. Além disso, na Hipótese Icônica, “[...] a escrita é ininterpretável se não se conhece a intenção do escritor” (FERREIRO E TEBEROSKI, 1999, p. 193-194). Essa ideia é explicada por Ferreiro e Teberoski (1999) quando a criança, ainda na educação infantil, representa a escrita por meio de desenhos, rabiscos e bolinhas, chamados de garatujas. Já no Nível II – Hipótese Pré-Silábica, as autoras afirmam que seria preciso ter uma maior quantidade de grafismos ou a variedade deles para formar uma
  • 5. palavra, sendo que a criança pode chegar a usar apenas uma única letra para formar uma palavra, chamando isso de escrita unigráfica. No Nível III – Hipótese Silábica, a criança faz a “[...] tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita (...) e passa por um período de maior importância evolutiva: cada letra vale por uma sílaba” (FERREIRO E TEBEROSKI, 1999, p. 209). Por isso, o avanço percebido na criança mostra uma relação entre a escrita e a oralidade, começando a entender que a escrita representa os sons da fala, além de excluírem a ideia do Realismo Nominal em que enxergam o tamanho da palavra proporcional ao tamanho do objeto real. No Nível IV – Hipótese Silábico-Alfabética consegue-se a correspondência grafema-fonema, considerando os fonemas unidades menores que formam as sílabas. E, por último, no Nível V – Hipótese Alfabética, Ferreiro e Teberoski (1999) consideram o final dessa evolução em que a criança já superou a “barreira do código”, compreendendo que cada letra possui um valor sonoro menor que as sílabas e faz uma análise sonora dos fonemas das palavras, já havendo uma estrutura consoante-vogal e uma variedade de sílabas existentes. Assim, com relação a esse processo da aquisição da escrita, Curto, Morillo e Teixidó (2000, p. 42) dizem que “A conquista silábica é irreversível, porque é um conhecimento significativo que não se esquece”. Agora, como a evolução entre esses níveis e hipóteses leva à aprendizagem, à cognição da leitura e da escrita, que não deve estar apenas a serviço da decodificação, mas promover a compreensão do que foi lido juntamente com a sua interpretação, já descrito anteriormente por Tfouni (2004) e Soares (1995), apresenta-se aqui a maior dificuldade para as crianças que estão no Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para elas, é muito difícil compreender o que estão lendo, a fim de que possam utilizar os ensinamentos adquiridos pela leitura e escrita em suas vidas com prazer e significado. Então, pode-se dizer que a maior dificuldade não está na decodificação dos sinais gráficos, mas sim na interpretação dos mesmos e na ideia de que a escrita tem função social, isto é, escrever para o outro ler, dificultando devido o déficit nas interações sociais.
  • 6. A Cognição e Técnicas para a Alfabetização de Indivíduos com Transtorno do Espectro Autista O Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com Silva (2011), faz com que a pessoa tenha um jeito muito específico de pensamento e funcionamento, ocasionando dificuldades para assimilar e responder de forma adequada às diferentes situações do meio ambiente como selecionar e processar informação pertinente e responder a estímulos sensoriais (hipo ou hipersensibilidade). Nesse sentido, para Pereira (2008, p. 12), conforme citado por Silva (2011): O autismo tanto pode manifestar-se em indivíduos que apresentam dificuldades muito severas na aprendizagem, como em outros com nível intelectual elevado. Algumas pessoas (...) poderão ter muito sucesso acadêmico, serem bons alunos, terem êxito nas suas opções profissionais e, ao mesmo tempo, experimentar algumas dificuldades sociais e de comunicação, necessitando de ajudas para se adaptarem. Outras apresentarão dificuldades na aprendizagem, exigindo suporte para realizar as tarefas mais simples do dia-a-dia. Isso significa que identificar as características dos alunos com TEA admite-se que eles, segundo Pereira (2008, p. 12-13), “[...] necessitam de respostas educativas diferenciadas que, sustentadas pelas áreas fortes, proporcionem a estimulação para a aprendizagem e ajudem a colmatar as dificuldades de comunicação, de interacção e os problemas de comportamento” (apud SILVA, 2011, p. 25), até mesmo porque para Klin (2006), “A ausência de flexibilidade no domínio da cognição, reflecte-se no fraco desenvolvimento do domínio simbólico e criativo” (apud SILVA, 2011, p. 26). Juntamente com essa ideia, a autora também afirma que: O atraso intelectual não é global, mas certas funções cognitivas encontram- se alteradas (Rutter, 1974 citado por Pimentel, 2000; Klin, 2006): défices de abstracção, sequencialização e compreensão de regras; dificuldades de compreensão de linguagem falada e utilização do gesto; défices na transferência de uma actividade sensorial para outra, isto é, estas crianças podem apresentar dificuldades em interpretar um determinado estímulo multi-sensorial. Perante um estímulo mais complexo, respondem apenas a um aspecto desse estímulo (selectividade de estímulos), o que acarreta consequências negativas ao nível da aprendizagem em geral; dificuldade em processar e elaborar sequências temporais; dificuldades em interpretar determinados aspectos dos seus próprios comportamentos e os dos outros; O fracasso cognitivo actua como adjuvante no aumento das estereotipias comportamentais e na falta de responsabilidade social (Pimentel, 2000: 22 – 37 - 39), conforme citado por Silva (2011, p. 27). Entendendo, desse modo, o processo cognitivo de indivíduos com TEA se obtém uma visão mais clara para direcionar a aprendizagem, que mesmo assim podem ocorrer variações entre as pessoas com o mesmo transtorno, seja pela
  • 7. diferença de grau entre leve à grave que se encontram e por sintomas variados. Em virtude disso, a pedagoga e psicopedagoga Reis (2012), fundadora do Instituto Autismo e Vida e mãe de criança autista, relata que até pode haver uma mistura de abordagens para o ensino-aprendizagem da leitura e da escrita de indivíduos com autismo, considerando que quanto mais visuais forem as estratégias para ensiná- los, maior será a garantia de sucesso e compreensão. No entanto, para ela, em consonância com as ideias de Serra (2016), participante do Congresso Conautismo, destaca-se que o método fônico é o melhor caminho nesse processo de alfabetização. Para Serra (2016), nem todos os métodos existentes são apropriados e adequados aos autistas, a partir dos conhecimentos já adquiridos pela Neurociência e Neurobiologia da Educação e da Aprendizagem, buscando sempre entender como funciona cada criança com autismo em suas particularidades, como é a sua memória, a sua aprendizagem e as suas características. Assim, segundo Frade (2007), o método fônico ou fonético, indicado para alfabetização autistica, faz parte do conjunto do método sintético, que é subdividido em três partes. A primeira parte compreende o método alfabético, aquele que toma como unidade a letra, a segunda parte trata-se do método fônico, que tem como unidade o fonema e a terceira parte o método silábico, referindo-se a um segmento fonológico de melhor pronúncia, ou seja, as sílabas. Enfatizando-se então as questões fonológicas, nas palavras de Frade (2007): No método fônico começa-se ensinando a forma e o som das vogais. Depois ensinam-se as consoantes, estabelecendo entre elas relações cada vez mais complexas. Cada letra (grafema) é aprendida como um fonema (som) que junto a outro fonema, pode formar sílabas e palavras. Para o ensino dos sons, há uma seqüência que deve ser respeitada, segundo a escolha de sons mais fáceis para os mais complexos. Na organização do ensino, a ênfase na relação som/letra é o principal objetivo. Por esses motivos, a autora descreve que para diminuir a falta de sentido e deixar os alunos mais próximos de algum significado foram criadas as variações do método fônico, demonstrando que a diferença entre uma modalidade e outra está na maneira de representar os sons, que pode ser por uma palavra significativa, uma palavra vinculada à imagem e som, um personagem associado a um fonema, uma onomatopeia ou uma história para dar nexo à apresentação dos fonemas. O fundamental é que o professor conheça o seu aluno, seja ele deficiente ou não, por isso, para Juhlin (2012), os autistas também devem ser incluídos no
  • 8. universo alfabético e letrado como os neurotípicos, usando as ideias de Ferreiro Teberoski com a Psicogênese da Língua Escrita, que surgiu em 1986 e criando um ambiente alfabetizador que faça parte da sua rotina, a fim de que todos avancem para níveis cada vez mais elevados. Enfim, para a comunicação com os autistas, são mencionadas por ela as técnicas do PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Figuras) e o Relation Play (Comunicação, Auto-Confiança e Alegria dos Movimentos), além das Histórias Sociais (técnica para aumentar a competência social do aluno, através do desenho), a estimulação Tátil (Terapia do Toque), buscando fazer o Plano de Ensino Individualizado do aluno (PEI), intercalando com muita música, desenho, dramatização e a técnica da rabiscação que desenvolve a psicomotricidade necessária à escrita. O diferencial, nesse caso, é sempre dar o tempo necessário para que cada um aprenda no seu ritmo, respeitando as suas necessidades, segundo Juhlin (2012). Considerações Finais Desde os últimos anos, as escolas brasileiras e seus profissionais vêm se confrontando com as questões provocadas pela elevação das diferenças entre seus alunos, desveladas, desde então pelo crescente processo de inclusão escolar. O debate em torno do assunto vem contribuindo para apresentar o tema da desigualdade social no Brasil, pois o movimento de inclusão se mobiliza no combate à desigualdade social e política. Educar é um processo desafiador em todas as esferas. Quando lidamos com crianças com alguma necessidade diferenciada esse desafio parece ser ainda maior. Com o crescente número de alunos com TEA no ensino regular, escolas e profissionais, estão sendo desafiados todos os dias, a ressignificar suas práticas pedagógicas para que se atinjam os alunos com necessidades diferenciadas de modo significativo. A alfabetização e o letramento é algo fundamental para o processo de autonomia, com a importância social que esse aspecto representa, existe uma grande expectativa das famílias em relação a isso, tornando o desafio de alfabetizar crianças com TEA muito mais difícil.
  • 9. Independentemente da condição que o indivíduo se encontra, é fundamental considerar que cada sujeito é único, suas formas de aprendizagem e desenvolvimento são particulares, assim o processo de aprendizagem deve maximizar as potencialidades do aluno e desenvolver suas melhores habilidades. Por fim, pode-se destacar que as crianças com TEA podem se alfabetizar, mas o olhar do professor durante esse processo será fundamental, para compreender as potencialidades desse aluno, sempre respeitando o seu tempo e proporcionando as melhores condições para que sua aprendizagem seja significativa. REFERÊNCIAS BARBOSA, J. J. Alfabetização e leitura. São Paulo: Cortez, 1992. – 2. ed. ver. CAGLIARI, L. C. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 2000. – 10. ed. CONAUTISMO CONGRESSO. Disponível em: <https://www.youtube.com/channel/UCHXr94opQIb6KUvAMbwnkOQ>. Acesso em: 28 set. 2016. CURTO, L. M.; MORILLO, M. M.; TEIXIDÓ, M. M. Escrever e ler: como as crianças aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrever e a ler. Porto Alegre: Artmed, 2000. DSM-V – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 2013. FERRARI, F. Autismo Infantil: o que é e como tratar. São Paulo: Paulinas, 2012. FERREIRO, E.; TEBEROSKI, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999. FRADE, I. C. A. S. Métodos de alfabetização, métodos de ensino e conteúdos da alfabetização: perspectivas históricas e desafios atuais. Santa Maria, 2007. FRADE, I. C. A. S. Método fônico ou fonético. Disponível em: <http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/metodo-fonico-ou- fonetico>. Acesso em: 28 set. 2016. JUHLIN, V. Alfabetizando Crianças com Autismo. Disponível em: <http://www.revistaautismo.com.br/edicao-2/alfabetizando-criancas-com-autismo>. Acesso em: 28 set. 2016.
  • 10. MERCADANTE, M. T. Autismo e cérebro social. São Paulo: Segmento Farma, 2009. Pró-Letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. – ed. rev. e ampl. incluindo SAEB/Prova Brasil matriz de Referência/ Secretaria de Educação Básica – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. REIS, F. C. P. Alfabetização e Autismo. Disponível em: <http://www.autismoevida.org.br/2012/11/alfabetizacao-e-autismo.html>. Acesso em: 28 set. 2016. SERRA, D. Como os autistas se Alfabetizam? Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=FfJ1Rm9VJPU>. Acesso em: 28 set. 2008. SILVA, M. C. L. C. Aprendizagem da Leitura e da Escrita em Crianças com Perturbação do Espectro do Autismo: Propostas Pedagógicas. Covilhã, 2011. SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1995. TFOUNI, L. V. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 2004. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998. VYGOSTKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. 12 edição – São Paulo: Ícone, 2014.