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1
A importância da afetividade e do lúdico no processo de aprendizagem da língua portuguesa.1
Camila da Silva Portela 2
RESUMO - O presente artigo aborda questões relevantes ao ensino da Língua Materna –
Língua Portuguesa, no que diz respeito às metodologias (tradicional e construtivista)
utilizadas pelos professores para ministrarem suas aulas, o que pode afastar ou aproximar o
educando de forma satisfatória do conhecimento. Traz também a importância do afeto nas
relações entre professor e aluno, bem como no processo de ensino - aprendizagem, da mesma
forma, apresenta o lúdico como recurso fundamental para compor a metodologia escolhida
pelo profissional. A partir dos apontamentos, apresentou-se referenciais psicopedagógicos que
podem auxiliar aqueles profissionais que ainda apresentam certa dificuldade em unir a
afetividade e a ludicidade ao seu fazer pedagógico.
Palavras-chave: Língua Portuguesa, metodologias, lúdico, afetividade
ABSTRACT - The present article deals with questions relevant to the teaching of the Mother
Language - Portuguese Language, regarding the methodologies (traditional and constructivist)
used by teachers to teach their classes, which may distract or approach the student in a
satisfactory way of knowledge. It also shows the importance of affection in the relationship
between teacher and student, as well as in the teaching - learning process, in the same way,
presents the play as a fundamental resource to compose the methodology chosen by the
professional. From the notes, psychopedagogical references have been presented that can help
those professionals who still have a certain difficulty in uniting affectivity and playfulness in
their pedagogical work.
Keywords: Portuguese language, methodoligy, playful, affectivity
Considerações Inicias
Mesmo diante a todas as transformações que se presencia na educação, é muito
importante que se leve em consideração que o aprendente precisa ser estimulado, bem como
incentivado a gostar daquilo que é apresentado para ele em sala de aula de forma lúdica e
afetiva. De acordo com Winnicott (1975, p.80):
É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser
criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o
indivíduo descobre o eu (self). Ligado a isso, temos o fato de que somente no
brincar é possível a comunicação.
Sabe-se que três importantes habilidades envolvem o processo educativo: cognitivo
(descobrir novos conceitos, construir novas ideias e valores); social (sujeito pertencente a um
grupo com direitos e deveres) e emocional (saber lidar com sentimentos pessoais e do
1
Artigo de conclusão do curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional, do Programa de
Pós-Graduação Lato Sensu em Educação da Faculdade CNEC Farroupilha, mantida pela Campanha Nacional da
Comunidade- CNEC. Profº. Orientadora Ms. Ilza Maria Cantarelli.
2
Acadêmica do curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Professora Licenciada em
Letras da rede Estadual de Ensino da cidade de Farroupilha -RS.
2
próximo), desta forma, fica claro que o ser humano não aprende sem que suas emoções sejam
valorizadas, respeitas e de certa forma acolhida pelas pessoas as quais convive, denominadas
neste contexto de ensinantes. Segundo Antunes (2006, p.5) afetividade é:
Um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções
que provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética
da pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano
nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro, e
essa necessidade se traduz em amor.
Infelizmente, alguns educadores apresentam certa dificuldade em escolher uma
metodologia que encante os alunos, ou seja, que os estimulem positivamente durante o
processo de ensino da língua materna, deixando de lado a afetividade, bem como a ludicidade,
pois caem em métodos tradicionais de ensino. Ribeiro (1992, p.81) afirma que:
A falta de dimensão afetiva dos professores com a gramática dificulta a defesa do
seu ensino e o esforço por parte do aluno. Nesse ambiente com pouca estimulação,
com escassos recursos, materiais e onde as atividades são pouco diversificadas e
exercidas de forma automatizada, desencadeia-se um sentimento de aversão e
repulsa pela gramática.
Desta forma, é muito importante que haja uma reavaliação do ensino da Língua Portuguesa
em sala de aula, baseando-se nos aspectos afetivos e lúdicos, pois só assim o processo de
aprendizagem atenderá a demanda esperada.
Aspectos relativos à Língua Portuguesa
Ao analisar o que os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s, documento que
auxilia e orienta os profissionais da educação para a elaboração de sua prática docente, trazem
sobre o Ensino da Língua Portuguesa, verifica-se que a proposta abrange uma metodologia
que se aproxime da realidade dos educandos.
tornando-se a linguagem como atividade discursiva, o texto como unidade de ensino
e a noção de gramática como relativa ao conhecimento que o falante tem de sua
linguagem, as atividades curriculares em Língua Portuguesa correspondem,
principalmente, as atividades discursivas: uma prática constante de escuta de textos
orais e leitura de textos escritos e de produção de textos orais e escritos, que devem
permitir, por meio da análise e reflexão sobre os múltiplos aspectos envolvidos, a
expansão e construção de instrumentos que permitam ao aluno, progressivamente,
ampliar sua competência discursiva. (BRASIL, PCN’s, 1998, p.27)
Porém, é notável que as atividades de escrita, leitura e questões gramaticais
apresentam-se de forma tradicional, identificando-se com as que eram sugeridas no princípio
da ciência linguística, ou seja, o método de ensino é centrado no professor e o educando
apenas recebe as informações, memorizando-as e decorando-as. De acordo com Freire (1978,
3
p. 66), “faz “comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem
pacientemente, memorizam e repetem”. Como resultado, tem-se alunos despreparados para
posicionar-se e fazer questionamentos acerca do que lhe é proposto.
O ensino da Língua Materna, muitas vezes, apresenta-se forma fragmentada, isto é,
de um lado o ensino da gramática normativa, aquela que rege as regras e normas da língua, e
do outro os aspectos ligados à leitura e à escrita. Porém, percebe-se que esta distinção e essa
subdivisão gera problemas no desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem.
Segundo Neves (2002, p.238):
É preocupante verificar que os professores contemplam a gramática, especialmente
como atividade de exercitação da metalinguagem [...] consideram que ela seja uma
disciplina normativa. Despreza-se quase totalmente a atividade de reflexão e
operação sobre a linguagem, do que resulta uma organização dos trabalhos em
compartimentos totalmente apartados: de um lado, redação e leitura com
interpretação (estruturação/representações/comunicação de experiências, mais
interpretação de experiências comunicadas), e de outro, gramática (conhecimento do
quadro de entidades da língua, e, também, alguns conhecimentos do que se
considera bom uso da língua).
Infelizmente, muitos professores sentem-se obrigados a cumprir com o que é
estabelecido nos planos de estudo para dada série, por isso ministram suas aulas de forma
tradicional. Outro aspecto que merece ser destacado é a visão que os professores têm com
relação à maneira como devem ministrar suas aulas, pois muitos foram educados acreditando
que o professor é o único dono da razão, detentor do conhecimento. De acordo com Becker
(2001, p. 16):
Como é esta aula? O professor fala e o aluno escuta. O professor dita e o aluno
cópia. O professor decide o que fazer e o aluno executa. O professor ensina e o
aluno aprende. Se alguém observasse uma sala de aula na década de 60 ou de 50, ou,
quem sabe, de dois séculos atrás, diria, provavelmente, a mesma coisa: falaria como
Paulo Freire, no Pedagogia do Oprimido. Por que o professor age assim? Muitos
dirão, porque aprendeu que é assim que se ensina. Para mim, esta resposta é correta,
mas não suficiente. Então, por quê mais?
Porém, há alguns professores que procuram por novas metodologias para o seu fazer
pedagógico, a fim de ressignificar o ensino da Língua Materna, pois acreditam que é através
do método construtivista, o qual se constrói o conhecimento junto com seu aluno, que se
obterá os resultados satisfatórios para o processo de ensino aprendizagem. Conforme Becker
(2001, p.72):
Construtivismo significa isto: a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de
que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo
terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social,
com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por
força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no
meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem
consciência e, muito menos, pensamento.
4
Para Piaget, a aquisição do conhecimento inicia no nascimento e vai se consolidando
ao longo do desenvolvimento humano. As assimilações são concretizadas através das
interações estabelecidas entre o sujeito, o meio físico e social (objeto), portanto trabalhar de
forma construtivista, é permitir que o aprendente aja, pense, reflita, construa diante do que
está ao seu redor, o que se estenderá ao longo de sua vida.
Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado
desde o nascimento (inatismo), nem como resultado do simples registro de
percepções e informações (empirismo): o conhecimento resulta das ações e
interações do sujeito no ambiente em que vive. Todo conhecimento é uma
construção que vai sendo elaborada desde a infância, por meio de interações do
sujeito com os objetos que procura conhecer, sejam eles do mundo físico ou do
mundo cultural. O conhecimento resulta de uma inter-relação do sujeito que conhece
com objeto a ser conhecido. (MOREIRA, 1999, p.75)
Sendo assim, para que o processo seja significativo para os educantos, deve-se
pensar em uma reorganização nas práticas pedagógicas, a fim de unir laços afetivos e lúdicos
à metodologia predeterminada pelo ensinante para ministrar suas aulas.
Desenvolvimento Humano e afetividade
Cada sujeito é um ser único, apresentando uma maneira particular de compreender o
mundo que o rodeia, agindo e atuando sobre ele. A partir das características particulares de
aprender de cada ser humano, nota-se que a aprendizagem acontece de diferentes maneiras.
De acordo com Spinello (2014, p.1):
O processo de aprendizagem se dá desde o nascimento até a vida adulta, pois
estamos sempre em busca de conhecimento e em constante adaptação. A
aprendizagem significativa valoriza a compreensão da valorização, o querer
aprender do sujeito espontaneamente. Na sociedade as pessoas apreendem
observando as outras. Nascemos sem o conhecimento amplo e a sociedade nos
molda.
As relações de aprendizagem se dão através de diferentes fatores, principalmente das
relações que estabelecemos com as pessoas que nos rodeiam, porém muitas vezes são
identificadas algumas dificuldades durante o curso, podendo ser de caráter pedagógico,
cognitivo, afetivo-social e até mesmo corporal, recebendo influências internas (biológicas,
emotivas) como externas (sociais).
Para Piaget (1973) a aprendizagem está relacionada ao estágio de desenvolvimento
do ser humano, portanto para se chegar a uma conclusão a respeito das dificuldades de
aprendizagem apresentadas por um sujeito, é necessário observar fatores internos e externos,
os quais podem influenciar positiva ou negativamente no processo.
5
O ser humano que se encontra em pleno desenvolvimento, construindo seu
conhecimento e que apresenta dificuldades durante esse percurso, não pode ser julgado apenas
por seu potencial cognitivo, pois ele é fruto de uma relação existente entre seu íntimo
(aparelho biológico), suas ligações psico-afetivas e cognitivas e pelas relações estabelecidas
com o meio onde está inserido, Weiss e Cruz (apud GLAT, 2007, p.67).
Percebe-se que o meio a que o sujeito pertence, influencia na sua aprendizagem,
principalmente no que diz respeito às suas relações afetivas. Segundo Antunes (2006, p.5)
afetividade é:
Um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções
que provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética
da pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano
nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro, e
essa necessidade se traduz em amor.
Para Piaget (apud CUNHA, 2000) o processo de aprendizagem da criança acontece a
partir das relações e interações que ela vai estabelecendo com as pessoas com que convive, na
escola com seus colegas e professores, em casa com seus pais e familiares, assumindo um
papel de aprendende, enquanto outro torna-se ensinante. Desta forma, é de suma importância
levar em consideração que elementos emocionais e afetivos atuam significativamente na
aprendizagem, podendo influenciar em comportamentos como atenção e interação.
De acordo com Fernández (1991, p.47) “toda a aprendizagem é repleta de
afetividade, já que ocorre a partir de interações sociais”, portanto é no âmbito familiar, o qual
possui papel de maior importância , que a criança vai receber as primeiras manifestações de
amor, carinho e afeto, o que é de imprescindível para seu desenvolvimento cognitivo, as quais
serão complementadas com o que é aprendido e recebido na escola, logo, apresentam-se como
duas instâncias que terão papel primordial na formação integral do sujeito.
Piaget (1975, p. 226) afirma que “cada um dos personagens do meio ambiente da
criança ocasiona em suas relações com ela uma espécie de esquema afetivo, isto é, resumos
ou moldes dos diversos sentimentos sucessivos que esse personagem provoca”, portanto deve-
se observar que é a partir dessas relações que o sujeito pode se desenvolver, pois se há
diálogo, respeito, atenção e amor, a aprendizagem pode consolidar-se de forma satisfatória,
por outro lado se há a falta desses elementos nas relações, a aprendizagem pode ficar
comprometida.
Todo ser humano é regido pelas suas emoções e seus sentimentos, portanto estes
fatores podem interferir de forma negativa no processo de ensino aprendizagem, da mesma
forma que a falta de afetividade pode dificultar o seu desenvolvimento cognitivo,
6
comprovando-se nas falas de Freire (1996, p.141), “a afetividade não se acha excluída da
cognoscibilidade”, mas é preciso tomar cuidado tanto com a falta de afeto como com afetos
desordenados que podem descontrolar os verdadeiros sentimentos”.
Percebe-se que o desenvolvimento intelectual está ligado significativamente com as
questões emotivas. Para Rozek e Serra (2015, p.167):
Dentre os aspectos considerados por Weiss, parece haver consenso na literatura de
que a cognição e as emoções são componentes importantes para que o sujeito possa
aprender. Piaget (1958) propõe que sejam considerados os aspectos afetivos em
todos os atos inteligentes. Os achados na literatura têm demonstrado que os aspectos
emocionais estariam relacionados com um melhor ou pior rendimento do aluno.
Desta forma, muitos sujeitos podem apresentar baixo rendimento escolar, inibições
cognitivas diante as relações estabelecidas no seu contexto familiar, assim como atraso
maturativo, que para Romero (apud COLL ,2004, p. 56) pode ser compreendida como uma “
condição dinâmica que depende das características neurológicas, neuropsicológicas e
psicológicas da pessoa e, em menor medida, mas de forma importante, também depende do
ambiente (familiar, escolar) em que ocorre o desenvolvimento”.
Nesse viés, percebe-se que o atraso maturativo pode explicar muitas defasagens seja
na construção do número, no desenvolvimento do raciocínio lógico matemático, na leitura e
na escrita, bem como apresentar transtornos de ansiedade e depressão.
Ludicidade no Ensino da Língua Materna
Sabe-se que o ensino da Língua Portuguesa é fundamental, pois é através dela que se
estabelecem relações comunicativas entre falantes e usuários da língua. Porém, alguns
profissionais escolhem metodologias tradicionais para transmitir seus conhecimentos, não
permitindo que o aluno construa – o de forma autônoma durante o processo de ensino
aprendizagem.
Diante a essa realidade, percebe-se que é de suma importância a busca por aulas mais
atrativas, as quais tornem o ensino e o conhecimento mais significativo. Portanto, é
imprescindível o uso de atividades lúdicas, que podem auxiliar de forma positiva na
aprendizagem. Conforme Huzinga (2004, p.41), “ o lúdico, em latim ludus, abrange os jogos
infantis, a recreação, as competições, as representações litúrgicas e teatrais, e os jogos de
azar”.
De acordo com Feijó (1992, p. 2), “o lúdico é uma necessidade básica da
personalidade, do corpo e da mente, fazendo parte das atividades essenciais da dinâmica
humana caracterizada por ser espontânea, funcional e satisfatória”. Sendo assim, a inclusão de
7
atividades lúdicas não engrandece apenas o trabalho do professor, tornando as aulas mais
dinâmicas e prazerosas, permite também que o educando sinta satisfação em aprender e
desenvolva com interesse tudo que lhe é proposto. Da mesma forma que colabora para a
formação de um sujeito pensante e crítico diante às situações de aprendizagem em que
participa. Além disso, possibilita também a troca de conhecimentos e experiência com os
demais envolvidos no processo. O que se comprova nas palavras de Luckesi (2006, p. 06):
Percebe-se que a experiência do lúdico é uma importante contribuição para o
indivíduo que busca, de maneira constante, atuar no mundo com autonomia [...]
Mesmo quando o sujeito está vivenciando essa experiência com outros, a ludicidade
é interna; a partilha e a convivência poderão oferece-lhe, e certamente oferece
sensações do prazer da convivência, mas, ainda assim, essa sensação é interna de
cada um ainda que o grupo possa harmonizar-se nessa sensação comum; porém um
grupo, como grupo, não sente, mas soma e engloba um sentimento que se torna
comum; porém, em última instância quem sente é o sujeito.
Seguindo essa linha de pensamento Ronca e Terzi (1995 apud TEZANI, 2004, p. 96)
corroboram:
[...] o lúdico proporciona compreender os limites e as possibilidades da assimilação
de novos conhecimentos pela criança, visto que, mediante o desenvolvimento da
função simbólica e da linguagem, o indivíduo conhece e interpreta os fenômenos à
sua volta, trabalhando com os limites existentes entre o imaginário e o concreto.
Um olhar psicopedagógico no ensino da Língua Portuguesa
O ensinante deve buscar técnicas diversificadas que viabilizem, bem como
possibilitem ao aprendente a concepção do conhecimento com autonomia, envolvendo-os de
forma prazerosa. Sendo assim, é de suma importância buscar recursos, os quais auxiliarão no
percurso a ser percorrido, motivando-os na busca pelo novo, pelo desconhecido.
O vínculo que se estabelece entre professor/aluno resulta no sucesso ou insucesso da
prática pedagógica do educador, assim como no desempenho do estudante. Logo, há a
necessidade de se trabalhar de forma afetiva e lúdica para que haja a motivação no processo
ensino-aprendizagem. De acordo com Bock (1999, p. 121):
A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir
de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação.
Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta
uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma
predisposição para agir. A motivação está também incluído o ambiente que estimula
o organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está
incluído o objeto que aparece como a possibilidade de satisfação da necessidade.
Para Fernández (1991) a aprendizagem é repleta de afetividade, devido aos vínculos
sociais que se estabelecem durante o processo. A afetividade está embutida nestas relações
seja entre ensinante e aprendente, seja entre conteúdo e conhecimento. É o afeto que assegura
e estimula o aluno na consolidação do seu conhecimento, criando uma conexão positiva e de
8
confiança entre os participantes. De acordo com a autora (1991, p.47) “não aprendemos de
qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar”.
Durante todo desenvolvimento humano, a afetividade tem papel essencial. O
indivíduo aprende e qualifica seu conhecimento através das relações afetivas que estabelecem
na companhia dos demais seres. A afetividade está totalmente ligada à inteligência, o que se
confere nas palavras de La Taille (1992, p.65):
afetividade é comumente interpretada como uma "energia", portanto como algo que
impulsiona as ações. Vale dizer que existe algum interesse, algum móvel que motiva
a ação. O desenvolvimento da inteligência permite, sem dúvida, que a motivação
possa ser despertada por um número cada vez maior de objetos e situações. Todavia,
ao longo desse desenvolvimento, o princípio básico permanece o mesmo: a
afetividade é a mola propulsora das ações, e a Razão está a seu serviço.
Assim como a afetividade impulsiona o gosto pelo saber, as atividades, lúdicas
selecionadas pelo ensinante, também configuram um quadro motivacional, agradável e
prazeroso durante o processo ensino - aprendizagem. Consoante com Machado et al. (1990, p.
27) relata que “o lúdico são atividades motivadoras, impulsionam naturalmente o gosto e o
prazer pelo estudo, propiciam mais alegria aos alunos, conduzem à investigação de novas
técnicas de soluções de problemas”.
Segundo Winnicott (apud FERNANDEZ, 2001, p.127) “o brincar tem um lugar e um
tempo [...]. Para dominar o que está fora, é preciso fazer coisas, não só pensar ou desejar, e
fazer coisas leva tempo. Brincar é fazer”. Desta forma, o sujeito, ao brincar, age e interage
com o mundo à sua volta, consolidando-se como sujeito. É através da brincadeira que o
indivíduo evolui quer individualmente, percebendo suas capacidades e seus limites, quer em
grupo, aceitando e respeitando a opinião do outro. De acordo com Winnicott (1979, p.163), “a
brincadeira fornece uma organização para a iniciação de relações emocionais e assim propicia
o desenvolvimento de contatos sociais”.
Para Winnicott, não só as atividades lúdicas bastam, como também a criação de
espaços transicionais dentro da sala e aula, ou seja, espaços onde as brincadeiras se
estabelecem e que possibilitam melhor comunicação entre aluno e professor. Segundo J.
(1995, p.194), que traz no corpo do seu trabalho ideias de Winnicott, refere que “esse espaço
transicional persiste ao longo de toda a vida. Será ocupado por atividades lúdicas e criativas
extremamente variadas. Terá por função aliviar o ser humano da constante tensão suscitada
pelo relacionamento da realidade de dentro com a realidade de fora”. Desta forma, percebe-se
que não só a afetividade, mas, também, a ludicidade deve estar presente nas atividades
elaboradas pelos professores, pois assim, obter-se-á aulas mais atrativas, mas agradáveis e
envolventes. É importante levar em consideração que o cognitivo liga-se intimamente às
9
emoções do sujeito, por isso o ensinante deve ter consciência de que os subsídios a serem
utilizados em sala de aula devem captar a atenção do aprendende para que se tenha sucesso e
não fracasso no processo ensino aprendizagem. Para Wallon (1971, p.91) "a emoção
corresponde a um estádio da evolução psíquica situado entre o automatismo e a ação objetiva,
entre a atividade motriz, reflexa, de natureza fisiológica e o conhecimento"
Considerações Finais
As mudanças presenciadas na educação nos últimos anos, exige que todos tenhamos
consciência de que a metodologia escolhida pelo professor, deve atender as necessidades dos
alunos, ou seja, ela deve não só ensinar, mas também envolver, motivar e cativar a todos para
ir além, criar, avaliar e agir perante ao que lhe é proposto, por isso cabe-nos a
responsabilidade de ressignificar a aprendizagem, valorizando cada particularidade e cada
avanço do sujeito.
Sabe-se que a aprendizagem é um longo processo de construção, o qual ocorre
simultaneamente com o sujeito e o meio em que ele faz parte, é que cada ser humano tem um
jeito particular de adquirir conhecimento e sua aprendizagem é única, desta forma é de suma
importância que relações afetivas sejam estabelecidas durante o processo, pois as emoções
estão ligadas à aprendizagem. Cabe ao professor, enquanto mediador do conhecimento, agir
de forma acolhedora, respeitosas e carismática, para que o educando sinta-se acolhido e parte
significativa do processo.
Já as atividades lúdicas, propiciam momentos desafiadores, motivacionais e
prazerosos, enriquecendo o fazer pedagógico dos professores, da mesma forma que
possibilitam momentos de troca de experiências, ideias entre o sujeito e o outro, seja o
professor ou colegas.
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10
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emocionais: reflexões sobre a necessidade de uma proposta de formação docente. Educação
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_problemas_emocionais_reflexoes_sobre_a_necessidade_de_uma_proposta_de_formacao_do
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infantil. Rei: Revista de Educação do Ideau, Alto Uruguai, v. 9, n.20, p. 1 a 12. Julho a
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Cotidiano Escolar. Rio de janeiro: 7 letras, 2007, cap. 4, p.88.
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A importância da afetividade e do lúdico no processo de aprendizagem da língua portuguesa - Camila da Silva Portela

  • 1. 1 A importância da afetividade e do lúdico no processo de aprendizagem da língua portuguesa.1 Camila da Silva Portela 2 RESUMO - O presente artigo aborda questões relevantes ao ensino da Língua Materna – Língua Portuguesa, no que diz respeito às metodologias (tradicional e construtivista) utilizadas pelos professores para ministrarem suas aulas, o que pode afastar ou aproximar o educando de forma satisfatória do conhecimento. Traz também a importância do afeto nas relações entre professor e aluno, bem como no processo de ensino - aprendizagem, da mesma forma, apresenta o lúdico como recurso fundamental para compor a metodologia escolhida pelo profissional. A partir dos apontamentos, apresentou-se referenciais psicopedagógicos que podem auxiliar aqueles profissionais que ainda apresentam certa dificuldade em unir a afetividade e a ludicidade ao seu fazer pedagógico. Palavras-chave: Língua Portuguesa, metodologias, lúdico, afetividade ABSTRACT - The present article deals with questions relevant to the teaching of the Mother Language - Portuguese Language, regarding the methodologies (traditional and constructivist) used by teachers to teach their classes, which may distract or approach the student in a satisfactory way of knowledge. It also shows the importance of affection in the relationship between teacher and student, as well as in the teaching - learning process, in the same way, presents the play as a fundamental resource to compose the methodology chosen by the professional. From the notes, psychopedagogical references have been presented that can help those professionals who still have a certain difficulty in uniting affectivity and playfulness in their pedagogical work. Keywords: Portuguese language, methodoligy, playful, affectivity Considerações Inicias Mesmo diante a todas as transformações que se presencia na educação, é muito importante que se leve em consideração que o aprendente precisa ser estimulado, bem como incentivado a gostar daquilo que é apresentado para ele em sala de aula de forma lúdica e afetiva. De acordo com Winnicott (1975, p.80): É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu (self). Ligado a isso, temos o fato de que somente no brincar é possível a comunicação. Sabe-se que três importantes habilidades envolvem o processo educativo: cognitivo (descobrir novos conceitos, construir novas ideias e valores); social (sujeito pertencente a um grupo com direitos e deveres) e emocional (saber lidar com sentimentos pessoais e do 1 Artigo de conclusão do curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional, do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação da Faculdade CNEC Farroupilha, mantida pela Campanha Nacional da Comunidade- CNEC. Profº. Orientadora Ms. Ilza Maria Cantarelli. 2 Acadêmica do curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Professora Licenciada em Letras da rede Estadual de Ensino da cidade de Farroupilha -RS.
  • 2. 2 próximo), desta forma, fica claro que o ser humano não aprende sem que suas emoções sejam valorizadas, respeitas e de certa forma acolhida pelas pessoas as quais convive, denominadas neste contexto de ensinantes. Segundo Antunes (2006, p.5) afetividade é: Um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções que provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética da pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro, e essa necessidade se traduz em amor. Infelizmente, alguns educadores apresentam certa dificuldade em escolher uma metodologia que encante os alunos, ou seja, que os estimulem positivamente durante o processo de ensino da língua materna, deixando de lado a afetividade, bem como a ludicidade, pois caem em métodos tradicionais de ensino. Ribeiro (1992, p.81) afirma que: A falta de dimensão afetiva dos professores com a gramática dificulta a defesa do seu ensino e o esforço por parte do aluno. Nesse ambiente com pouca estimulação, com escassos recursos, materiais e onde as atividades são pouco diversificadas e exercidas de forma automatizada, desencadeia-se um sentimento de aversão e repulsa pela gramática. Desta forma, é muito importante que haja uma reavaliação do ensino da Língua Portuguesa em sala de aula, baseando-se nos aspectos afetivos e lúdicos, pois só assim o processo de aprendizagem atenderá a demanda esperada. Aspectos relativos à Língua Portuguesa Ao analisar o que os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s, documento que auxilia e orienta os profissionais da educação para a elaboração de sua prática docente, trazem sobre o Ensino da Língua Portuguesa, verifica-se que a proposta abrange uma metodologia que se aproxime da realidade dos educandos. tornando-se a linguagem como atividade discursiva, o texto como unidade de ensino e a noção de gramática como relativa ao conhecimento que o falante tem de sua linguagem, as atividades curriculares em Língua Portuguesa correspondem, principalmente, as atividades discursivas: uma prática constante de escuta de textos orais e leitura de textos escritos e de produção de textos orais e escritos, que devem permitir, por meio da análise e reflexão sobre os múltiplos aspectos envolvidos, a expansão e construção de instrumentos que permitam ao aluno, progressivamente, ampliar sua competência discursiva. (BRASIL, PCN’s, 1998, p.27) Porém, é notável que as atividades de escrita, leitura e questões gramaticais apresentam-se de forma tradicional, identificando-se com as que eram sugeridas no princípio da ciência linguística, ou seja, o método de ensino é centrado no professor e o educando apenas recebe as informações, memorizando-as e decorando-as. De acordo com Freire (1978,
  • 3. 3 p. 66), “faz “comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem”. Como resultado, tem-se alunos despreparados para posicionar-se e fazer questionamentos acerca do que lhe é proposto. O ensino da Língua Materna, muitas vezes, apresenta-se forma fragmentada, isto é, de um lado o ensino da gramática normativa, aquela que rege as regras e normas da língua, e do outro os aspectos ligados à leitura e à escrita. Porém, percebe-se que esta distinção e essa subdivisão gera problemas no desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem. Segundo Neves (2002, p.238): É preocupante verificar que os professores contemplam a gramática, especialmente como atividade de exercitação da metalinguagem [...] consideram que ela seja uma disciplina normativa. Despreza-se quase totalmente a atividade de reflexão e operação sobre a linguagem, do que resulta uma organização dos trabalhos em compartimentos totalmente apartados: de um lado, redação e leitura com interpretação (estruturação/representações/comunicação de experiências, mais interpretação de experiências comunicadas), e de outro, gramática (conhecimento do quadro de entidades da língua, e, também, alguns conhecimentos do que se considera bom uso da língua). Infelizmente, muitos professores sentem-se obrigados a cumprir com o que é estabelecido nos planos de estudo para dada série, por isso ministram suas aulas de forma tradicional. Outro aspecto que merece ser destacado é a visão que os professores têm com relação à maneira como devem ministrar suas aulas, pois muitos foram educados acreditando que o professor é o único dono da razão, detentor do conhecimento. De acordo com Becker (2001, p. 16): Como é esta aula? O professor fala e o aluno escuta. O professor dita e o aluno cópia. O professor decide o que fazer e o aluno executa. O professor ensina e o aluno aprende. Se alguém observasse uma sala de aula na década de 60 ou de 50, ou, quem sabe, de dois séculos atrás, diria, provavelmente, a mesma coisa: falaria como Paulo Freire, no Pedagogia do Oprimido. Por que o professor age assim? Muitos dirão, porque aprendeu que é assim que se ensina. Para mim, esta resposta é correta, mas não suficiente. Então, por quê mais? Porém, há alguns professores que procuram por novas metodologias para o seu fazer pedagógico, a fim de ressignificar o ensino da Língua Materna, pois acreditam que é através do método construtivista, o qual se constrói o conhecimento junto com seu aluno, que se obterá os resultados satisfatórios para o processo de ensino aprendizagem. Conforme Becker (2001, p.72): Construtivismo significa isto: a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento.
  • 4. 4 Para Piaget, a aquisição do conhecimento inicia no nascimento e vai se consolidando ao longo do desenvolvimento humano. As assimilações são concretizadas através das interações estabelecidas entre o sujeito, o meio físico e social (objeto), portanto trabalhar de forma construtivista, é permitir que o aprendente aja, pense, reflita, construa diante do que está ao seu redor, o que se estenderá ao longo de sua vida. Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado desde o nascimento (inatismo), nem como resultado do simples registro de percepções e informações (empirismo): o conhecimento resulta das ações e interações do sujeito no ambiente em que vive. Todo conhecimento é uma construção que vai sendo elaborada desde a infância, por meio de interações do sujeito com os objetos que procura conhecer, sejam eles do mundo físico ou do mundo cultural. O conhecimento resulta de uma inter-relação do sujeito que conhece com objeto a ser conhecido. (MOREIRA, 1999, p.75) Sendo assim, para que o processo seja significativo para os educantos, deve-se pensar em uma reorganização nas práticas pedagógicas, a fim de unir laços afetivos e lúdicos à metodologia predeterminada pelo ensinante para ministrar suas aulas. Desenvolvimento Humano e afetividade Cada sujeito é um ser único, apresentando uma maneira particular de compreender o mundo que o rodeia, agindo e atuando sobre ele. A partir das características particulares de aprender de cada ser humano, nota-se que a aprendizagem acontece de diferentes maneiras. De acordo com Spinello (2014, p.1): O processo de aprendizagem se dá desde o nascimento até a vida adulta, pois estamos sempre em busca de conhecimento e em constante adaptação. A aprendizagem significativa valoriza a compreensão da valorização, o querer aprender do sujeito espontaneamente. Na sociedade as pessoas apreendem observando as outras. Nascemos sem o conhecimento amplo e a sociedade nos molda. As relações de aprendizagem se dão através de diferentes fatores, principalmente das relações que estabelecemos com as pessoas que nos rodeiam, porém muitas vezes são identificadas algumas dificuldades durante o curso, podendo ser de caráter pedagógico, cognitivo, afetivo-social e até mesmo corporal, recebendo influências internas (biológicas, emotivas) como externas (sociais). Para Piaget (1973) a aprendizagem está relacionada ao estágio de desenvolvimento do ser humano, portanto para se chegar a uma conclusão a respeito das dificuldades de aprendizagem apresentadas por um sujeito, é necessário observar fatores internos e externos, os quais podem influenciar positiva ou negativamente no processo.
  • 5. 5 O ser humano que se encontra em pleno desenvolvimento, construindo seu conhecimento e que apresenta dificuldades durante esse percurso, não pode ser julgado apenas por seu potencial cognitivo, pois ele é fruto de uma relação existente entre seu íntimo (aparelho biológico), suas ligações psico-afetivas e cognitivas e pelas relações estabelecidas com o meio onde está inserido, Weiss e Cruz (apud GLAT, 2007, p.67). Percebe-se que o meio a que o sujeito pertence, influencia na sua aprendizagem, principalmente no que diz respeito às suas relações afetivas. Segundo Antunes (2006, p.5) afetividade é: Um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções que provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética da pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro, e essa necessidade se traduz em amor. Para Piaget (apud CUNHA, 2000) o processo de aprendizagem da criança acontece a partir das relações e interações que ela vai estabelecendo com as pessoas com que convive, na escola com seus colegas e professores, em casa com seus pais e familiares, assumindo um papel de aprendende, enquanto outro torna-se ensinante. Desta forma, é de suma importância levar em consideração que elementos emocionais e afetivos atuam significativamente na aprendizagem, podendo influenciar em comportamentos como atenção e interação. De acordo com Fernández (1991, p.47) “toda a aprendizagem é repleta de afetividade, já que ocorre a partir de interações sociais”, portanto é no âmbito familiar, o qual possui papel de maior importância , que a criança vai receber as primeiras manifestações de amor, carinho e afeto, o que é de imprescindível para seu desenvolvimento cognitivo, as quais serão complementadas com o que é aprendido e recebido na escola, logo, apresentam-se como duas instâncias que terão papel primordial na formação integral do sujeito. Piaget (1975, p. 226) afirma que “cada um dos personagens do meio ambiente da criança ocasiona em suas relações com ela uma espécie de esquema afetivo, isto é, resumos ou moldes dos diversos sentimentos sucessivos que esse personagem provoca”, portanto deve- se observar que é a partir dessas relações que o sujeito pode se desenvolver, pois se há diálogo, respeito, atenção e amor, a aprendizagem pode consolidar-se de forma satisfatória, por outro lado se há a falta desses elementos nas relações, a aprendizagem pode ficar comprometida. Todo ser humano é regido pelas suas emoções e seus sentimentos, portanto estes fatores podem interferir de forma negativa no processo de ensino aprendizagem, da mesma forma que a falta de afetividade pode dificultar o seu desenvolvimento cognitivo,
  • 6. 6 comprovando-se nas falas de Freire (1996, p.141), “a afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade”, mas é preciso tomar cuidado tanto com a falta de afeto como com afetos desordenados que podem descontrolar os verdadeiros sentimentos”. Percebe-se que o desenvolvimento intelectual está ligado significativamente com as questões emotivas. Para Rozek e Serra (2015, p.167): Dentre os aspectos considerados por Weiss, parece haver consenso na literatura de que a cognição e as emoções são componentes importantes para que o sujeito possa aprender. Piaget (1958) propõe que sejam considerados os aspectos afetivos em todos os atos inteligentes. Os achados na literatura têm demonstrado que os aspectos emocionais estariam relacionados com um melhor ou pior rendimento do aluno. Desta forma, muitos sujeitos podem apresentar baixo rendimento escolar, inibições cognitivas diante as relações estabelecidas no seu contexto familiar, assim como atraso maturativo, que para Romero (apud COLL ,2004, p. 56) pode ser compreendida como uma “ condição dinâmica que depende das características neurológicas, neuropsicológicas e psicológicas da pessoa e, em menor medida, mas de forma importante, também depende do ambiente (familiar, escolar) em que ocorre o desenvolvimento”. Nesse viés, percebe-se que o atraso maturativo pode explicar muitas defasagens seja na construção do número, no desenvolvimento do raciocínio lógico matemático, na leitura e na escrita, bem como apresentar transtornos de ansiedade e depressão. Ludicidade no Ensino da Língua Materna Sabe-se que o ensino da Língua Portuguesa é fundamental, pois é através dela que se estabelecem relações comunicativas entre falantes e usuários da língua. Porém, alguns profissionais escolhem metodologias tradicionais para transmitir seus conhecimentos, não permitindo que o aluno construa – o de forma autônoma durante o processo de ensino aprendizagem. Diante a essa realidade, percebe-se que é de suma importância a busca por aulas mais atrativas, as quais tornem o ensino e o conhecimento mais significativo. Portanto, é imprescindível o uso de atividades lúdicas, que podem auxiliar de forma positiva na aprendizagem. Conforme Huzinga (2004, p.41), “ o lúdico, em latim ludus, abrange os jogos infantis, a recreação, as competições, as representações litúrgicas e teatrais, e os jogos de azar”. De acordo com Feijó (1992, p. 2), “o lúdico é uma necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente, fazendo parte das atividades essenciais da dinâmica humana caracterizada por ser espontânea, funcional e satisfatória”. Sendo assim, a inclusão de
  • 7. 7 atividades lúdicas não engrandece apenas o trabalho do professor, tornando as aulas mais dinâmicas e prazerosas, permite também que o educando sinta satisfação em aprender e desenvolva com interesse tudo que lhe é proposto. Da mesma forma que colabora para a formação de um sujeito pensante e crítico diante às situações de aprendizagem em que participa. Além disso, possibilita também a troca de conhecimentos e experiência com os demais envolvidos no processo. O que se comprova nas palavras de Luckesi (2006, p. 06): Percebe-se que a experiência do lúdico é uma importante contribuição para o indivíduo que busca, de maneira constante, atuar no mundo com autonomia [...] Mesmo quando o sujeito está vivenciando essa experiência com outros, a ludicidade é interna; a partilha e a convivência poderão oferece-lhe, e certamente oferece sensações do prazer da convivência, mas, ainda assim, essa sensação é interna de cada um ainda que o grupo possa harmonizar-se nessa sensação comum; porém um grupo, como grupo, não sente, mas soma e engloba um sentimento que se torna comum; porém, em última instância quem sente é o sujeito. Seguindo essa linha de pensamento Ronca e Terzi (1995 apud TEZANI, 2004, p. 96) corroboram: [...] o lúdico proporciona compreender os limites e as possibilidades da assimilação de novos conhecimentos pela criança, visto que, mediante o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem, o indivíduo conhece e interpreta os fenômenos à sua volta, trabalhando com os limites existentes entre o imaginário e o concreto. Um olhar psicopedagógico no ensino da Língua Portuguesa O ensinante deve buscar técnicas diversificadas que viabilizem, bem como possibilitem ao aprendente a concepção do conhecimento com autonomia, envolvendo-os de forma prazerosa. Sendo assim, é de suma importância buscar recursos, os quais auxiliarão no percurso a ser percorrido, motivando-os na busca pelo novo, pelo desconhecido. O vínculo que se estabelece entre professor/aluno resulta no sucesso ou insucesso da prática pedagógica do educador, assim como no desempenho do estudante. Logo, há a necessidade de se trabalhar de forma afetiva e lúdica para que haja a motivação no processo ensino-aprendizagem. De acordo com Bock (1999, p. 121): A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. A motivação está também incluído o ambiente que estimula o organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece como a possibilidade de satisfação da necessidade. Para Fernández (1991) a aprendizagem é repleta de afetividade, devido aos vínculos sociais que se estabelecem durante o processo. A afetividade está embutida nestas relações seja entre ensinante e aprendente, seja entre conteúdo e conhecimento. É o afeto que assegura e estimula o aluno na consolidação do seu conhecimento, criando uma conexão positiva e de
  • 8. 8 confiança entre os participantes. De acordo com a autora (1991, p.47) “não aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar”. Durante todo desenvolvimento humano, a afetividade tem papel essencial. O indivíduo aprende e qualifica seu conhecimento através das relações afetivas que estabelecem na companhia dos demais seres. A afetividade está totalmente ligada à inteligência, o que se confere nas palavras de La Taille (1992, p.65): afetividade é comumente interpretada como uma "energia", portanto como algo que impulsiona as ações. Vale dizer que existe algum interesse, algum móvel que motiva a ação. O desenvolvimento da inteligência permite, sem dúvida, que a motivação possa ser despertada por um número cada vez maior de objetos e situações. Todavia, ao longo desse desenvolvimento, o princípio básico permanece o mesmo: a afetividade é a mola propulsora das ações, e a Razão está a seu serviço. Assim como a afetividade impulsiona o gosto pelo saber, as atividades, lúdicas selecionadas pelo ensinante, também configuram um quadro motivacional, agradável e prazeroso durante o processo ensino - aprendizagem. Consoante com Machado et al. (1990, p. 27) relata que “o lúdico são atividades motivadoras, impulsionam naturalmente o gosto e o prazer pelo estudo, propiciam mais alegria aos alunos, conduzem à investigação de novas técnicas de soluções de problemas”. Segundo Winnicott (apud FERNANDEZ, 2001, p.127) “o brincar tem um lugar e um tempo [...]. Para dominar o que está fora, é preciso fazer coisas, não só pensar ou desejar, e fazer coisas leva tempo. Brincar é fazer”. Desta forma, o sujeito, ao brincar, age e interage com o mundo à sua volta, consolidando-se como sujeito. É através da brincadeira que o indivíduo evolui quer individualmente, percebendo suas capacidades e seus limites, quer em grupo, aceitando e respeitando a opinião do outro. De acordo com Winnicott (1979, p.163), “a brincadeira fornece uma organização para a iniciação de relações emocionais e assim propicia o desenvolvimento de contatos sociais”. Para Winnicott, não só as atividades lúdicas bastam, como também a criação de espaços transicionais dentro da sala e aula, ou seja, espaços onde as brincadeiras se estabelecem e que possibilitam melhor comunicação entre aluno e professor. Segundo J. (1995, p.194), que traz no corpo do seu trabalho ideias de Winnicott, refere que “esse espaço transicional persiste ao longo de toda a vida. Será ocupado por atividades lúdicas e criativas extremamente variadas. Terá por função aliviar o ser humano da constante tensão suscitada pelo relacionamento da realidade de dentro com a realidade de fora”. Desta forma, percebe-se que não só a afetividade, mas, também, a ludicidade deve estar presente nas atividades elaboradas pelos professores, pois assim, obter-se-á aulas mais atrativas, mas agradáveis e envolventes. É importante levar em consideração que o cognitivo liga-se intimamente às
  • 9. 9 emoções do sujeito, por isso o ensinante deve ter consciência de que os subsídios a serem utilizados em sala de aula devem captar a atenção do aprendende para que se tenha sucesso e não fracasso no processo ensino aprendizagem. Para Wallon (1971, p.91) "a emoção corresponde a um estádio da evolução psíquica situado entre o automatismo e a ação objetiva, entre a atividade motriz, reflexa, de natureza fisiológica e o conhecimento" Considerações Finais As mudanças presenciadas na educação nos últimos anos, exige que todos tenhamos consciência de que a metodologia escolhida pelo professor, deve atender as necessidades dos alunos, ou seja, ela deve não só ensinar, mas também envolver, motivar e cativar a todos para ir além, criar, avaliar e agir perante ao que lhe é proposto, por isso cabe-nos a responsabilidade de ressignificar a aprendizagem, valorizando cada particularidade e cada avanço do sujeito. Sabe-se que a aprendizagem é um longo processo de construção, o qual ocorre simultaneamente com o sujeito e o meio em que ele faz parte, é que cada ser humano tem um jeito particular de adquirir conhecimento e sua aprendizagem é única, desta forma é de suma importância que relações afetivas sejam estabelecidas durante o processo, pois as emoções estão ligadas à aprendizagem. Cabe ao professor, enquanto mediador do conhecimento, agir de forma acolhedora, respeitosas e carismática, para que o educando sinta-se acolhido e parte significativa do processo. Já as atividades lúdicas, propiciam momentos desafiadores, motivacionais e prazerosos, enriquecendo o fazer pedagógico dos professores, da mesma forma que possibilitam momentos de troca de experiências, ideias entre o sujeito e o outro, seja o professor ou colegas. Referências Bibliográficas ANTUNES, Celso. A afetividade na escola: educando com firmeza. Londrina: Maxiprint, 2006.194p. BECKER, Fernando. Educação e Construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. BOCK, Ana M. Bahia (org). Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. COLL, Cesar; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús e colaboradores. Desenvolvimento CUNHA, M. V. Psicologia da Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
  • 10. 10 FEIJÓ, O. G. Corpo e movimento: uma psicologia para o esporte. Rio de Janeiro: Shape, 1992 FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança. Porto Alegre: Artmed, 1991. FERNÁNDEZ, Alicia. Os idiomas do aprendente: análise das modalidades ensinantes em famílias, escolas e meios de comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2001. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. HUIZINGA, J. Homo ludens. São Paulo, SP: Perspectiva, 2004. J.-D. Nasio. Introdução às obras de Freud, Ferenczi, Groddeck, Klein, Winnicott, Dolto, Lacan. Tradução de Vera Ribeiro. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1995. LA TAILLE, Yves; OLIVEIRA, Marta Kohl de & DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygotsky e Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão. 6ª ed. São Paulo: Summus, 1992. LUCKESI, Cipriano. Ludicidade e atividades lúdicas: uma abordagem a partir da experiência interna. Disponível em: www.luckesi.com.br. Acesso em: março 2006. MACHADO, N. J., et al. Jogos no ensino de matemática. São Paulo: Cadernos de Prática de Ensino, no 1. USP, 1990. p. 23-46 MOREIRA, Marco A. Teorias da Aprendizagem. São Paulo, EPU, 1999. NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática-história, teoria, analise e ensino. São Paulo. UNESP, 2002. PIAGET, Jean. A Representação do Mundo da Criança. Rio de Janeiro: Record, 1975. PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. Tradução Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva. 23 edição, Rio de Janeiro: Forence Universitária, 1973 RIBEIRO, Marina lva Lopes, O ensino de gramática: uma prática sem sentido? Revista da Universidade Estadual de Feira de Santana, nº. 10, p.7 9 -88, jul. /dez. 1992. ROZEK, Marlene; SERRA, Rodrigo Giacobo. Dificuldades de aprendizagem e problemas emocionais: reflexões sobre a necessidade de uma proposta de formação docente. Educação Por Escrito, Porto Alegre, v. 6, n. 1, p. 167-184, jan.-jun. 2015. Disponível em: <http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/8783/2/Dificuldades_de_aprendizagem_e _problemas_emocionais_reflexoes_sobre_a_necessidade_de_uma_proposta_de_formacao_do cente.pdf>. Acesso em: 25 set.2016 SPINELLO, Naiara Carla. As dificuldades de aprendizagem encontradas na educação infantil. Rei: Revista de Educação do Ideau, Alto Uruguai, v. 9, n.20, p. 1 a 12. Julho a Dezembro de 1014. Disponível em: <http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/224_1.pdf>. Acesso em: 24 set. 2016. TEZANI, T. C. Rodrigues. O jogo e os processos de aprendizagem e desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. 2004. Disponível em: Acesso em: 10 jun. 2014. WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968 __________ As Origens do Caráter na Criança. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1971. WEISS, Alba Maria Lemme. E CRUZ, Mara Monteiro da. Compreendendo os Alunos com Dificuldades e Distúrbios de Aprendizagem. IN: GLAT, Rosana. Educação Inclusiva e Cotidiano Escolar. Rio de janeiro: 7 letras, 2007, cap. 4, p.88. WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1975.