ᴪ O documento discute o retardo mental, abordando sua definição, níveis de gravidade, manifestações, comorbidades associadas, epidemiologia e etiologia.
ᴪ São apresentados os principais conceitos relacionados ao retardo mental ao longo da história, critérios diagnósticos atuais e características de acordo com o nível de gravidade.
ᴪ Fatores biológicos e ambientais são apontados como causas do retardo mental, com exemplos como síndromes cromossômicas e mutações genéticas.
2. SUMÁRIO
ᴪ continuum de funcionamento intelectual e adaptativo.
O
ᴪ
Apanhado histórico.
ᴪConsiderações diagnosticas e desenvolvimentais.
ᴪAs diferentes manifestações do retardo mental.
ᴪ
Outras características e transtornos associados.
ᴪ
Epidemiologia
ᴪ
Curso do desenvolvimento e prognóstico.
ᴪ
Etiologia.
3. O CONTINUUM DE FUNCIONAMENTO
INTELECTUAL E ADAPTATIVO.
Retardo Mental
1º
2º
3º
Definição
Conjunto de
condições
diversas com
três fatores afins:
• Função intelectual inferior a média;
• Dificuldades adaptativas;
• Manifestação do transtorno;
6. Situou seu estudo
Centro de
controvérsias
Sociais
Políticas
Filosóficas
O que é a inteligência?
O que é a normalidade?
Quem faz parte do grupo de pessoas ditas inteligentes e
normais e quem é excluído dele?
Que tratamento deve ser reservado aos excluídos?
8. VÉSPERAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA
Isolamento e hospícios
Ambiguidade social:
rejeição e proteção
REVOLUÇÃO FRANCESASÉC. XVIII A XIX
Desperta a consciência social
Meios intelectuais da Europa e
EUA
ESPERANÇA PARA CRIANÇAS COM R. M.
França, Baviera, Suíça, Estados
Unidos
Primeiras tentativas acabam em
fracasso
9. Sob a influência médica, biológica
e filosófica. Começa-se a afirma que o R.
M. é uma deficiência inataineducáveis.
No fim do Séc. XIX o R. M.
representa um fracasso moral.
Em 1889, Kerlin define a
deficiência mental a partir de uma
abordagem moralizante: Institucionalizar
o sujeito para proteger da sociedade.
10. Estudos aprofundados do R. M.
surgem no final do séc. XIX. A exemplo
com Esquirol, Moreau de Tours.
Os esforços sistemáticos de
classificação
estão
ligados
historicamente a democratização da
educaçãofracasso
escolar
(consequência).
Inicio do séc. XX, Binet
introduz a psicometria. Método
quantitativo
para determinar o
funcionamento intelectual.
11. Campo de atividade multidisciplinar.
A partir
dos
trabalhos
clássicos de Vygotsky, Wallon, Piaget,
Werner e Strauss.
Hoje pesquisadores adotam
uma
abordagem
multifatorial
(multidimensional e desenvolvimental)
.
12. Abordagens
contemporâneas (Hodapp e
Dykens, 1994)
1ª. Enfatiza a
etiologia dos
fenômenos
observados.
Adotada por médicos,
biólogos e
pesquisadores.
2ª. Interessa-se pelo
funcionamento da
pessoa.
Adotada por
psicólogos, assistentes
sociais e educadores.
14. INTELIGÊNCIA E HEREDITARIEDADE
O potencial genético raramente e sinônimo de um destino
irreversível;
Os dados sobre hereditariedade estão ligados as hipóteses
levantadas nas pesquisas, nas quais postulam que as variações
genéticas e ambientais são de natureza aditiva;
A medida de hereditariedade depende das circunstancias
ambientais que jamais podem ser ignoradas.
15. CID-10 e DSM-IV:
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Antes dos 18 anos
Q.I.
Déficit no funcionamento
intelectual
Idade mental
Déficit no funcionamento
adaptativo
Escala de Maturidade
Social de Vinerlan
16. CID-10
• Nível de capacidades cognitivas
• Leve Q.I. 50-69
I.M. 9 a 12 anos
• Moderado Q.I. 35-49
I.M. 6 a 9 anos
• Grave Q.I. 20-34
I.M. 3 a 6 anos
• Profundo Q.I. < 20
I.M. abaixo de 3
DSM-IV
• Funcionamento intelectual
• Leve Q.I. 50-55 a 70
• Moderado Q.I. 34-40 a 50-55
• Grave Q.I. 20-25 a 35-40
• Profundo Q.I. inferior a 20-25
• Nem sempre é possível a avaliação intelectual
18. NÍVEIS DE GRAVIDADE DO RETARDO
MENTAL
Retardo
leve (85%)
Retardo
moderado
(10%)
Retardo
grave
a 4%)
(3
Retardo
profundo (1
a 2%)
19. RETARDO MENTAL LEVE
Adquirem varias capacidades afetivas, sociais e instrumentais
Nível de autonomia pessoal e social comparável ao nível “normal”
Problemas são menores nas capacidades sensoriais e motoras
Não impõe problemas maiores nos primeiros anos
Raramente tem etiologia orgânica
Forte influencia de fatores socioeconômico e cultural
20. RETARDO MENTAL MODERADO
Aprende a falar - dificuldade em comunicação e em troca de informação
simples e concreta.
Difícil aprendizagem nas regras e convenções sociais
Nível de autonomia limitado
Retardo evidente em qualquer contexto social e cultural
A maioria não aprende a ler ou escrever
Possibilidade de trabalho em ambiente adaptado
21. EXEMPLOS:
Trissomia do
cromossomo 21
(Down)
Problemas durante a
gravidez:
- Divisão celular
- Consumo de álcool
- Infecções
Síndrome de PraderWili
Síndrome do X frágil
Problemas de saúde:
- Meningite
- Exposição a veneno
- Má nutrição extrema
- Varicela
25. DIAGNÓSTICO DOS TRANSTORNOS
ASSOCIADOS
Limitações Cognitivas e Linguísticas;
Incapacidade ou dificuldade de expressar verbalmente suas emoções;
Adaptação de critérios diagnósticos;
Observação do comportamento não verbal;
Informações com pais e professores;
26. AFECÇÕES MÉDICAS
Grau de gravidade e etiologia
Epilepsia, paralisia
transtornos sensoriais
cerebral
e
os
Gravidade dessas afecções varia em
função do retardo
27. SINTOMAS E TRANSTORNOS PSICOPATOLÓGICOS
Retardo mental costuma ser acompanhado de sintomas como:
Imaturidade e insensibilidade social
Passividade ou agitação extrema
28. Psicopatologias associadas:
3 a 4 vezes mais elevadas em crianças com retardo mental
Entre 10 e 50% das pessoas com retardo apresentam outra psicopatologia
29. Estudo de uma coorte finlandesa
44% das crianças com
retardo mental possuíam
um(ou mais) problema de
comportamento ou de
relacionamento associados
Transtornos
de
comportamento
mais
elevados que transtornos
afetivos em crianças sem
deficiência
Sem Retardo Mental=
14%
Crianças com retardo
mental apresentavam
os dois transtornos em
proporções
semelhantes
Transtorno
do
Comportamento=21%
Transtorno
Afetivo=18%
33. DIFICULDADES DE LINGUAGEM E
DE COMUNICAÇÃO
Capacidade de compreensão superior à
sua capacidade expressiva
Linguagem interiorizada é limitada
Melhor desempenho nas tarefas não
verbais nos testes de inteligência do
que nas verbais
34. Articulação,
pronúncia,
sintaxe,
compreensão e utilização da linguagem,
comunicação verbal e não verbal;
Dificuldade de serem aceitos por seus
pares sem retardo;
Alguns
trabalhos
voltados
para
autoestima, motivação e a compreensão
da deficiências nas crianças com retardo
mental;
36. PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS LIGADAS À IDADE E
AO SEXO
Critérios diagnósticos utilizados
DSM- IV e a CID 10
Linha divisória do funcionamento intelectual
37. PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS LIGADAS À IDADE E AO
SEXO
Estudos de
população, e não em
amostras clínicas.
Escore de Q.I. de
dois desvios padrão
inferior à média (70)
2 a 3%
1a2%
38. PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS LIGADAS À IDADE E AO
SEXO
• Razões que explicam a previsão estatísticas de uma taxa de 2 a 3 %:
1
2
3
4
• Funcionamento intelectual e adaptativo limitados;
• Taxa de mortalidade elevada em pessoas com retardo mental;
• Ingresso no ensino formal incrementa as taxa de retardo mental;
• Q.I. e funcionamento adaptativo não são entidades fixas;
40. PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS LIGADAS À IDADE E AO
SEXO
• É mais frequente nos meninos;
1,3 meninos para 1 menina
Meninos mais vulneráveis;
Transtornos motivadores do retardo mental atingem mais o sexo masculino;
44. Curso de desenvolvimento e prognóstico
Varia
de
acordo com a
etiologia e a
gravidade das
dificuldades
• Biológica:
dificuldades
desde
o
nascimento/primeira infância
• Doença na infância: manifestação brusca
• Contexto psicossocial ou educacional:
reflete os determinantes que operam no
contexto
Diversidade característica do retardo
45. RETARDO OU DIFERENÇA
Perspectivas desenvolvimental
Perspectiva diferencial
- Desenvolvimento cognitivo é semelhante
- Seguem as mesmas fases
- Ritmo próprio e discrepante
47. OS FATORES BIOLÓGICOS PODEM SER:
Origem
genética
Aberração
cromossômica
Mutação
genética
48. ABERRAÇÃO CROMOSSÔMICA
ᴪ
Anomalias de número ou de estrutura;
ᴪ Síndrome de Klinefelter:
A
Aberração do cromossomos sexuais;
Mais frequente em homens;
Caracteriza-se por inteligência normal ou retardo leve;
Problemas na comunicação e linguagem;
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